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PROJETO DE INSTALAÇÕES SANITÁRIAS LIVRO

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PROJETO DE 
INSTALAÇÕES 
HIDROSSANITÁRIAS 
Hudson Goto 
Instalação 
hidrossanitária: 
fundamentos
e definições
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os fundamentos e as definições de instalações 
hidrossanitárias.
  Identificar as principais normas relacionadas a instalações 
hidrossanitárias.
  Descrever os principais elementos que constituem uma instalação 
hidrossanitária.
Introdução
Uma das estruturas essenciais para uma edificação são as instalações 
hidrossanitárias. Sem elas, as edificações não podem satisfazer os requisitos 
mínimos de seus usuários. O trabalho elaborado para que essas instalações 
funcionem adequadamente tem início na sua concepção, com o posterior 
dimensionamento quantitativo de cada parte da edificação atendida.
Em geral, estima-se que cerca de 75% das manifestações patológicas 
dos edifícios têm origem em problemas relacionados com as instalações 
hidráulicas prediais, e a maior parte dessas falhas têm origem nos projetos 
elaborados (CARVALHO JÚNIOR, 2014).
Neste capítulo, você estudará sobre os fundamentos básicos das 
instalações hidrossanitárias, bem como conhecerá alguns critérios que 
devem estar presentes nos projetos hidrossanitários, os quais têm base, 
principalmente, nas normas técnicas brasileiras disponíveis pela ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). Por fim, você conhecerá al-
guns elementos principais das instalações de água fria, quente e esgoto, 
que fazem parte da maior parte das edificações, e sua distribuição e 
localização nas estruturas.
Fundamentos e definições das instalações 
hidrossanitárias
Quando pensamos em instalações hidrossanitárias, estas devem apresentar 
algumas características próprias, como: realizar a distribuição de água em 
quantidade sufi ciente e sob pressão adequada para todos os pontos de utili-
zação da edifi cação; efetuar a correta coleta e separação das águas pluviais e 
das águas servidas; impedir o retorno de águas poluídas para o interior das 
canalizações, entre tantas outras. Dessa forma, essas instalações cumprem a 
função de proporcionar condições de conforto e segurança aos seus usuários 
(CARVALHO JÚNIOR, 2014). No entanto, para que isso ocorra, um bom pro-
jeto de instalação hidrossanitária deve ser elaborado, devendo seguir algumas 
etapas, como as listadas a seguir (GOTO, 2017).
  Concepção: etapa inicial do projeto e a mais importante, em que são 
levantadas todas as necessidades dos usuários e soluções viáveis, 
buscando-se sempre o equilíbrio técnico-financeiro. Nesse momento, 
estuda-se a finalidade da edificação, a disposição arquitetônica dos 
pontos hidrossanitários, a determinação das peças que serão adotadas, 
o sistema de abastecimento e a distribuição das colunas e a capacidade 
atual e futura do sistema (Quadro 1).
  Demanda: aqui, são quantificadas as vazões para os trechos das tu-
bulações preestabelecidas, baseadas em históricos, normas técnicas e 
outras referências bibliográficas.
  Dimensionamento: nessa etapa, são calculados os diâmetros internos 
das tubulações, que são necessários para conduzir as vazões quanti-
ficadas. São procedimentos baseados em normas técnicas e conceitos 
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições2
hidráulicos e, sempre que possível, alinhados com as necessidades de 
utilização. Posteriormente, são calculados os volumes para reservas de 
água e as demais partes hidráulicas.
  Informação: é a última etapa, em que se elabora o documento a ser 
utilizado pela equipe da obra, normalmente composto de instruções 
técnicas (escritas e gráficas), que serão utilizadas para a execução do 
projeto.
 Fonte: Goto (2017, p. 33). 
Tipo da edificação
  Horizontal ou vertical
  Estrutura: madeira, concreto ou aço
Uso da edificação  Residencial, comercial, industrial ou misto
Capacidade  Atual e/ou futura
Forma de abastecimento  Particular, público ou misto
Forma de distribuição
  Direta
  Indireta: gravidade/hidropneumático
Necessidade e localização 
dos pontos de consumo
  Quantos pontos de consumo?
  Onde instalar?
Localização das tubulações
  Barriletes: dispersos ou concentrados
  Colunas: aparentes ou em shafts
 Quadro 1. Itens de avaliação na etapa de concepção do projeto hidrossanitário 
Com o objetivo de evitar retrabalhos durante a execução das instalações 
hidrossanitárias, que poderiam gerar custos adicionais desnecessários, o 
projeto de instalações hidráulicas deve sempre ser desenvolvido em paralelo 
com os demais projetos arquitetônicos, estruturais, elétricos, de fundações, 
entre outros.
3Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
Você sabe como diminuir a incompatibilidade de projetos complementares durante 
a execução de obras? Para esses casos, pode-se adotar o sistema BIM (Building In-
formation Modeling), evitando retrabalhos na execução. O BIM pode ser definido 
como uma representação das propriedades ou características físicas e funcionais de 
uma edificação em formato digital. É considerado como uma representação digital 
com processamento automatizado e inteligente de dados, configurando-se em um 
excelente instrumento de gestão, de fluxo de trabalho e ideal para trabalho em grupos 
multidisciplinares. A figura a seguir representa um projeto hidrossanitário em sistema 
BIM (MARSICO et al., 2017).
Fonte: Marsico et al. (2017, p. 31).
De modo geral, mas não limitados a apenas estes, os componentes bá-
sicos de um projeto de instalações hidrossanitárias podem ser os seguintes 
(GOTO, 2017):
  Memorial descritivo dos materiais de tubulações e equipamentos: 
tem como objetivo fornecer informações complementares àquelas 
descritas no projeto gráfico. São apresentados dados sobre o método 
de execução das instalações, os requisitos qualitativos mínimos que 
devem ser atendidos, as referências técnicas ou normativas que devem 
ser seguidas e a descrição detalhada dos materiais e insumos que serão 
utilizados, de acordo com o dimensionamento efetuado no projeto.
  Memorial de cálculo das tubulações e pontos de pressão: é o docu-
mento que descreve o roteiro dos cálculos propriamente dito, o qual 
contém as considerações e os critérios de dimensionamento das ins-
talações. São apresentadas as definições da etapa de concepção, os 
critérios técnicos que garantem o bom funcionamento e a segurança dos 
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições4
usuários, os coeficientes de segurança adotados, bem como os demais 
parâmetros considerados pelos projetistas.
  Normas técnicas de referência: podem ser parte integrante do memorial 
descritivo ou ser anexadas em um documento à parte. É considerado 
o conjunto de todas as normas técnicas nacionais ou internacionais 
utilizadas na elaboração dos documentos.
  Plantas e desenhos isométricos: são os documentos com as represen-
tações gráficas dos resultados obtidos na etapa de dimensionamento. 
Têm como objetivo indicar a localização de pontos de utilização, traçado 
da tubulação, instalação de peças e conexões. São ferramentas primor-
diais para a execução dessas instalações, disponibilizando informações 
precisas e rápidas, que podem ser identificadas visualmente na obra.
  Quantitativo de materiais e equipamentos: é a relação de todos os ma-
teriais, mão de obra, insumos, equipamentos e demais itens necessários 
para a execução das instalações hidrossanitárias. São utilizados para a 
composição do orçamento, em que são inseridos os encargos sociais e 
demais impostos devidos, fornecendo informações importantes para 
a composição do preço final da instalação.
Na Figura 1, a seguir, pode-se observar um exemplo de planta baixa (a) de 
um banheiro e seu respectivo detalhe isométrico (b) das instalações de água 
fria (em cinza claro) e quente (em cinza escuro), com indicação numérica dos 
detalhes de peças e conexões.
Figura 1. Exemplo de (a) planta baixa e (b) perfil isométrico de uma instalação de água fria 
(em cinza claro) e quente (emcinza escuro).
Fonte: Goto (2017, p. 34).
5Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
Quanto às instalações de água quente, estas apresentam características e 
premissas bastante similares em relação ao projeto e à execução de instalações 
de água fria. Basicamente, a única diferença é a temperatura em que a água se 
encontra no interior de tubulações, conexões e equipamentos. Quando se avalia 
de forma macro, poucas diferenças são verificadas no seu dimensionamento. 
De forma genérica, pode-se afirmar que, nesse tipo de instalação, os elementos 
principais são os equipamentos, como os aquecedores solares, elétricos ou a 
gás, responsáveis por provocar o aquecimento da água fria.
De acordo com cada situação e tipo de edificação, o projeto de instalações 
hidrossanitárias ainda deverá ter previsão de reserva para o sistema de proteção 
e combate a incêndio, que será utilizada pelo Corpo de Bombeiros em casos 
de emergência.
Sobre o fluxo da água propriamente dito no sistema das instalações hidros-
sanitárias, o seu início ocorre com o fornecimento de água fria (temperatura 
ambiente) para o sistema predial. Segundo a ABNT NBR 5626/1998, as ins-
talações prediais de água fria devem ser projetadas de modo que atendam aos 
seguintes requisitos durante a sua vida útil (ABNT, 1998):
  Preservar a potabilidade da água (deve-se garantir a manutenção da 
qualidade da água fornecida pela empresa concessionária local).
  Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade 
adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito 
funcionamento de aparelhos sanitários, peças de utilização e demais 
componentes.
  Promover a economia de água e energia.
  Possibilitar uma manutenção fácil e econômica.
  Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente.
  Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização ade-
quadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e 
atendendo às demais exigências do usuário.
A mesma ABNT NBR 5626/1998 recomenda, ainda, que o responsável pela 
elaboração do projeto de instalações hidrossanitárias consulte previamente 
a concessionária local fornecedora de água potável. Essa prática tem como 
objetivo obter informações sobre as características físicas e químicas da 
água a ser captada no local da edificação. Dados como limitações nas vazões 
disponíveis, eventuais variações de pressões, constância de abastecimento 
e outras questões relevantes podem ser obtidos, garantindo um adequado 
fornecimento de água fria para os futuros usuários (ABNT, 1998).
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições6
O profissional responsável pela elaboração de projetos de instalações hi-
drossanitárias deve sempre buscar os melhores critérios e técnicas disponíveis, 
seja no meio técnico-científico ou por meio de normativas, como aquelas 
publicadas pela Associação Brasileira de Norma Técnicas (ABNT).
Principais normas técnicas brasileiras
Instalações prediais de água fria
Como o início do fl uxo d’água se dá no interior de uma edifi cação, deve-se 
conhecer a norma técnica que traz diretrizes referente às instalações prediais 
de água fria, ou seja, a ABNT NBR 5626/1998 (Instalação predial de água 
fria). Essa norma traz alguns termos que devem ser conhecidos, pois são 
amplamente utilizados em projetos de instalações hidrossanitárias. Alguns 
desses termos são relacionados a seguir (ABNT, 1998).
  Água fria: água à temperatura dada pelas condições do ambiente.
  Água potável: água que atende ao padrão de potabilidade determinado 
pela Portaria nº. 36 do Ministério da Saúde.
  Alimentador predial: tubulação que liga a fonte de abastecimento a um 
reservatório de água de uso doméstico.
  Aparelho sanitário: componente destinado ao uso da água ou ao rece-
bimento de dejetos líquidos e sólidos (na maioria das vezes pertence 
à instalação predial de esgoto sanitário). Incluem-se nessa definição 
aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, bem como 
lavadoras de roupas, lavadoras de pratos, banheiras de hidromassagem, 
etc.
  Barrilete: tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam 
as colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento é indireto. 
No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado como 
a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou à fonte de abaste-
cimento particular.
  Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete e destinada a 
alimentar ramais.
  Diâmetro nominal (DN): número que serve para designar o diâmetro de 
uma tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas 
específicas de cada produto.
7Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
  Dispositivo de prevenção ao refluxo: componente, ou disposição cons-
trutiva, destinado a impedir o refluxo de água em uma instalação predial 
de água fria, ou desta para a fonte de abastecimento.
  Fonte de abastecimento: sistema destinado a fornecer água para a insta-
lação predial de água fria. Pode ser a rede pública da concessionária ou 
qualquer sistema particular de fornecimento de água. No caso da rede 
pública, considera-se que a fonte de abastecimento é a extremidade a 
jusante do ramal predial.
  Instalação elevatória: sistema destinado a elevar a pressão da água em 
uma instalação predial de água fria quando a pressão disponível na fonte 
de abastecimento for insuficiente, para abastecimento do tipo direto, ou 
para suprimento do reservatório elevado, no caso de abastecimento do 
tipo indireto. Inclui também o caso em que um equipamento é usado 
para elevar a pressão em pontos de utilização localizados.
  Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a 
alimentar os sub-ramais.
  Ramal predial: tubulação compreendida entre a rede pública de abaste-
cimento de água e a extremidade a montante do alimentador predial ou 
da rede predial de distribuição. O ponto onde termina o ramal predial 
deve ser definido pela concessionária.
  Refluxo de água: escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, 
proveniente de qualquer outra fonte que não a fonte de abastecimento 
prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água dessa 
fonte. Inclui-se, nesse caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos 
de refluxo, como, por exemplo, aquele que se estabelece por meio do 
mecanismo de vasos comunicantes.
  Sub-ramal: tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.
  Vazão de projeto: valor da vazão, adotado para efeito de projeto, no 
ponto de utilização ou no ponto de suprimento. No caso do ponto de 
utilização, corresponde à consolidação de um valor historicamente 
aceito, referente ao maior valor de vazão esperado para o ponto.
Instalações prediais de água quente
Assim como para as instalações de água fria, a ABNT também estabelece 
um documento normativo para as instalações de água quente, a ABNT NBR 
7198/1993, que descreve procedimentos para a elaboração de projetos e a 
execução de instalações de água quente.
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições8
Um ponto destacado pela ABNT NBR 7198/1993 refere-se à necessidade 
obrigatória de instalação de misturadores quando houver a possibilidade de 
a água fornecida ao consumo humano ultrapassar 40ºC (ABNT, 1993). Além 
disso, de acordo com a literatura disponível, pode-se ter algumas temperaturas 
gerais, como as descritas a seguir (CREDER, 2006).
  Uso pessoal em banhos e higiene: 35 a 50ºC.
  Cozinhas (para a dissolução de materiais gordurosos): 60 a 70ºC.
  Lavanderias: 75 a 85ºC.
  Ambientes hospitalares e laboratoriais (esterilização de instrumentos 
e aparelhos): acima de 100ºC.
Quanto aos termos mais comuns utilizados em projetos de instalações de 
água quente, a ABNT NBR 7198/1993 também traz alguns deles:
  Aquecedor: aparelho destinado a aquecer a água.
  Aquecedor de acumulação: aparelho que se compõe de um reservatório 
dentro do qual a água acumulada é aquecida.
  Aquecedor instantâneo: aparelho que nãoexige reservatório, aquecendo 
a água no momento da sua passagem por ele.
  Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete, destinada a 
alimentar os ramais.
  Diâmetro nominal: dimensão utilizada para classificar o diâmetro de 
uma tubulação e que corresponde aproximadamente ao diâmetro interno 
ou externo, em milímetros.
  Isolamento térmico: dispositivo utilizado para reduzir as perdas de 
calor ao longo da tubulação condutora de água quente.
  Misturador: dispositivo que mistura água quente e fria.
  Ponto de utilização: extremidade a jusante do sub-ramal.
  Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição, destinada a ali-
mentar aparelhos e/ou sub-ramais.
  Registro de controle de vazão: dispositivo, geralmente do tipo pressão, 
instalado em uma tubulação para regular e/ou interromper a passagem 
de água.
  Registro de fechamento: dispositivo, geralmente do tipo gaveta, instalado 
em uma tubulação para interromper a passagem de água.
  Reservatório de água quente: reservatório destinado a acumular a água 
quente a ser distribuída.
9Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
  Respiro: dispositivo destinado a permitir a saída de ar e/ou vapor de 
uma instalação.
  Separação atmosférica: distância vertical, sem obstáculos e através da 
atmosfera (sem ligação física), entre a saída da água da peça de utilização 
e o nível de transbordamento do aparelho sanitário.
  Sub-ramal: tubulação que liga o ramal à peça de utilização.
  Tubulação de retorno: tubulação que conduz a água quente de volta ao 
reservatório de água quente ou aquecedor.
  Válvula de retenção: dispositivo que permite o escoamento da água 
em um único sentido.
  Válvula de segurança de temperatura: dispositivo destinado a evitar que 
a temperatura da água quente ultrapasse determinado valor.
  Dilatação térmica: variação nas dimensões de uma tubulação devida 
a alterações de temperatura.
  Junta de expansão: dispositivo destinado a absorver as dilatações lineares 
das tubulações.
  Dreno: dispositivo destinado ao esvaziamento de recipiente ou tubulação, 
para fins de manutenção e limpeza. 
  Dispositivo de recirculação: dispositivo destinado a manter a água 
quente em circulação, a fim de equalizar sua temperatura.
Instalações prediais de esgoto
Quando falamos das instalações prediais de esgoto sanitário, pode-se dizer que 
estas são compostas de tubulações, conexões e acessórios, destinados a coletar 
e conduzir o esgoto sanitário a uma rede pública de coleta ou a um sistema 
próprio de tratamento. Segundo a norma brasileira ABNT NBR 8160/1999, 
essas instalações devem também atender aos seguintes requisitos:
  Garantir a qualidade da água de consumo na edificação.
  Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos coletados, 
evitando vazamentos e deposições de material no interior das tubulações.
  Impedir que os gases formados no interior das tubulações retornem 
para os aparelhos e as áreas de utilização.
  Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema.
  Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionáveis.
  Impossibilitar o acesso do esgoto ao subsistema de ventilação.
  Permitir a fixação de aparelhos sanitários somente por dispositivos que 
facilitem a sua remoção para eventuais manutenções.
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições10
Assim como as demais normas técnicas, a ABNT NBR 8160/1999 também 
traz seus próprios termos, que são utilizados em instalações prediais de esgotos 
sanitários, conforme apresentado a seguir: 
  Altura do fecho hídrico: profundidade da camada líquida, medida entre 
o nível de saída e o ponto mais baixo da parede ou colo inferior do 
desconector, que separa os compartimentos ou ramos de entrada e saída 
desse dispositivo.
  Aparelho sanitário: aparelho ligado à instalação predial e destinado ao uso 
de água para fins higiênicos ou para receber dejetos ou águas servidas.
  Bacia sanitária: aparelho sanitário destinado a receber exclusivamente 
dejetos humanos.
  Caixa coletora: caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição 
exige elevação mecânica.
  Caixa de gordura: caixa destinada a reter, na sua parte superior, gorduras, 
graxas e óleos contidos no esgoto, os quais formam camadas que devem 
ser removidas periodicamente, evitando que esses componentes escoem 
livremente pela rede, obstruindo-a.
  Caixa de inspeção: caixa destinada a permitir inspeção, limpeza, deso-
bstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.
  Caixa de passagem: caixa destinada a permitir a junção de tubulações 
do subsistema de esgoto sanitário.
  Caixa sifonada: caixa provida de desconector, destinada a receber efluen-
tes da instalação secundária de esgoto.
  Coletor predial: trecho da tubulação compreendido entre a última inserção 
de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral, 
e o coletor público ou sistema particular.
  Coletor público: tubulação da rede coletora que recebe contribuição 
de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao longo do seu 
comprimento.
  Coluna de ventilação: tubo ventilador vertical que se prolonga através de 
um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera ou 
ligada a um tubo ventilador ou barrilete de ventilação.
  Desconector: dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a 
passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto.
  Diâmetro nominal (DN): simples número que serve como designação para 
projeto e para classificar, em dimensões, os elementos das tubulações, e 
que corresponde, aproximadamente, ao diâmetro interno da tubulação 
em milímetros.
11Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
  Esgoto sanitário: despejo proveniente do uso da água para fins higiênicos.
  Instalação primária de esgoto: conjunto de tubulações e dispositivos 
ao qual os gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos 
de tratamento têm acesso.
  Instalação secundária de esgoto: conjunto de tubulações e dispositivos 
ao qual os gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de 
tratamento não têm acesso.
A ABNT NBR 8160/1999 ainda cita que as instalações prediais de esgoto 
sanitário devem estar totalmente separadas do sistema predial de águas pluviais, 
não havendo nenhuma ligação entre eles. Isso evita o desvio dos efluentes 
do esgoto em direção à rede urbana de águas pluviais, que deixariam de ser 
tratados pela concessionária de saneamento local.
Para ter acesso às normas técnicas brasileiras referentes às instalações hidrossanitárias, 
consulte o site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), disponível no link 
a seguir.
https://qrgo.page.link/Y3VcZ
Principais elementos de uma instalação 
hidrossanitária
Conhecer a forma ou o sistema responsável pelo fornecimento de água às 
edifi cações é de suma importância. Quanto à alimentação de um sistema de 
água fria, esta pode ser realizada de duas formas: por meio da rede pública 
de abastecimento ou por um sistema privado (particular). De acordo com 
Macintyre (2010), o sistema de distribuição de água fria pode ser classifi cado 
da seguinte forma:
  Sistema direto de distribuição.
  Sistema indireto:
 ■ sistema indireto de distribuição sem bombeamento;
 ■ sistema indireto de distribuição com bombeamento.
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições12
  Sistema indireto hidropneumático.
  Sistema misto.
A escolha entre um sistema e outro deve ser baseada em critérios como 
vazão e pressão disponíveis no sistema de abastecimento, vazão máxima do 
sistema distribuição, pressão no ponto de consumo, número de pavimentos da 
edificação, entre outros.
No sistema de distribuição direto (Figura 2), a alimentação da rede interna de 
distribuição é feita diretamente a partir da rede pública da concessionária local. 
Nessa situação, não há reservatórios domiciliares intermediários, visto que a 
distribuição é realizadade forma ascendente, na qual as peças de utilização são 
abastecidas diretamente pela rede pública. Uma das vantagens desse sistema 
é o seu baixo custo de instalação, e uma desvantagem é quanto às eventuais 
interrupções no fornecimento de água no sistema público, que resultarão em 
falta de água para a edificação (CARVALHO JÚNIOR, 2014). Nesse sistema, 
a rede interna é praticamente uma extensão da rede pública, recomendando-
-se a instalação de uma válvula de retenção ou registro para evitar o refluxo 
(retorno) de água.
Figura 2. Sistema de distribuição direto.
Fonte: Carvalho Júnior (2014, p. 24).
Quando o sistema público de abastecimento de água não garante uma 
regularidade no fornecimento ou apresenta variações nas pressões ao longo de 
13Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
sua rede, o sistema indireto pode ser uma opção, com a adoção de reservatórios 
para resolver a questão. Esse sistema pode ser classificado em sistema indireto 
sem ou com bombeamento (MACINTYRE, 2010).
O sistema indireto sem bombeamento é adotado quando a pressão na 
rede pública é, em geral, adequada para o abastecimento, sendo suficiente 
para abastecer um reservatório instalado na região mais alta da edificação 
(Figura 3). A distribuição interna é feita de forma descendente, a partir desse 
reservatório (MACINTYRE, 2010).
Figura 3. Sistema de distribuição indireto sem bombeamento.
Fonte: Carvalho Júnior (2014, p. 25).
Você conhece o termo “golpe de Aríete”? Este é um fenômeno que pode danificar as 
tubulações das instalações de água fria. É caracterizado pela variação brusca de pressão 
no interior da tubulação, causada pela variação repentina das vazões de escoamento. 
Esse fenômeno pode provocar o rompimento das tubulações tanto por sobrepressão 
(aumento da secção transversal) como por depressão (diminuição da secção transversal 
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições14
Quando a pressão na rede pública não for suficiente para abastecer um 
reservatório elevado ou não houver continuidade no abastecimento, adota-se 
o sistema indireto com bombeamento (Figura 4). Nesse caso, um reservatório 
em cota mais baixa é construído (como uma cisterna) próximo ao nível de 
entrada da edificação. Posteriormente, a água é bombeada para um reservatório 
elevado mais alto por meio de um sistema de recalque. Na sequência, a água é 
distribuída para a rede de distribuição interna por gravidade ou distribuição 
descendente. Em geral, esse sistema é utilizado em grandes edifícios (MA-
CINTYRE, 2010).
ou colapso). Pode estar associado com as operações de liga e desliga de bombas ou a 
falta de manutenção e defeitos em válvulas redutoras de pressão (quando instaladas), 
conforme a figura a seguir.
Fonte: Goto (2017, p. 38).
15Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
Figura 4. Sistema de distribuição indireto com bombeamento.
Fonte: Carvalho Júnior (2014, p. 26).
Outra opção é o sistema indireto hidropneumático, utilizado quando não há a 
possibilidade de construir um reservatório elevado ou se precisa de uma pressão 
elevada, impossível de ser obtida com o reservatório instalado apenas na cober-
tura da edificação. Pode apresentar um custo bastante elevado, de modo que se 
recomenda a sua utilização somente em casos específicos (MACINTYRE, 2010).
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições16
Por fim, tem-se o sistema misto, em que uma parte da instalação de água fria 
da edificação é ligada diretamente à rede pública, ao passo que a outra é ligada 
a um reservatório instalado na sua cobertura (no ponto mais alto) (CARVALHO 
JÚNIOR, 2014).
Você sabe como é composto um sistema de abastecimento público? De acordo com 
Netto e Fernández (2015), esse sistema é compreendido pelas seguintes unidades: 
manancial; captação e adução (de água bruta e água tratada); tratamento; reservação 
(reservatórios enterrados, reservatórios semienterrados, reservatórios apoiados e 
reservatórios elevados); distribuição: redes distribuidoras; estações elevatórias ou de 
recalque (de água bruta e água tratada).
Na Figura 1, vimos um exemplo de uma planta baixa e de um perfil isométrico 
de uma instalação de água fria e quente, bem como alguns termos utilizados 
pelas normas técnicas brasileiras para descrever algumas partes das instalações 
hidrossanitárias. Dessa forma, a fim de ilustrar essas informações, a Figura 
5 apresenta algumas partes constituintes de um sistema predial de água fria.
17Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
Figura 5. Principais partes de um sistema predial de água fria.
Fonte: Carvalho Júnior (2014, p. 19).
Na Figura 6, a seguir, é apresentado um exemplo de instalação predial de 
esgoto sanitário de um banheiro composto por pia, bacia sanitária e chuveiro. 
No desenho, são indicados os diâmetros das tubulações e as inclinações dos 
trechos e de conexões projetadas.
Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições18
Figura 6. Exemplo de um projeto de instalação predial de esgoto sanitário.
Fonte: Goto (2017, p. 130).
Para entender melhor as etapas de elaboração de projetos de instalações hidrossa-
nitárias e seus demais documentos necessários, imagine o seguinte caso hipotético: 
você foi contratado para ser o projetista das instalações de água fria, água quente e 
esgoto de uma residência unifamiliar. Seu cliente convocou uma reunião inicial, em 
que um dos pontos a serem tratados é sobre a execução das instalações de água fria 
da futura residência. Você deverá propor algumas etapas preliminares à execução das 
instalações na obra. Diante disso, analise as etapas relacionadas a seguir:
  dimensionamento de tubulações, conexões e equipamentos;
  tipo da edificação (horizontal ou vertical);
  determinação da capacidade da edificação (atual e futura);
  elaboração de memoriais, plantas e orçamento.
Qual sequência você estabeleceria? Para que um bom projeto possa ser elaborado, 
primeiramente, você deve definir, junto com o cliente, qual tipo de edificação será 
construído e qual a capacidade ou ocupação estimada atual ou futura, de acordo com 
o planejamento familiar. Com essas informações em mãos, pode-se iniciar a etapa de 
dimensionamento, elaborando, na sequência, os memoriais de cálculo e plantas. Por 
último, elabora-se o memorial descritivo e o orçamento final.
19Instalação hidrossanitária: fundamentos e definições
ABNT. ABNT NBR 5626: 1998. Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
ABNT. ABNT NBR 7198: 1993. Projeto e execução de instalações prediais de água quente. 
Rio de Janeiro: ABNT, 1993.
ABNT. ABNT NBR 8160: 1999. Sistemas prediais de esgoto sanitário – projeto e execução. 
Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações prediais hidráulico-sanitárias: princípios básicos para 
elaboração de projetos. São Paulo: Blucher, 2014.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
GOTO, H. Instalações hidrossanitárias. Brasília: NT, 2017.
MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas prediais e industriais. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
MARSICO, M. L. et al. Aplicação de BIM na compatibilização de projetos de edificações. 
Revista Iberoamericana de Engenharia Industrial, Florianópolis, v. 7, n. 17, p. 19–41, 2017.
NETTO, A.; FERNÁNDEZ, M. F. Manual de hidráulica. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2015.
Leituras recomendadas
BORGES, R. S.; BORGES, W. L. Manual de instalações prediais hidráulico-sanitárias e de gás. 
4. ed. São Paulo: Pini, 1992.
PORTO, R. M. Hidráulica básica. São Carlos: EESC-SP, 2001.
SÁ, N. J. M. E. Optimização de sistemas prediais de distribuição de água fria. 2012. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, 2012.
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