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Síndrome Cólica ❖ Pastagem: Alimentação natural do cavalo! 16 horas por dia ❖ Mudança na alimentação ❖ Esportes equestres: ➢ Confinamento; ➢ Fenos de forrageiras; ➢ Alimentos concentrados; ➢ Horário de alimentação; ➢ Acesso restrito à água. ❖ Principal causa de mortalidade dos cavalos! ❖ “Síndrome”: conjunto de sinais ❖ “Cólica”: dor abdominal ❖ Cólica verdadeira: Origem da dor no sistema digestório ➢ Baço: Não muito comum, encarceramento no ligamento esplênico > verdadeira ❖ Falsa cólica: Origem de fora do sistema digestório ➢ Ovulação: Dor com quadro clínico parecido com dor gástrica ❖ Anatomia 1 – estômago 2- duodeno 3- jejuno 4- mesentério 5- ceco 6- cólon ventral direito 7- íleo 8- válvula 9- válvula íleo-cecal 10- cólon ventral esq 11- flexura pélvica 12- cólon dorsal esq 13- cólon dorsal dir 14- cólon transverso 15- cólon menor ceco-cólica 16 - reto ❖ Boca – faringe - esôfago – estômago –duodeno – jejuno – íleo – ceco - cólon ventral direito – flexura esternal – cólon ventral esquerdo – flexura pélvica – cólon dorsal esquerdo – flexura diafragmática – cólon dorsal direito – cólon transverso – cólon menor – reto – ânus. ➢ Ceco do lado direito ➢ Válvula ileocecal ➢ Ceco/cólon: Válvula cecocólica ➢ Cólon dividido em cólon maior e menor ● Cólon maior: Começo inicia com ventral direito - flexura esternal - cólon ventral esquerdo - flexura pélvica - cólon dorsal esquerdo - flexura diafragmática - cólon dorsal direito - Comum compactação nas flexuras > cólica ● Cólon transverso ● Cólon menor: (divisões não muito utilizadas) ● Reto e ânus ❖ Fatores predisponentes ➢ Estômago menor com esfíncter do cárdia forte impedindo êmese > dilatação > ruptura ➢ Cumprimento e peristaltismo elevado do jejuno> intussuscepção ou vólvulo ➢ Cólon maior com muita capacidade > aumento de gás > torção, deslocamento ➢ Ceco com alta fermentação > Dilatação ➢ Flexuras com estreitamento no IG > obstrução ➢ Problemas nas válvulas íleo-cecal e ceco-cólica> cólica ➢ Alimentação natural deveria ser pastagem ➢ Baixo limiar à dor ➢ Movimentos peristálticos elevados (20-40 min) ➢ Circulação de líquido pelo intestino entrando e saindo (90%) > cólica > prisão do líquido > desidratação ➢ Fisiologia ● Intensa mastigação ● Passagem rápida pelo estômago ● Digestão enzimática leve no ID ● Prolongada passagem e digestão microbiana pelo intestino grosso ❖ Fisiologia ➢ “A fisiologia digestiva do cavalo se caracteriza por intensa mastigação, grande rapidez do trânsito gástrico, uma digestão enzimática breve, porém intensa no intestino delgado, e uma prolongada ação microbiana nos grandes reservatórios do intestino grosso.” (Wolter,1975). ➢ Movimento segmentar: Misturar ➢ Movimento progressivo: Empurrar ● Auscultação - Palpação: Fezes > não descarta obstrução ❖ Fatores determinantes ➢ Qualidade e quantidade da alimentação ● Estômago pequeno > muita comida > dilatação gástrica ● Feno ressecado > Compactação ● Problema dentário: Não mastiga direito ➢ Ingestão hídrica: Favorece compactação ● Cavalo é difícil para tomar água ● Épocas quentes do ano > diminui digestão de água ➢ Cólica iatrogênica ● Medicamentos: Diminui motilidade intestinal (ex: atropina) ❖ Categorias etiopatogênica ➢ Obstrução intestinal simples ● Sobrecarga e compactação gástrica ○ Concentrados > fermentação ● Cólica espasmódica: Espasmos no intestino delgado por hipermotilidade ○ Resolução clínica ○ Única causada por aumento na motilidade ○ Tratamento ID: Buscopan ● Íleo adinâmico: Para de funcionar, conteúdo não passa para ceco > estômago - Dilatação gástrica primária: Origem do estômago, odor fétido, pH ácido - Dilatação gástrica secundária: Sonda com conteúdo alcalino, pH alcalino ● Timpanismo cecal: Acúmulo de gás, flanco direito distendido ● Compactação: gástrica, ID e IG ○ Alimentos ressecados, feno ● Retrofecção do ceco: Dobra o ceco, pode ir para o lado esquerdo ● Enterólitos: Cálculos intestinais pela deposição de minerais por corpo estranho ○ Animal encocheirado que engole ferpa, corda, capa, etc. ○ Mais comum em animais idosos pois demora para se formar ➢ Obstrução intraluminal com estrangulamento vascular ● Vôlvulos; ● Torções; ● Intussuscepção; ● Hérnias.. ➢ Obstrução vascular sem estrangulamento ● Cólica tromboembólica: Strongylus vulgaris ➢ Processos inflamatórios ● Gastrite ● Úlceras ● Enterites ● Peritonites ➢ Cólicas idiopáticas ● Sem origem aparente ➢ Cólicas iatrogênicas ● Medicamentos: ○ Atropina > redução motilidade ○ Neostigmine / prostigmine > pró cinéticos ○ Imidazol: ○ Amitraz: Intoxicação ❖ Patofisiologia ➢ Obstrução com comprometimento vascular > choque ● Choque hipovolêmico: Líquido aprisionado > desidratação > choque hipovolêmico ● Choque endotóxico: Desequilíbrios na microbiota e liberação de toxinas de bactérias Gram - ● Choque neurogênico: Dor ● Óbito!! ➢ Síndrome da isquemia e reperfusão: Parada de fluxo sanguíneo e volta de fluxo sanguíneo ● Acúmulo de radicais livres depois do restabelecimento fluxo sanguíneo ➢ Isquemia: Redução ou interrupção do fluxo sanguíneo – lesão tecidual ● Obstrução > dilatação de alça > compressão dos vasos sanguíneos > redução metabolismo celular > inversão membrana celular > mais secreção e menos absorção > aumento do líquido intestinal vindo da circulação sanguínea > desidratação ● Lesão membrana celular - absorção de endotoxinas - sistema circulatório ● Rompimento da vilosidades intestinais > absorção de endotoxinas > circulação > desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico > laminite ➢ Reperfusão ● Restabelecimento do fluxo sanguíneo > lesão celular ● Aumento de radicais livres > lesão celular ● Aumento de lesão tecidual - Quanto maior o grau de isquemia maior o risco de lesão de reperfusão ❖ Síndrome cólica ➢ Alterações hemodinâmicas que podem levar os animais à morte ➢ Liberação de mediadores inflamatórios + endotoxinas = laminite Anamnese ❖ Início e duração ❖ Atitude do animal ➢ Compactação > animal com dor leve a moderada, em pé ➢ Volvo, intussuscepção > muita dor ● Compressão dos vasos > isquemia > dor ❖ Defecação: Processo obstrutivo (56 horas para fezes chegarem ao ânus) ❖ Diâmetro abdominal ➢ Timpanismo cecal: Lado direito, pode ser primário ou secundário ❖ Alimentação, qualidade e quantidade, frequência ❖ Ingestão hídrica ❖ Animal solto ou confinado ➢ Solto: Se movimenta mais, pasta, toma mais água ❖ Afecções anteriores ➢ Enterólito: Cólica recorrente, pois quando passa pelas flexuras dói ➢ Úlceras > cólicas recorrentes ❖ Tratamentos realizados Exame físico ❖ Inspeção visual: Movimentação, posição ➢ Posição de cavalete ➢ Sudorese: Aumentada ➢ Olhar o flanco ➢ Andar em círculos ➢ Deitar ➢ Rolar ❖ Frequências cardíaca e respiratória ➢ FC até 28-40 bpm ➢ FR 12 - 20 mpm ➢ Dor > alteração dos parâmetros ➢ Processos leves: FC 40 - 60 bpm e FR 20 - 40 mpm ➢ Processo moderado FC até 60 - 80 bpm e FR 40 - 60 mpm ● Dilatação estômago ➢ Grave FC 80 - 100 bpm e FR >60 mpm ● Torções, volvulos ➢ Pacientes terminais: FC >100 bpm ❖ Avaliação cutânea desidratação estimada ➢ Desidratação leve: 5% - elasticidade da pele pouco diminuída, TPC 2-4 seg ➢ Desidratação moderada: 10% - elasticidade da pele bem diminuída, TPC 4-6 seg; ➢ Desidratação grave: 15% - ausência de elasticidade da pele, TPC > 6 seg > CHOQUE IMINENTE! ➢ TPC > 6s > CHOQUE ❖ Auscultação abdominal ➢ Direito: Ceco, válvulas ileo-cecal e ceco-cólica, cólon dorsal e ventral, intestino delgado ➢ Esquerdo: ID, cólon ventral e dorsal e flexura pélvica ➢ Intensidade, motilidade, presença de líquidos e gases ❖ Sondagem nasogástrica ➢ Não é só tratamento, também é diagnóstico. Cólica > sonda SEMPRE! ➢ Sondagem a cada 1-2h ➢ SNG constante! ➢ Refluxo espontâneo ➢ Coloração e quantidade ● Estômago: Amarelado, conteúdo menor ● Intestino: Amarronzada, ID com maior conteúdo ➢ Odor: ID com odor pútrido ➢ Sobrecarga gástrica, obstrução de intestino delgado, enterite anterior - Alimentação e medicamentos por via oral são contra-indicados ❖ Palpação transretal ➢ Distensão de alça: Dificuldadede manipulação ➢ Deslocamento: Ceco deslocado ➢ Presença e consistência de fezes ➢ Lado direito: Base e corpo do ceco ➢ Lado esquerdo: Flexura pélvica, baço, cólon maior dorsal e ventral; ➢ Dorsal: rim esquerdo, ligamento nefroesplênico ➢ Ventral: superfície peritoneal, cólon menor, intestino delgado, útero e ovários, anéis inguinais ❖ Paracentese abdominal ➢ Diagnóstico/prognóstico ➢ Coloração amarelo palha, transparente (baixa celularidade) ➢ Assepsia adequada ● Contaminação > peritonite > cavalo sensível ● Tricotomia e anti-sepsia: entre o apêndice xifóide e cicatriz umbilical (ponto mais baixo do abdômen); ● Introdução da agulha um pouco à direita da linha mediana; ● Coleta da amostra em tubos com e sem EDTA. ➢ Análise ● Hemácias: 4000-6000/mm3 ● Leucócitos: < 5000/mm3 ● Proteína: < 2,5g/dl ● Fibrinogênio: < 10mg/dl ● Lactato: 3-9mg/dl ❖ Ultrassonografia ➢ Deslocamentos; ➢ Motilidade progressiva; ➢ Conteúdo intestinal..
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