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Técnico em Radiologia Módulo I Anatomia dos Membros Inferiores. Ithalo Ramon S. Silva Fisioterapeuta Especialização em Terapia Intensiva e Suporte Ventilatório. Conceitos O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro). A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, que são unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA. Segmentos Ósseos Cintura Pélvica – Ilíaco (Osso do Quadril) Coxa – Fêmur e Patela Perna – Tíbia e Fíbula Pé – Ossos do Pé Fatos importantes sobre o membro inferior Quadril e pelve Ossos: ossos do qudaril, sacro e cóccix Articulação do quadril: articulação em bola-e-soquete Músculos: grupos anterior e posterior (superficial, profundo) Artérias: artérias glúteas e femorais Veias: veias ilíacas externas e internas Nervos: nervos clúneo, cutâneo femoral, femoral, obturador, ciático, e glúteo, todos ramos do plexo lombossacro Coxa Ossos: fêmur Articulações: quadril e joelho Músculos: grupos anterior, medial e posterior Artérias: artéria femoral e seus ramos Veias: veia femoral, veia circunflexa, veia safena magna, e veia profunda da coxa Nervos: nervos femoral e ciático, ramos dos plexos lombar e sacral, respectivamente Joelho Ossos: tíbia, fíbula, patela Tipo: articulação em dobradiça, capaz de flexão, extensão, rotação Músculos: extensores do joelho e flexores do joelho Artérias: artérias geniculares Veias: veia poplítea Nervos: nervos geniculares; ramos dos nervos obutrador e femoral Perna Ossos: tíbia, fíbula Articulações: joelho e tornozelo Músculos: grupos anterior, lateral e posterior (superficial, profundo) Artérias: artérias tibiais anterior e posterior Veias: veia safena parva, veia safena magna, veias tibial e fibular Nervos: nervos fibular comum, tibial e safeno, ramos dos nervos ciático e femoral Tornozelo e pé Articulação do tornozelo: articulação em dobradiça, capaz de flexão plantar e dorsiflexão Ossos: ossos calcâneo, tálus, navicular, cuboide e cuneiforme, bem como os metatarsos e falanges Músculos: grupos dorsal, plantar central, plantar medial e plantar lateral Artérias: ramos da artéria dorsal do pé e do arco plantar profundo Veias: redes venosas superficiais dorsal e plantar; arco plantar profundo e arco venoso dorsal; marginal, digital, e veias metatársicas do pé Nervos: nervos medial, plantar e digital Cintura Pélvica A estrutura de sustentação da região do quadril é a pelve, que é constituída da cintura pélvica e do cóccix. Por sua vez, a cintura pélvica é formada por dois quadris e pelo sacro, interconectados na sínfise púbica e nas articulações sacroilíacas. Cada quadril possui três partes (ílio, ísquio e púbis), e recebe a cabeça do fêmur para formar a articulação do quadril. Esta articulação em bola e soquete é responsável por fornecer uma ampla gama de movimentos à extremidade inferior. Íliaco O membro inferior é especializado para sustentar o peso do corpo e a locomoção, a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio, a condição de estar uniformemente balanceado. Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro). O esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, unidos na sínfise púbica e no sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA. O Ilíaco é um osso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de três ossos: Ílio – 2/3 superiores Ísquio – 1/3 inferior e posterior (mais resistente) Púbis – 1/3 inferior e anterior O osso apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos. Face Externa Asa Ilíaca – linha glútea posterior, linha glútea anterior e linha glútea inferior Cavidade do Acetábulo – grande cavidade articular constituída pela união dos três ossos do quadril: ílio, ísquio e púbis. O acetábulo apresenta as seguintes estruturas: face semilunar, fossa do acetábulo e incisura do acetábulo Forame Obtura tório – grande abertura arredondada localizada entre o ísquio e o púbis Face Interna Fossa Ilíaca – face grande, lisa e côncava Face Auricular Linha Arqueada – divide o ílio em corpo e asa Borda Superior Crista Ilíaca – dividida em: lábio externo e interno e uma linha intermediária Borda Anterior Espinha Ilíaca Ântero-Superior Espinha Ilíaca Ântero-Inferior Eminência Iliopectínea – ponto de união do ílio com o púbis Borda Posterior Espinha Ilíaca Póstero-Superior Espinha Ilíaca Póstero-Inferior Incisura Isquiática Maior – superior à espinha isquiática Espinha Isquiática – eminência triangular fina e pontiaguda Incisura Isquiática Menor – inferior à espinha isquiática Túber Isquiático – grande saliência dilatada Borda Inferior Ramo do Isquiopúbico – união do ísquio com o púbis O Ilíaco se articula com três ossos: Sacro, Fêmur e o Ilíaco do lado oposto. Pelve Os ossos pélvicos (ilíacos) articulam-se entre si através da sínfise púbica, e com o sacro através da articulação sacroilíaca. O cóccix se articula com o sacro através da articulação sacrococcígea. A pelve fornece proteção e passagem para o plexo lombar e para o plexo sacral (sagrado), formando, juntos, o plexo lombossacral (lombossagrado), à medida que os nervos viajam inferiormente para suprir as estruturas da extremidade inferior. A anatomia pélvica é interessante por causa das suas variações entre os sexos. Os ossos são essencialmente os mesmos, entretanto a pelve feminina é maior e mais larga do que a pelve masculina, a abertura superior da pelve é mais arredondada e o ângulo subpúbico é mais largo. Fêmur O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. O fêmur consiste em uma diáfise e duas epífises. Articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a patela e a tíbia. É o osso mais forte e mais comprido do corpo, ocupando o espaço do membro inferior, entre as articulações do quadril (anca) e do joelho. A anatomia do fêmur é de tal modo única que torna o osso adequado para suportar as numerosas fixações musculares e ligamentares nesta região, além de estender maximamente o membro ao máximo durante a deambulação. Proximalmente, o fêmur articula-se com o osso pélvico. Distalmente, interage com a patela (rótula) e o aspeto proximal da tíbia. O fêmur começa a desenvolver-se entre a quinta e a sexta semana de gestação através de ossificação endocondral (em que um osso é formado a partir de uma base cartilaginosa). Embora vários centros de ossificação (pontos de desenvolvimento ósseo) apareçam ao longo da vida intrauterina, o osso continua a se desenvolver através da infância e adolescência precoce. A ossificação do fêmur fica concluída entre o 14.º e o 18.º ano de vida. Epífise Proximal Cabeça do Fêmur – é lisa e arredondada Fóvea da Cabeça do Fêmur – localiza-se na cabeça do fêmur Colo Anatômico – liga a cabeça com o corpo Trocanter Maior – eminência grande, irregular e quadrilátera localizada na borda superior do fêmur Trocanter Menor – localiza-se posteriormente na base do colo. É uma eminência cônica que pode variar de tamanho. Linha Intetrocantérica – se dirige do trocânter maior para o trocânter menor na face anterior Crista Intetrocantérica – crista proeminente localizada na face posterior, correndo numa curva oblíqua do topo do trocânter maior para o menor. Epífise Distal Face Patelar – articula-se com a patela Côndilo Medial – articula-se com a tíbia medialmente Côndilo Lateral – articula-se com a tíbia lateralmente Fossa Intercondilar – localiza-se entre os côndilos Epicôndilo Medial – proeminência áspera localizadamedialmente ao côndilo medial Epicôndilo Lateral – proeminência áspera localizada lateralmente ao côndilo lateral A cabeça do fêmur é uma estrutura aproximadamente esférica que se situa súpero-medialmente e se projeta anteriormente do colo do fêmur. A convexidade lisa da cabeça femoral é interrompida na face póstero-inferior por uma depressão conhecida como fóvea do ligamento da cabeça (fóvea da cabeça do fêmur). Isso facilita a fixação do ligamento da cabeça do fêmur (também chamado de ligamento foveal ou ligamento redondo). A cabeça femoral forma a “bola” na articulação do tipo “bola e soquete” (esferoide) da anca. Fratura de Fêmur O fêmur proximal pode quebrar em pacientes jovens envolvidos em acidentes com grande impacto, como quedas de altura significativas e acidentes automobilísticos. Entretanto, fraturas do fêmur proximal são mais frequentes em pacientes idosos, com ossos fracos e osteoporóticos. Nestes pacientes, o osso pode quebrar após uma simples queda da própria altura. Dependendo do local do osso onde aconteceu a quebra, a fratura de fêmur pode ser dividida em dois tipos principais: Fratura do colo do fêmur: surge na região que se liga ao quadril e é mais comum em idosos devido à presença de osteoporose. Fratura do corpo do fêmur: acontece na região central do osso e é mais frequente em jovens devido a acidentes de trânsito ou quedas de grande altura. Patela A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação do joelho. É um osso sesamoide. É dividida em: Base (larga e superior) e Ápice (pontiaguda e inferior). A Patela articula-se com o Fêmur. Patela Se localiza dentro do tendão do quadríceps femoral, em frente à articulação do joelho. O osso se origina de vários centros de ossificação que se desenvolvem entre três e cinco anos de idade, e rapidamente coalescem. A inserção do músculo quadríceps é encontrada na sua superfície superior e se estende distalmente na sua superfície anterior. Patela A principal função da patela é realizada durante a extensão do joelho. O fato da patela se localizar em cima das superfícies anteriores dos côndilos femorais aumenta o ângulo no qual o tendão do quadríceps empurra a diáfise da tíbia. A patela também permite a movimentação suave do joelho na flexão e extensão e protege a superfície anterior da articulação do joelho. Tíbia Exceto pelo fêmur, a tíbia é o maior osso no corpo que suporta peso. Está localizada no lado ântero-medial da perna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. Articula-se proximalmente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o tálus e a fíbula. Tíbia Ela participa da sustentação do peso da perna e é o segundo maior osso do corpo, atrás do fêmur. A parte proximal da tíbia possui vários marcos ósseos anatômicos importantes que funcionam como locais de fixação muscular e como superfícies articulares: Dois côndilos tibiais (medial e lateral) separados por áreas intercondilares (anterior e posterior). Tíbia Articulações Articulação do joelho Articulação do tornozelo Articulação tibiofibular superior/proximal Articulação tibiofibular média Articulação tibiofibular inferior/distal Inserções musculares Músculos que inserem na tíbia: sartório, grácil, quadríceps femoral, semimembranoso, semitendinoso, poplíteo Músculos que se originam na tíbia: tibial anterior, extensor longo dos dedos, sóleo, tibial posterior, flexor curto dos dedos Relações clínicas Fraturas Fíbula A fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para fixação de músculos. Não possui função de sustentação de peso. Articula-se com a tíbia (proximalmente e distalmente) e o tálus distalmente. Fíbula Tal como outros ossos longos, a fíbula tem uma extremidade proximal (com cabeça e colo), um corpo ou diáfise, e uma extremidade distal. A fíbula e a tíbia são paralelas uma à outra na perna e têm um comprimento semelhante, mas a fíbula é muito mais fina do que a tíbia. Isso é indicativo da função de suporte de peso de cada osso. xtremidade proximal Ápice – processo estiloide Cabeça da fíbula – com faceta para articular com o côndilo lateral da tíbia Colo – com o nervo fibular comum posterior a ele Corpo (diáfise) Três bordas – anterior, interóssea, posterior Três superfícies – medial, lateral, posterior Extremidade distal Maléolo lateral Ponto para fixação ligamentar Articulações Articulação tibiofibular superior – articulação sinovial plana Articulação tibiofibular média – fixada pela membrana interóssea Articulação tibiofibular inferior – sindesmose Também participa na articulação “mortise do tornozelo” Ossos do Pé Existem 26 ossos no pé, divididos em três grupos: Sete ossos do tarso (tarsais) Cinco ossos do metatarso (metatarsais) Quatorze falanges Ossos do Pé Os ossos do tarso compõem uma forte plataforma de suporte de peso. Eles são homólogos aos ossos do carpo (carpais) no punho e são divididos em três grupos: proximal, intermediário e distal. Os ossos do tarso proximal são o tálus e o calcâneo. O osso do tarso intermediário é o navicular. Os ossos do tarso distal são o cubóide e os três ossos cuneiformes (lateral, intermediário e medial). Ossos do Pé Os ossos do metatarso são homólogos aos metacarpos da mão. Eles estão implicados na sustentação do peso corporal. As falanges também se correspondem às da mão: Os quatro dedos laterais são compostos de três falanges (proximal, média e distal), enquanto o dedão do pé (hálux) é composto por apenas duas falanges (proximal e distal) Ossos do Pé Fileira Proximal: Tálus(tróclea) e Calcâneo (túber do calcâneo) Ossos do Pé Fileira Distal: Navicular, Cuboide, Cuneiforme Medial, Cuneiforme Intermédio (Médio) e Cuneiforme Lateral Metatarso É constituído por 5 ossos metatarsianos que são numerados no sentido medial para lateral em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos do pé, sendo o I denominado hálux e o V mínimo. Dedos do Pé Apresentam 14 falanges: Do 2º ao 5º Dedos: 1ª Falange (Proximal) 2ª Falange (Média) 3ª Falange (Distal) Dedos do Pé Hálux: 1ª Falange (Proximal) 2ª Falange (Distal)
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