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Campo Minado Campo Minado Ellen Feitosa 5º período Estudar o diagnóstico diferencial da paralisia flácida; Diferenciar as doenças neuronais motora inferior e superior; Compreender a fisiopatologia e diagnóstico da Síndrome de Giullian-Barré e ELA, bem como suas manifestações clínicas. 1. 2. 3. Objetivos: Diagnóstico diferencial da paralisia flácida É caracterizada por paralisia flácida (paralisia com hipotonia e hiporreflexia), havendo também atrofia da musculatura. Diagnóstico Diferencial = Poliomelite; Síndrome de Guillain-barré ; Miastenia gravis; Botulismo. "Diagnóstico diferencial da paralisiaVigilância Epidemiológica das Paralisias Flácidas Agudas/Manutenção da Erradicação da Poliomielite flácida" - Secretaria do Estado da Saúde SP Poliomielite - Paralisia flácida aguda febre mal- estar dor de cabeça dor de garganta e no corpo vômitos diarreia constipação (prisão de ventre) espasmos rigidez na nuca meningite Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre. Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores; Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada; Sensibilidade conservada; Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas. A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. Os sintomas mais frequentes são: Na forma paralítica ocorre: Ellen Feitosa 5º período Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença. Problemas e dores nas articulações Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline- se para um lado , causando escoliose Osteoporose Paralisia de uma das pernas Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo d e secreções na boca e na garganta Dificuldade de falar Atrofia muscular Hipersensibilidade ao toque Quais são as causas e sequelas? Botulismo intestinal , em que a bactéria fixa- se no intestino e se multiplica, havendo a produção de toxina e absorção pelo organismo. Boca seca; Visão dupla; Queda da pálpebra superior; Dificuldade para focar a visão em objetos próximos; Náuseas; Febre; Vômitos; Cólicas; Diarreia; Dificuldade para falar e engolir; Fraqueza progressiva dos músculos respiratórios; Fraqueza dos músculos das pernas. feridas causadas por agulhas em usuários de drogas injetáveis; Esse tipo de botulismo é mais comum de acontecer em pessoas que fizeram cirurgias intestinais, possuem doença de Crohn ou fizeram uso de antibióticos por tempo prolongado, o que altera a microbiota intestinal. É importante que seja feita a identificação do botulismo por meio de exames de sangue e microbiológicos para que seja iniciado o tratamento e evite a progressão da doença, que pode resultar em invalidez ou óbito. Os sintomas do botulismo normalmente aparecem entre 4 a 36 horas após a entrada da toxina no organismo. Quanto maior for a concentração de toxina no sangue, mais cedo surgem os sintomas, sendo os principais: À medida que a doença progride, os sintomas se tornam mais graves e debilitantes, principalmente devido à fraqueza dos músculos respiratórios, o que resulta em dificuldade para respirar, podendo causar a morte devido à Botulismo - Paralisia flácida descendente Botulismo alimentar, em que as pessoas adquirem a bactéria ao consumirem ali mentos contaminados ou que foram armazenados de forma incorreta; Botulismo por ferimentos, em que o Clostridium botulinum infecta a pessoa por meio da contaminação das feridas, principalmente úlceras crônicas, fissuras ou O botulismo é uma doença grave, porém rara, causada pela ação da toxina botulínica produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que pode ser encontrada no solo e em alimentos mal conservados. A infecção por essa bactéria pode causar sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia, e, caso não tratada, pode resultar em comprometimento muscular . De acordo com a forma pela qual a toxina e a bactéria entram no organismo, a doença pode ser classificada em: Ellen Feitosa 5º período paralisia dos músculo s respiratórios. No caso do botulismo infantil, que é caracterizada pela entrada da bactéria no organismo e posterior produção de toxinas, o quadro clínico pode variar desde a constipação leve até a morte súbita. Por isso, é importante identificar o botulismo logo nos primeiros sinto mas para que possa ser feito o tratamento. No início da doença, os sintomas podem estar ausentes ao acordar, surgindo com o avançar do dia. Conforme a doença progride, os períodos livres de sintomas desaparecem. O paciente passa a ter fraqueza a todo momento, eles apenas variam de gravidade ao longo do dia. Embora a miastenia possa produzir fraqueza em qualquer grupamento muscular de contração voluntária, há certas formas de apresentações que são bastante características, conforme veremos a seguir. Miastenia Gravis A progressiva perda de receptores de acetilcolina na membrana das fibras musculares provoca uma diminuição na sensibilidade. Este fenômeno é clinicamente manifestada por uma paralisia flácida. A miastenia gravis (MG) é uma doença neuromuscular de origem autoimune, que na sua forma mais comum provoca graus variáveis de cansaço e fraqueza muscular, atingindo preferencialmente os músculos de contração voluntária, tais como os dos braços, pernas, face, olhos e os músculos torácicos responsáveis pela respiração. A miastenia gravis é uma doença de origem autoimune provocada por um defeito na transmissão dos impulsos nervosos para os músculos. O sistema imunológico produz anticorpos que danificam os receptores musculares que recebem os sinais produzidos pelos nervos. A principal característica da miastenia gravis é um quadro de fadiga muscular limitado a determinados grupamentos musculares, que pode ser flutuante, ou seja, com períodos de melhora alternados com fases de agravamento. A fadiga muscular da MG não se manifesta como uma sensação generalizada de cansaço, mas sim como diminuição isolada da força de alguns músculos. A fraqueza muscular pode variar ao longo do dia, sendo habitualmente pior à noite ou após algum exercício. Doença do Neurônio Motor Inferior e Superior Lesões do Neurónio Motor Superior e Inferior - 07/2022. Existem 2 tipos de neurônio motor: neurônio motor superior, também chamado de primeiro neurônio motor, e o neurônio motor inferior, conhecido como segundo neurônio motor. O primeiro neurônio motor fica dentro do cérebro, no córtex cerebral. Para que qualquer músculo de contração voluntária se mova, o primeiro neurônio emite um impulso elétrico que viaja pelo cérebro, passa pelo tronco cerebral e chega à medula espinhal localizada na coluna vertebral. Na medula espinhal encontra-se o segundo neurônio motor, que é estimulado ao receber o impulso elétrico vindo do primeiro neurônio. Qualquer contração muscular voluntária é realizada graças à ativação de um grupo de neurônios chamados de “neurônio motor”. Se você mexe as penas, levanta os braços, abaixa a cabeça ou resolve sentar, todas esses movimentos nasceram dentro do seu cérebro, que, através de estímulos elétricos, fez a mensagem chegar aos grupamentos musculares que você pretende usar. Característica Lesão Superior Lesão Inferior Reflexos Hiperativo Reduzido ou ausente AtrofiaAusente* Presente Fasciculações Ausente Presente Tônus Aumentado Reduzido ou ausente * Pode surgir com a prolongada falta de uso do membro. Ellen Feitosa 5º período Quando a lesão do neurônio motor superior (NMS), há uma aceleração do processamento da informação motora. É como se o NMS estivesse sendo amarrado por múltiplas vias e em vias lesionadas ele fica liberado, sem tantos níveis de processamento quanto da fisiologia normal, daí ele fica com hiperreflexia e hipertonia. É importante esclarecermos que ocorre essa evolução de paralisia flácida para espástica devido a perca da modulação inibitória que o trato piramidal exerce sobre o extrapiramidal. Os tratos extrapiramidais (rubroespinal, reticuloespinal, tetoespinal e vestibuloespinal) possuem capacidade de despolarização tônica, ou seja, não necessitam da influência de outras áreas para funcionar. Desse modo, na fase aguda de uma lesão do trato piramidal, como em um acidente vascular encefálico (AVE), os tratos extrapiramidais sofrerão um “apagão” e irão parar de funcionar durante algum tempo, mas em dias ou semanas eles voltarão a sua atividade devido a sua capacidade de despolarização tônica, porém, sem ninguém para “segurá-los”, sua atividade será exacerbada, gerando a síndrome referida anteriormente. Indi víduos com LNMS (Lesão no Neurônio Motor Superior) apresenta m modificações estruturais da musculatura que podem levar a um aumento de rigidez passiva, alteração do comprimento muscular e deslocamento da curva comprimento-tensão. Essas alterações implicam maior resistência à movimentação e diminuição da força muscular em amplitudes específicas, que podem estar associadas aos padrões de movimento apresentados por esses indivíduos. Dessa forma, a intervenção com o objetivo de modificar a s características musculares pode ter impacto na movimentação e postura desses indivíduos. Síndrome do neurônio motor superior Doenças do neurônio motor - Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo É uma síndrome causada por lesões no trato corticoespinal (1º neurônio). Lembra que dissemos que esse trato cruza na decussação das pirâmides? Então, é importante termos essa informação em mente aqui, pois lesões acima da decussação das pirâmides irão causar sintomas no lado oposto do corpo, já lesões abaixo da decussação das pirâmides irão repercutir em sinais e sintomas ipsilaterais. As características dessa síndrome são, inicialmente, uma paralisia flácida (associada a hiporreflexia e hipotonia), porém, com o passar do tempo, ocorre evolução para paralisia espástica (hipertonia, hiperreflexia profunda, clônus, redução ou abolição de reflexos exteroceptivos – reflexo abdominal, cremastérico e plantar – e presença de reflexos patológicos, como Babinski e seus sucedâneos). Ellen Feitosa 5º período Síndrome do neurônio motor inferior Aumento das internações por síndrome de Guillain-Barré no Brasil: estudo ecológico - 2020 hipertonia muscular (embora possa haver hipotonia na fase aguda); normotrofia muscular (embora possa haver hipotrofia por desuso numa fase tardia); reflexos profundos aumentados (hiperreflexia); presença de reflexos patológicos (Babinski, Hoffmann, Horner, entre outros); ausência de fasciculações. A interação entre as propriedades musculares e os padrões de movimento precisa ser melhor investigada, para que possam ser elaboradas estratégias de intervenção mais eficazes para a promoção de ganhos funcionais na população com défices neurológicos. Numa lesão do NMS, com diminuição ou perda das conexões com a unidade motora (NMI + músculos), surge uma atividade excessiva dos segmentos medulares por desinibição. Logo, observamos: hipotonia ou atonia muscular; hipotrofia ou atrofia muscular por desnervação (amiotrofia); reflexos profundos diminuídos ou ausentes (hiporreflexia ou arreflexia); ausência de reflexos patológicos; presença de fasciculações. Essa síndrome resulta de lesões no segundo neurônio motor, ou neurônio motor inferior, que é aquele que sai da medula e vai até o músculo esquelético, lembra? Lesões medulares, poliomielite ou outras injúrias que acometam qualquer ponto do segundo neurônio motor irão causar sintomas ipsilaterais à lesão. Portanto, no exame físico, observamos sinais como: Síndrome de Giullian Barré Etiologia Síndrome de Guillain–Barré (SGB) é uma fraqueza muscular de aparecimento súbito causada pelo ataque do sistema imunitário ao sistema nervoso periférico. 50% dos casos ocorrem após infecções causadas por vírus ou micoplasma, 10 % ocorrem após alguma cirurgia e casos raros são associados com linfoma, carcinoma, gravidez ou período pós- parto. 2/3 dos adultos afetado s pela doença, tinham sintomas prévios de infecção respiratória ou gastrointestinal. Sendo que, a infecção prévia predominante era causada pela Campylobacter jejuni (presente em 25-50% do s adultos). Outras infecções associadas são citomegalovirus, os vírus Epstein-Barrs, influenza A, Mycoplasma pneumoniae, Haemophilus influenzae, além dos vírus da hepatite tipos A, B e C e vírus da imunodeficiência humana (HIV). Há também uma relação emergente entre infecções causadas por arbovirus como dengue, Zika e chikungunya. A semelhança molecular entre o s antígenos microbianos e dos nervos é claramente a força motriz por trás da doença, pelo menos no caso da infecção por Campylobacter jejuni. Porém a interação entre o componente microbiano e o ser humano, que ditam se e como a resposta do sistema imunitário é deslocada para uma autorreatividade indesejada ainda não é bem compreendida . Fisiopatologia A SGB é causada por uma resposta autoimune a uma infecção prévia em pacientes predispostos, gerando desmielinização das raízes e nervos periféricos. Ellen Feitosa 5º período Exemplos de patógenos associados a SBG incluem o Campylobacter jejuni, citomegalovírus, Mycoplasma pneumoniae, vírus Epstein-B arr e o vírus Zika, mais recentemente descrito. Entretanto, cabe ressaltar que a ausência de um quadro infeccioso prévio não exclui o diagnóstico de SGB . A Síndrome de Guillain Barré ocorre em duas fases. A fase aguda ocorre quando os sintomas estão se desenvolvendo. Então, há um platô. A fase de recuperação começa quando os sintomas começam a desaparecer. Na fase aguda, os sintomas sobem pelo corpo. Durante a recuperação, a resolução dos sintomas desce pelo corpo às vezes completamente e às vezes parcialmente. Em cerca de dez por cento dos casos, ocorre GBS reverso. Na SGBS reversa, os sintomas viajam para baixo no corpo, começando na face, com a fraqueza descendo (movendo-se para baixo) pelo corpo em vez de subir. A recuperação da SGB reversa ocorre com a resolução dos sintomas que sobem pelo corpo. Tipos de síndrome de Guillain Barré Polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda (PDIA): O revestimento de mielina do nervo é danificado, resultando em má transmissão dos sinais nervosos. Neuropatia axonal motora aguda (N AMA): O revestimento de mielina e as fibras nervosas motoras (axônios) são danificados, resultando em transmissão deficiente ou ausente de sinais nervosos para movimentos e reflexos, mas a função sensorial permanece. Neuropatia axonal sensorial -motora aguda (AMSAN): O revestimento de mielina, as fibras nervosas motoras e sensoriais (axônios) são danificadas, resultando em transmissão pobre ou ausente de sinais nervosos para movimento e sensação. Síndrome de Miller-Fisher: Esta rara variação da síndrome de Guillain- Barré tem os sintomas de coordenação muscular anormal com equilíbrio inadequado e caminhada desajeitada devido à fraqueza muscular, fraqueza ou paralisia dos músculos oculares, ausência de reflexos tendinosos e insuficiência respiratória. Um anticorpo único está presente. Também pode ocorrer após uma doença viral. Neuropatia pandisautonômica aguda (NPA): NPA afeta o sistema nervoso autônomo e inclui encefalopatia (dano ou doença do cérebro), mas não inclui movimento ou sensação. Os sintomas incluem hipotensão ortostática (pressãoarterial baixa), incapacidade de suar, pupilas não reativas, diminuição da produção de lágrimas e saliva, disfunção gastrointestinal e função urinária e sexual prejudicada. Existem tipos e subseções específicos de SGB. As opções de tratamento podem depender do tipo de SGB que ocorre. Ellen Feitosa 5º período Polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (PDIC): A PDIC consiste em fraqueza progressiva em um grande número de grupos de nervos ao longo de muitos anos. É considerada uma forma crônica de SGB. Neuropatia motora multifocal (NMM): A NMM afeta vários músculos em uma parte de um braço ou perna (um número menor de grupos de nervos), normalmente em um lado do corpo. Manifestações Clinicas Hipo ou arreflexia tendinosa. O acometimento dos núcleos de nervos cranianos ocorre em 25% dos casos, sendo a paresia facial bilateral a mais característica; em associação, pode ocorrer paresia dos músculos da deglutição, fonação e mastigação. Sinais de disfunção autonômica em 30 a 50% da s crianças. Arritmias, hipotensão ortostática, HAS, íleo paralítico, disfunção vesical, sudorese. Em torno de 15% das crianças desenvolvem falência respiratória e requerem ventilação mecânica. O comprometimento da musculatura respiratória pode ocasionar taquipneia, redução do volume corrente (menos de 4 mL/Kg), movimento paradoxal abdominal e alternância respiratória. Progressão: Em menos de 50% = progresso fulminante com paralisia máxima e m 1 ou 2 dias. Em mais de 50% = ponto de maior gravidade dentro de uma semana. Em alguns casos, o processo de aumento da fraqueza contínua por até 1 mês. Exames Complementares: São de pouca ajuda no início do processo. Devem ser solicitados após 1 semana do início do quadro. Líquor = detecta elevação de proteínas (maior que 50 mg/dL) máxima entre a 2ª e 4ª semanas, com células escassas (menos de 10 células mononucleadas/dL), o que constitui a chamada dissociação albuminocitológica. Exame mais sensível para o diagnóstico = Estudo Eletrofisiológico = Demonstra várias alterações que indicam desmielinização multifocal, como lentidão na velocidade de condução nervosa, Parestesia progressiva e simétrica Plegia ou paresia progressiva, Hipoestesia/anestesia Hiporreflexia/arreflexia Mialgia e dor em região dorsal severa nos estágios iniciais Insuficiência respiratória aguda (plegia do diafragma) Discurso staccato - a capacidade de falar apenas frases curtas indicando dificuldade respiratória Paresia orofaringea e facial (50%) Anestesia em bota e em luva Disfunção autonômica -> flutuações na PA, arritmias, disfunção vasomotora, incontinência fecal, retenção urinária, disfunção sexual, rubor facial, anormalidades pupilares, broncoespasmo, desregulação da temperatura e desregulação da motilidade gastrointestinal. Paralisia normalmente é ascendente, bilateral, começando nos membros inferiores seguindo para os membros superiores. É também esperado encontrar hipo ou arreflexia, que nada mais é do que diminuição ou ausência de reflexos. Diagnóstico Exame físico: Paralisia muscular = Flácida; Simétrica; Ascendente e Progressiva. Síndrome de Guillain Barré: uma abordagem sobre os sintomas e principais formas de tratamento da doença - 2020 Ellen Feitosa 5º período Presença de 2 critérios essenciais; Presença de pelo menos 3 critérios clínicos sugestivos de SGB; Não apresentar mais de 1 situação que reduza a possibilidade de SGB; Não apresentar nenhuma situação que exclua o diagnóstico de SGB; Caso apresente 1 achado que reduza a possibilidade de SGB, deve ter LCR e estudo neurofisiológico compatíveis com a doença e investigação adicional criteriosa com intuito de afastar outras etiologias. Fraqueza progressiva de mais de um membro ou de músculos cranianos de graus variáveis, desde paresia leve até plegia; Hiporreflexia e arreflexia distal com graus variáveis de hiporreflexia proximal. Progressão dos sintomas ao longo de 4 semanas; Demonstração de relativa simetria da paresia de membros; Sinais sensitivos leves a moderados; Envolvimento de nervos cranianos, especialmente fraqueza bilateral dos músculos faciais; bloqueio parcial da condução motora, latências distais prolongadas ou disfunção axonal. Os achados sugestivos de SGB são ausência do reflexo H, aumento da latência ou ausência da onda F. A velocidade de condução geralmente diminui em fases mais tardias. Existem vários critérios propostos para a definição do diagnóstico de SGB, sendo exigidas todas as condições abaixo: Nestas situações, o paciente deve ser avaliado por consultor médico especialista em doenças neuromusculares. Critérios essenciais para o diagnóstico da SGB Critérios sugestivos para o diagnóstico da SGB Clínicos Dor; Disfunção autonômica; Ausência de febre no início do quadro. Fraqueza assimétrica; Disfunção intestinal e de bexiga no início do quadro; Ausência de resolução de sintomas intestinais/urinários; Presença de mais de 50 células/mm3 na análise do líquido cefalorraquidiano; Presença de células polimorfonucleares no LCR; Nível sensitivo bem demarcado. História de exposição a hexacarbono, presente em solventes, tintas, pesticidas ou metais pesados; Achados sugestivos de metabolismo anormal da porfirina; História recente de difteria; Suspeita clínica de intoxicação por chumbo (ou outros metais pesados); Síndrome sensitiva pura (ausência de sinais motores); Diagnóstico de botulismo, miastenia gravis, poliomielite, neuropatia tóxica, paralisia conversiva Critérios que reduzem a possibilidade da SGB Critérios que excluem a possibilidade da SGB Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) de início bulbar. Brazilian Journal of - 2020. ELA é a abreviatura de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença cujo significado vem contido no próprio nome: Esclerose significa endurecimento e cicatrização. Lateral refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal. E amiotrófica é a fraqueza que resulta na atrofia do músculo. Ou seja, o volume real do tecido muscular diminui. Dessa forma, Esclerose Lateral Amiotrófica Ellen Feitosa 5º período 25% dos pacientes com ELA apresentam forma de início bulbar (degeneração do neurônio motor superior - paralisia pseudobulbar; degeneração do neurônio motor inferior - paralisia bulbar; ou ambos); A ELA bulbar acomete os nervos que desempenham funções respiratórias, de deglutição e de fala; A sobrevida média dos pacientes é de 3-5 anos após o diagnóstico, sendo que a morte, em geral, é causada por insuficiência dos músculos respiratórios. Fraqueza muscular Endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) Atrofia muscular (amiotrófica) significa fraqueza muscular secundária por comprometimento dos neurônios motores. Os achados físicos dependem do local onde ocorrerá a degeneração dos neurônios motores, podendo ser: cervical, bulbar ou lombar. Inicialmente paciente apresenta um quadro de disartrofonia; Seguido de disfagia, atrofia, fraqueza e miofasciculação lingual; Posteriormente há paralisia dos membros superiores e inferiores; Segundo dados do Ministério da Saúde, a patologia acomete 2.500 brasileiros por ano. Sintomas: O quadro inicial envolve uma insuficiência respiratória tipo hipoventilação noturna com dispneia, ortopneia, sono segmentado, cefaleias matinais, sonolência diurna excessiva, anorexia, diminuição da concentração, irritabilidade ou alterações bruscas de humor. - Em estágios iniciais e intermédios da doença os neurônios da motilidade ocular e os parassimpáticos da medula espinhal sacral (aqueles que inervam os esfíncteres do intestino e da bexiga) são poupados, embora em estágios Exames de sangue para descartar outras doenças; Teste respiratório para verificar se os músculos do pulmão foram afetados; Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna cervical para garantir que não exista uma doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante àELA; Eletromiografia para ver quais nervos não funcionam corretamente; Teste genético, se houver um histórico familiar de ELA; Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça para excluir outras doenças; Estudos de condução nervosa; Testes de deglutição; Punção lombar. muito avançados da doença acabam também sendo atingidos. Exames: O exame físico de força mostra fraqueza, muitas vezes começando em uma área. Pode haver tremores, espasmos e contrações musculares, ou perda de tecido muscular (atrofia). Atrofia e contrações involuntárias da língua são comuns. A pessoa pode ter um jeito de andar rígido ou desajeitado. Os reflexos são anormais. Há mais reflexos nas articulações, mas pode haver perda do reflexo faríngeo. Alguns pacientes têm problemas para controlar o choro ou o riso. Isso às vezes é chamado de "incontinência emocional". Possíveis testes incluem: Ellen Feitosa 5º período É baseado na história clínica, eletroneuromiografia, nos critérios de Awaji e na exclusão de outras doenças clinicamente semelhantes, como a Neuropatia Motora Multifocal e a Doença de Kennedy; O tempo médio para diagnóstico é de 12 meses, levando em conta os primeiros sintomas até o resultado completo, fora que o paciente só procura um especialista depois de um longo período de convívio com a doença. CR IT ÉR IO S PA RA D IA GN ÓS TI CO S CO RR ET O DE ES CL ER OS E L AT ER AL A M IO TR ÓF IC A (E LA ) E PR OP OS TA PA RA U M N OV O PR OT OC OL O AT UA LI ZA DO
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