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Vícios redibitórios O termo "vício redibitório" refere-se a um defeito oculto em um bem ou produto que o torna inadequado para o uso a que se destina ou diminui significativamente o seu valor. ➔ Em termos legais, quando ocorre uma evicção parcial, o prejudicado tem direito a uma indenização proporcional à perda sofrida. A compensação é calculada com base na proporção do valor perdido em relação ao valor total do bem ou direito. Essa indenização pode ser paga pelo terceiro que reivindicou o direito superior ou, em alguns casos, pelo vendedor original que transferiu o bem ou direito ao comprador. ➔ O comprador pode solicitar a resolução do contrato, a devolução do dinheiro ou uma redução no preço. Elementos caracterizadores 1) O vício deve ser oculto: Não deve ser visível a olho nu ou facilmente detectável no momento da compra. 2) O vício deve existir antes da aquisição: O defeito deve estar presente no bem antes de ser adquirido pelo comprador. 3) O vício deve ser grave: O defeito deve ser significativo o suficiente para tornar o bem impróprio para o uso pretendido ou reduzir seu valor de forma significativa. 4) A existência de um contrato comutativo: translativo da posse e da propriedade da coisa. → O surgimento de uma versão mais nova de um objeto, não faz presumir que a versão anterior é defeituosa. Contrato comutativo: é um tipo de contrato em que há reciprocidade de prestações entre as partes envolvidas, ou seja, cada parte se compromete a fazer ou dar algo em troca do que recebe do outro. Teoria da evicção parcial Se refere à perda parcial de um bem ou direito adquirido por um terceiro com base em um direito superior. Em outras palavras, ocorre quando uma pessoa perde apenas parte do bem ou direito que adquiriu devido a uma reivindicação legítima de terceiros sobre essa parte específica. Um exemplo de evicção parcial pode ocorrer em um contrato de locação de um imóvel, no qual o locador não possui a propriedade completa do imóvel, mas apenas uma fração ideal. Nesse caso, se um terceiro reivindicar a propriedade de parte do imóvel e o locatário perder o direito de uso dessa parte, o locador poderá ser responsabilizado pela evicção parcial, devendo restituir ao locatário o valor proporcional do aluguel referente à parte perdida. Teoria do erro Trata dos casos em que uma das partes de um contrato celebra o negócio jurídico equivocadamente, ou seja, quando há um equívoco em relação a uma das características essenciais do objeto contratado, que pode ter sido mal compreendida ou apresentada de forma incorreta. O erro pode resultar na anulação do contrato, caso fique comprovado que a parte lesada não teria celebrado o negócio caso tivesse conhecido o erro. Exemplo: uma pessoa compra um carro modelo X, acreditando que ele tenha um motor a diesel, mas descobre posteriormente que o motor é a gasolina. Nesse caso, há um erro sobre a qualidade do bem que foi objeto do contrato, o que pode levar à anulação do contrato com base na teoria do erro. Teoria do risco É um conjunto de normas e princípios que estabelece que aquele que exerce determinada atividade assume os riscos decorrentes dessa atividade, independentemente de sua culpa, ou seja, responde objetivamente pelos danos que causar a terceiros. ➔ Tudo que eu fizer, eu serei responsável, pois eu assumo o risco daquela consequência ao criar aquele produto ➔ Vicio redibitorio em regra não segue a teoria do risco (grande discussão atualmente) ➔ Não se responsabiliza por exemplo por Vícios futuro decorrente ao tempo de uso. Vícios redibitórios × erro como vício de consentimento Erro: é uma representação equivocada da realidade que afeta a vontade do agente. Vício redibitório: é um defeito objetivo oculto na coisa que prejudica o seu valor ou adequada utilização. O erro é subjetivo, enquanto o vício redibitório é objetivo. Exemplo: uma pessoa pretende comprar uma casa que está em bom estado. Após a compra, ela descobre que a casa possui graves problemas de infiltração, que foram ocultados pelo vendedor. Nesse caso, há um vício redibitório que pode levar à responsabilidade do vendedor pela reparação do dano ou até mesmo à anulação do contrato. Art. 442: Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato ( Art. 441 ), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. Prazo para a propositura das ações edilícias Os prazos são decadenciais e há uma rara exceção de aumento de prazo no artigo 445 do CC/2002 em comparação com o CC/1916. → Prazo Decadêncial em que não contestado durante aquele período, não poderá ser alegado depois do prazo. Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
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