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cotas raciais

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FACULDADE CRISTÃ DE CURITIBA 
JOÃO BATISTA PEREIRA DA CRUZ 
PESQUISA SOBRE COTAS RACIAIS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS
1. Oportunidades diferentes
Prós: O abismo existente entre escolas públicas e particulares fornecem, claramente, oportunidades distintas a estudantes de classes sociais diferentes. 
Contras: Sem as cotas para os estudantes de classes sociais menos favorecidas, as cadeiras nas melhores universidades continuarão sendo conquistadas por candidatos com melhor estabilidade financeira. O ideal seria qualificar o ensino público, mas isso levaria décadas.
2. Dívida histórica
Prós: Chamamos de dívida histórica elementos como a escravidão e a exploração, que fizeram parte do passado histórico do nosso país e que acentuaram questões de desigualdades, deixando de lado a justiça contra momentos de abusos.
Contras: Por conta desse fator, se vê a necessidade de políticas afirmativas em favor de populações subalternizadas, com objetivo de resgatar injustiças passadas e dissolvê-las.
3. Sociedade brasileira racista
Infelizmente, o racismo ainda é um problema estrutural do Brasil. O racismo mata e exclui, colocando à margem da sociedade um conjunto muito grande de pessoas. 
De acordo com Pedro, as prisões são um exemplo de racismo estrutural no Brasil. “Quem é que está lá [prisão] em sua grande maioria? Quem é que está excluído do mercado de trabalho quando nós olhamos para os postos de comando das empresas?”, indaga.
“Os negros não estão nos espaços de representação na sociedade. A gente olha para o Congresso Nacional e são poucas pessoas negras naquela comunidade. Essa é a atual representação da sociedade brasileira”. 
O presidente da comissão reforça que é preciso que existam esses mecanismos não para sanar o problema, pois estes são de âmbito social, mas como uma forma de amenizar os impactos e ações promovidas pelo racismo, seja ele social, que é quando a sociedade vai excluindo automaticamente o negro, seja também pelo racismo institucional, que é reproduzido pelas nossas instituições do estado e que marca, por exemplo, a questão da violência pelo braço armado. 
Para ele, a Lei deve sim ser revista, até pelo fato de a mesma possuir falhas, mas que ela seja aperfeiçoada e não banida. “Ainda há muito o que se fazer para consolidar essas políticas, mas temos muitas instituições empenhadas nesta luta”.
Um dos argumentos muito usados por quem se diz contra a política de reserva de vagas é a inconstitucionalidade da lei. Segundo o artigo 5º da Constituição Federal brasileira, somos todos iguais, sem distinção de qualquer natureza. Deste modo, a reserva de cotas somente confirmaria a segregação social e racial existente no país.
Aqueles que são contra as cotas raciais alegam que as mesmas violam o mérito acadêmico, já que o vestibular seria uma prova “neutra” que classifica os alunos conforme sua inteligência e desempenho.
Os grupos contrários às cotas afirmam, ainda, que elas seriam uma forma de tornar o caminho mais fácil, pois os estudantes não chegariam à universidade por mérito e capacidade própria.
Um outro argumento muito usado por aqueles que se dizem contra a política de cotas raciais diz respeito à “maquiagem” que as cotas trazem para a qualidade do ensino. O ideal, nesse caso, seria qualificar o ensino público.
A alegação de que as cotas raciais nas universidades vão fazer com que a sociedade se torne racista é muito defendido por algumas pessoas. Para elas, as cotas favorecem os negros, mas acabam discriminando ainda mais aos brancos pobres.
Além disso, as cotas raciais sem critérios econômicos também podem beneficiar negros que estudaram em escola particular e possuem renda alta, perdendo assim o sentido da ação afirmativa.
CURITIBA
2023

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