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Produção Textual

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Produção Textual Unidade 1
1) A AD procura trabalhar a ordem da língua e a ordem da história. O encontro dessas ordens na análise da linguagem é a noção de fato que, por sua vez, deriva de um deslocamento produzido sobre a noção de dado. De acordo com Orlandi (1995, p. 115) o dado tem sua organização, o fato se produz como um objeto da ordem do discurso (linguístico-histórico). Olharmos o texto como fato, e não como um dado. Na perspectiva dessa relação dado/fato, como o analista do discurso percebe o fato? Assinale a alternativa correta.
a. Os fatos nos conduzem à memória linguística. Não há historicidade, porque eles representam a memória da linguagem, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
b. Todas as alternativas estão incorretas.
c. Os fatos nos conduzem ao interdiscurso. Nos fatos, temos a estrutura e a semântica que garantem a memória da linguagem, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
d. Os fatos nos conduzem à memória discursiva. Nos fatos, temos a historicidade, porque eles representam um lugar de entrada na memória linguística, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
e. Os fatos nos conduzem à memória linguística. Nos fatos, temos a historicidade porque eles representam um lugar de entrada na memória da linguagem, sua sistematicidade, seu modo de funcionamento.
2) A Análise do Discurso (AD) tem sido uma das linhas teóricas de muitas pesquisas que, por sua vez, têm trazido grandes benefícios para os profissionais que trabalham com a linguagem. Não podemos mais ser tão ingênuos a ponto de pensar que a linguagem se constitui em uma simplicidade de palavras e transparência trocas de informações. Nesse sentido, qual a visão da AD com relação a linguagem. Assinale a alternativa correta.
a. A linguagem é informação entre locutor e interlocutor.
b. A linguagem não é somente código, é discurso.
c. Todas as alternativas estão incorretas.
d. A linguagem é comunicação entre falantes, a partir de códigos.
e. A linguagem é completa, não precisa de sujeitos para produzir discursos.
3) Ao elaborar uma teoria não-subjetiva, Pêcheux (1995) entende o sujeito, não como indivíduo empírico, mas como um sujeito social construído no universo discursivo. A AD rejeita a ideia de um sujeito estrategista, intencional, que tem a liberdade de falar o que quer. De acordo com Pêcheux “o sujeito não é dono de seu discurso”. Para AD significa:
a. Todas as alternativas estão corretas.
b. O sujeito elabora seus dizeres em consonância com a ordem da língua e de acordo com sua formação sócio-histórico-ideológica.
c. O discurso do sujeito é pautado tanto pela ordem da língua como pela ordem sócio-histórico-ideológica.
d. O discurso do sujeito é controlado, selecionado e organizado por vários procedimentos de controle social.
e. Não existe discurso sem sujeito e sujeito sem ideologia. O discurso do sujeito é controlado por procedimentos sócio-histórico-ideológico.
4) Ferreira (2006) por meio do texto A metáfora da rede, exemplifica:
Os fios que se encontram e se sustentam nos nós são tão relevantes para o processo de fazer sentido, como os furos, por onde a falta, a falha se deixa escoar. Se não houvesse furos, estaríamos confrontados com a completude do dizer, não havendo espaço para novos e outros sentidos se formarem Ferreira (2006, p. 44).
Por meio deste enunciado podemos ter a noção de _____.
Aponte a alternativa correta
a. Linguagem.
b. Língua.
c. Sistema
d. Texto.
e. Discurso
5) Michel Pêcheux (1995) constrói o arcabouço teórico da AD, na década de 60, partir de relações de vizinhanças com a Linguística, o Marxismo e a Psicanálise, polos de tensões e de afrontamentos. Adentrar no campo da Linguística - assim como articular uma teoria histórica a uma teoria psicanalítica - nunca significou “aplicar” conceitos de qualquer um desses campos à análise de discursos. A AD não é uma “Linguística Aplicada”. Afinal, do que se trata a AD? Assinale a alternativa correta.
a. Trata-se, antes de tudo, de reinventar os conceitos da Linguística Textual, a fim de repensar a ordem do linguístico, do social e do histórico.
b. Todas as alternativas estão incorretas.
c. Trata-se, antes de tudo, de aplicar os conceitos epistemológicos da Linguística Aplicada no campo discursivo, considerando os aspectos linguísticos e sociais. Problematizar e reinventar conceitos defasados.
d. Trata-se de problematizar e de reinventar os conceitos, a fim de que funcionem no interior de um campo em que a prática discursiva é pensada como sendo da ordem do linguístico, do inconsciente, do social e do histórico.
e. Trata-se de problematizar os conceitos estruturados na Semântica e reorganizá-los a fim de que funcionem no interior da prática discursiva.
6) O processo de leitura, dentro e fora da escola, é atividade fundamental para que os leitores tenham contato com outras interpretações de mundo, e assim possam construir suas identidades. Muitos acreditam que o processo de interpretação de textos apresenta-se como incompleto e obscuro. Infelizmente, boa parte do trabalho com a linguagem desenvolvida nas escolas ainda reflete uma visão da língua somente como código. Assinale a alternativa que aborda a principal consequência dessa concepção de ensino da linguagem.
a. É perceber que os alunos estão construindo sentidos na leitura de textos e que desenvolvem senso crítico diante das leituras realizadas.
b. Todas as alternativas estão incorretas.
c. Não permitir que as atividades de leitura e produção textual sejam diferentes da interpretação direcionada pelo livro didático.
d. Permitir com que alunos se percebam, construam suas realidades, uma vez que estão construindo interpretações.
e. Não permitir com que alunos se percebam, nem construam suas realidades, uma vez que não estão construindo interpretações.
7) Observe o quadro a seguir. Rede social aqui em casa é outra coisa! Neste enunciado, a palavra REDE, assume o mesmo sentido da palavra REDE do texto A metáfora da rede? (Ferreira, 2016). Assim, podemos afirmar que a língua _____. Assinale a alternativa correta:
Disponível em: https://fatimalp.blogspot.com/2013/07/charges-no-enem.html>;.
a. A língua é um sistema fechado e transparente.
b. A língua é sistematizada e comporta o todo.
c. A língua é organizada, fechada e comporta o não-todo.
d. A língua comporta em si o todo.
e. A língua como todo comporta em si o não-todo.
8) Orlandi (1995, p. 114) explica que quando dizemos que o texto é uma unidade significativa, estamos afirmando que a ordem da língua está ali, enquanto sistema significante. Mas não apenas isso. A autora afirma que um texto, do ponto de vista de sua apresentação empírica, é um objeto com começo, meio e fim, mas que se o considerarmos como discurso, reinstala-se imediatamente sua incompletude. Assim, podemos considerar _____. Assinale a alternativa correta.
a. O texto, visto na perspectiva da Linguística Aplicada, não é uma unidade fechada, tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), mas não tem relação com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).
b. O texto, visto na perspectiva da ideologia, é uma unidade fechada, pois ele não tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).
c. O texto, visto na perspectiva do interdiscurso, é uma unidade fechada, pois ele não tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o intradiscurso: a memória do dizer.
d. O texto, visto na perspectiva do discurso, não é uma unidade fechada, pois ele tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).e. O texto, visto na perspectiva do discurso, é uma unidade fechada, pois ele não tem relação com outros textos (existentes, possíveis ou imaginários), com suas condições de produção (os sujeitos e a situação), com o que chamamos sua exterioridade constitutiva (o interdiscurso: a memória do dizer).
9) Orlandi (1995) afirma que a língua é uma estrutura (sistema) que passa a funcionar na ordem do discurso como um trabalho simbólico de estruturação. Segundo as palavras da autora: “a ordem significante é capaz de equívoco, de deslize, sem perder seu caráter de unidade, de totalidade”. Não há sentidos pré-existentes, o que pode afetar diretamente as atividades de leitura e os exercícios de interpretação sugeridos pelo professor de português.Porque:
a. É o lugar da incompletude da linguagem, onde tudo e tanto acontece.
b. É neste espaço que se localizam os “furos” e as “faltas” que são estruturantes e próprios à ordem da língua.
c. Todas as alternativas estão corretas.
d. A língua se constitui materialmente pelo inconsciente, pela ideologia e pela história, por uma prática significativa e pelo efeito da relação do sujeito com a língua e a história
e. Os enunciados da língua podem sempre escapar à organização da língua, ao trabalho da razão e da lógica sobre a linguagem.
10) Para AD, de acordo com Possenti (2014, p. 246), “o fato de que a língua garante interpretações se deve ao fato de que o sentido é uma questão a ser considerada em outro terreno: o da história, o das ideologias e o das formações discursivas”. Significa que:
a. O sentido está no próprio significado e relaciona-se com a história, a ideologia e as formações discursivas.
b. O sentido excede o significado e não se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.
c. O sentido excede o significado e se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.
d. O sentido é intrínseco ao significado. Não se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.
e. O sentido não excede o significado. Não se relaciona com a história, a ideologia e as formações discursivas.
Produção Textual. Unidade 2
1) A leitura já foi considerada apenas como uma atividade mecânica de decodificar palavras, extrair sentidos que supostamente explícitos no texto. Ao se pensar desse modo, a crença era a de que, para se tornar um leitor competente, bastava aprender a ler nos anos iniciais de escolaridade e depois o aluno já saberia ler qualquer texto. Dentre diversas concepções sobre leitura, Bicalho (2014) apresenta sua visão sobre leitura. Aponte a alternativa correta descrita pela autora.
a. A leitura é uma atividade cognitiva para extrair sentidos que o autor estabeleceu ao elaborar o texto.
b. No processo de leitura, à medida que as informações de um texto vão sendo decodificadas por meio das palavras, o leitor consegue estabelecer relações entre unidades de frases, compreende o texto e amplia seus conhecimentos.
c. Leitura é decodificação e a compreensão ocorre com exercícios de interpretação de textos mediados pelo professor de língua portuguesa.
d. A decodificação é uma parte da leitura na qual o leitor, basicamente, junta letras e forma sílabas; junta sílabas e forma palavras e junta palavras para formar frases. A compreensão das palavras e do texto se efetiva à medida que o leitor avança os níveis de escolaridade.
e. A leitura é uma atividade complexa, em que o leitor produz sentidos a partir das relações que estabelece entre as informações do texto e seus conhecimentos.
2) A perspectiva discursiva de compreensão da leitura assenta-se nos postulados teóricos da Análise de Discurso (AD), fundada na conjuntura política e intelectual francesa pelo filósofo Michel Pêcheux, na década de 60 do século XX. De acordo com o vídeo, Conceitos Básicos da Análise do Discurso, com a professora Iara B. Costa (2018) indicado como atividade fundamental para nosso estudo, aponte as três bases de conhecimentos que consolidaram a AD no Brasil.
a. Sociologia, Psicanálise, Marxismo.
b. Linguística, Sociologia, Psicanálise.
c. Sociologia, Psicologia, Marxismo
d. Linguística, Psicologia, Marxismo.
e. Linguística, Marxismo, Psicanálise.
3) Batista (2014) explica que a expressão pedagógica de práticas de leitura refere-se à criação de situações reais de leitura em sala de aula, bem como à busca de apreensão e negociação dos significados que os aprendizes atribuem à leitura em geral, bem como à leitura de diferentes gêneros. Assinale a alternativa que melhor compreende essa afirmação:
a. A noção pedagógica de práticas de leitura apresenta estratégias de concentração durante a leitura, ou seja, os leitores desempenham melhor a compreensão dos textos orais ou escritos.
b. A noção pedagógica de práticas de leitura interfere na interpretação que o leitor infere aos textos e aponta direcionamento certo para compreensão da leitura.
c. A noção pedagógica de práticas de leitura retoma a forma tradicional de ler, ou seja, amplia informações para os leitores que melhor desempenham a compreensão dos textos orais ou escritos.
d. A noção pedagógica de práticas de leitura trabalha com situações reais de leitura, retoma usos sociais da língua escrita ou usos sociais da leitura. Ela busca recriar, no interior da escola, as práticas de leitura que ocorrem em outras esferas do mundo social e não apenas fazer atividades para aprender a ler.
e. As práticas de leitura referem-se as atividades para aprender a ler.
4) De acordo com Foucault (1999 apud CORSI, 2016), o campo do saber no qual o sujeito leitor encontra-se em um dado momento his¬tórico reflete em suas leituras e na compreensão dos discursos. Há também as inferências que o leitor realiza ao ler um texto, inferências essas que são recuperações de saberes e informações adquiridas a partir do contato com outros textos, com outros discursos. Assinale a alternativa que aponta algumas das inferências que o leitor depreende ao ler um texto:
a. Conhecimento de mundo e conhecimento linguístico.
b. Conhecimento do contexto histórico e conhecimento enciclopédico.
c. Conhecimento do contexto histórico e da relação com outros textos que já circularam.
d. Conhecimento semântico e conhecimento enciclopédico.
e. Conhecimento de regras gramaticais e conhecimento de mundo e experiências de leitura.
5) De acordo com o vídeo indicado nesta Unidade de ensino, Conceitos Básicos da Análise do Discurso, com a professora Iara B. Costa (2018) “O discurso é contextualizado. Não se pode atribuir sentido a um discurso fora do contexto. O discurso é assumido em interdiscurso. O discurso só adquire sentido no interior do universo de outros discursos. Cada enunciado é interpretado na sua ligação com outros discursos com os quais estabelece relações” (CHARAUNDEAU E MAINGUENEAU, 2004).
Castro; Oliveira; De Muÿlder (2016), no artigo Análise do discurso publicitário: estratégias discursivas, publicado na Revista Pretextos, analisaram algumas peças publicitárias, as quais discutem questões relacionadas aos discursos em AD. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6110060.pdf>;.
Observe a propaganda da Hortifruti, loja que comercializa produtos alimentícios (frutas, legumes e verduras). Localiza-se em Vitória/ES e no Rio de Janeiro/RJ. A empresa MP Publicidade desenvolveu, de 2003 a 2013, campanhas veiculadas na Revista O Globo (encarte do jornal O Globo) e em outdoors implantados em pontos de venda. Campanha intitulada: Depoimentos dos produtos. Disponível em:
<http://www.hortifruti.com.br/comunicacao/campanhas/cascas/>;.
A afirmação “o discurso só adquire sentido no interior do universo de outros discursos” estabelece relação com o texto “não nasci na mangueira, mas sou verde e rosa”. Assinale a alternativa correta:
a. Todas as alternativas estão corretas.
b. O texto mobiliza palavras que remetem a outros ditos e a leitura da peça publicitária não se encerra nas palavras do texto.
c. O texto mobiliza a capacidade de realizar leituras intertextuais, paródicas e humorísticas provocadas pela peça publicitária.
d.A leitura do texto mobiliza o conhecimento prévio do leitor: as cores da goiaba relacionam-se com as cores da Escola de Samba da Mangueira.
e. A leitura do texto mobiliza palavras com alusões e duplos sentidos. Exigem do leitor informação mais depurada acerca de situações sócio culturais.
6) Dentre inúmeros conceitos de leitura, Yunes (2012) caracteriza a leitura como um exercício de interação de várias ordens, mobilizadas pelo leitor frente ao texto, a partir de suas vivências, de suas histórias de leitura, de sua habilidade de percepção e reflexão, donde a importância de atualizar suas “memórias” em relação à leitura é fundamental. Nesse sentido, significa que _____. Assinale a alternativa correta:
a. Todas as alternativas estão corretas.
b. O leitor não mobiliza sua habilidade de percepção e reflexão para ler o texto, o significado está nas palavras.
c. As atividades de leitura e compreensão do livro didático precisam ser objetivas e claras para não confundir o leitor.
d. Quando o leitor não compreende a leitura de um texto a responsabilidade é atribuída ao autor, porque faltou organização textual.
e. O leitor precisa mobilizar habilidade cognitivas e conhecimento sócio-histórico, pois o sentido não está fechado no texto.
7) Gasparini (2015) observa que a prática de leitura e o trabalho com textos, desenvolvidos no contexto escolar, restringe-se à tradução do texto, à sua leitura em voz alta, ou ainda o trabalho ressaltando algum ponto gramatical presente no texto. As práticas de leitura são tradicionais e ultrapassadas. Assinale a alternativa que aponta a crítica quanto as práticas de leitura:
a. As práticas de leitura indicam que o leitor é frequentemente silenciado em sua condição de intérprete, pois raramente é dada a ele a oportunidade para se posicionar em relação ao material lido.
b. Todas as alternativas estão corretas.
c. As práticas de leitura não oportunizam ao aluno leitor posicionar-se em relação ao texto. Há silenciamento de vozes.
d. As práticas de leitura promovem a leitura decodificando palavras e possibilitando a construção do sentido de acordo com conhecimento semântico de cada aluno leitor.
e. As práticas de leitura apontam que nos textos apresentados pelos livros didáticos predominam o reconhecimento de conteúdo textual, e as atividades de compreensão de textos não remetem a reflexão.
8) Orlandi (1995, p. 117) afirma que o texto é a unidade de análise afetada pelas condições de produção. O texto é, para o analista de discurso, o lugar da relação com a representação física da linguagem: onde ela é som, letra, espaço, dimensão direcionada, tamanho. É o material bruto. Mas é também espaço significante. E não é das questões menos interessantes de procurar saber como se põe um discurso em texto. Analise as assertivas a seguir e aponte alguns fatores que o analista do discurso de AD precisa considerar ao estudar o discurso de um texto:
I. A AD tem interesse no texto não como objeto final de sua explicação, mas como unidade que lhe permite ter acesso ao discurso.
II. O trabalho do analista é percorrer a via pela qual a ordem do discurso se materializa na estruturação do texto.
III. O texto não é uma unidade fechada, embora, como unidade de análise ele possa ser considerado uma unidade inteira, tem relação com outros textos, com suas condições de produção (os sujeitos e a situação).
a. Todas as assertivas estão corretas.
b. Apenas a II está correta
c. Apenas I e II estão corretas.
d. Apenas I e III estão corretas.
e. Apenas a III está correta.
9) Possenti (2014) afirma que todo discurso é situado. Uma longa tradição escolar analisou textos ou enunciados sem considerar quando foram proferidos, por quem o foram, contra ou a favor de quais outros enunciados. Isso implicava basicamente uma análise da forma do texto e de seu conteúdo. Diante dessa afirmação, é correto afirmar que para entender o discurso o leitor precisa:
a. Observar que o contexto histórico permite compreender melhor o funcionamento do texto, no entanto a marcas linguísticas evidenciam a compreensão do texto.
b. Considerar que o discurso é o enunciado ou texto produzido em uma situação de enunciação e determinado pelas condições históricas e sociais. O contexto histórico permite compreender melhor como um texto funciona.
c. Entender uma informação, uma resposta ou uma pergunta. Entender bem a pontuação porque o discurso está nas entrelinhas, está no enunciado.
d. Ir além da leitura das palavras e das frases. O conhecimento das marcas linguísticas é importante para entender que o discurso está explícito no texto.
e. Considerar o discurso é considerar o texto, seus elementos estruturais, quantos parágrafos têm, qual gênero pertence? Discurso é o texto em si.
10) Segundo Orlandi, “o leitor não apreende meramente um sentido que está lá; o leitor atribui sentidos ao texto. Ou seja: considera-se que a leitura é produzida e se procura determinar o processo e as condições de sua produção. Daí se poder dizer que a leitura é o momento crítico da constituição do texto. Isso explica por que as leituras, numa linha discursiva, não são idênticas, visto que, como processo comunicativo, a linguagem é histórico-social”. (ORLANDI, 1995, p. 113).
Disponível em: <http://www.hortifruti.com.br/>;.
A afirmação: “o leitor não apreende meramente um sentido que está lá; o leitor atribui sentidos ao texto”. Assinale a alternativa que corresponde a esta afirmação:
a. O leitor atribui ao texto o sentido que lhe convém, pois, a criação de novas palavras (humorísticas) remetem aos produtos comercializados no Hortifruti.
b. A leitura do texto mobiliza palavras com alusões e duplos sentidos. Exigem do leitor conhecimento enciclopédico para compreender as informações sobre as redes sociais.
c. A leitura do texto mobiliza o conhecimento prévio do leitor: as cores das verduras, frutas e legumes (verde) relacionam-se com as cores características das mídias sociais mais utilizadas pelos consumidores.
d. O texto mobiliza a capacidade de realizar leituras intertextuais e humorísticas. No entanto, o sentido do texto está explícito: não há comunicação entre a Hortifruti e os consumidores pelas redes sociais.
e. Todas as alternativas estão incorretas.
Produção Textual Unidade 3
1) Alguns autores concebem o gênero levando em conta seus aspectos textuais e discursivos, optando pelo uso do termo gênero textual sem diferenciá-lo do termo gênero discursivo. Rojo (2005) tem como um dos objetivos de seu estudo trabalhar tal distinção. Ao refletir a respeito dos trabalhos sobre gêneros de texto e gêneros do discurso (ambas com herança bakhtiniana), a autora tece uma proposta.Assinale a alternativa correta.
a. Teoria dos gêneros do discurso: centra-se no estudo das situações de produção dos enunciados ou textos e em seus aspectos sócio-históricos. Teoria dos gêneros de textos: centra-se na descrição da materialidade textual.
b. Teoria dos gêneros do discurso: centra-se no estudo das situações de produção de textos e em seus aspectos metodológicos. Teoria dos gêneros de textos: centra-se na descrição da materialidade estrutural.
c. Teoria dos gêneros do discurso: centra-se no estudo das situações de produção dos enunciados ou textos e em seus aspectos sintáticos e fonéticos. Teoria dos gêneros de textos: centra-se na descrição da materialidade semântica.
d. Teoria dos gêneros do discurso: centra-se no estudo das situações de produção de textos e em seus aspectos estruturais. Teoria dos gêneros de textos: centra-se na descrição da materialidade enunciativa.
e. Todas alternativas estão incorretas.
2) Bakhtin (2003 apud SIGNOR, 2009, p. 5) vincula a formação de novos gêneros ao aparecimento de novas esferas de atividade humana, com finalidades discursivas específicas. Esta imensa heterogeneidade levou o autor a realizar uma “classificação”, dividindo-os em primários e secundários. Ambos são compostos por fenômenos de mesma natureza: nos enunciados verbais, no entanto, há algo que os diferencia. Assinale o que diferencia os gêneros primários e secundários.
a.O nível de características em que os gêneros se apresentam.
b. O nível de diversidade em que os gêneros se apresentam.
c. O nível de discursividade em que os gêneros se apresentam.
d. O nível de complexidade em que os gêneros se apresentam.
e. O nível de dialogismo em que os gêneros se apresentam.
3) Brait (1996) e Rojo (1999 apud FARIAS, 2013) afirmam que os aspectos relacionados aos termos gênero textual e gênero discursivo apresentam diferentes vertentes em relação ao uso dessas terminologias, bem como a distinção entre gênero e outros conceitos que com eles dialogam. Aponte um dos aspectos indispensáveis numa análise dos gêneros (no aspecto discursivo).
a. Os gêneros precisam ser vistos e analisados levando-se em conta suas condições de produção.
b. As escolhas dos interlocutores são estruturadas e determinadas pelas formas de organização e de distribuição dos lugares sociais de produção dos discursos.
c. Cada época e cada grupo social têm seu repertório de formas de discurso na comunicação socioideológica.
d. Todas as alternativas estão corretas.
e. Os interlocutores possuem um papel importantíssimo no que se refere à apreciação valorativa das relações sociais, institucionais e interpessoais, exercendo forte influência na escolha dos aspectos temáticos, composicionais e estilísticos do texto ou discurso.
4) Marcuschi (2003) diferencia tipos e gêneros textuais. Aponte a definição que o autor atribui ao gênero textual.
a. Gênero textual, para o autor, são os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
b. Gênero textual, para o autor, são os textos materializados que estudamos no contexto escolar e apresentam características prescritivas sobre estrutura, forma e conteúdo.
c. Gênero textual, para o autor, são os textos materializados que estudamos na escola e apresentam características, conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição adequada.
d. Gênero textual, para o autor, são os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e apresentam características sociocomunicativas definidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais.
e. Gênero textual, para o autor, são os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e apresentam características prescritivas sobre estrutura, forma e conteúdo.
5) Mari e Silveira (2014, p. 6) asseguram que estamos longe de representar padrões de categorização rigorosos, ou mesmo explicações teóricas razoáveis para tudo aquilo que constitui nossa atividade de linguagem numa sociedade. Questionam: “Quantos padrões um falante comum não deve dominar quando lê uma bula, um outdoor, uma placa de sinalização, uma listagem de preços, uma notícia de futebol, uma reportagem de tragédias do cotidiano, uma charge sobre o poder, um anúncio de emprego etc.? Quantos padrões de gênero um leitor encontra ao navegar na internet e nas redes sociais?” Os autores afirmam que o usuário precisa dispor de certos procedimentos para alcançar sentidos diante dos gêneros. Aponte um desses procedimentos.
a. Ao gênero devemos atribuir um valor estrutural, pois os procedimentos que o configuram objetivam tornar o usuário apto a converter o sentido em alguma forma de ação.
b. Ao gênero devemos atribuir um valor discursivo, pois os procedimentos que o configuram objetivam tornar o usuário apto a converter o sentido em alguma forma de ação.
c. Ao gênero devemos atribuir um valor metodológico, pois os procedimentos que o configuram objetivam tornar o usuário apto a converter o sentido em alguma forma de ação.
d. Ao gênero devemos atribuir um valor pragmático, pois os procedimentos que o configuram objetivam tornar o usuário apto a converter o sentido em alguma forma de ação.
e. Ao gênero devemos atribuir um valor definitivo, pois os procedimentos que o configuram objetivam tornar o usuário apto a converter o sentido em alguma forma de ação.
6) Observe o exemplo: “Neste momento, qualquer ‘alegria’ é apenas amargura para mim” (BAKHTIN, 2003 apud SIGNOR, 2009, p. 5). A palavra “alegria” remete à tristeza, significa que esta palavra está refletindo o seu sentido através do gênero, sendo interpretada pelo contexto discursivo. Esta expressividade típica não é da palavra, como unidade da língua, já que “alegria” remeteria à felicidade, mas sim é o resultado do funcionamento da palavra dentro do discurso. Nesse processo, consideramos que [...].Assinale a alternativa correta:
a. Existe facilidade de comunicação entre sujeitos falantes. O receptor não é um ser passivo, ao contrário, indaga sobre o enunciado e entende as explicações.
b. Existe falta de interatividade entre sujeitos falantes. O receptor é um ser passivo e não compreende o que o locutor está dizendo.
c. Existe interatividade entre sujeitos falantes. O receptor não é um ser passivo, ao contrário, ao ouvir e compreender um enunciado, adota para consigo uma atitude responsiva.
d. Não existe interatividade entre os sujeitos falantes. O receptor é um ser passivo, ouve, mas não compreende o enunciado.
e. Existe dificuldade de comunicação entre sujeitos falantes. O receptor não é um ser passivo, ao contrário, indaga sobre um enunciado e adota para consigo uma atitude responsiva.
7) Para fins de classificação de um gênero discursivo, faz-se necessário que sejam considerados alguns aspectos definidos por Bakhtin (2003 apud SIGNOR, 2009). Assinale a alternativa correta.
a. Forma composicional; estilo e tipologia textual.
b. Estilo; nível de diversidade composicional e temático.
c. Forma composicional; conteúdo temático e tipologia textual.
d. Estilo; nível de complexidade composicional e temático.
e. Estilo; forma composicional e conteúdo temático.
8) Rojo (2014) aponta algumas das distinções entre tipos de texto e gêneros de texto, a mais famosa delas é de autoria de Marcuschi, o qual define tipo textual. Assinale a definição de Tipo Textual, segundo Marcuschi.
a. Seria uma espécie de construção teórica definida pela natureza discursiva de sua elaboração (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).
b. Seria uma noção pré-construída para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
c. Todas as alternativas estão incorretas.
d. Seria uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
e. Seria uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).
9) Segundo Bakhtin (2003), nos comunicamos, falamos e escrevemos, por meio de gêneros do discurso. Os sujeitos têm um infindável repertório de gêneros e, muitas vezes, nem se dão conta disso. O autor apresentou um dos conceitos mais estudados sobre gêneros entre os linguistas e pesquisadores. Aponte-o e assinale a alternativa correta.
a. Bakhtin afirma que os gêneros do discurso resultam em formas-padrão “absolutamente instáveis” de um enunciado, determinadas sócio-historicamente.
b. Bakhtin afirma que os gêneros do discurso resultam em formas-padrão “absolutamente estáveis” de um enunciado, indeterminadas sócio-historicamente.
c. Bakhtin afirma que os gêneros do discurso resultam em formas-padrão “relativamente estáveis” de um enunciado, determinadas sócio-historicamente.
d. Bakhtin afirma que os gêneros do discurso resultam em padrões “absolutamente estáveis” de um enunciado, determinadas sócio-historicamente.
e. Bakhtin afirma que os gêneros do discurso resultam em formas “instáveis” de um enunciado, determinadas sócio-historicamente.
10) Segundo Marcuschi (2007 apud ROMEU, 2016, p. 3) "[...] é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um gênero, assimcomo é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um texto". Falando de outro modo, significa que [...]. Assinale a alternativa correta.
a. Para toda situação de comunicação, o locutor organiza o seu dizer na forma de texto com finalidade específica, fazendo uso de um gênero textual determinado.
b. Para cada situação determinada de comunicação, o locutor organiza o seu dizer na forma de texto com finalidade específica, fazendo uso de um gênero textual e não outro.
c. No ato de comunicação, o gênero importa. Locutor e interlocutor estabelecem previamente o gênero que podem utilizar.
d. Todas as alternativas estão incorretas.
e. Em toda situação de comunicação, o locutor organiza o seu dizer na forma de um gênero textual, no entanto o interlocutor precisa entender qual é o gênero utilizado.
Produção Textual Unidade 4
1) Bakhtin (1997) argumenta que a diversidade dos gêneros discursivos é imensa, justificando que as possibilidades da atividade humana são inesgotáveis. Assim sendo, ele considera que, em cada esfera da práxis, pode [...].Aponte a alternativa correta.
a. Existir todo um repertório de gêneros discursivos que se diferencia e cresce à medida que se desenvolve, tornando mais complexa a própria esfera.
b. Todas as alternativas estão incorretas.
c. Existir todo um repertório de gêneros discursivos semelhantes e à medida que se conhece pode tornar complexa a própria esfera.
d. Existir diferentes formas comunicativas, no entanto nunca se expandem. Assim sendo, os gêneros textuais mantêm sua tipologia e tornam-se simples para trabalhar em sala de aula.
e. Existir variadas esferas discursivas, mas cada uma tem tipologia específica.
2) Brito (2014) relatou em sua pesquisa que a produção escrita no contexto escolar, o produto escrito (o texto fechado sobre si mesmo) encontra-se em crise, isto é, apresenta falhas de textualidade e problemas na escrita. O autor compreende que produção textual não é um mero produto final do processo de textualização. Assim, poderíamos dizer que produção de texto é [...]. Assinale a alternativa correta.
a. É um produto final, no entanto, o contexto social é avaliado para a interpretação do texto escrito.
b. É um processo de estrutura e organização da leitura e escrita.
c. É um processo e não produto; pensar a linguagem na sua dimensão dialógica intimamente ligada a fatos sócio-históricos.
d. É um processo estrutural e linguístico, um acontecimento a ler e a escrever de acordo com a Linguística Textual.
e. Todas as alternativas estão incorretas.
3) Cardoso e Costa Val (2014) trabalham com a produção de textos escritos a partir da concepção de linguagem como discurso ou enunciação. Elas apontam a perspectiva interacionista sociodiscursiva de Bernard Schneuwly, o qual considera que a atividade de linguagem, na produção textual, se desenvolve por meio de um conjunto de operações mentais, que são realizadas em três níveis ou instâncias.Aponte-as.
a. A criação de uma base de orientação; o planejamento do texto; a linearização.
b. A criação de uma base de orientação; o planejamento do tema e do gênero textual.
c. A criação de uma base de orientação; a linearização; a discursividade.
d. A criação de uma base de orientação; o planejamento do texto; a linearização.
e. A criação de uma base de gênero textual; o planejamento estrutural do texto; a linearização.
4) Cassana (2013) desenvolveu um trabalho e analisou uma tirinha, gênero textual HQ, sob diferentes perspectivas teóricas e aponta que o embasamento teórico que o professor adota em sua prática pedagógica reflete em todo o seu trabalho em sala de aula, tanto com leitura e interpretação de textos quanto com produção textual. Observe a tirinha: 
Miguelito usa a conjunção adversativa “mas”, cujo uso, textualmente, está sempre relacionado à expressão de duas ideias contrárias. No entanto, ele não está dizendo nada ao contrário, adverso ao que foi dito anteriormente, apenas insinua, pelo seu conhecimento de mundo, o que passa normalmente na televisão. A forma como as outras orações são encadeadas é vista, pela ótica da Linguística Textual, como organizadores textuais e estabelecem relações de coesão. No âmbito da AD, o vocábulo “mas” não pode ser considerado apenas um índice que expressa uma adversidade, que demonstra duas expressões em contradição. Assinale a alternativa correta.
a. Miguelito usa a conjunção adversativa “mas”, cujo uso textualmente está correto dentro das normas da língua padrão.
b. O “mas” é um indicador de uma oposição. O discurso de Miguelito demonstra certa insatisfação com os programas e publicidades veiculados pela mídia.
c. O “mas” não é um indicador de uma oposição, mas a demonstração, no discurso do sujeito: a incidência de uma formação discursiva (mídia) que prega o consumo exagerado no discurso do sujeito.
d. O “mas” não é um indicador de uma oposição. O discurso de Miguelito demonstra certa insatisfação com a visita de Mafalda ao interromper seu momento de lazer diante da televisão.
e. O “mas” atua, no discurso em questão, antecipa a insatisfação de Miguelito quanto à presença da Mafalda, ele deseja que ela pare de falar.
5) De acordo com Cardoso e Costa Val (2014), cada uma das instâncias da produção – da criação da base de orientação até o envio do texto pronto para o leitor pretendido – pode ser destacada e trabalhada na sala de aula, para que o aluno entenda e domine o processo de escrita. As autoras consideram que a perspectiva enunciativo-discursiva da produção de textos seja mantida nas práticas pedagógicas, promovendo as interações entre os sujeitos. Elas apontam uma sugestão para a produção da escrita no contexto escolar. Assinale a alternativa correta.
a. Por meio de projetos, os textos serão selecionados de acordo com o gênero solicitado pelo professor. Posteriormente, reescritos para avalição final.
b. Por meio de projetos, os textos serão produzidos para diferentes interlocutores, com diferentes objetivos, em diferentes situações, de modo semelhante ao que acontece em interações fora do contexto pedagógico.
c. Por meio de produção coletiva de textos. Exposição em sala de aula e intercâmbio de atividades entre outros anos escolares/séries escolares.
d. Todas as alternativas estão incorretas.
e. Por meio de planejamento, os textos serão produzidos para avaliação do professor e posteriormente classificados para exposição em sala de aula.
6) Dolz e Schneuwly (2004) enfatizam que o ensino de uma determinada língua deve se dar numa perspectiva interacional. Toda e qualquer ação deve considerar o contexto histórico e social em que as atividades linguísticas ocorrem. Os autores propõem um estudo em forma espiral, ou seja, os conteúdos devem ser constantemente retomados. Esse conjunto de atividades denomina-se [...].Aponte a alternativa correta.
a. Sequência textual.
b. Sequência metodológica.
c. Sequência didática.
d. Sequência discursiva.
e. Sequência tipológica.
7) Figueiredo-Gomes e Souza (2015, p. 49) defendem a ideia de que, nas diferentes esferas de comunicação humana, as formas de interação diferem, acarretando assim uma vasta variedade de gêneros, pois elas “[...] estão sempre relacionadas com a utilização da língua, a riqueza e a variedade dos gêneros”. O conceito de esferas de comunicação de Bakhtin (1997) foi amplamente debatido, chegando a ser modificado e ampliado por alguns estudiosos, recebendo, inclusive, outras denominações. Como Marcuschi denomina o conceito de “esferas de comunicação” de Bakhtin?
a. Domínio enunciativo.
b. Domínio discursivo.
c. Domínio linguístico.
d. Domínio de gêneros textuais.
e. Domínio comunicativo.
8) Orlandi (1995) afirma que, quando a relação sujeito/língua/história se dá num fazer puramente mecânico, estanque, que parte de um comando, sem reflexão e sem significação, há comprometimento da linguagem. Aponte um dos aspectos negativos quando o processo mecânico da escrita de texto recai no entendimento da língua enquanto sistema de signos, domínio das regras, naturalizando o sentido de que texto se resume à organização empírica de imagem,espaço, som, letras e organização. Assinale a alternativa correta:
a. A leitura e a escrita são processos interligados; quem lê bem escreve bem porque segue a estrutura da língua.
b. A história de leitura dos interlocutores e a historicidade constitutiva do texto é valorizada.
c. A história de leitura dos interlocutores e a historicidade constitutiva do texto é apagada.
d. A história de leitura dos interlocutores e a historicidade constitutiva do texto é reestruturada.
e. A produção textual em sala de aula está intrinsicamente ligada aos textos de apoio do livro didático e estes são sempre contextualizados social e historicamente.
9) Orlandi (2004) afirma que o texto é visto enquanto uma unidade de sentidos que não se significa por si só, mas em sua historicidade constitutiva, entendida como os meandros do texto, o seu acontecimento como discurso e o trabalho dos sentidos nele. A AD considera o texto [...]. Assinale a alternativa correta.
a. A AD preocupa-se com a organização textual e organiza as informações apresentadas ao texto.
b. A AD interessa-se por aquilo que o texto organiza em sua estrutura sintática em relação à ordem da língua e das coisas.
c. A AD interessa-se por aquilo que o texto organiza em seus significados e significantes em relação à ordem da língua e das coisas.
d. A AD compreende o texto como uma unidade de sentido que permite dar visibilidade ao discurso, o qual é afetado pelas condições de produção.
e. A AD preocupa-se com a organização empírica do texto, que tem ‘começo, meio e fim’.
10) Possenti (1998, 2006), Marcuschi (2008), entre outros estudiosos da linguagem, tecem alguns comentários sobre as práticas atuais de ensino de línguas, e que muitas escolas ainda se estruturam em práticas pedagógicas estruturalistas para desenvolver o trabalho com produção textual em sala de aula. Aponte a alternativa correta.
a. Os autores desconsideram as práticas de ensino de língua como atividades tradicionais, ‘redações’ ou ‘produção de texto’, feitas sobre uma temática qualquer, e apenas para cumprir com um conteúdo programático.
b. Os autores compreendem a linguagem em seu funcionamento discursivo, ou seja, a escola precisa romper com a compreensão de que a leitura e a escrita se destinam à pura expressão do pensamento e à comunicação.
c. Os autores consideram as práticas de ensino de produção textual como atividades tradicionais, elaboradas a partir das instruções do livro didático e destinadas a cumprir com um conteúdo programático, como atividades dissociadas do contexto social de linguagem.
d. Os autores consideram que a filiação teórica tradicional pressupõe as práticas de ensino de língua; assim sendo, o trabalho com o texto escrito como algo mecânico, pautado em um movimento de atividades repetitivas, é desmotivador para os alunos.
e. Todas as alternativas estão corretas.
Produção Textual . Prova 1
1) Observa-se na tirinha a seguir que, por meio da retomada dos dizeres, é possível estabelecer diferenças no discurso a partir de um desnivelamento originado entre o dizer que se “apaga” e o dizer que sugere e sustenta novos atos de discursivização. A história em quadrinhos de A Turma da Mônica dialoga com outros textos. Pinóquio é inserido em um novo acontecimento discursivo. De acordo com Orlandi (2009) e Pecheux (2011), a memória discursiva é acionada para que se estabeleçam novos dizeres. Assim sendo, os dizeres da tirinha se constitui em [...].
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8697>;.
Assinale a alternativa correta.
a. Ideologia.
b. Interdiscurso.
c. Equívoco.
d. Formação discursiva.
e. Discurso.
2) Observando a tirinha a seguir, Mônica não aceita os posicionamentos sociais preestabelecidos, fica enraivecida e agride Cebolinha. Como podemos observar, Cebolinha é um personagem que representa alguns valores sociais largamente difundidos pelos discursos institucionalizados. Os enunciados dos personagens transitam em outros posicionamentos sociais ideológicos, familiares, religiosos, escolares etc.
Disponível em: <www.turmadamonica.com.br>.
Pêcheux (2011, p. 63) explica que “Os indivíduos são ‘interpelados em sujeitos-falantes’ - em sujeitos de seu discurso - pelas formações discursivas que representam ‘na linguagem’ as formações ideológicas que lhes são correspondentes”. Enquanto sujeito enunciador, enuncia a partir desse lugar e, consequentemente, reitera o posicionamento do homem em relação à mulher. Os enunciados apresentados na tirinha encaminham a analise do discurso ao conceito de _____. Assinale a alternativa correta.
a. Formação social.
b. Discurso.
c. Formação ideológica.
d. Formação discursiva.
e. Texto.
3) Há muitos caminhos onde se pode conceituar o discurso, até porque é do lugar de onde falamos que nos constituímos como sujeitos, detentores de querer, de saber e de poder dizer; dentre as diferentes possibilidades de conceituar o discurso, escolhemos três construtos teóricos para dizer e falar sobre o discurso. Aponte-os:
a. O discurso como motivação, o discurso como interdiscurso e o discurso como acontecimento.
b. O discurso como texto, o discurso como efeitos de palavras e o discurso como língua.
c. Todas as alternativas estão incorretas.
d. O discurso como língua, o discurso como efeitos de ideologia e o discurso como estrutura linguística.
e. O discurso como ação, o discurso como efeitos de sentido e o discurso como acontecimento.
4) De acordo com Orlandi (2012, apud MUNIZ; VILAS BOAS, 2017, p. 33) quando se lê, considera-se não apenas o que está dito, mas também o que está implícito. E o que não está dito pode ser de várias naturezas: o que não está dito, mas que, de certa forma, sustenta o que está dito. Implícito na leitura, sob a perspectiva de AD, significa (...). Assinale a alternativa correta:
a. Ler o que está escrito no texto, o que é para ser dito e entendido. Não há outras possibilidades de leitura, haja visto que o texto é fechado em sua estrutura e forma.
b. Ler o que está suposto para que se entenda o que está dito; aquilo o que está dito se opõe; outras maneiras diferentes de se dizer o que se disse e o que significa.
c. Todas as alternativas estão incorretas.
d. Ler significa ter conhecimento enciclopédico para entender aquilo que não está dito e que também tem significado, ou seja, saber o que significam as palavras.
e. Ler o que não está dito no texto é imaginar e direcionar para leituras complexas e erradas. A leitura se sustenta por meio das palavras do texto.
5) Souza (2015) explica que a charge é uma ilustração que tem como objetivo satirizar e criticar, por meio de um desenho, algum personagem ou situação social, ironizando e exagerando suas características. Trata-se de um gênero textual-discursivo dependente do interdiscurso, pois ela está sempre em relação com algum outro texto. Assim, sua interpretação depende de alguns movimentos realizados pelo leitor. Aponte-os e assinale a alternativa correta:
a. Depende muito do conhecimento de mundo (da memória discursiva) e das condições de produção a partir das quais sejam acionadas leituras que tornem possível recuperar o sentido do texto com o qual a charge dialoga.
b. Depende do sentido da charge e das caricaturas das personagens. A caricatura fala por si.
c. Depende muito do conhecimento de textos humorísticos, uma vez que a charge recupera os sentidos de textos e crônicas humorísticas.
d. Todas as alternativas estão incorretas.
e. Depende muito do conhecimento de mundo e do conhecimento de histórias em quadrinhos (HQ) para recuperar o sentido da charge.
6) Possenti (1992) explica que há possibilidade de existir leitura errada, e afirma que os textos não apresentam apenas uma leitura correta e/ou legitimada. Quais podem ser as explicações, segundo o autor, para que o leitor realize manobras erradas ao interpretar o texto? Assinale a alternativa correta:
a. Todas as alternativas estão corretas.
b. As hipóteses consideradas para a leitura errada se aproximam das habilidades/competências linguísticas: escutar, falar, ler e escrever.
c. Éimpossível delimitar a priori os limites entre o que seria uma leitura aceitável e outra que seria incorreta.
d. Leitura não é uma espécie de vale-tudo, isto é, para uma prática em que qualquer interpretação seja considerada igualmente legítima.
e. O conhecimento semântico e o conhecimento de mundo são fundamentais: a sociedade em que vive, as experiências de mundo que o texto exige para ser lido.
7) Débora Garofalo (2018), em Nova Escola, afirma que os gêneros digitais podem ser incorporados no contexto escolar. Os alunos, de maneira geral, dominam a tecnologia com muita facilidade e rapidez. O professor pode aproveitar esse conhecimento dos alunos e trabalhar os gêneros digitais. Aponte as principais características dos gêneros digitais.
a. Prioriza os aspectos da fala; enunciados curtos.
b. Todos as respostas estão corretas.
c. Menor nominalização por frases.
d. Cumprimentos informais.
e. Linguagem híbrida.
8) Freitas e Barth (2015, p. 25) desenvolveram uma pesquisa sobre gêneros digitais, especialmente o Twitter. Os textos veiculados no Twitter caracterizam um novo gênero discursivo? Ou o Twitter seria um suporte para os mais diversos gêneros? E concluíram parcialmente, em detrimento do recorte da pesquisa, que os gêneros digitais precisam de muitos estudos, pois os tweets são textos integrantes de uma prática social e a reflexão sobre o gênero remete à reflexão sobre as relações sociais e a modernidade. Os autores chegaram a qual conclusão?
a. O Twitter é um suporte para diversos gêneros.
b. O Twitter é um suporte e não um gênero.
c. O Twitter pode ser tanto gênero quanto suporte.
d. O Twitter é um gênero textual.
e. O Twitter é um gênero e não um suporte.
9) Dolz e Schneuwly (2004) agrupam os gêneros levando em conta as capacidades de linguagem dominantes dos indivíduos: relatar, narrar, argumentar, expor, descrever ações/prescrever/instruir. Aponte algumas características dos textos que circulam no domínio/capacidade de linguagem na ordem do “narrar”.
a. O domínio social é o da discussão de assuntos sociais controversos, visando a um entendimento e posicionamento perante eles; envolvem a habilidade de sustentar, refutar e negociar posições.
b. O domínio social engloba textos variados de instrução, regras e normas, e pretendem, em diferentes domínios, a prescrição ou regulamentação de ações.
c. O domínio social é o da memória e o da documentação das experiências humanas vivenciadas.
d. O domínio social é o de veicular o conhecimento mais sistematizado transmitido culturalmente – conhecimento científico e afins.
e. O domínio social é o da cultura literária ficcional, e a capacidade de linguagem dominante é voltada à recriação da realidade.
10) Dolz e Schneuwly (2004) desenvolveram um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual denominado Sequência Didática (SD). Aponte as etapas que compõem o esquema.
a. Apresentação da situação; Produção inicial, Módulo 1; Módulo 2; Módulo 3; Produção final.
b. Apresentação da situação inicial; Módulo 1; Módulo 2; Módulo 3; Produção final, Reescrita do texto.
c. Apresentação da situação; Produção inicial; Módulo 1; Módulo 2; Módulo 3; Produção final.
d. Apresentação da situação-problema; Atividades linguísticas; Módulo 1; Módulo 2; Módulo 3; Produção final.
e. Produção inicial; Apresentação da situação-problema; Módulo 1; Módulo 2; Módulo 3; Produção final.

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