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Acumulação capitalista e questão social Aula 7: Globalização e questão social Apresentação Nesta aula, estudaremos as revoluções tecnológicas e a globalização, que afetaram e mudaram totalmente a forma de organização da sociedade. Como resultado, surgiram o desemprego e as desigualdades sociais, o que criou a vulnerabilidade e aumentou as expressões da questão social. Veremos, também, que esse processo de globalização dos anos 1990 fomentou o capitalismo e fortaleceu a dinâmica entre as grandes empresas. Objetivos Explicar as revoluções tecnológicas e seus impactos na realidade social; Analisar a globalização dos anos 1990 como propulsora do capitalismo e sua relação com a questão social; Avaliar a dinâmica da mundialização pelas grandes corporações. Revoluções tecnológicas Iniciamos com a apresentação da realidade em que vivemos. Nossa sociedade está vivendo um tempo de expansão tecnológica com o crescimento da quantidade de desempregados (PINHEIRO; MARQUES; BARROSO, 2006) e de pessoas que vivem sem qualidade mínima de vida por causa do progresso tecnológico. Veja, por exemplo, instalações so�sticadas de torres eletrônicas nos assentamentos onde não existe nem água. Além disso, miséria, violência e opulência convivem no novo século tão insolentemente quanto na Idade Média. O dilema aqui apresentado é, de um lado, estimular o avanço indiscriminado da tecnologia, aceitando riscos impostos à sobrevivência da espécie humana e do planeta e, por outro lado, repensar o comportamento humano, na perspectiva da transcendência humana. Tal questionamento faz surgir e desenvolver o impulso para os estudos da Bioética, a re�exão sobre temas cientí�cos, �losó�cos e jurídicos sob a égide da ética para a formação pro�ssional. A ética está numa esfera normativa, atingida pela re�exão. É o ter e não o ser. Fonte: Por Photobank gallery / Shutterstock. Veja a contribuição abaixo para repensar toda essa revolução tecnológica, que segundo Dowbor (2008), comentando a respeito das desigualdades territoriais de um país com as dimensões do Brasil, a�rma: "No próprio Brasil, onde a produção anual por habitante é da ordem de 3000 dólares, uma repartição mais justa permitiria assegurar um nível de vida confortável para a totalidade da população. A realidade é que a metade do produto social é consumida por 10% das famílias mais ricas do país. O topo da pirâmide social, representando 1% dos mais ricos do país e cerca de 1,9 milhões de pessoas, obtém uma renda de cerca de 15% do total, enquanto a metade mais pobre do país não chega aos 13%. Isto signi�ca que 1,9 milhões de ricos podem consumir mais do que os 95 milhões de pobres do país. " Barone (1999) procura contemplar vários aspectos inerentes ao tema, elaborando cenários que contemplam diferentes áreas das políticas públicas e sociais. No primeiro momento, elabora uma crítica que enfatiza os desdobramentos do modelo de ajuste estrutural para os países em desenvolvimento – a ampliação do apartheid social, com a ampliação do fosso entre os países. Também destaca a imposição de processos de modernização aos países em desenvolvimento, através da absorção de novas tecnologias, sob o risco de reforçarem sua exclusão. Em um segundo momento, a de�nição de uma agenda educacional privilegia o suprimento das necessidades identi�cadas como barreiras à maior produtividade e qualidade do produto. A contribuição de Guimarães (2006, p. 52), destaca a profunda análise que precisa ser feita sobre a realidade e “as possíveis soluções à atual crise de civilização através do desenvolvimento sustentável, haverá que buscá-las no próprio sistema social, e não em alguma mágica tecnológica ou de mercado”. Nesse caso, a educação em relação à sustentabilidade precisa ser fortalecida. Consequências da revolução tecnológica Clique no botão acima. A lógica criada pela revolução tecnológica, que nasceu no século XIX, quando o discurso positivista era relacionado ao progresso, em todas as áreas, paralelamente, buscava o seu desenvolvimento através da especialização e do estudo fragmentado das partes, rompendo com a ideia de totalidade que pairava, na época, nas ciências. A lógica criada pela revolução tecnológica, que nasceu no século XIX, quando o discurso positivista era relacionado ao progresso, em todas as áreas, paralelamente, buscava o seu desenvolvimento através da especialização e do estudo fragmentado das partes, rompendo com a ideia de totalidade que pairava, na época, nas ciências. (BEHRING; BOSCHETTI, 2008) A expansão do setor de serviços, das funções intermediárias, ou melhor, da esfera da reprodução, absorveu durante algum tempo parcela da mão de obra liberada. Presenciamos a “tendência da supercapitalização, ou seja, da industrialização da esfera da reprodução em setores que não produzem mais-valia diretamente, mas que indiretamente aumentam a massa de mais-valia. Trata-se de impregnar o processo social de relações tipicamente capitalistas, transformando os serviços em mercadorias”. (BEHRING; BOSCHETTI, 2008) A expansão do setor de serviços, das funções intermediárias, ou melhor, da esfera da reprodução, absorveu durante algum tempo parcela da mão de obra liberada. Presenciamos a “tendência da supercapitalização, ou seja, da industrialização da esfera da reprodução em setores que não produzem mais-valia diretamente, mas que indiretamente aumentam a massa de mais-valia. Trata-se de impregnar o processo social de relações tipicamente capitalistas, transformando os serviços em mercadorias”. (BEHRING; BOSCHETTI, 2008) Para o capital, a regulação estatal só faz sentido quando gera um aumento da taxa de lucros, intervindo como um pressuposto do capital em geral. A demanda contraditória sobre o Estado é a expressão da contradição interna do capitalismo, entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção. Quando a regulação estatal cede aos interesses do trabalho, interferindo em alguma medida nas demais ações reguladoras em benefício do capital, multiplicam-se as reclamações do empresariado. Com a crise �scal, decorrente da ampliação das demandas sobre o orçamento público e da diminuição dos recursos, a guerra em torno da destinação dos recursos públicos é cada vez mais acirrada. Para a política social, esse conjunto de tendências e contra tendências que constituem o capitalismo na sua fase madura trazem consequências importantes. Atividade Guimarães (2006, p. 52) destaca a profunda análise que precisa ser feita sobre a realidade social. Como deve ser o caminho para essa busca? a)Pela educação. b)Pela renda familiar. c)Pelo poder. d)Pelo Estado. e)Pela igreja. Globalização Iniciamos com a realidade que com o advento de novas técnicas, tecnologias e processos mais agressivos de globalização, as mudanças ocorrem de forma muito mais complexa, acelerada e de modo escamoteado e camu�ado, o que exige uma atitude crítica apurada. A desnacionalização dos aspectos e problemas sociais, transformados em aspectos e problemas transnacionais, fez nascer o conceito de cidadão do mundo, que vem sendo paulatinamente construído pela sociedade civil de todos os países em contraposição ao poder político do Estado e ao poder econômico do mercado. A sociedade global não é nem uma soma aritmética nem uma composição geométrica de sociedades nacionais. Assim, parte de sua originalidade se apresenta com con�gurações e movimentos próprios, revelando-se uma totalidade superior, complexa e contraditória, constituindo territorialidades e temporalidades desconhecidas. Fonte: Por Katty2016 / Shutterstock. Cabe, pois, repensar o lugar e o tempo da sociedade nacional, começando por reconhecer que a globalização abala os seus signi�cados empíricos e metodológicos, históricos e teóricos. O que não se pode ignorar é o fato de que as principais teorias da sociedade tomam por base os conceitos inerentes à sociedade nacional em sua totalidade ou em partes. O paradigma clássico das ciências sociais está codi�cado de formaa nortear conceitos, estudos e pesquisas a problemas inerentes à sociedade nacional. Entretanto, a mesma codi�cação aplica-se, na maioria dos casos, às situações em que se busque enfatizar a visão global. Sob esse aspecto, se faz necessário retomar os conceitos que envolvem a visão global, mais conhecido como globalização e que, nos últimos tempos, foi o responsável por todas as mazelas que acontecem no mundo. Papel do Brasil no processo de globalização Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online A questão primordial para o Brasil é encontrar uma forma adequada de se inserir no processo de globalização, preservando o autogerenciamento dos seus problemas especí�cos, tais como: educação, pobreza, habitação, reforma agrária, saúde e segurança. A hipótese de uma submissão do país à ordem mundial é inaceitável. Faz-se necessário o reconhecimento do Brasil como nação autônoma e soberana, ou seja, de ator respeitado no cenário internacional, quadro que vem sendo modi�cado na última década. O ponto de partida vai ao encontro dos aspectos inerentes à capacitação da população, aos investimentos em tecnologia, ao aumento da taxa de poupança interna e ao fortalecimento da base industrial e agrícola. Quanto ao Estado, é necessária a implementação de um modelo moderno e e�ciente, capaz de de�nir e viabilizar prioridades, com força para controlar os excessos do poder econômico, além de promover os segmentos mais carentes. Contraste entre prédios modernos e Paraisópolis (uma comunidade carente do Estado de São Paulo). | Fonte: Por Yannick Martinez / Shutterstock. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção Dentre as especi�cidades citadas, destaca-se o atraso acumulado no plano social. O processo de globalização concomitante à nova revolução tecnológica está provocando uma nova e profunda desarticulação social, a exemplo daquela do início da revolução industrial, com a diferença de que esta é extremamente mais veloz (BRUM,1997, p. 553-554). A ativa participação estatal na economia vem sendo contestada há vários anos ao se enfatizar a necessidade da formação de um Estado mínimo, o qual seria responsável por funções especí�cas, entre as quais: Educação Seguridade social Saúde Serviços de proteção à população Serviços de bem-estar O aumento da participação do setor público na economia brasileira se deu a partir dos anos 1950 e teve como consequência uma elevação substancial na renda per capita brasileira nos anos 1980, passando de 160 para 2.100 dólares. Entretanto, essa elevação manteve a desigualdade na distribuição da renda e se acelera a cada ano. Uma desigualdade avassaladora. Assim, se observa que a globalização cria novos problemas civilizatórios, de conteúdo transnacional, que se colocam numa outra dimensão sócio-histórica. Eles são postos pelo desenvolvimento do capitalismo mundial e exigem, para o seu enfrentamento real, a constituição irremediável de novas estruturas associativas, políticas e culturais de nível global, integrativas e não exclusivas ou substitutivas. Fonte: Por ktsdesign / Shutterstock. Impõe-se uma nova dialética entre o poder local e o poder global, o que signi�ca que a sociedade nacional-estatal local tende apenas a ser determinada e não meramente suprimida pelo desenvolvimento de uma sociedade burguesa transnacional. Fonte: Por kirill_makarov / Shutterstock. Considerando a complexidade e importância do conceito, relembramos que mais-valia é a forma especí�ca que assume a exploração sob o capitalismo, que resulta do fato da força de trabalho produzir mais produtos do que recebe como salário. A mais-valia absoluta ocorre quando se realiza o prolongamento da jornada de trabalho além do ponto em que o trabalhador produz para garantir a sua subsistência, com a apropriação pelo capital do trabalho excedente. Também existe a mais-valia relativa, que se realiza com o prolongamento do tempo de trabalho excedente e a condensação do trabalho necessário, possíveis pelo uso da tecnologia que permite produzir em menos tempo o equivalente ao salário (GRANEMANN, 1999). Saiba mais Leia o texto O impacto das novas tecnologias na sociedade: conceitos e características da Sociedade da Informação e da Sociedade Digital. Panorama rápido do cenário atual Na atualidade, a supremacia de uma nação ou a liderança das grandes empresas nas cadeias produtivas globais tem como fator determinante a capacidade de inovação, que permitirá a articulação e a organização da produção mundial em busca da composição mais e�ciente de: Trabalho Capital Conhecimento Recursos naturais Seus componentes fundamentais são o controle da tecnologia de ponta, dos recursos essenciais e da força de trabalho. javascript:void(0); A liderança tecnológica, que �xará os padrões gerais de reprodução e multiplicação da acumulação, a ampla disponibilidade de força de trabalho advinda da fragmentação geográ�ca das cadeias produtivas, que possibilita utilizar os grandes bolsões de mão de obra barata existentes nos países periféricos e identi�cação da matéria prima adequada, constituem os fatores essenciais para o exercício da hegemonia. O aumento da e�cácia e dos enormes ganhos gerais de produtividade por conta da incorporação das novas tecnologias de produto, processo e gestão tem conseguido, marginalmente, incorporar novos mercados continuamente não mediante o aumento de renda, mas pela queda do preço real de vários produtos globais. Fonte: Por Jenson / Shutterstock. Fonte: Por Oteera / Shutterstock. Dessa forma, o capitalismo, que se nutre de contradições, de diferenças de classes sociais, evidencia o processo exclusão/inclusão oriundo da economia globalizada ao apresentar, no mesmo cenário, a existência do desemprego estrutural, que marginaliza milhões de pessoas que passam a não ter acesso a empregos formais em quantidade e qualidade adequada, deixando os trabalhadores a mercê do subemprego ou aos distintos graus de informalidade, ao mesmo tempo em que ampli�ca o acesso aos produtos globais aos mercados que estavam à margem do consumo por insu�ciência de renda. Atenção Como resultado e acrescido de outros fatores do mercado de capitais, veri�ca-se que a disparidade de renda está crescendo e a pobreza, o desemprego e o subemprego estão engrossando a exclusão social (mobilidade, �exibilidade e versatilidade). A presença do trabalhador em um lugar de trabalho coletivo deixa de ser o elemento de controle e se abre a possibilidade de gerar diversas formas de precarização do trabalho, de informalização das relações trabalhistas, desagregação e diferenciação do efetivo operário a partir do conteúdo do seu trabalho e da individualização de sua tarefa. Na sociedade contemporânea, todas as exaltações são mais ligadas ao individualismo do que ao liberalismo econômico, pois reconhece a democracia liberal como o regime que oferece as maiores possibilidades ao cidadão e ao ator social de desenvolver-se como pessoa e como membro de uma comunidade. Mas também deixa evidente que, conforme Blandier (1999), atrás do modelo democrático se escondem o mercado mundial e seus focos de poder econômico, como também o recuo da política em proveito da economia e da competição que a dinamiza. As mudanças proporcionadas pela tecnologia vão além do modo como se realiza a produção e as atividades econômicas, in�uenciam a cultura e a vida. Veremos a seguir como essa in�uência acontece. Impactos da tecnologia na cultura e modo de vida Clique no botão acima. Na era das redes (sociais, produtivas, informação), facilitada pela integração da tecnologia de comunicação na vida cotidiana, o espaço doméstico se mescla à lógica do trabalho em rede a �m de ampliar mercados e lucros. As relações sociais se virtualizam, desmaterializando os encontros, ao mesmo tempo em que se estimula a criatividade para manter o ritmo das inovações. A introdução do tempo real na transmissão de dados reduzdrasticamente o tempo em que o capital permanece fora de seu ciclo de produção. As recentes tecnologias possibilitam novos bens e serviços com elevação da média de valor adicionado por hora trabalhada, revelando a interdependência cada vez maior entre capital �nanceiro, alta tecnologia e capital industrial, em que os lucros acumulados fertilizam as redes �nanceiras globais que, por sua vez, realimentam o processo de acumulação. Em contrapartida, as mazelas sociais (pauperização, fome, má distribuição de renda, violência, discriminação) também realimentam as diversas exclusões sofridas pelo ser humano na sociedade do conhecimento. É o fortalecimento do crescimento da questão social. A história do sistema capitalista nos mostra que a primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou na degradação do ser em relação ao ter. No atual contexto, em que as distâncias físicas são praticamente anuladas e os espaços já não são mais obstáculos, operou-se um deslizamento generalizado do ter para o parecer ter, pois, além da pessoa se voltar para viver o momento, buscando um gozo em curto prazo e a qualquer preço, vivemos numa sociedade do espetáculo, em que o desempenho do ator-sujeito de�nirá o seu lugar social. A urgência destrói a capacidade de construir e esperar, exacerbando ainda mais os interesses individuais sobre os coletivos. Vivemos em uma sociedade individualista. Como exemplo, podemos citar o telefone celular, a Internet, símbolos da interconectividade, conectados 100% do tempo, que passam a ser condição de felicidade. Assim, a cada novo lançamento, torna-se fundamental a substituição do equipamento antigo, sem a re�exão ou preocupação de que se está produzindo um lixo eletrônico que, se não for devidamente descartado, acarretará em danos irreversíveis para a sociedade. Veja a seguir como Gilberto Dupas trata das pressões de consumo exercidas sobre as classes mais pobres. Bombardeado pela mídia eletrônica que associa a felicidade ao consumo de marcas globais, o jovem excluído – receptor exatamente da mesma mensagem que o incluído – tem como alternativas conseguir a qualquer preço o novo objeto de desejo ou recalcar uma aspiração manipulada pelo interesse comercial. Esse é um exemplo importante para re�exão na atuação do pro�ssional de Serviço Social inserido nesse campo de atuação (DUPAS, 2001). Saiba mais Para saber mais sobre o assunto, assista ao curta-metragem Ilhas das Flores, de Jorge Furtado (1989). | Atividade 2. Ao analisar o sistema capitalista, o que é correto a�rmar sobre a presença do trabalhador em um lugar de trabalho coletivo, sem espaço para o olhar individualizado, que deixa de ser valorizado pelo seu trabalho? a) Abre a possibilidade de gerar diversas formas de precarização do trabalho. b) Abre a possibilidade de gerar diversas formas de valorização do trabalho. c) Abre a possibilidade de gerar diversas formas de legalização da força de trabalho justo. d) Abre a possibilidade de gerar diversas novas formas de minimizar a “mais valia” na relação trabalhador e produção. e) Abre a possibilidade de fortalecimento da classe trabalhadora. O futuro da humanidade Frente ao desa�o de enfrentar a questão social, a descentralização permitiu o desenvolvimento de formas inovadoras e criativas na sua implementação, gestão, monitoramento, avaliação e informação. No entanto, a compreensão de que a gestão democrática vai muito além de inovação gerencial ou de novas tecnologias é bastante limitada neste país. A centralização ainda é uma marca a ser superada, bem como a corrupção, o senso de justiça e de humanidade. Apesar de todo o avanço tecnológico, vive-se a ilusão da esperança de que a sobrevivência da humanidade como espécie esteja garantida e de que, em algum momento do futuro, uma parte razoável dos seres humanos possa atingir uma qualidade de vida semelhante ao atual padrão das econômicas desenvolvidas no planeta (DUPAS, 1999). Fonte: Por Mrs_ya / Shutterstock Mas, na realidade, a humanidade está caminhando em direção a uma barreira de escassez de produtos fundamentais a sua sobrevivência: água e alimentos. Com a superpopulação e o atual estilo de desenvolvimento, corremos o risco de esgotar as reservas naturais – inclusive de água doce – e eliminar para sempre numerosas espécies vegetais e animais. A maior parte da pressão destruidora sobre o ecossistema vem de um pequeno número de países desenvolvidos. No entanto, suas fórmulas de prosperidade estão sendo vivamente adotadas como objetivo pelo resto do mundo. A existência humana dependerá de sermos capazes de estabelecer contratos de longo prazo com nosso futuro (DUPAS, 1999). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 3. Uma sociedade que busca o ter e não o ser, com graves expressões da questão social, abre caminho para o aumento da busca por: a) Igualdade. b) Geração de mais renda. c) Justiça social. d) Valorização do trabalho humano. e) Bem material a qualquer custo, aumentando a violência. Notas Referências BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. Política social: fundamentos e história. São Paulo: Cortez, 2008. BARONE, R.E. Educação e políticas públicas: questões para o debate, 1999. Disponível em: //www.bts.senac.br/index.php/bts/article/view/499/423. Acesso em: 10 jun. 2019. BLANDIER, G. O Dédalo: para �nalizar o século XX. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. BRUM, A.J. Desenvolvimento econômico brasileiro. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. DOWBOR, Ladislau. O que é poder local. Disponível em: //dowbor.org/08podlocal.doc. Acesso em: 10 jun. 2019. DUPAS, Gilberto. Sobrevivência em risco. Folha de S. Paulo, São Paulo, 2 fev. 1999. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz02029910.htm. Acesso em: 11 jun. 2019. DUPAS, Gilberto. Ética e poder na sociedade da informação; revendo o mito do progresso. Disponível em: https://docplayer.com.br/36724840-Espaco-aberto-revendo-o-mito-do-progresso-gilberto-dupas.html. Acesso em: 11 jun. 2019. GUIMARÃES, R. P. A ecopolítica da sustentabilidade em tempos de globalização corporativa. In: GARAY, I. E.; BECKER, B. K. (Org.). As dimensões humanas da biodiversidade: o desa�o de novas relações sociedade-natureza no século XXI. Petrópolis: Vozes, 2006. GRANEMANN, Sara. Processos de trabalho e Serviço Social. In: CFESS-ABEPSS-CEAD/UNB. Reprodução social, trabalho e Serviço Social. Módulo 1. Capacitação em Serviço Social e Política Social. Brasília: CEAD,1999. IAMAMOTO, Marilda. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital �nanceiro, trabalho e questão social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008. PINHEIRO, Patrícia; MARQUES, Maria de Fátima; BARROSO, Maria. Ética na formação pro�ssional: uma re�exão. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 116-120, Apr. 2006. Disponível em: //www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 81452006000100015&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 jun. 2019. Explore mais javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Leia o livro: FALEIROS, V. de P. Globalização, correlação de forças e serviço social. São Paulo: Cortez, 2016.
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