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Teoria da Constituição e Direitos Fundamentais (TCDF) 
10 de Maio de 2020 
 
Este Presente Trabalho aborda, a decisão do Relator e 
Ministro Ricardo Lewandowski, sobre uma ação direta de 
Inconstitucionalidade (28/06/2007), 1.969-4 Distrito 
Federal, sobre as divergências do do Decreto Distrital 
20.089 15/03/99, do artigo 5º, inciso XVI. 
 
 
O Presente Trabalho refere-se a discente Thainá 
Emanuelle Santos Isob, do referente, RA: 3457203, da 
FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), Campus: 
Liberdade, Turma: A, Sala 1. 
 
Direcionado ao Docente e Dr. Wanderlei Andrade da 
Costa Lima, para obtenção de Nota Semestral (A-4), do 
Curso de Direito, na Disciplina de Teoria da Constituição 
e Direitos Fundamentais (TCDF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
 
 
 
https://www.politize.com.br/artigo-5/
 
TCDF (ANÁLISE DE INCONSTITUCIONALIDADE) 
Como juiz, decida se a lei é constitucional, utilizando na fundamentação as 
regras que integram o princípio da proporcionalidade. 
 
Considere o caso seguinte: com o objetivo de garantir o livre acesso aos diversos 
hospitais situados na região, edita-se uma lei que proíbe manifestações na avenida 
principal da cidade, lugar tradicional de reuniões e composta por seis faixas de 
rolamento. 
Texto sugerido: ADI 1.969, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 28-6-2007, P, DJ de 31-
8-2007 (Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp). 
 
 
Na Decisão de 42 páginas publicada dia 28/06/2007, Relatada pelo Excelentíssimo 
Ministro Ricardo Lewandowski, com o requerente: Partido dos Trabalhadores –PT, 
há uma clara defesa ao Direito Democrático de manifestação, pelos Ministros que 
assim votaram a favor, a ação foi ganha, considerando o Decreto Distrital n° 20.007 
de 14 de Janeiro de 1999 Inconstitucional. 
 
Art.1° - Fica Vedada a realização de qualquer manifestação pública, exceto as de 
caráter cívico-militar, religioso e cultural, nos locais a seguir descritos: 
 
 I - Praça dos três poderes; 
 II- Esplanada dos ministérios; 
 III- Praça do Buriti. 
 
Este então foi revogado pelo segundo (porém inconstitucional ) Decreto n° 20.010, 
de 20 de janeiro de 1999, abordando um disciplinamento para o respeito de 
terceiros, sem agredir a democracia, revogado também, agora então com o Decreto 
n°20.098, de 15 de março de 1999, este Decreto proíbe as manifestações utilizando 
carros, aparelhos de som e objetos sonoros, a fim de não incomodar o 
funcionalismo publico em seu exercício laboral, nos lugares citados acima. 
 
 Reflexão 
É necessário abordar a seguinte reflexão, apenas a lei pode obrigar alguém a fazer 
algo, o decreto é feito normalmente para regulamentação da lei, são atos dados 
pelo poder executivo, ou seja não passam pela discussão bicameral ( 2 turnos e 3/5 
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=483584&PROCESSO=1969&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2287
http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp
do senado e câmara), não tem abrangência de lei, esta por sua vez é colocada na 
mesa e discutida, existe todo um debate dos eleitos do povo (executivo e 
legislativo). Exemplo é o Decreto Presidencial- Medida Provisória, tem força de lei 
naquele momento, mas não é lei, para tornar-se permanente é necessário que o 
congresso nacional aprove em momento posterior. 
O decreto nomeia e regulamenta leis, as leis são frutos do debate dos eleitos do 
povo, em um processo complexo, necessário e democrático, o decreto não pode e 
nunca poderá (enquanto houver uma constituição democrática ), regulamentar um 
Direito fundamental, seja ele coletivo ou individual. 
 
 O Decreto Distrital vai de encontro com o Art. 5° da Constituição Federal: 
O artigo 5º, em seu inciso XVI, afirma que: 
“XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra 
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente;” 
 
No Artigo 5°- da Constituição De 1988, no Inciso XVI, é claro que as únicas 
exigências para o Direito de Manifestação é o aviso prévio, ou seja é necessário 
avisar a autoridade competente, em resumo a autoridade competente não é 
detalhada no inciso XVI, mas o aviso prévio não é considerado via redes sociais 
(Facebook, Instagram e Whatsapp), e em um momento posterior a tecnologia, o 
folheto também não era aviso prévio, sendo necessário tal entendimento. 
Não deve esta reunião frustrar outra, ou seja, se há uma reunião de um grupo 
favorável ao atual Presidente Bolsonaro, que marca uma manifestação as 16:00 na 
Avenida Paulista no Sábado, um Grupo de Oposição não poderá faze-lo no mesmo 
campo espaço/tempol, pois isto já foi ditado no corpo do art.5°- que uma reunião 
não pode frustrar a outro, para evitar confrontos, uso da força policial, violência 
entre manifestantes de diferentes posicionamentos políticos. 
É claro que a manifestação deve ser pacificas, sem uso de armas, pois grupos 
guerrilheiros, ditatoriais, separatistas e de facções, não são autorizados a se 
manifestar livremente, um grupo de pessoas pode pedir a volta da ditadura? Sulistas 
podem pedir a Separação do sul em manifestação? A Liberdade de expressão e de 
manifestação diz que sim, desde que não estejam armados. 
Aos que imploram a volta da ditadura, é necessário um lembrete que estes só 
podem pedir isto por estarem vivendo em uma democracia vigente (com segurança 
jurídica), pois em outro cenário nenhum questionamento seria devidamente aceito 
como “uma liberdade”. Parafraseando Voltaire, cita-se a frase célebre do mesmo, 
“Posso não concordar com uma palavra que diz, mas defenderei até a morte teu 
direito de dize-la", é necessário esta compreensão de profundida, visto que o STF, 
abriu inquérito para apuração de possíveis agressões contra a Constituição. 
 
Recapitulação sobre a decisão 
O decreto 20.098 de 15 de março de 1999, é Inconstitucional, primeiramente porque 
está em desacordo com a pirâmide de Kelsen, que estabelece a hierarquia das leis, 
sendo a função do Decreto executar ou regulamentar a lei ( ex: norma penal em 
branco que tem sua explicação em decreto), sendo este o primeiro erro Crasso da 
imposição inconstitucional de um Decreto Distrital. 
 
Nenhuma lei pode ir contra princípios Constitucionais, assim como nenhuma lei 
também não pode ir contra Tratados assinados pelo Brasil, que é uma pessoa 
jurídica abstrata externa, sendo a União interna, menos ainda um Decreto, que 
passa longe de ter uma função similar de lei. 
 
 
O Estado esta subordinado a Constituição (âmbito interno e externo), e este 
subordina os demais, respeito a todos os poderes (legislativo, executivo e judiciário), 
obediência apenas a Constituição Republicana Federal de 1988, sendo um decreto 
fraco demais para tal feito pretendido, porém devidamente derrubado, pelo STF 
(Tribunal de ultima Instância, guardião da Constituição e regulador de possíveis 
Inconstitucionalidades). 
 
Ultimas Considerações 
A democracia foi uma luta constante, num país que saiu de uma ditadura civil militar, 
onde pessoas “desapareceram”, houve torturas, mortes, muitas famílias ainda 
choram pelo direito natural (incorporados na Constituição torna-se Direitos 
Fundamentais), de enterrar seus mortos, e o sufocamento da liberdade as impede 
depois de mais de três décadas, sendo de imensa sensibilidade e sensatez do STF, 
julgar as Inconstitucionalidades, pois a liberdade de manifestação faz barulho, 
incomoda, porque toda força politica incomoda, toda cobrança e questionamento de 
um governo sempre irá incomodar, e é para isto que esta liberdade serve, pois 
nenhum governo seja ele de direita ou esquerda, esta imune a criticas, desde que 
tais manifestaçõesrespeite a ordem publica, tenha aviso prévio e não tenha grupos 
armados. 
A liberdade de manifestação, é a expressão mais genuína da liberdade coletiva, 
sendo um pilar para a manutenção da democracia, pois todo poder emana do povo, 
se a frente de Brasília no Planalto onde é a expressão desta democracia, uma 
manifestação não pode ser feita, qual lugar seria melhor? É necessário que o STF, 
faça sua função devidamente para que a história não se repita, sendo cada ato de 
Inconstitucionalidade derrubado, uma segurança jurídica a toda a Nação Brasileira. 
 
Considere o caso seguinte: com o objetivo de garantir o livre acesso aos 
diversos hospitais situados na região, edita-se uma lei que proíbe 
manifestações na avenida principal da cidade, lugar tradicional de reuniões e 
composta por seis faixas de rolamento. 
Como juiz, decida se a lei é constitucional, utilizando na fundamentação as regras 
que integram o princípio da proporcionalidade. 
O corpo do texto, já mostra que, a lei é inconstitucional, pois em nenhum momento 
ela diz que será proibido em três faixas de rolamento (não limita parcialmente), limita 
totalmente, nas seis faixas, na Avenida Principal (ex: Avenida Paulista que fica no 
coração da Cidade de São Paulo), se a lei proibisse apenas em um trecho da Avenida, 
seria possível citar uma Inconstitucionalidade Parcial, mas o corpo dela diz que a 
proibição das manifestações é na Avenida (totalidade). 
Sendo Totalmente Inconstitucional, porém a de se abordar que nenhum direito é 
absoluto, o hospital tem de passar pela via (para levar pessoas para o hospital, 
pessoas que podem estar em estado de vida ou morte), enquanto também aquele 
que manifesta exerce o Direito de expressão e liberdade, fundamental para a 
construção da “Cidadania Real”. 
Portanto, há dois dilemas, a manifestação não pode ser impedida, a não ser que esta 
descumpra seus requisitos exigidos nos termos do art .5°, inciso XVI. A manifestação 
pode ser feita com metade das vias livres, para que a ambulância circule garantindo 
o direito a vida e também o livre ir e vir para quem precisa trabalhar, estudar e para 
livre circulação de veículos no geral. 
 
REFERÊNCIAS 
 
https://drvaldinar.jusbrasil.com.br/artigos/116712721/que-diferenca-faz-lei-ou-
decreto 
https://jharoldodosanjos.jusbrasil.com.br/artigos/259375449/afinal-para-que-servem-
os-decretos 
https://oglobo.globo.com/brasil/alexandre-de-moraes-abre-inquerito-no-stf-para-
apurar-atos-antidemocraticos-1-24385677 
https://direitoaojus.blogspot.com/2017/07/piramide-de-kelsen.html 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=484308 
https://www.conjur.com.br/2019-jan-11/direitos-fundamentais-entendimento-stf-
liberdade-reuniao-manifestacao 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://drvaldinar.jusbrasil.com.br/artigos/116712721/que-diferenca-faz-lei-ou-decreto
https://drvaldinar.jusbrasil.com.br/artigos/116712721/que-diferenca-faz-lei-ou-decreto
https://jharoldodosanjos.jusbrasil.com.br/artigos/259375449/afinal-para-que-servem-os-decretos
https://jharoldodosanjos.jusbrasil.com.br/artigos/259375449/afinal-para-que-servem-os-decretos
https://oglobo.globo.com/brasil/alexandre-de-moraes-abre-inquerito-no-stf-para-apurar-atos-antidemocraticos-1-24385677
https://oglobo.globo.com/brasil/alexandre-de-moraes-abre-inquerito-no-stf-para-apurar-atos-antidemocraticos-1-24385677
https://direitoaojus.blogspot.com/2017/07/piramide-de-kelsen.html
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=484308
https://www.conjur.com.br/2019-jan-11/direitos-fundamentais-entendimento-stf-liberdade-reuniao-manifestacao
https://www.conjur.com.br/2019-jan-11/direitos-fundamentais-entendimento-stf-liberdade-reuniao-manifestacao

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