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Trabalho de conclusão de Curso

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IVANEIDE SILVA DE SOUSA BEZERRA 
TURMA: FLC5198SES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
 
SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE MENTAL: OS LIMITES E POSSIBILIDADES DA 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CAPS AD III NO MUNICÍPIO DE 
MAMANGUAPE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAMANGUAPE 
2023 
Centro Universitário Leonardo da Vinci 
 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
IVANEIDE SILVA DE SOUSA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE MENTAL: OS LIMITES E POSSIBILIDADES DA ATUAÇÃO 
DO ASSISTENTE SOCIAL NO CAPS AD III NO MUNICÍPIO DE MAMANGUAPE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – 
do Centro Universitário Leonardo da Vinci – 
UNIASSELVI, como exigência parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Serviço 
Social. 
 
Tutor (a) – Orientador (a) Local: Anne Karolyne 
Santos da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAMANGUAPE 
2023 
 
SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE MENTAL: OS LIMITES E POSSIBILIDADES DA ATUAÇÃO 
DO ASSISTENTE SOCIAL NO CAPS AD III NO MUNICÍPIO DE MAMANGUAPE 
 
 
 
POR 
 
 
 
 
IVANEIDE SILVA DE SOUSA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do 
grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe 
atribuída à nota “ ” 
( ), pela 
banca examinadora formada por: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente: Prof. Anne Karolyne Santos da Silva - Orientador (a) Local 
 
 
 
 
 
Membro: Joelma da Silva - Supervisor (a) de Campo 
 
 
 
 
 
Membro: Luana de Farias Silva - Profissional da área 
 
 
 
 
 
MAMANGUAPE 
22 de junho de 2023 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
Dedico, ao meu esposo, meus filhos e minhas 
amigas de curso que me auxiliaram durante o 
processo de construção deste trabalho. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A Deus, que veio me fortalecendo a todo o momento, não deixando faltar saúde e 
perseverança para que atingisse o que eu almejava. 
Ao meu marido, e amigo de todas as horas que sempre me incentivou a seguir em 
frente diante dos obstáculos que eu me deparei ao longo da minha trajetória. 
A minha filha, que sempre buscou me mostrar o quanto eu poderia contribuir para a 
sociedade atuando nessa área tão digna de admiração que é o Serviço Social. 
Aos meus amigos, que direta e indiretamente, sempre deixaram seus estímulos para 
que eu me motivasse cada dia mais, e não esquecesse quais objetivos eu tinha 
quando eu comecei. 
Agradeço a todos do fundo do meu coração, meu muitíssimo obrigado. 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9 
2 POLÍTICA DE REDUÇÃO DE DANOS .................................................................. 12 
2.1 MARCOS LEGAIS ........................................................................................ 13 
3 REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ................................................................. 18 
3.1 IMPLANTAÇÃO DO CAPS AD III ................................................................. 24 
4 A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO HUMANIZADO NO CAPS ......................25 
5 ANÁLISE DE DADOS ............................................................................................29 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 31 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o resultado da pesquisa que aborda 
a atuação do Assistente Social nas unidades de saúde mental, baseadas nas 
observações proporcionadas pelo meu campo de pesquisa o CAPS AD III (Centros 
de Atenção Psicossocial Álcool e Droga) situado no Município de Mamanguape, 
Paraíba. Nesse sentido, tratando-se de pesquisa de caráter descritivo com 
abordagem qualitativa, uma vez que se buscou a análise das ações desse 
profissional na instituição, por meio de pesquisa de campo, utilizando análises 
bibliográficas e documentais para embasamento da temática/problemática abordada. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Saúde Mental; Caps AD; Assistência Social. 
 
ABSTRACT 
 
 
The objective of this study is to present the results of the research that addresses the 
role of the Social Worker in mental health units, based on the observations provided. 
by the search fields at CAPS AD III (Centers for Psychosocial Alcohol and Drug 
Care) located in the Municipality of Mamanguape, Paraíba. In this sense, it is 
descriptive research with a qualitative approach, since it was sought the analysis of 
the actions of this professional in the institution, through field research, using 
bibliographical and documentary analyzes to base the thematic / problematic. 
approach. 
 
KEY-WORDS: Mental health, Caps AD, Social Assistance. 
9 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
É nítido o impacto que os movimentos sociais alcançaram ao decorrer do 
tempo, as causas abraçadas por muitos, nos proporcionaram grandes oportunidades 
para lidar com os indivíduos com um olhar de empatia, e principalmente, um olhar 
mais justo. A reforma psiquiátrica, um dos maiores marcos ocorrido no início dos 
anos 70, mudou os paradigmas da sociedade quanto as pessoas em sofrimento 
mental, e usuários de substâncias psicoativas (SPA). Uma droga psicoativa é 
qualquer substância química que, ao ser consumida, pode modificar alguma função 
do sistema nervoso central, produzindo efeitos físicos e psíquicos. (GONÇALVES, 
2006, p. 17). 
Herdamos de um contexto histórico de lutas, e descasos com direitos 
humanos, uma realidade cujos hospitais psiquiátricos, deram lugar a novas práticas 
de enfrentamento da causa, nesse sentido, surgem então os (CAPS) Centros de 
Atenção Psicossocial, (CAPSAD) Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, 
entres outros. (ALVES, 2009). 
É de conhecimento geral, que se trata de um tema que vem sendo bastante 
discutido, contudo, não se tornou obsoleta a associação de tais indivíduos com 
periculosidade, e criminalidade, pelo contrário, ela ainda é fator influente na vida dos 
usuários. O (CAPS AD III) objetiva atender os indivíduos cujo sofrimento mental foi 
adquirido por meio do uso abusivo de álcool e drogas. É de suma importância 
atentar que os usuários de substâncias psicoativas são vistos com um viés 
condenatório, e isso tende a levá-los à um estado de desamparo. A temática vem 
sendo associada à criminalidade, práticas antissociais, e ofertas de tratamentos 
inspirados na exclusão, levando o usuário à um cenário ainda mais vulnerável e sem 
perspetivas de vida. (PRATTA, 2009 apud MENEZES, 2017 et al). 
A presente pesquisa surgiu do interesse em conhecer os limites e as 
possibilidades da atuação do profissional na unidade, dessa forma, tratando-se de 
uma pesquisa de caráter descritivo, como afirma Gil (2008) o método tem como 
objetivo principal a descrição das características, fenômenos, estabelecimento de 
relações entre variáveis, características de grupos, nível de atendimento de órgãos 
públicos de comunidades, levantamento de opiniões entre outros. O objeto de 
pesquisa é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD III). Tendo como base a 
abordagem qualitativa, uma vez que: ela se ocupa, nas Ciências Sociais, com um 
10 
 
 
 
nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o 
universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e 
das atitudes. (MINAYO, 2009, p. 21). 
A coleta de dados realizou-se na própria instituição, caracterizando-a como 
pesquisa de campo, uma vez que, “na pesquisa de campo, o objeto/fonte é 
abordado em seu meio ambiente próprio.” (SEVERINO 2007, p. 123). Também 
foram utilizadas pesquisas bibliográficas, que de acordo com Marconi e Lakatos 
(2003, p. 183) é aquela que: [...] abrange toda bibliografia já tornada pública em 
relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, 
livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de 
comunicação orais: rádio, gravações em fita magnéticae audiovisuais: filmes e 
televisão. 
Por meio de entrevista, que se caracteriza como “[...] um encontro entre duas 
pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado 
assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.” (MARCONI E 
LAKATOS 2003, p. 195). 
Em consequência disso, a presente pesquisa objetivou analisar “Quais os 
limites e as possibilidades da atuação do assistente social no (CAPS AD III) no 
Município de Mamanguape?” Para tanto foram traçados os seguintes objetivos: 
analisar os limites e as possibilidades do assistente social, enquanto figura 
representante de ações socioculturais no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e 
Drogas (CAPS AD III) no Município de Mamanguape e desta forma, compreender 
como as ações do assistente social podem impactar as pessoas direta, e 
indiretamente afetadas pelo uso de substâncias psicoativas, de acordo com os 
limites e possibilidades da unidade. 
Também almeja-se identificar os fatores positivos e negativos das propostas 
observadas e refletir sobre os resultados que podem ser obtidos. Tendo em vista os 
anos de vivência no setor, e o diário anseio por uma realidade com cada vez menos 
preconceito, dualidade e desrespeito, encontrei no meu campo de pesquisa 
(CAPSAD III) no Município de Mamanguape, uma oportunidade de observar o 
exercício das funções lá praticadas pelo setor de assistência social, guiada por 
reflexões acerca do quanto a Reforma Psiquiátrica é em si, um fato que pode 
impulsionar a disseminação de um novo ponto de vista, sendo este, subsidiado por 
pilares de solidariedade e empatia, afinal, não é difícil perceber que se trata de uma 
11 
 
 
 
questão sociocultural, e como tal, implica em principalmente conseguir transformar 
um contexto, cujas raízes estão encrustadas no âmbito social. Amarante (2007) diz 
que se adotado as noções de alienado, perigoso, perca da razão entre outros, o 
máximo que iremos conseguir será a tolerância. Contudo, Franco Basaglia 1 insistia 
que a ideia de “tolerar” alguém é arrogante, pretensiosa e implica em suportar o 
outro. Com isso percebemos que essa ideologia de tolerância desconsidera 
totalmente o ser humano como ele é dotado de subjetividade. Como toda estrutura 
cultural não se modifica de um dia para o outro, percebemos que a causa exige bem 
mais que direitos institucionais, ela busca também influenciar pessoas a se 
questionarem cada vez mais do impacto que suas atitudes podem fazer a favor ou 
não de novas expectativas na vida de alguém. 
Nesse sentido, Amarante (2007, p. 71) diz que “a construção da cidadania diz 
respeito a um processo social e, tal qual nos referimos no campo da saúde mental e 
atenção psicossocial, um processo social complexo.” Assim sendo, a relevância 
dessa pesquisa ao (CAPS AD III) é conhecer como o setor de assistência social está 
impactando a vida das pessoas atendidas direta e indiretamente pelo serviço 
desempenhado na unidade, tendo em vista os limites e possibilidades dados a ele 
pelas normas institucionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Médico psiquiatra, importante precursor da reforma psiquiátrica a nível internacional. 
Suas ideias influenciaram significativamente a reforma psiquiátrica no Brasil. 
12 
 
 
 
2 POLÍTICA DE REDUÇÃO DE DANOS 
 
À medida que afirma Silva e Pio (2009) O programa de redução de 
danos teve sua primeira política oficial implantada a partir de uma Lei da Inglaterra 
de 1926, que dava aos médicos o direito de regular “opiatos” a pacientes adictos de 
protagonista, se evidenciado a vantagem desse meneio no paciente. 
Porém foi na Holanda, por volta de 1984, que a redução de danos se efetivou 
como política pública de saúde, no momento em que um grupo de enfermeiras, 
juntamente com organizações de categorias de autorrepresentação de usuários de 
drogas, iniciou o primeiro programa de esterilização de seringas visando o controle 
da hepatite, que se estendia depressa entre os usuários de drogas injetáveis. 
Assim: 
Redução de danos pode ser definida como “uma estratégia da saúde 
pública que visa reduzir os danos à saúde em consequência de práticas de 
risco”. As ações de redução de danos são consideradas como medidas 
prioritárias para atuação junto aos usuários de drogas, devendo ser 
desenvolvidas pelas três esferas de governo e também pelas organizações 
da sociedade civil. (BRASIL, 2015). 
 
No Brasil a Estratégia de RD é tida como uma alternativa a da refutação 
eficiente do governo e da população, na construção de um programa de interferência 
integrada, que inclua ações relacionadas à melhoria da saúde, de perceção e 
informação em relação aos riscos da utilização de drogas, disponibilizando serviços 
de atendimento. 
As primeiras ações surgem no município de Santos em meados de 1992, que 
era na época município brasileira com a maior tarifa de infectados pelo vírus da HIV 
com possível derivação pela utilização de remédio injetável, havendo a primeiro 
esforço de realizar troca de seringas, no entanto, uma interferência judicial 
interrompeu a atuação interpretada como impulso à utilização de drogas. 
Logo depois o sucedido em 1994 o Conselho Federal de Entorpecentes 
autorizou a prática de exercício de RD, no qual na Bahia em 1995 a atuação 
histórica do Centro de Pesquisas e Terapia do Abuso de Drogas da Faculdade 
Federal da Bahia (CETAD/UFBA), primeiro Programa de Redução de Danos a 
substituir seringas no Brasil, sendo que pospositivo ao feito em 2003 há registros de 
150 programas em desempenho no país. A Política de Redução de Danos visa o 
progresso de uma enxurrada de ações que vão ao intuito de que o ideal é que as 
13 
 
 
 
pessoas não usem drogas, porém, se isso também não é viável, que o façam com o 
menor perigo provável. (MARLATT, 1999; NADELMANN, 1999). 
Assim, os princípios básicos são: 
 
 
1. A redução de danos é uma alternativa de saúde pública para os modelos 
moral/criminal e de doença do uso e da dependência de drogas; 
2. A redução de danos reconhece a abstinência como resultado ideal, mas 
aceita alternativas que reduzam os danos; 
3. A redução de danos surgiu principalmente como uma abordagem “de 
baixo para cima”, baseada na defesa do dependente, em vez de uma 
política “de cima para baixo” promovida pelos formuladores de políticas de 
drogas; 
4. A redução de danos promove acesso a serviços de baixa exigência como 
uma alternativa para abordagens tradicionais de alta exigência; 
5. A redução de danos baseia-se nos princípios do pragmatismo empático 
versus idealismo moralista. (MARLATT 1999, p.46). 
 
Tais concepções dão lugar a diversos tipos de ações que são capazes de ser 
implementadas conjunta ou separadamente, com congruência com as realidades de 
cada comunidade. 
Entre as mais comuns, destacam-se: 
 
 
i) Ações orientadas a produzir o uso de pouco perigo, dirigidas a oferecer 
disciplina sanitária; costumam comportar-se nos lugares próximos aos 
lugares de uso. No caso de usuários de drogas injetáveis, incluem os 
programas de intercâmbio e / ou subdivisão de seringas que são capazes 
de ser realizados a partir de distintos meios (equipes itinerantes com 
agentes de saúde na rua, centros de atenção primária, hospitais, centros 
específicos, farmácias etc.) e os centros de injeção segura. 
ii) As ações são orientadas a proporcionar afazeres mínimos, que oferecem 
serviços de auxilia comunitário e sanitária de base, adaptados aos estilos de 
vida dos usuários e facilitam o acesso à barga comparsa sanitária. 
Enquanto que as ações orientadas a produzir o sexo mais sem riscos, que 
proporcionam educação em relação a sensualidade e pré-noção e 
favorecem o acesso a preservativos. 
iii) Por fim, ações orientadas a trocar a utilização de substâncias adquiridas 
no mercado ilegal por substâncias prescritas. Incluem os programas de 
preservação com metadona ou os programas dispensação controlada de 
protagonista. 
 
 
2.1 MARCOS LEGAISSabe-se que com o processo social e histórico brasileiro, as políticas de 
saúde perpassaram por uma gama de complexidades no percorrer das suas 
trajetórias e as propostas de reforma dessas políticas passaram por um processo 
extremamente lento, regados de vários avanços e recuos. 
14 
 
 
 
Com o surgimento do capitalismo no Brasil, houve uma enorme procura pelos 
cursos de medicina, advento que já tinha acontecido na Europa a muito tempo. 
Assim, a medicina foi definida: 
 
como um processo orgânico que se efetiva a partir de distúrbios fisiológicos 
e designou o asilo como lugar da verdade médica sobre a doença mental, 
no qual as funções terapêuticas e político-administrativas mais adquirem 
concretude. Tomou como objeto de estudo "a doença" e o objetivo sua 
"cura". Todavia, não tem conseguido na prática, confirmar os argumentos: 
doença mental/ intervenção médica/ cura. (SILVA; BARROS, OLIVEIRA, 
2002, p. 3). 
 
Desde o período do capitalismo emergente no final do século XIX, instituiu-se 
vários mecanismos de exclusão e inclusão que são reproduzidos até os dias atuais 
através das políticas sociais. 
No período do Brasil Colônia a loucura não era considerada como uma 
ameaça a sociedade, uma vez que o país passava por um regime escravocrata, 
onde a força de trabalho era uma mercadoria. Quando a loucura afetava os ricos 
estes eram tratados na Europa. Consequentemente, a loucura não era vista como 
uma doença, segundo Silva, Barros e Oliveira. (2002). 
Mas, com o processo de urbanização das cidades, as epidemias estavam 
atrapalhando o crescimento político e econômico, logo, foi definido que deveria 
existir um saneamento onde interdita o livre trânsito dos doentes, mendigos, vadios e 
loucos. E foi nesse período que surgiu o primeiro hospital psiquiátrico do Brasil. 
(SILVA; BARROS; OLIVEIRA, 2002). 
É indispensável salientar que isso ainda não era considerado como uma 
política de saúde mental. Pois, essa preocupação relacionada a psiquiatria era 
apenas relacionada a ideia de recolher e excluir. Assim: 
 
A ordem social no Brasil vai se instituindo para a formação do Estado 
Brasileiro e a preocupação do Estado com a Saúde Pública se acentua, 
quando normas e medidas estatais (Políticas Sociais) começam a serem 
esboçadas para enfrentar as epidemias e a loucura. A gênese da 
intervenção estatal tem como base, o modelo de intervenção campanhista, 
marcado pela centralização, autoritarismo, clientelismo e populismo, 
próprios de um Estado oligárquico, que conforma seus aparelhos 
institucionais com a concentração do poder e a exclusão das classes 
populares. Nesse contexto, para modernizar o Hospício, no sentido do ideal 
liberal republicano, Oswaldo Cruz alia-se a Juliano Moreira que substitui a 
orientação francesa de seu antecessor, pelo enfoque da Psiquiatria Alemã. 
Isto repercute na discussão da etiologia da doença mental, pois o 
biologismo passa a explicá-la, como também aos aspectos étnicos, éticos, 
políticos e ideológicos e a psiquiatria se coloca em defesa da manutenção 
15 
 
 
 
 
do controle social pelo Estado. Nessa gestão foi promulgada a primeira Lei 
Federal, n. 1.132 de dezembro de 1903, que reorganiza a assistência aos 
alienados, concretizando a legitimação jurídico-política da psiquiatria 
nacional. (SILVA; BARROS; OLIVEIRA, 2002, p.2). 
 
De forma geral, tem-se de atentar para a ideia de que o sanitarismo teve seu 
início apenas nos anos 20 e 30, quando se vincula a ideia de saúde. Mas, até o final 
dos anos 50 os serviços médicos não possuíam nenhum tipo de assistência 
psiquiátrica. Esse processo de incorporação tardia da psiquiatria foi por causa da 
ineficácia dos tratamentos, além do mais os hospitais estavam em estados 
deploráveis. 
Antes do golpe militar de 1964, existia uma discussão referente a psiquiatria, 
mas o golpe interrompeu a ideia da Reforma Sanitária, confiscando os poderes 
locais e deixando os municípios sem qualquer autonomia quer seja de gestão ou de 
recursos. 
Desta forma: 
 
 
De 1964 a 1974, o cenário político tornava crime o debate sobre alternativas 
políticas. Este foi um momento propício para o governo implantar sua 
reforma institucional. Pretendia a generalização das privatizações pela 
compra de serviços particulares com o dinheiro público, valorizou a 
produção quantitativa de procedimentos do setor privado, favorecendo a 
empresa médico-industrial, que resultou na medicalização em massa da 
sociedade. Na área psiquiátrica, esse favorecimento ficou conhecido como 
indústria da loucura. A expansão de ofertas de leitos reforçou o modelo 
psiquiátrico hospitalocêntrico. Essa política do Instituto Nacional de 
Previdência Social/INPS tinha vinculações conhecidas com o setor privado e 
tornou-se o principal obstáculo para a implantação de Programas de 
Assistência Psiquiátrica mais complementares e não asilares. Na década de 
70, a crise social deixa entrever as dificuldades de manutenção do 
autoritarismo. O fim do milagre econômico revigorou as forças sociais 
questionadoras do modelo excludente da maioria da população, em relação 
às benesses do crescimento econômico, propiciando o acirramento das 
pressões sociais e favorecendo a distensão política, lenta e gradual. Nesse 
contexto, organiza-se o Movimento pela Reforma Sanitária, como parte do 
movimento maior pela democratização do país e fortalecimento da 
sociedade civil. (SILVA; BARROS; OLIVEIRA, 2002, p.2). 
 
Depois de dez anos foi organizado um movimento pela Reforma Psiquiátrica, 
onde reclamava sobre a necessidade de reforma psiquiátrica. O intuito era modificar 
o relacionamento da sociedade brasileira com os doentes mentais. Percebe-se que 
esse movimento trouxe uma mudança na cultura, organização dos processos de 
trabalho e na estrutura dos serviços psiquiátricos, com o intuito de uma 
desinstitucionalização psiquiátrica. Essa reforma proposta era uma maior 
16 
 
 
 
humanização nas relações entre os sujeitos, mas também uma maior organização 
no processo de trabalho. 
Sabemos que a Reforma Psiquiátrica no Brasil foi influenciada por vários 
movimentos, os quais se destacam os movimentos da Antipsiquiatria e da Reforma 
Psiquiátrica italiana. As grandes preocupações eram em relação à Instituição 
hospitalar psiquiátrica e saberes psiquiátricos com suas práticas terapêuticas e o 
conceito da doença mental. Sendo um referencial a reforma Psiquiátrica italiana, de 
onde veio o processo de mudanças na área de Saúde mental, e também não menos 
importante o Psiquiátrico Franco Basaglia, por ter sido o nome forte ao movimento 
italiano da Reforma Psiquiátrica, com seus métodos de observações, desmistificando 
os conceitos de doença mental e suas rotulações, rompendo com qualquer método 
agressivo de tratamento. 
Resgatando a dignidade e os direitos à cidadania dos internos, Basaglia trouxe 
mudanças radicais para época, com assembleias e reuniões para que todos 
pudessem participar e interagir para uma reforma humanizada. A forma de como 
eram tratados os doentes mentais para ele não surtia efeito, precisava acabar com a 
exclusão das pessoas internas, sendo complexa demais para se limitar ao saber 
médico-psiquiátrico, ele buscou não somente conhecer a doença e sim o indivíduo. 
O movimento revolucionário acompanha a necessidade de transformação das 
instituições asilares e de alguns pacientes no qual tem histórico de produzir riquezas 
e foram inseridos no trabalho. Foi nesse contexto que Pinel, pai da Psiquiatria 
moderna é indicado como reformador de um hospital em Paris. (AMARANTE, 2007). 
Surge a desinstitucionalização e abertura de centros de saúde, onde pudesse 
dar continuidade ao tratamento longe dos hospitais e de toda cultura que vinha de 
anos de manicômios. Essa experiência serviu de referência até os dias atuais, e 
também aqui no Brasil. Basaglia conseguiu um marco na história da saúde mental 
no mundo, com a criação da Lei 180 que propõe a substituição do modelo Hospitalarao sistema de atenção Psicossocial de base territorial. 
No final da década de 1970, houve movimentos criticando o modelo asilar no 
que concerne a assistência, tratamento e recuperação do doente mental. 
(OLIVEIRA, 2002). Foi nesse contexto que houve denúncias de violências e maus-
tratos, falta de higienização nos hospitais, e a sociedade ficou sensibilizada com os 
tratamentos dados aos pacientes com transtorno mental nas instituições 
17 
 
 
 
manicomiais. Fato esse que se criou uma organização dos profissionais da área 
culminando no Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental. (MTSM). 
O MTSM foi um espaço de luta fora da instituição, e um ponto de debate e 
encaminhamento de propostas para a Reforma de Assistência Psiquiátrica, com 
encontros e reuniões com trabalhadores em saúde, integrantes do movimento 
sanitário, associações de classes, bem como, parte de alguns setores da sociedade. 
(AMARANTE, 1995). 
A reforma Psiquiátrica foi assim compreendida: 
 
 
Como conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e 
sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações 
interpessoais que o processo de Reforma Psiquiátrica avança, marcando 
por impasses, tensões, conflitos e desafios. (BRASIL 2005, p.6). 
 
Foi nos anos 1970, que teve início o processo de movimento social pelos 
direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país, mas foi no ano de 1990 que se 
tem notoriedade, pelo projeto de articulação dos três níveis gestores do Sistema 
Único de Saúde. (SUS). 
Com esse projeto houve algumas mudanças na área jurídica, com o projeto 
de Lei 3.657\89, como Lei Paulo Delgado, que após 12 anos sancionou em 2011, 
como um marco na reforma psiquiátrica. A citada lei discorre sobre a extinção por 
completo dos hospitais psiquiátricos no Brasil baseada na legislação italiana. Nesse 
contexto, foi criado no município de Santos o NAPS- Núcleo de Atenção Psicossocial 
24horas, sendo um marco nesse processo de desinstitucionalização. (BRASIL, 
2005). 
O processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil foi dividido em três fases: 1a 
fase 1978-1992: Denúncias, Conferência Nacional de Saúde Mental (1986), 
Movimento antimanicomial (1987); 2a fase: 1992-2001: II Conferência Nacional 
(1992), conquista da hegemonia política do modelo da desinstitucionalização; 3a 
fase: 2001-2010: III Conferência Nacional (2001) aprovada a Lei 10.216, expansão 
da rede de atenção psicossocial. (VASCONCELOS, 2010) 
O modo como a Reforma Psiquiátrica surgiu, permitiu que os usuários 
ganhassem notoriedade junto à justiça, que antes não tinham leis que os 
protegessem. A luta dos familiares dos portadores de saúde mental no Brasil vem se 
alastrando desde muitos anos. 
18 
 
 
 
 
Apesar do conservadorismo do Governo Collor de Melo, houve uma 
reocupação fundamental do espaço político pelo movimento de reforma em 
torno da Coordenação de Saúde Mental em nível do Ministério da Saúde, 
que passa a tomar as principais iniciativas políticas formais da reforma 
psiquiátrica pelo menos até 1996, salientando-se a II Conferência Nacional 
de Saúde Mental e o lançamento de portarias ministeriais a partir de 1991- 
1992. (ROSA, 2002, p.27). 
 
No Brasil o processo de Reforma Psiquiátrica foi um movimento permanente 
na constante inovação de conceitos e princípios que marcaram a trajetória da saúde 
mental no país. O importante é fazer um perfil da instituição e uma análise em 
relação a prática do Serviço Social na área da saúde mental que serão abordadas 
no próximo ponto. 
No ano de 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas, onde 
propõe uma reestruturação da assistência psiquiátrica. Mas, apenas em 2001 é 
aprovada a lei 10.216 onde discorre sobre a proteção e direitos das pessoas com 
transtornos mentais. 
E no artigo terceiro, dispõe que é de responsabilidade do Estado o 
desenvolvimento da política de saúde mental, assistência e promoção de ações de 
saúde para aqueles que necessitam, assim como instituições que ofereçam 
assistências. Logo, foi a partir dessa lei que se originou a Política de Saúde Mental, 
onde tem como intuito garantir o cuidado ao paciente com transtorno mental e os 
serviços substitutivos dos hospitais psiquiátricos. 
 
3 REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
 
A atenção às crises vem sendo apontada como um componente peremptório e 
estratégico em todo processo de Reforma Psiquiátrica. A grandiosidade, a qualidade, 
a efetividade e a humanização da assistência lograda nesse campo acabam definindo 
o poder de interferência e o alcance dos processos de Reforma Psiquiátrica por meio 
da construção de redes de atenção e reabilitação psicossocial que contemplem as 
necessidades de atenção dos distúrbios de saúde mental e álcool e outras drogas por 
parte da população. (ZEFERINO et al, 2015). 
O trabalho em rede é considerado como um requisito fundamental dessa nova 
abordagem, uma vez que a base tangível e o amparo da atenção integral à crise é a 
rede ampla de assistência e reabilitação que sustentam os projetos terapêuticos de 
cada usuário da comunidade e território, englobando, especialmente, a atenção 
19 
 
 
 
básica e os próprios recursos da comunidade. (ZEFERINO et al, 2015). 
Sabe-se que a Reforma exigiu a formalização e a instituição de uma nova rede 
e um novo modelo de organização dos serviços e técnicas de atenção e reabilitação. 
O percurso de tal implantação é complexo e sofre influência de aspectos políticos, 
sociais e econômicos imersos em simultaneidade de forças e embates. Atualmente, 
este modelo está esboçado e determina a disposição em rede no formato de RAPS 
articulada às RAS do SUS como um todo. (ZEFERINO et al, 2015). 
Compreende-se que a RAPS foi formulada com a intenção de favorecer a 
implantação, expansão e altercação dos distintos pontos de atenção à saúde 
direcionados aos indivíduos em padecimento mental decorrentes de transtornos 
psiquiátricos ou utilização arbitrário de substâncias psicoativas, sob responsabilidade 
do SUS. (BRASIL, 2011b). 
Nesse intuito, a RAPS foi idealizada para salvaguardar o acesso dos indivíduos 
aos serviços de saúde mental, fomentando o revigoramento sucessivo do trabalho em 
rede, que procura resguardar a dignidade humana favorecendo autonomia, liberdade 
e cidadania as pessoas; antigamente tão estigmatizados pelos padrões impostos pela 
população. (BRASIL, 2011b). 
Para montar a RAPS devem-se observar as especificidades loco-regionais, 
dando ênfase nos serviços com base comunitária, caracterizados pela plasticidade 
de se apropriar às necessidades dos usuários e familiares e não os mesmos se 
adequarem aos serviços. Além disso, essa rede age na prospetiva territorial, 
conhecendo suas dimensões, gerando e transformando lugares e relações. 
Assim: 
Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das 
pessoas; Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais 
da saúde; Combate a estigmas e preconceitos; Garantia do acesso e da 
qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência 
multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; Atenção humanizada e 
centrada nas necessidades das pessoas; Diversificação das estratégias de 
cuidado; Desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a 
inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da 
cidadania; Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; Ênfase 
em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle 
social dos usuários e de seus familiares; Organização dos serviços em rede 
de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações 
intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; Promoção de 
estratégias de educação permanente; e Desenvolvimento da lógica do 
cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades. 
(BRASIL, 2011b). 
20 
 
 
 
Nesse contexto a RAPS é constituída pelos seguintes componentes: 
 
 
COMPONENTE Pontode Atenção 
 
 
 
I. Atenção Básica em 
Saúde 
Unidade Básica de Saúde 
Equipes de Atenção Básica para populações em situações 
específicas. 
Núcleo de Apoio à Saúde da Família. 
Centro de Convivência 
 
 
 
II. Atenção Psicossocial 
Especializada 
CAPS I 
CAPS II 
CAPS III 
CAPS AD 
CAPS ADIII 
CAPS I 
III. Atenção de Urgência e 
Emergência 
 
UPA / SAMU 
IV Atenção Residencial de 
Caráter transitório 
Unidade de Atendimento Adulto. 
Unidade de Atendimento Infantojuvenil. 
V. Atenção Hospitalar Leitos. 
Enfermaria especializada. 
VI Estratégias de 
desinstitucionalização 
Serviços Residenciais Terapêuticos. 
Programa de Volta para Casa. 
VII Reabilitação 
Psicossocial 
Cooperativas. 
 
 
No que tange a atenção básica, pode-se afirmar que ela é dividida por pontos 
de atenção, que são os seguintes, conforme o quadro de Lima (2012, p.34): 
21 
 
Ponto de atenção Explanação 
Unidade Básica de Saúde serviço de saúde constituído por equipe 
multiprofissional responsável por um conjunto 
de ações de saúde, de âmbito individual e 
coletivo, que abrange a promoção e a proteção 
da saúde, a prevenção de agravos, o 
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a 
redução de danos e a manutenção da saúde 
com o objetivo de desenvolver a atenção 
integral que impacte na situação de saúde e 
autonomia das pessoas e nos determinantes 
e condicionantes de saúde das coletividades 
Equipe de atenção básica para populações 
específicas 
 
b.1 Consultório de rua 
serviço componente da Atenção Básica na 
Rede de Atenção Psicossocial, conta com uma 
equipe multiprofissional composta a partir das 
demandas e realidades locais. Suas ações 
devem ser compartilhadas e integradas às 
unidades de saúde da família, CAPS, serviços 
de urgência e emergência e outros pontos de 
atenção. Destina-se ao cuidado especializado 
de pessoas que vivem na rua, nas 
especificidades de suas vulnerabilidades 
B2 Equipe de apoio aos serviços do 
componente Atenção Residencial de Caráter 
Transitório 
oferece suporte clínico e apoio a esses pontos de 
atenção, coordenando o cuidado e prestando 
serviços de atenção à saúde de forma 
longitudinal e articulada com os outros pontos 
de atenção da rede. Essa equipe pode ser 
composta pelos profissionais do CAPS de 
referência para as residências terapêuticas, 
incluindo os técnicos de referência das casas 
e apoio da coordenação de saúde mental 
Centros de Convivência São pontos de atenção da RAPS ligados à 
atenção básica em saúde, abertos a toda a 
população e que atuam na promoção da saúde 
nos processos de reabilitação psicossocial, a 
partir do resgate e da criação de espaços de 
convívio solidário, fomento a sociabilidade, 
produção e intervenção na cultura e na cidade, 
constituindo-se em importantes espaços para 
a ampliação de laços sociais (Brasil, 2015). 
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) São constituídos por equipes compostas por 
profissionais de diferentes áreas do 
conhecimento, que devem atuar de maneira 
integrada e apoiando os profissionais das 
equipes de saúde da família e academia da 
saúde, compartilhando as práticas e saberes 
em saúde nos territórios sob a 
responsabilidades das equipes, atuando 
diretamente no apoio matricial às equipes das 
unidades nas quais o NASF está vinculado. 
Fonte: adaptado de Lima. (2014, p.34) 
22 
 
 
 
Já o ponto II é a atenção psicossocial especializada que tem alguns pontos de 
atenção. No caso o primeiro é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), pode-se 
afirmar que: 
é uma modalidade de serviço criada para atender de forma intensiva as 
pessoas em sofrimento psíquico considerado intenso e, em geral, 
persistente. Composto por equipe multiprofissional que atua na perspectiva 
da reabilitação psicossocial através de oficinas de arte e trabalho, 
atendimentos individuais e/ou em grupos com usuários e familiares, dentro 
de um determinado território de adstrição. (LIMA, 2014, p. 35). 
 
Nesse contexto, o objetivo do CAPS é um trabalho articulado em rede com 
outros CAPS, tendo como base serviços sanitários e não sanitários. A ideia é que 
estes atuem de forma intersetorial com projetos oriundos das mais diversas áreas 
como educação, cultura, etc. (GIOVANELLA et al, 2012). 
O quadro abaixo demonstra a organização do CAPS: 
 
 
 
 
 
Tipo Explanação 
CAPS I atende pessoas com transtornos mentais 
graves e persistentes e também com 
necessidades decorrentes do uso de crack, 
álcool e outras drogas de todas as faixas 
etárias; indicado para municípios com 
população acima de quinze mil habitantes; 
CAPS II Tem as mesmas competências do primeiro, 
mas é destinado a 70 mil habitantes; 
CAPS III Atende pessoas com transtornos mentais 
graves e persistentes. Proporciona serviços de 
atenção contínua, com funcionamento 24 
horas, incluindo feriados e finais de semana, 
ofertando retaguarda clínica e acolhimento 
noturno a outros serviços de saúde mental, 
inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios 
ou regiões com população acima de cento e 
cinquenta mil habitantes; 
CAPS AD Atende adultos ou crianças e adolescentes, 
considerando as normativas do Estatuto da 
Criança e do Adolescente, com 
necessidades decorrentes do uso de crack, 
álcool e outras drogas. Serviço de saúde 
mental aberto e de caráter comunitário, 
indicado para Municípios ou regiões com 
população acima de setenta mil habitantes; 
23 
 
 
 
 
 
 
CAPS AD III Atende a mesma clientela do anterior, 
porém com necessidades de cuidados 
clínicos contínuos. Serviço com no máximo 
doze leitos para observação e 
monitoramento, de funcionamento 24 
horas, incluindo feriados e finais de semana; 
indicado para Municípios ou regiões com 
população acima de cento e cinquenta mil 
habitantes. 
 
 
Já a parte de atenção, urgência e emergência é formada pelos pontos de 
atenção: i) SAMU; ii) sala de estabilização; iii) UPA 24 horas; iv) postas hospitalares 
de atenção à urgência; v) Unidades básicas de saúde. De forma geral, tais pontos são 
responsáveis pelo acolhimento, classificação de risco e cuidado com as situações de 
urgência e emergência das pessoas que tem algum tipo de transtorno mental 
decorrente da utilização de crack, álcool e outras drogas. (BRASIL, 2011). 
Enquanto que a atenção residencial de caráter transitório tem apenas os pontos 
de acolhimento como pontos de atenção, que são divididos em adultos, infantis e 
juvenis. De forma geral, tal unidade oferece cuidados contínuos de saúde e tem 
funcionamento de 24 horas. O quinto eixo, é a atenção hospitalar que é constituída 
pela enfermaria especializada em hospital geral, que é relacionado leitos de saúde 
mental nas enfermarias especializadas em saúde mental. E tem também o serviço 
hospitalar de referência, que são leitos em clínicas medicas que tem habilitação para 
oferecer suporte hospitalar quando necessário. (BRASIL, 2011). 
O sexto eixo, são as estratégias de desinstitucionalização que é formada por 
dois pontos que são os serviços residenciais terapêuticos e programa de volta para 
casa. O primeiro são casas que ficam localizadas no espaço urbano para poder 
responder as necessidades de moradia para aquelas pessoas que tem transtornos 
mentais graves, tal casa deve acolher no máximo 8 moradores. Já o segundo, é 
considerado o instrumento mais efetivo de reintegração social das pessoas que tem 
histórico de hospitalização. 
Por fim, temos o eixo de reabilitação psicossocial, que: 
 
 
refere-se às iniciativas de geração de trabalho e renda, aos empreendimentos 
solidários, às cooperativas sociais e às ações de caráter intersetorial para a 
reinserção no trabalho, das pessoas com experiências de sofrimento 
decorrentes de transtornos mentais, uso de álcool e outras drogas. (LIMA, 
2014, p. 50). 
24 
 
 
 
Nesse contexto, essas iniciativas deveriam articular sistematicamente as redes 
de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis no território com o 
intuito de garantir a melhoria das condições concretasde vida. (BRASIL, 2015). 
 
3.1 IMPLANTAÇÃO DO CAPS AD III 
 
 
O CAPS AD III Regional é o ponto de atenção do integrante da Atenção 
Especializada da Rede de Atenção Psicossocial que tem como escopo oferecer a 
atenção integral a indivíduos com necessidades relacionadas ao uso de bebida 
alcoólica, Crack e outras drogas, com ideia é que funcione todos os dias da semana, 
24 h por dia, até mesmo finais de semana e feriados. 
Logo, será um local de referência de atenção e proteção para usuários e 
familiares em situações de crise e maior gravidade (recaídas, abstinência, ameaças 
de morte), terá disponibilidade para amparar casos novos e já vinculados, sem 
precisar de um agendamento prévio e sem qualquer outra dificuldade de acesso, em 
todos os dias da semana, até mesmo, finais de semana e feriados, 24h por dia. 
De acordo com as diretivas expressas na Portaria nº 3.088 de 2011 que institui 
a Rede de Atenção Psicossocial, o serviço de Atenção Psicossocial Álcool e Outras 
drogas, deverá produzir o respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia do 
indivíduo e a liberdade dos sujeitos usuários ou não do serviço de saúde mental 
indicado a indivíduos usuária de Crack, bebida alcoólica e outras drogas (BRASIL, 
2011). 
A melhoria da equidade e o identificação dos determinantes sociais de saúde 
similarmente será uma proposição a ser instituída na execução diária das ações 
oferecidas pelo CAPS AD III Regional, acreditamos que agindo dessa maneira iremos 
combatermos estigmas e preconceitos que envolvem o público em questão 
extremamente fragilizado pela ausência de garantia do acesso a serviços 
especializados que garantam atenção integral a assistência multiprofissional, a partir 
de uma atenção humanizada e centrada nas necessidades das indivíduos. 
A oferta de técnicas de afazeres e o progresso de atividades na localidade 
adstrito não será restrita nenhum município, abrangerá a cada um dos territórios de 
municípios que compõem a região de saúde, por meio das equipes de atenção 
básica e do próprio serviço de atenção psicossocial. Irão garantir a inclusão social 
25 
 
 
 
tendo em vista à melhoria da autonomia e fortalecendo o exercício da cidadania aos 
usuários do serviço. 
Outro ponto fundamental a ser ressaltado pelas ações do CAPS AD III Regional 
é o progresso das técnicas de Redução de Danos envolvendo toda a rede assistencial, 
isto é, asseverar que práticas menos destrutíveis sejam incorporadas na vida dos 
usuários até a supressão completo da utilização das substâncias tóxicas. 
 
4 A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO HUMANIZADO NO CAPS 
 
A humanização ganhou notoriedade elevada no ano de 2000, ligada à área de 
saúde da mulher, da criança e assistência hospitalar. (PEDRO E VIEIRA, 2009). O 
Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar foi implantado sob a 
portaria GM/MS nº881 de 19 de junho de 2001, no âmbito do SUS. 
O Programa logo em seguida sofre mudanças com a nova gestão do Ministério 
da Saúde, desde então foi criada a Política Nacional de Humanização de Atenção e 
da Gestão em Serviço de Saúde no SUS – HumanizaSUS, visando atingir todos os 
níveis de atenção a saúde. (BRASIL, 2006). Admitindo que Estado, Município e 
serviços de saúde todos estavam envolvidos na prática de humanização e com bons 
resultados na área da atenção e gestão, colaborando para legitimação do SUS. 
A Política Nacional de Humanização PNH foi criada após várias experiências 
do “SUS que dá certo”, criada no ano de 2003, busca efetivar os princípios do SUS na 
rotina dos serviços de saúde, afirmando novas condutas de administrar e refletir sobre 
as demandas existentes. Como Política do SUS, a PNH também chamada de 
HumanizaSUS surge da união de três objetivos centrais, bem como: enfrentar 
desafios ditos pela sociedade quanto a qualidade e dignidade da saúde, redesenhar 
e articular iniciativas de humanização do SUS e, por fim enfrentar problemas no campo 
da gestão do trabalho e na vida dos trabalhadores em saúde. (PASHE, 2011). 
Houve grandes avanços obtidos pelo SUS na sua construção, contudo ainda 
tem desafios a enfrentar, como: o acolhimento, a baixa valorização do trabalho em 
saúde e a falta de aproximação entre usuários e a equipe multiprofissional, estes são 
alguns exemplos de embates para a melhoria do SUS. Em resposta as atuais 
situações de fragmentação e verticalização dos serviços, a PNH foi criada para gerir 
melhor o trabalho com a saúde no que diz respeito ao despreparo dos trabalhadores 
em lidar com as dimensões sociais e subjetivas nas suas práticas de trabalho e ao 
26 
 
 
 
mínimo de investimento em qualificação, constitui-se resposta à crise do SUS. 
(BRASIL, 2004) 
Em síntese podemos afirmar que a PNH está ligada a secretaria de atenção à 
saúde do Ministério da Saúde, com participação das equipes regionais que dão apoio 
a política de humanização com articulação das secretarias estaduais e municipais de 
saúde com sistematização e base de propagação planos de ações e inovações para 
forma de fazer saúde. Através dos princípios, diretrizes e dispositivos a Política 
Nacional de Humanização busca: 
: 
[...] trabalho em equipe multiprofissional, a transversalidade e grupalidade o 
apoio construção de redes cooperativas solidárias e comprometidas com a 
produção de saúde e sujeitos coletivos implicado na rede do SUS, na 
construção de autonomia e protagonismo desse sujeito. (BRASIL, 2004, 
p.15). 
 
Infelizmente notamos o despreparo dos profissionais da área saúde ao 
atendimento e acolhimento com os usuários de acordo com as diretrizes da PNH, isso 
indica a falta de capacitação para com os profissionais, equipamentos e estrutura 
adequada para atuação da equipe multiprofissional. O ministério da saúde através da 
Política Nacional de Humanização busca resolver problemas como: 
 
A desvalorização dos trabalhadores da saúde, a precarização das relações 
de trabalho, o baixo investimento em processos de educação permanentes 
em saúde [...], a pouca participação na gestão dos serviços e o frágil vínculo 
com os usuários. (BRASIL, 2008, p.8). 
 
O destaque da PNH é articulação entre os gestores e os trabalhadores do SUS, 
nas produções técnicas e científicas, auxiliando trocas de experiências e atenção aos 
usuários. Foi construída com o intuito de qualificação planejada para mudar o dia a 
dia da saúde no SUS. 
As apostas para as inovações em saúde conforme a Rede HumanizaSUS são: 
 
✓ Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de 
produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; 
✓ Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos 
coletivos; 
✓ Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e 
de sujeito; 
✓ Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no 
processo de gestão; 
✓ Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e 
subjetivas de saúde; 
✓ Defesa de um SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro 
e a todos oferece a mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, etnia, 
27 
 
 
 
 
origem, gênero e orientação sexual; 
✓ Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua 
indissociabilidade, tendo como foco as necessidades dos cidadãos, a 
produção de saúde e o próprio processo de trabalho de trabalho em saúde, 
valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho; 
✓ Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais 
acolhedor, mais ágil e mais resolutivo; 
✓ Compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as 
condições de trabalho e de atendimento; 
✓ Compromisso com a articulação dos processos de formação com os 
serviços e práticas de saúde; 
✓ Luta por um SUS mais humano, porque construído com a 
participação de todos e comprometido com a qualidade dos seus serviços e 
com a saúde integral para todos e qualquer um. (REDE HUMANIZASUS, 
2015, p.45). 
 
 
Nesse sentido, grande parte dos profissionais buscam serem capacitados e 
qualificados esolidários com respeito e tolerância para com os usuários, mas os 
desafios continuam e são inúmeros, e nem sempre há condições favoráveis para isso. 
Portanto, a luta pela humanização é constante. Na rede hospitalar o objetivo da 
humanização é proporcionar um atendimento acolhedor junto à família dos usuários, 
ou seja, poupá-los do máximo o risco desse processo negativo, como estresse e 
depressão, para uma recuperação positiva. 
O atender e acolher é um dos serviços de saúde que é de maior importância e 
de definições próprias, não sendo uma mera recepção dos usuários, e sim atividades 
de toda estrutura organizacional própria da PNH do SUS. É no acolhimento que o 
profissional mostra a conotação de inclusão, deixando o usuário orientado e 
esclarecido, dando início a uma abordagem indispensável a qualquer usuário. 
De acordo com a Política Nacional de Humanização PNH, humanizar pode ser 
compreendido como uma inclusão das diferenças nos processos de gestão e de 
cuidados. A humanização no atendimento se dá em uma troca de informação entre 
paciente e profissional, com ética e respeito, garantindo a dignidade e os direitos 
humanos. 
Nos textos do final da década de 50, décadas de 60, 70 e 80, a humanização 
é enfocada, predominantemente, de modo circunscrito às relações 
interpessoais estabelecidas com o doente, bem como às questões 
administrativas de dada instituição (predominantemente hospitalar), 
mostrando-se desarticulada das dimensões político-sociais do sistema de 
saúde. (CASATE; CORREA, 2005, p. 109). 
 
Sentiam-se necessidades de promover ações e programas, logo, a implantação 
de uma Política Nacional de Humanização, e isto reuniu um modelo de gestão na 
saúde. (BRASIL,2004). 
28 
 
 
 
Conforme a PNH, a humanização irá efetivar-se a partir das práticas de saúde 
existentes, ou seja, a partir da forma como agimos no cotidiano da prática do serviço. 
Assim, é indispensável salientar quais são os principais dispositivos da PNH: 
 
 
• Acolhimento com classificação de risco: recepção do usuário, desde 
sua chegada no serviço de saúde, com responsabilização integral 
por ele, priorizando-se a atenção de acordo com o grau de 
sofrimento e não pela ordem de chegada nos serviços de saúde; 
• Colegiados gestores: construção de espaços coletivos em que é feita 
a análise dos contextos, problemas e situações e a tomada das 
decisões tanto no que se refere à condução da organização, quanto 
do cuidado. Sistemas colegiados de gestão, que incluem: Grupos 
de Trabalho de Humanização (GTH); Câmaras Técnicas de 
Humanização (CTH); Contratos de Gestão; sistemas de escuta 
qualificada para usuários e trabalhadores da saúde (gerência de 
“porta aberta”, ouvidorias, pesquisas de satisfação etc.); 
• Programa de Formação em Saúde e Trabalho – Comunidade 
Ampliada de Pesquisa; Programas de Qualidade de Vida e Saúde 
para os Trabalhadores da Saúde; 
• Equipes de Referência e de Apoio Matricial; Projeto Terapêutico 
Singular e Projeto de Saúde Coletiva: trabalho clínico que visa o 
sujeito e a doença, a família e o contexto, tendo como objetivo 
produzir saúde e aumentar a autonomia do sujeito, da família e da 
comunidade, a partir da co- responsabilização e de uma ação 
sempre singular; 
• Projetos de ambiência: envolve os ambientes físico, social, 
profissional e de relações interpessoais que deve estar relacionado 
a um projeto de saúde voltado para a atenção acolhedora, 
resolutiva, humanizada e para a melhoria das condições de trabalho 
e de atendimento; 
• Direito de Acompanhante e Visita Aberta; 
• Construção de processos coletivos de Monitoramento e avaliação 
das atividades de humanização. (PASHE; PASSOS, 2011, p. 5). 
 
 
A PNH não propõe um tipo de serviço específico, mas um Sistema Único de 
Saúde – SUS- ideal no qual seja tudo mais humanizado (SANTOS FILHO; BARROS, 
GOMES, 2009). Observamos que o atendimento humano é conceituado pelos 
profissionais sempre apontando a busca pelo bem-estar dos usuários. Demonstrando 
sempre uma crescente preocupação quanto a dignidade humana deste usuário e a 
importância da presença dos familiares no tratamento. A proposta da humanização é 
criar uma forma de atender fundamentada no diálogo e cuidado, uma nova cultura de 
atendimento, pois, a humanização é uma política transversal e transpassa todos os 
programas de saúde. 
Neste aspecto, Ayres (2008, p.57) afirma que: 
 
Há que se buscar, portanto, junto das finalidades técnicas das práticas de 
saúde, mas transcendendo sua condição de estrita produção de objetos (os 
produtos do trabalho da saúde), a antecipação, escolha e negociação de uma 
29 
 
 
 
 
vida boa, ou seja, do melhor possível a fazer diante do projeto de felicidade 
que se coloca em questão naquele momento. 
 
É indispensável demonstrar que a humanização no processo de assistência à 
saúde, pode ser considerada como uma demanda atual e crescente que acontece no 
contexto brasileiro. A humanização na saúde requer que sejam consideradas várias 
perspectivas da filosofia organizacional para que exista um bom atendimento. 
(ANDRADE et al, 2009). 
 
5 ANÁLISE DOS DADOS 
 
 
O presente tópico busca analisar o trabalho do assistente social no CAPS Ad 
III, com o intuito de compreender as atribuições e competências profissionais. Para 
isso, buscou-se compreender como se dá a rotina do CAPS, qual o papel do assistente 
social e atividades desenvolvidas. 
Assim, o instrumento de coleta de dados foi uma entrevista e ela foi realizada 
por meio de um roteiro semiestruturado, realizado para uma assistente social efetiva 
no CAPS Mamanguape. 
O primeiro questionamento relacionado a temática para a assistente social foi 
sobre a rotina do CAPS AD, e ela discorreu que: 
 
O CAPS AD presta atendimento a pessoas com transtornos decorrentes do 
uso de substâncias psicoativas e seus familiares oferecendo atendimentos 
ambulatoriais e acolhimento com suporte educacional, social e reabilitação 
psicossocial, visando a melhoria na qualidade de vida dos usuários. 
(Assistente Social) 
 
 
No tocante as ações desenvolvidas pelos assistentes sociais no CAPS AD 
complementam-se que: 
 
Acolhimento inicial, acolhimento, convivência, construção de Projeto 
Terapêutico Singular (PTS), acompanhamento de PTS, escuta qualificada, 
agendamento de consultas, grupos de reflexão e reinserção social, 
assembleia, oficinas, clínica ampliada, matriciamento, discussão de caso, 
acolhimento ao funcionário, busca ativa, acompanhamento com a família, 
participação em colegiados, reuniões, reunião de equipe, visitas domiciliares 
e institucionais, supervisão de estágio, participa de grupos condutores, ser 
técnico de referência [...]. (JASPE, 2016, p. 34). 
30 
 
 
 
Ou seja, em relação as ações que são privativas do serviço social devem-se 
atentar que são aquelas que direcionam a “fazer parecer social, estudo social, relatório 
social, assembleia, supervisão de estágio [...].” (JASPE, 2016, p. 35). 
Assim, pode-se acrescentar que algumas ações são: 
 
[...] atendimento individual com usuários e familiares, visitas domiciliares e 
visitas institucionais [...], encaminhamento social ao usuário e familiar para a 
rede, planejamento de projeto para fazer grupo terapêutico, realização de 
estudo socioeconômico [...], orientação de benefício assistencial, benefícios 
eventuais previdenciários [...]. (CRISTAL, 2016, p. 45). 
 
 
Já em relação as atividades desenvolvidas pelos assistentes sociais para a 
família podem-se demonstrar as seguintes que foram elencadas pela entrevistada: 
 
São desenvolvidas reuniões mensalmente com a equipe multidisciplinar, 
nesse espaço os familiares relatam as dificuldades de relacionamento com 
os usuários alcoolistas, sendo escutados e orientados sobre como 
potencializar a relação familiar- profissional- serviço demonstrando a 
importância do papel dos familiares no tratamento, fornecendo tanto 
orientação como autonomia aos usuários. (Assistente Social). 
 
Além disso,a entrevistada completou afirmando que se observa mudanças na 
reorganização familiar e a aquisição de habilidades que podem acabar alterando as 
atividades diárias. 
Foi questionado a assistente social quais são as possíveis facilidades e 
dificuldades em atuar no CAPS ad e foi apontado o seguinte: 
 
Como facilidades podemos observar a criação de vínculo com o usuário, 
tornando assim, mais fácil a construção e implementação de um plano de 
cuidado de qualidade, de acordo com as necessidades do usuário e de sua 
família. Em relação as dificuldades podemos observar o atendimento aos 
usuários que se encontram em situação de crise (abstinência, ansiedade) e 
problemas de relacionamento com a família do usuário. (Assistente Social). 
 
 
Já em relação ao CAPS na Paraíba, percebe-se que ao total tem-se 81 e 
apenas 10 são Ad, incluindo o de Mamanguape. É necessário salientar que, essa 
quantidade não está relacionada a qualidade, os números podem demonstrar um 
investimento considerável nas políticas públicas de saúde. 
Assim, foi questionado sobre os principais desafios do CAPS ad III 
Mamanguape e a assistente social discorreu que “o principal desafio é o usuário que 
não demonstra interesse em interromper o uso do álcool e de outras drogas, por não 
acreditar que não precisa de ajuda profissional”. 
31 
 
 
 
Depois foi questionado sobre qual o papel do assistente social no CAPS Ad III 
de Mamanguape esta afirmou que “realiza atendimento direto ao usuário, mobilização, 
controle social, planejamento, investigação, acompanhamento social e fortalecimento 
de vínculos”. 
Por fim, foi perguntado sobre a importância do assistente social neste CAPS, 
logo foi respondido que: 
 
É um profissional que atua nas políticas públicas, não só de execução, mas 
na formulação, implementação, monitoramento e avaliação dessas políticas 
intervindo diretamente na expressão da questão social no caso do 
alcoolismo e drogadição. (Assistente Social). 
 
Por fim, conclui-se que o assistente social tem um papel extremamente 
importante no CAPS AD III. Pois, ele trabalha diretamente com aqueles sujeitos que 
necessitam diretamente de um auxílio. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A elaboração desse trabalho foi um momento de reflexão e busca de 
significado do agir enquanto etapa de sistematização do conhecimento. O presente 
trabalho teve como intuito analisar quais os limites e as possibilidades do assistente 
social, enquanto figura representante de ações socioculturais no Centro de Atenção 
Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III) no Município de Mamanguape. Para 
isso, foi realizada uma entrevista com a assistente social que ali trabalha. 
A partir das informações apresentadas neste trabalho iniciamos uma análise 
geral dos resultados explanados no decorrer deste, no qual verificamos diversos 
aspectos relevantes para o presente estudo. 
Em suma, tais afirmativas demonstram que os profissionais estão cada vez 
mais preocupados em tratá-los de forma humanizada. Pois, isso auxilia no processo 
de tratamento de drogas, já que ali eles sentem-se cuidados e acolhidos. As 
dificuldades apresentadas são descritas como falta de recursos, estruturas precárias 
e a falta do apoio da família no tratamento aos dependentes químicos. 
A saúde Pública no Brasil é um dos grandes desafios historicamente, 
principalmente com a criação do Sistema Único de Saúde, sendo um marco da 
saúde no país, contudo, o sistema é falho na efetividade de seus princípios. 
32 
 
 
 
O processo da reforma Psiquiátrica no Brasil contribuiu para 
desinstitucionalização do modelo manicomial, dando autonomia e cidadania aos 
portadores de transtornos mentais, com possibilidade de um tratamento junto aos 
seus entes queridos e a comunidade. 
A humanização na área da saúde mental hospitalar requer um trabalho com 
ética, sensibilidade e valorização da autonomia dos usuários, de modo a garantir os 
direitos deles. A necessidade que se tem é de uma discussão acerca das relações 
que envolvem o atendimento, para o aperfeiçoamento da concepção e do modo de 
agir ancorados na Política Nacional de Humanização da Saúde. Tudo isso 
favorecerá o processo de tratamento continuado. 
Contudo, deixando claro que a PNH é para uma gestão hospitalar, na qual os 
usuários são os principais assistidos respeitando suas necessidades. E é essencial 
que os dirigentes das instituições tenham sensibilidade, para desenvolver uma 
gestão que, de fato, efetive a humanização em meio a todos os atores sociais 
envolvidos no processo. Pois a PNH valoriza a parte técnica e estrutural, como 
também a relação entre profissional e usuários, ou seja, desde a sua 
regulamentação a PNH quer mudar a forma de atendimento na área da saúde, no 
Brasil. 
Vale destacar a importância do tema da humanização no atendimento aos 
usuários de álcool e outras drogas, pois trata-se de um tema atual em evidência nas 
mídias e nos debates, e extremamente complexo e grave. 
Consideramos que em nível acadêmico e das instituições o debate acerca da 
Humanização em Saúde precisa ser ampliado e abordado com maior frequência, 
pois só deste modo iremos encontrar meios de deixar em destaque a categoria 
humanização para se ter um conceito mais claro e aplicável. 
Portanto, chegamos ao final das nossas conclusões, entendendo que o Brasil 
tem inúmeras dificuldades e enormes problemas a serem solucionados pelos 
governos, para se colocar em práticas as Políticas Públicas de médio e longo prazo. 
Almejamos também que essa pesquisa possa contribuir para estimular a 
discussão acadêmica dessa temática, como forma de servir de referencial para 
outras produções que envolvam atendimento humanizado à saúde mental. 
33 
 
 
 
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