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Licenciatura 3º Período Didática da Alfabetização e do Letramento 2 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera - Pedagogia – Didática da Alfabetização e do Letramento – Dicas de Estudo para prova ................... Página 2 de 7 Qual a definição de alfabetização e de letramento? Na atualidade, o emprego do termo alfabetização remete à aquisição da competência para ler e escrever, no sentido de codificar e decodificar as palavras, os textos. O letramento parte da aquisição da leitura e escrita e vai além, ampliando esse processo. Ele se volta ao uso da língua escrita nos diversos contextos em que ocorre, considerando que o aluno deve saber reconhecer os gêneros textuais, as diferenças entre eles e sua aplicabilidade, bem como ser capaz de realizar uma leitura compreensiva de qualquer tipo de texto. Letramento e alfabetização são indissociáveis porque se relacionam e um só existe se outro também existir. Há, portanto, uma relação de interdependência entre a aquisição da língua escrita e as atividades de letramento, pois elas se complementam. De acordo com Barcellos (2007, p. 18) “Dissociar alfabetização de letramento é um erro, pois os processos ocorrem simultaneamente. São interdependentes, porém cada qual tem sua especificidade, exigindo um trabalho direcionado”. O que foi o PBA – Programa Brasil Alfabetização de 2003? Com o objetivo de promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para a universalização do ensino fundamental no Brasil, o MEC realiza desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade (BRASIL, MEC, 2003). Qual o papel da relação professor aluno na alfabetização e no letramento? O papel do professor nesta prática é de contribuir para que os alunos possam tomar consciência de que a língua escrita se relaciona com a fala e seu objetivo é a comunicação entre as pessoas. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera - Pedagogia – Didática da Alfabetização e do Letramento – Dicas de Estudo para prova ................... Página 3 de 7 A língua é um código capaz de transmitir ao receptor certa mensagem. A relação emissor-mensagem-receptor permite a interação humana. A decifração (leitura) e a codificação (escrita) é um processo com objetivo da interação social. Esse processo pode ser aprendido de forma prazerosa, e não excludente. O aluno, ao escrever de forma espontânea com a mediação do professor, cria hipóteses e pouco a pouco vai adquirindo conhecimentos linguísticos em uma ação natural, como visto, tal qual quando aprendeu a falar - praticando, neste caso, lendo e escrevendo. Quais as competências do professor alfabetizador para inserir as crianças no mundo da leitura e escrita? O professor não é técnico nem um improvisador, mas sim um profissional que pode utilizar o seu conhecimento e a sua experiência para se desenvolver em contextos práticos preexistentes. (SACRISTÁN, 1995) O sentido da profissão de docente não é ensinar, mas fazer o aluno aprender. A competência implica sempre a articulação de diferentes conhecimentos. (MELLO, 2000) No caso do professor, isso significa organizar informações de conteúdo especializado, de didática e prática de ensino, de fundamentos educacionais e de princípios de aprendizagem. Participar da elaboração do PPP sabendo trabalhar em equipe; e estabelecer relações de cooperação dentro da escola e com a família dos alunos. (MELLO, 2000). O professor competente não se limita a aplicar conhecimentos, mas possui características do investigador em ação. Quais os métodos utilizados para trabalhar com alfabetização, seus processos e definições? Há três grandes métodos de alfabetização: o método sintético, o método analítico e o método misto, também classificado como método sintético-analítico. Os mais difundidos são os dois primeiros. Método Sintético, neste método, também classificado como método fônico, parte-se da identificação de pequenos elementos para a formação de palavras, ou seja, da “parte” para o “todo” do texto. Busca-se, ainda, a relação entre fonemas e Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera - Pedagogia – Didática da Alfabetização e do Letramento – Dicas de Estudo para prova ................... Página 4 de 7 grafemas, com o intuito de possibilitar à criança uma aquisição de leitura e escrita. O desenvolvimento deste método envolve exercícios que combinem a consciência fonológica e o exercício de correspondência entre os grafemas e os fonemas. Método Analítico, também classificado como método silábico, pois são dadas às crianças as palavras para que delas sejam extraídas as sílabas, ou seja, parte-se do “todo” para as “partes”. Neste método, primeiro é apresentada a forma e o nome das vogais e, posteriormente, são combinadas as vogais para se formar os ditongos e os tritongos para que, em seguida, sejam passadas as consoantes. Quais os conceitos sobre ensino e aprendizagem na alfabetização, segundo Cagliari? Nesse contexto, ao abordar a questão dos métodos no processo escolar de alfabetização, Cagliari (2009) demonstra que os mesmos fundamentam-se em dois métodos básicos: o método de ensino, assim como os métodos sintético, analítico e misto, e o método de aprendizagem, denominados respectivamente pelo autor como método 1 e método 2. De acordo com Cagliari (2009), no método 1, orientado exclusivamente para o ensino, a alfabetização configura-se, em síntese, como um processo de “desmontar e montar as palavras da língua”, de modo artificial. Acrescentam-se informações, uma após a outra, à medida que o conteúdo é dominado pelo aluno, por meio de procedimentos de repetição, segundo uma ordem crescente de dificuldades. A avaliação compreende somente o conteúdo ensinado e “[...] constitui-se do que o aluno precisa dominar e repetir” (CAGLIARI, 2009, p. 50). Logo, o erro assume equivocada relevância, sinalizando aquilo que o aluno ainda não dominou e a necessidade de se repetir a lição. De caráter mecanicista, o método 1 fornece ao aluno um modelo pronto a ser seguido. “Se tentar inovar, corre-se o risco de errar e não saber mais retomar o caminho suave e tranquilo das coisas já dominadas” (CAGLIARI, 2009, p. 52). O método 2, direcionado para o processo de aprendizagem, difere do método 1 ao centrar-se especialmente na reflexão. Conforme Cagliari (2009), o método 2 considera os conhecimentos prévios e espontâneos dos alunos e concebe a linguagem como manifestação do pensamento. A técnica empregada baseia-se em explicações adequadas, conduzidas pelo professor em situações oportunas, assumindo, assim, o papel de mediador entre o saber, historicamente construído, e os seus alunos. A avaliação não se limita a constatar o erro, quantificá-lo e atribuir um conceito final, como no método 1, mas sobretudo, consiste em “[...] realizar um Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera - Pedagogia – Didática da Alfabetização e do Letramento – Dicas de Estudo para prova ................... Página 5 de 7 estudo interpretativo daquilo que foi feito, para verificar o que está correto e o que está errado e por que está correto e por que está errado” (CAGLIARI, 2009, p. 58). Desse modo, a avaliação, contínua e permanente, associada à mediação do professor, fornece ao aluno subsídios para generalizar o conhecimento que possui e construir novas hipóteses. Nessa perspectiva, o aluno “aprende a aprender”. Em suma, acerca dos respectivos métodos no processo de alfabetização, Cagliari (2009, p. 61) ressalta que: Um método não é uma panaceia que resolve todos os problemaseducacionais. [...] Os dois métodos podem alfabetizar, mas o método 1 o fará de uma maneira indesejável, embora aparentemente adequada. O método 2 exige experiência e competência do professor, paciência dos pais e uma escola preparada para ser uma oficina de trabalho, não apenas uma sala onde o professor ensina e o aluno tem de se virar para aprender. Qual a importância de se refletir sobre o erro, segundo Barcellos? O aluno não pode ter medo de errar. O erro é compreendido como parte do processo de tomada de consciência. É a partir dele que se aprende, visto que contribui para a construção de novas hipóteses, para a aquisição de novos conhecimentos. O erro não pode ser punitivo! Podemos concluir que o professor das séries iniciais de alfabetização deve propor e analisar práticas sobre a aquisição da leitura e escrita com base na construção do conhecimento por crianças, jovens, adultos e idosos, valorizando as hipóteses por eles construídas ao produzirem ou lerem textos. Para que a criança possa se alfabetizar é necessário que ela compreenda que o sistema alfabético é um sistema fonográfico, isto é, ele parte da representação de sons para compor as palavras, frases, textos. É ele que torna possível a formação de palavras que representam os conceitos, ou seja, os significados. O erro deve ser entendido como parte do processo de aquisição de novos conhecimentos, e o aluno, como um sujeito ativo. Qual a classificação dos níveis de escrita na abordagem construtivista? Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera - Pedagogia – Didática da Alfabetização e do Letramento – Dicas de Estudo para prova ................... Página 6 de 7 Para alguns autores, como Moreira (2009), ainda que Emilia Ferreiro e Ana Teberosky não tenham atribuído tais nomes, convencionou-se chamar os períodos da alfabetização de pré-silábico, silábico, alfabético e ortográfico. - Assim, no nível pré-silábico, a criança já entende a diferença entre texto e imagem (icônico e não icônico), mas ainda não sabe qual símbolo (letra) representa o que deseja escrever. Frequentemente, tende a utilizar letras do seu nome (ou de seu universo já conhecido), sem um rigor ou critério bem estabelecido. - No nível silábico, a criança é estimulada pela escola e passa a ter contato com o material escrito. É nesse período que ela consegue identificar a relação entre o som e a grafia, realizando hipóteses. - A hipótese alfabética compreende o período em que a criança já reconhece que cada letra corresponde a um fonema e constrói palavras e enunciados simples, enfrentando dificuldade apenas nas regras ortográficas. - E o que se consolidou chamar de período ortográfico se refere à fase na qual o aluno já está apto a discernir entre a grafia de letras cujo uso apresenta sonoridade semelhante como, por exemplo, o CH e o X ou o C e o K. O que é o Construtivismo? Na área da educação, o construtivismo é uma teoria que busca interpretar o desenvolvimento da aprendizagem do sujeito. Piaget é um dos teóricos construtivistas mais importantes no campo educacional. Ele parte do princípio de que a criança não é uma tábula rasa, mas sim um sujeito racional que já traz consigo conhecimentos interiorizados. O desenvolvimento do aprendizado do sujeito se dá a partir da interação do sujeito com o meio, porém, considerando que ambos são participativos nesse processo. Ao importar a teoria construtivista para a aquisição da escrita, Ferreiro e Teberosky (1986) inauguram uma nova abordagem de alfabetização. O construtivismo na área da aquisição da escrita foi um divisor de concepções, uma vez que deslocou a centralidade do processo de alfabetização, que deixou de ser o ensino e passou a ser a aprendizagem. Esse deslocamento trouxe não apenas novas concepções do processo de aquisição da escrita, como também das intervenções, como, por exemplo, ao ressignificar a noção de erro e considerá-lo hipótese natural ao processo de aquisição da escrita. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera - Pedagogia – Didática da Alfabetização e do Letramento – Dicas de Estudo para prova ................... Página 7 de 7 Se interessou pelo tema? Então veja estes meus outros materiais: Didática da Alfabetização e do Letramento - 25 Exercícios dos Temas 1 ao 5 Didática da Alfabetização e do Letramento - Avaliação Virtual 1 e 2
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