Buscar

Resumo sobre a matéria de Epidemiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

(
Epidemiologia
)
É um conjunto de conceitos, teorias e métodos que permitem estudar, conhecer e transformar o processo de saúde-doença na dimensão coletiva
Uso da epidemiologia
· Ela faz o diagnostico de saúde da população conhecendo o perfil epidemiológico e suas necessidades com a finalidade de desenvolver ações de saúde adequadas a cada realidade. 
· Faz a avaliação das tecnologias, programas e serviços disponíveis a fim de identificar aqueles que oferecem os melhores resultados e tenham impacto nas condições de saúde da população brasileira
· Planejamento e organização dos serviços de saúde definindo prioridades e melhor uso dos recursos dando ajuda ao planejamento de ações que melhorem a atenção á saúde, modificando as condições da saúde da população 
· Analise critica de trabalhos científicos que possibilitam selecionar as produções de melhor qualidade, identificando os principais métodos, suas aplicações e limitações
Freqüência da doença
Endêmica: quando a doença ocorre apenas em um determinado espaço e não se espalha para outros locais
Epidêmica: quando a doença ocorre em uma região e se espalha rapidamente para outras regiões de forma descontrolada
Sazonais ou estacionais: são doenças que se distribuem de acordo coma as estações do ano
Surto: acontece quando há um aumento do numero de casos de uma doença em uma região especifica. Para ser considerado surto, o aumento de caso 
deve ser o maior que o esperado pelas autoridades
Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta
Estudo descritivo
Idade, sexo, etnia, ocupação, lugar e tempo. Os dados descritíveis são fundamentais para conhecermos as condições de saúde de uma população, por meio desses dados é possível identificarmos os possíveis determinantes das doenças. A coleta de dados é realizada através de aplicação de questionário e processo de trabalho de serviço de saúde 
Incidência
A incidência de uma doença é definida como o numero de casos novos em um período de tempo em uma população exposta ao risco de ficar doente 
Refere-se a uma taxa de aparecimento de novos casos de uma doença em uma população durante um período de tempo especifico 
Ex: de houver 1000 pessoas em uma população e 10 delas desenvolverem diabetes durante um ano a incidência de diabetes nessa população é de 1%
10/1000=0,01*1000=10 pessoas 
Ou seja, 10 pessoas ou 1% desenvolveram diabetes 
Prevalência
É o numero de casos de uma doença que existe em uma população em um período de tempo específico dividido pelo numero total de pessoas nessa população 
A prevalência se refere à proporção de indivíduos em uma população que tem uma doença ou condição particular em um momento determinado.
Na prevalência queremos saber naquele exato período quantos casos tinha e qual a população desse período
Ex: se houver 1000 pessoas em uma população e 50 delas têm diabetes 
*50 é o numero de casos e 1000 é o total da população
50/1000= 0,05*1000=50
 1000-100%
 50-X
 1000.X=100.50
 1000.X=5000
 X=5000/1000
 X=5%
O resultado vai ser: 5% ou 50 pessoas possui diabetes
Multiplica por 1000 pois é a constante: a constante podemos escolher, podemos nos basear na quantidade de pessoas da população que estamos analisando
E faz a regra de 3 para saber a porcentagem
Ex: 60 casos de pessoas com hanseníase numa população de 3000 mil pessoas
60/3000=0,002➝0,002.10000=20
20% de 10 mil pessoas=0,02%
Ou seja, de 10 mil pessoas 20 delas ou 0,02% vão ter hanseníase
Ex: em 2020 uma cidade de 20000 habitantes 150 possuía hanseníase e em 2021 500 pessoas possuíam a doença
500-150= 350 novos casos
Vamos usar como denominador a população que tem o risco de pegar a doença
Pop. Em risco=20000-180=19850
350/19850=0,0176*10000=176 casos por 10000 mil habitantes
Prevalência instantânea: quando escolhemos um determinado momento para fazer o seu cálculo, freqüência de um dado instante, por exemplo, um dia
Prevalência no período: quando realizamos o cálculo usando como base um intervalo de tempo mais amplo, freqüência em um determinado tempo, exemplo de primeiro de janeiro ate dia 20 de janeiro
Incidência VS prevalência
Em resumo a prevalência se refere ao número total de casos de uma doença em uma população em um momento dado, enquanto a incidência se refere ao numero de novos casos que ocorrem em uma população durante um período de tempo especifico.
A prevalência de uma doença pode variar de acordo com sua incidência, quanto maior for a incidência maior será a prevalência. A incidência e a prevalência avaliam aspectos diferente da doença, quando ocorre uma estabilidade na população e na incidência da doença podemos considera que a prevalência é igual a incidência multiplicada pela duração da doença
Novos casos: incidência 
Dividido: prevalência
Gravidade e carga da doença
A gravidade de uma doença está relacionada ás conseqüências que ela pode trazer para a vida de uma pessoa em termos de qualidade de vida. A carga da doença pode ser expressa por anos de vida que são perdidos em decorrência de morte prematura ou por anos vividos com incapacidade
Mortalidade
É a medida dos casos de morte por uma doença. O coeficiente de mortalidade geral (CMG) é a quantidade total de mortes ocorridas em uma população em um período de tempo
Calculamos o CMG:
Onde: M é o total de óbitos de uma área determinada em um dado ano
 P é a população estimada dessa área para a metade do ano M
 K é uma variável, mas usualmente tem o valor 3 
10³: 1000
Taxa de mortalidade infantil
Utilizamos este indicador de saúde para representar o número de óbitos entre crianças de óbitos entre crianças menores de um ano de idade para cada mil nascidos vivos em uma determinada área e período 
Neonatal
Refere-se ao número de óbitos de menores de 28 dias para cada mil nascidos vivos
Pós-neonatal
Refere-se ao número de óbitos de crianças com idade entre 28 e 364 dias, para cada mil nascidos vivos 
Mortalidade proporcional
É a proporção de óbitos de indivíduos com 50 anos ou mais em relação ao número de óbitos ocorridos na população total de uma região. É utilizada como indicador do nível de vida das populações 
Morbidade: é como se apresenta o comportamento de uma doença ou de um agravo á saúde em uma população exposta. Pode ser calculada pelos coeficientes de incidência e prevalência 
Letalidade: entende-se como o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte. Pode ser calculada pela relação entre o número de óbitos resultante de uma determinada causa e o número de pessoas que foram realmente acometidas pela doença 
 (
Indicadores
)
Os indicadores de saúde são freqüências relativas compostas por um numerador e um denominador que fornecem informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões relacionados as condições de vida da população e a ao desempenho do sistema de saúde 
Indicadores de morbidade: indicam a incidência e prevalência de doenças
Indicadores de mortalidade: indicam a mortalidade através, por exemplo, da taxa de mortalidade geral, taxa de mortalidade infantil, taxa de mortalidade por grupos de causas e razão de mortalidade materna 
 (
2º Bimestre
) (
Epidemiologia
)
 (
Estudos epidemiológicos
)
Estudos transversais
Em estudos transversais as informações são coletadas de cada individuo em um ponto no tempo. A principal medida de freqüência de um evento neste estudo é a prevalência. Os estudos transversais são conhecidos também como estudos de prevalência e podem ser descritivos ou analíticos 
Descritivo: são usados para a coleta em um ponto no tempo de informações sobre a freqüência e distribuição de variáveis relacionadas ao processo saúde doença na população em estudo
Analíticos: são realizados para investigar a associações entre exposições (fatores de risco) e efeito (doença ou outra condição) em estudo. A característica dos estudos transversais analíticos que os distingue dos outros estudos éque a informação sobre os possíveis fatores de risco e sobre os efeitos são obtidos simultaneamente 
Então para calcular a prevalência (P) da doença (D) entre expostos (exp), utiliza a seguinte formula:
Já para calcular a prevalência da doença entre não expostos (ñexp), emprega-se a seguinte formula:
Exemplos:
A=89 B=90
C=37 D=54
PDexp= 89 89 0,49
 89+90 179
PDñexp= 37 37 0,40
 37+54 91
Obtém-se a razão de prevalência da doença:
RP= 0,49 1,225
 0,40
Estudos caso-controle
São estudos que selecionam inicialmente os casos ou indivíduos portadores de uma doença ou agravo, e os controles ou indivíduos que não apresentam o desfecho estudado mas são semelhantes aos casos. Observe que neste estudo os participantes são recrutados depois que o efeito ocorreu, portanto já doentes. A exposição ao fator de risco ocorreu no passado por isso é pesquisada retrospectivamente e depende da memória da paciente 
Os casos são selecionados em geral em hospitais ou ambulatórios especializados. Os controles devem ser semelhantes à população que constituiu os casos e podem ser recrutados dos mesmos serviços de saúde no qual foram recrutados os casos. O numero de controles em relação aos casos em geral é 1:1 (caso: controle), se o número de casos for insuficiente, aumenta-se a relação até o limite de 1:4, este procedimento aumenta a eficiência da amostra. Os controles podem ainda ser pareados com relação a sexo, idade e outras variáveis de confusão da associação estudada, mas a utilização de controles não pareados é possível. A associação entre a doença e a exposição é testada pelo oddsratio (OR) ou razão de chances que é uma estimativa do risco relativo. O or expressa a chance de um caso (doente) ser exposto dividido pela chance de um controle (não doente) ser exposto
Para calcular a proporção de doentes ou casos (%D) expostos a partir da Tabela 1 utiliza-se a fórmula:
%Dexp= 89 89 0,70
 89+37 126
Em seguida o odds ou chance de doentes ou casos (D) expostos (exp), é calculado a partir da formula: 
Odds Dexp= 89 = 2,40
 37
Estudos de caso controle são indicados para doenças raras. Apresentam como vantagens a rápida execução, são mais baratos que estudos de coorte e permitem investigar vários fatores de riscos. Como limitações podem apresentar viés de seleção de casos e controles e de medida da exposição, não mostram a incidência, não adequados para investigar exposições raras, não estabelecem a sequência entre doença e exposição 
Estudos de coorte
São estudos que medem o risco de uma exposição ou fator poder desencadear uma doença. Para isso, compara expostos com não expostos. É o único estudo capaz de confirmar hipóteses causais, pois acompanha no tempo os indivíduos desde a exposição até o desencadear da doença/agravo, podendo assim determinar a incidência de uma doença. 
Iniciam com grupos homogêneos de não doentes, agrupados segundo uma variável como ano de nascimento, área geográfica, dentre outras, o que se denomina de coorte, registra-se exposição aos fatores de riscos e após um tempo de seguimento, em geral logo, observa a ocorrência ou não do desfecho em quatro grupos
O estudo de coorte é dividido em prospectivo ou longitudinal ou concorrente OU retrospectivo ou coorte histórico
· Prospectivo ou longitudinal ou concorrente: o pesquisador seleciona uma população sem a doença e realiza o seguimento até o desenvolvimento da doença ou não 
 
· Retrospectivo ou coorte histórico: seleciona-se população ou coorte que possui registros de exposição ao fator de risco obtido no passado, mas verifica-se a doença no presente 
É possível ainda realizar estudos de coorte híbridos, retrospectivamente na avaliação da exposição e prospectivo ao verificar a ocorrência da doença no futuro. Estudos de coorte permitem o cálculo das medidas de efeito que são medidas de associação entre exposição e doenças. As medidas de efeito avaliam as diferenças de riscos entre grupos que diferem em relações à exposição ao fator de risco estudado.
 (
Processos 
Epidêmicos
)
Uma enfermidade não pode ser separada do ecossistema em que integram os elementos que concorrem para sua ocorrência. Esses elementos podem ser agrupados em três categorias 
-Agente etiológico 
-Hospedeiro 
-Ambiente
Esses elementos, que constituem a chamada tríade epidemiológica, podem coexistir em determinados ecossistemas sem que ocorra a enfermidade. 
Entretanto qualquer desequilíbrio de algum deles podem desencadear uma série de eventos que podem resultar em doenças. 
A sucessão de eventos, necessária para que a enfermidade ocorra, denomina-se processo epidemiológico, e ao estudo das relações entre o agente etiológico e os demais componentes do ecossistema denominam-se história natural da doença 
Para o desencadeamento desse processo, é necessária uma associação entre fatores do agente, do hospedeiro e do ambiente, ou seja, qualquer modificação em algum dos elementos do ecossistema resulta em adaptações dos outros elementos, as quais podem estar relacionadas com o desenvolvimento das enfermidades
Agente etiológico
Físicos: traumatismo, queimadura
Químicos: envenenamento, intoxicações
Biológicos: infecções, infestações 
Características do agente
-Morfologia: diversos aspectos da morfologia do agente etiológico são importantes como, por exemplo, o tamanho que vai influenciar na penetração do agente, no meio de transmissão, etc
-Infecciosidade ou infectividade: é a capacidade quem tem o agente etiológico de penetrar e multiplicar-se em determinado organismo, ou seja, de causar infecções, independentemente da ocorrência ou não de agravos à saúde
-Patogenicidade: é a capacidade do agente de produzir lesões especificas no organismo do hospedeiro. A Patogenicidade é indicada pela freqüência da manifestação clínica da doença na população
-Virulência: é o grau de severidade da reação patológica que o agente etiológico provoca no hospedeiro. A virulência independe da infectividade e pode variar tanto de um hospedeiro para outro como entre estripes de um mesmo agente 
-Imunogenicidade: é a capacidade do agente de induzir uma resposta imune especifica por parte do hospedeiro. Essa resposta imune resulta na formação de anticorpos circulantes, anticorpos locais e imunidade celular. Determinados agentes são capazes de induzir no hospedeiro uma resposta imunitária intensa e duradoura, enquanto outros determinam uma imunidade de curta duração 
-Variabilidade: é a capacidade que tem o agente etiológico de adaptar-se às condições do hospedeiro e do ambiente. A variação antigênica é um exemplo de mecanismo seletivo de adaptação do agente a uma situação adversa, alterando suas características antigênicas para evitar os mecanismos de defesa do hospedeiro
-Viabilidade ou resistência: é a capacidade doa gente de sobreviver fora do hospedeiro, ou seja, no meio exterior. Reveste-se de grande importância porque a sobrevivência no exterior, por longo tempo, proporciona ao agente maiores oportunidades de atingir outro hospedeiro
-Persistência: reflete a capacidade de um agente de permanecer em uma população de hospedeiros por tempo prolongado, ou indefinidamente. Trata se de uma característica estreitamente associada às demais propriedades do agente.
Agentes que necessitam de parasitismo obrigatório acometem uma única espécie hospedeira, possuem uma elevada capacidade letal, conferem sólida imunidade, apresentam curto período de transmissibilidade e baixa resistência as condições ambientais, teriam uma limitada ou quase nula condição de manutenção da natureza
Características do hospedeiro
Entende-se por hospedeiro todo individuo capaz de abrigar em seu organismo um agente casual de doença com o qual pode estabelecer relações variadas. Diversas características do hospedeiro influem sobre sua susceptibilidade às enfermidades. Essas características podem ser divididas em próprias e variáveis 
Características próprias: são aquelas que não são influenciadas pelo agente etiológiconem pelo ambiente
-Espécie: determinadas enfermidades atingem somente determinadas espécies animais
-Raça: podem existir diferenças de susceptibilidade e determinada doença entre as raças
-Sexo: a diferença de susceptibilidade pode ser devida a caracteres anatômicos ou fisiológicos, ou à diferença de manejo de utilização
-Idade: a idade influi sobre a susceptibilidade do hospedeiro à maioria das enfermidades. Essa diferença deve-se principalmente ao estado imunológico 
Características variáveis
São aquelas sujeitas a modificações por influência doa gente e/ou do meio
-Estado fisiológico: o estado fisiológico como, por exemplo, gestação, lactação, subalimentação, estresse, pode modificar a susceptibilidade do hospedeiro ao agente etiológico 
-Utilização: está ligada a características do meio ambiente e age diretamente sobre o estado fisiológico do hospedeiro
-Densidade: está ligada ao manejo. Determina em grande parte o risco de contagio 
Característica do ambiente
As características do ambiente constituem as condições fundamentais para o comportamento do agente etiológico em uma população susceptível.
As características do ambiente podem ser divididas em três categorias:
Características físicas:
Clima: as condições climáticas podem influenciar de diversas maneiras sobre o agente e sobre o hospedeiro.
A temperatura ambiente exerce efeito direto sobre os agentes. 
Temperaturas elevadas destroem rapidamente a maioria dos vírus.
Temperaturas quentes podem favorecer a multiplicação de bactérias, desde que elas encontrem os elementos nutritivos de que necessitam e podem também favorecer a multiplicação de insetos.
Também a umidade relativa do ar pode ser prejudicial aos vírus e Poe ser favorável ao desenvolvimento de outros agentes etiológicos como fungos, parasitas, bactérias, insetos e vetores.
As variações bruscas de temperatura e umidade geralmente são prejudiciais à sobrevivência de agentes etiológicos.
Os raios solares são prejudiciais aos agentes infecciosos, tanto por efeito direto (pela ação do calor), como por efeitos indiretos (raios ultravioletas provocam mutações letais).
As chuvas e as secas atuam diretamente sobre os hospedeiros, determinando alterações na densidade populacional, migrações, etc.
Também atuam indiretamente, afetando os componentes biológicos do ambiente e, portanto as condições para a nutrição. 
Ventos atuam principalmente sobre a difusão dos agentes
-Hidrografia: a distribuição e o curso dos rios também exercem grande influencia sobre a ocorrência das enfermidades.
Determinam a disponibilidade de água para bebida e irrigação dos terrenos e podem servir para a transmissão de agentes etiológicos.
Os cursos de água também são importantes como locais de concentração animais e agentes favorecedores de migrações determinadas por inundações. 
Dependendo do grau de correnteza, podem ser favoráveis à multiplicação de agentes etiológicos e vetores
-Topografia: as serras ou montanhas servem de barreira natural contra a difusão de agentes etiológicos.
A altitude também pode atuar como fator limitante para a sobrevivência e multiplicação de artrópodes transmissores de enfermidades
-Solo: as características do solo são importantes para a determinação dos componentes biológicos do ambiente.
O solo representa o suporte físico de todo o sistema de interações nela estabelecida, bem como os nutrientes essenciais ao componente biológico.
-Características biológicas: a fauna e a flora são de fundamental importância na determinação da ocorrência de enfermidades. 
A flora determina os elementos nutritivos disponíveis para a fauna e, portanto inclui no estado fisiológico do hospedeiro susceptível, bem como no manejo na utilização e na densidade.
A fauna determina a presença ou ausência do hospedeiro susceptível, assim como a presença de reservatórios e vetores 
-Características socioeconômicas: os componentes socioeconômicos do ambiente referem-se a todas as influencias que o ser humanos exerce sobre o agente, o hospedeiro, o ambiente e portanto sobre a ocorrência da enfermidade 
 (
Cadeia epidemiológica
)
A enfermidade é conseqüência de uma complexa rede de relações entre os diversos componentes do agente etiológico, do hospedeiro susceptível e do ambiente em que se encontram. 
Para que ocorra determinada enfermidade em uma população, particularmente no caso de doenças transmissíveis, é necessário que ocorra uma sucessão de eventos a qual constitui a cadeia epidemiologia.
A cadeia epidemiológica é um sistema cíclico por meio do qual um agente etiológico é transferido ao ambiente e atinge um novo hospedeiro, no qual ele penetra, evolui e do qual é novamente eliminado.
O conhecimento da cadeia epidemiológica é de fundamental importância para que se possa saber onde e como atuar, de forma a interrompê-la e impedir que a doença persista
Ciclo epidemiológico
Fonte de infecção
É um organismo vertebrado, no qual o agente infectante pode desenvolver-se ou multiplicar-se e do qual pode ganhar acesso ao exterior.
Temos como fontes de infecção elementos inertes, como leite, água, solo etc.
Os elementos inertes servem puramente como veiculo mecânico, transmitindo o vírus de uma fonte de infecção a um hospedeiro susceptível.
Doente
é a fonte de infecção mais comum. É o indivíduo que apresenta os sintomas de enfermidade, sintomas esses devidos ao agente etiológico que albergam 
 -Doente típico: é aquele que manifesta a sintomatologia característica da enfermidade. É, provavelmente, a fonte de infecção cujo combate causa menos problemas, pois a sintomatológica característica facilita o reconhecimento da enfermidade, permitindo assim pronta ação profilática 
 -Doente atípico: é aquele que apresenta sintomatologia diferente da que caracteriza a doença. Isso pode dever-se à benignidade da infecção, como por exemplo, nas formas subclínicas ou por sua excessiva malignidade. Nesse caso o diagnostico PE dificultado, podendo retratar significativamente a adoção de medidas profiláticas.
 -Doente em fase prodômica: é aquele que apresenta sintomatologia inespecífica, no estagio inicial da doença. Durante esse período o doente pode eliminar o agente etiológico para o meio exterior atuando como fonte de infecção.
Portador
é o hospedeiro que mantém em seu organismo um agente etiológico, sem apresentar sintomas devido a esse agente 
 -Portador são: é aquele que não apresenta os sintomas de enfermidade em nenhum momento do processo infecciosos, devido a resistência natural ou imunidade adquirida. O portador são apresenta grande importância do ponto de vista epidemiológico, pois alem de dificultar o diagnostico circula livremente pela população.
Ex: macho bovino com tricomonose 
 -Portador em incubação: é aquele que ainda não apresenta os sintomas da enfermidade, que se encontra em fase de incubação, mas já elimina o agente etiológico. Após o período de incubação o hospedeiro apresentará os sintomas da doença considerada.
 -Portador convalecente: é aquele que já não apresenta os sintomas da doença, por ter havido cura clinica, mas continua eliminando o agente etiológico. Como exemplos podem ser citado os casos de leptospirose, da febre aftosa etc.
Reservatório
 É um hospedeiro vertebrado, de espécie diferente da considerada, no qual o agente etiológico se instala, multiplica-se e é eliminado para o ambiente. Como por exemplos, podem ser citados o tatu em relação ao Trypanosoma cruzi, a capivara em relação ao t. equinum e os suínos em relação ao vírus da doença Aujeszky.
Vida de eliminação
É a via por meio da qual o agente etiológico tem acesso ao meio exterior, ou seja, é eliminado de uma fonte de infecção. Embora o agente etiológico possa ser eliminado por diversas vias, normalmente uma é mais importante, tendo maior significado no estudo epidemiológico. O conhecimento da via de eliminação do agente etiológico é de fundamental importância, pois esta associada ao mecanismo de transmissão da enfermidade.
As vias de eliminação estão na dependência do local de multiplicação do agente etiológico.Um agente que produz lesões entéricas terá como via de eliminação mais importante as fezes.
Uma enfermidade que produza lesões no trato respiratório terá como principal via de eliminação as secreções oronasais.
A eliminação fecal somente será epidemiologicamente importante quando se trata de agente capaz de sobreviver por tempo suficientemente longo as condições adversas do meio exterior. Por outro lado, agentes frégeis como certas riquétsias ou vírus, so tem probabilidade de se propagar quando retirados diretamente com o sangue e preservados no organismo do artrópode transmissor.
Meio de transmissão
É o conjunto de veículos, animados ou inanimados por meio dos quais se da a transmissão de um agente desde uma fonte de infecção até um hospedeiro susceptível.
O meio exterior é geralmente desfavorável aos agentes etiológicos.
Por outro lado, há casos em que a permanência no meio exterior é necessária para que se complete o ciclo vital como, por exemplo, nas verminoses. Os meios que demandam longa exposição ao meio exterior não servem para agentes que não sobrevivem por esse tempo.
Contato direto
O contato direto se dá quando ocorre contato físico entre a fonte de infecção e o hospedeiro susceptível e há transferência de material infectante.
Ex: cópula-tricomonose, compilobacteriose
Mordedura – raiva
Beijo – sífilis.
Contato indireto
Pressupõe a existência de um espaço entre a fonte de infecção e o novo hospedeiro, e a transferência do a gente etiológico se da por intermédio de um veículo animado ou inanimado 
Hospedeiro intercalado
É um invertebrado que não participa ativamente na transmissão, mas que pode desempenhar importante papel na sua proteção durante a permanência no meio exterior.
Ex: caracóis Lymanea no caso da fasciolose.
Vetor
É um organismo vivo, invertebrado, geralmente um artrópode hematógrafo e que veicula o agente etiológico.
Fornece ao agente condições para sua multiplicação ou para sua proteção.
Difere do hospedeiro intercalado porque participa ativamente no processo de transmissão 
Vetor mecânico
Apenas transporta mecanicamente o agente etiológico, sem que em seu corpo ocorra alguma modificação desse agente.
O vetor pode transportar o agente em suas patas ou probóscida ou pode ainda haver passagem do agente pelo trato intestinal, sem que ocorra multiplicação ou desenvolvimento do agente
Ex: mosca domestica, atua no transporte mecânico de germes com que se contaminou ao pousar em matérias infectantes. Outro exemplo é o caso dos tabanídeos, que atuam na transmissão do vírus da anemia infecciosa eqüina.
Vetor biológico
É aquele em que é necessária a multiplicação ou desenvolvimento do agente etiológico para que possa transmitir a enfermidade. 
O vetor biológico encarrega-se de retirar o agente da fonte de infecção, oferecendo-lhe proteção e geralmente o conduz a outro hospedeiro.
A transmissão se da pela saliva durante a picada pela regurgitação ou pela deposição na pela de agente capazes de penetra através do ferimento causado pela picada ou outra lesão.
Ex: Boophilus microplus – babesiose, anaplasmose.
Barbeiro-doença de chagas.
Fômites
São objetos que podem eventualmente levar o agente etiológico da fonte de infecção ate o hospedeiro susceptível.
Diferentes objetos podem atuar como fômites tais como raspadeiras, arreios, baldes, seringas, agulhas, instrumentos cirúrgicos, etc.
Como exemplo pode ser citada a transmissão da anemia infecciosa eqüina por meio de agulhas.
Outros meios
Produtos de origem animal não comestível, tais como couro, lã, penas etc. também podem atuar na transmissão de agentes etiológicos.
Produtos imunizantes tais como soros e vacinas tambepm pode veicular agentes patogênicos.
Os meios de transportes também podem auxiliar na difusão de um agente etiológico 
Outroo elemento que pode participar na difusão de um agente etiológico é o comunicante ou contato, que é o individuo que esteve em tal associação com uma fonte de infecção ou com um ambiente contaminado a ponto de ter tido a oportunidade de contrair a infecção.
Porta de entrada 
É a via por qual o agente etiológico consegue penetrar em um novo hospedeiro. 
A porta de entrada esta associada ao meio de transmissão.

Continue navegando