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GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO PRISCILA NESELLO, ME. 2GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO SUMÁRIO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. Caxias do Sul/ RS REITOR Claudino José Meneguzzi Júnior PRÓ-REITORA ACADÊMICA Débora Frizzo PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Altair Ruzzarin DIRETORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD) Lígia Futterleib Desenvolvido pelo Núcleo de Educação a Distância (NEAD) Designer Instrucional Sabrina Maciel Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem Igor Zattera, Gabriel Castilhos Revisora Ana Clara Garcia As Organizações e os Sistemas de Informação 3 Cenário de gestão corporativa e governança de TI 4 Estrutura e cultura organizacionais 7 A estratégia, o planejamento estratégico e a antagem competitiva 9 Resumo da unidade 14 Abordagem sistêmica e a organização de dados e informações 17 Os Sistemas de informação e a tomada de decisão 18 Orientação à informação 21 Resumo da unidade 23 Tecnologia da informação 26 TI para suporte da gestão 27 TI para suporte à inovação 31 TI para suporte a processos de negócios e suporte operacional 34 Resumo da unidade 36 Gerenciamento da informação, do comportamento e do controle 40 Gerenciamento da informação 41 Comportamento e controle 44 Resumo da unidade 46 Infra e infoestruturas de informações 49 Cloud Computing 50 Big data 54 Computação cognitiva 55 Resumo da unidade 58 Gabarito 61 3GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO AS ORGANIZAÇÕES E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A tecnologia da informação como agente facilitador do negócio As organizações são agrupamentos sistemáticos de pesso- as com um propósito específico[1]. Elas podem ser orientadas ao lucro ou não. Por exemplo, uma escola, clube ou faculdade são organizações. Supermercados, instituições de caridade, associações filantrópicas, associações de classe, igrejas, postos de combustíveis, equipes de futebol, e outros, também são consideradas organizações. Uma vez que elas variam de acor- do com sua estrutura, cultura e posicionamento estratégico. Entretanto, atualmente, existe um elemento que é comum nas organizações, independente dos aspectos anteriormente mencionados: a utilização da informação. 4GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO Desde os anos 1970, quando os computadores ficavam em salas restritas, denominadas CPD (Centros de Processa- mento de Dados), até hoje, muitas coisas mudaram. Atualmente, os investimentos em TI estão cada vez mais condicionados à habilidade da área de TI em suportar os objetivos do negócio [2]. A partir disso, os profissionais de tecnologia da informação (TI) não podem mais se preocupar simplesmente com o que está na mesma sala, ou com o que está dentro do mesmo prédio. Eles devem estar atentos a outros dispositivos que podem estar dentro de datacenters, fornecedores, clientes, filiais, ou qualquer outro tipo de acesso feito por meio da Internet. Isso faz com que a área de tecno- logia da informação tenha que planejar suas atividades, levando em consideração os planos estratégicos da alta direção. Os profissionais de TI, por sua vez, devem estar envolvidos e interessados em parti- cipar do planejamento, transformando a TI em agente facilitador do negócio! Para melhor conhecermos e analisarmos este tema, vamos tratar nesta unidade sobre os assuntos: o cenário de gestão corporativa e governança de TI, estrutura e cultura organizacionais e planejamento estratégico. Boa leitura! Cenário de gestão corporativa e governança de TI O ambiente empresarial é constituído por cinco atores distintos: proprietários, gestores, área operacional, clientes e mercado. É tarefa dos gestores garantir que os desejos e objetivos dos proprietários sejam colocados em prática pela área operacio- nal. Isso é feito por meio da geração de produtos ou serviços de valor agregado para os clientes, que resultarão em ganhos ou perdas financeiras para a empresa. Assim, temos a Figura 2, que representa o esquema antes descrito: Fonte: elaborado pelo autor com base em Freitas (2010). 5GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO Uma empresa que possui um ótimo modelo de gestão é aquela que possui um planejamento estratégico bem definido; traduz corretamente o planejamento em processos empresariais executados pela área operacional; produz bens e serviços com qualidade, atendendo as necessidades dos clientes; contribui para a geração de lucro para os proprietários e para a me- lhoria da imagem da empresa no mercado. O modelo de relacionamento de ges- tão entre os atores, que vimos na Figura 1, aplica-se a qualquer tipo de empresa. Contudo, alguns problemas podem ocorrer nesses relacionamentos: • Planejamentos estratégicos feitos pelos proprietários, acionistas ou gestores, sem levar em consideração a capacidade operacional e produtiva da empresa; • Falhas ou omissões intencionais (fraudes) ou não intencionais na gestão da empresa; • Falta de definição clara de respon- sabilidade em caso de falhas ou omissões intencionais ou não; • Gestão de risco fraca, possibili- tando liberdade para tomadas de decisões equivocadas; • Processos empresariais desalinha- dos com objetivos estratégicos dos pro- prietários, acionistas ou gestores; • Produtos e serviços gerados sem qualidade ou em desacordo com alguma lei ou regulamentação vigente. Com governança corporativa! A governança corporativa foi originada no mercado financeiro mundial, com o intui- to de priorizar a transparência na gestão empresarial em relação ao aumento da rentabilidade e redução de riscos para os investidores da empresa. O objetivo é es- tabelecer mecanismos eficientes de gestão, monitoramento e controle para garantir que as decisões dos executivos, bem como os processos empresariais estejam alinha- dos com os interesses dos proprietários e/ ou acionistas. Entretanto, a governança corporati- va não pode ser eficiente se a empresa não dispuser de mecanismos de gerenciamento dos recursos de TI, que são responsáveis pela geração, tratamento e disponibi- lização das informações empresariais. Em virtude disso, a governança de TI foi o nome atribuído às atividades de gestão da TI, realizadas para garantir o alinhamento de TI às iniciativas de governança corporativa. Mas como minimizar o problema de conflito de interesses e definir papéis e responsabilidades para os atores no cenário de gestão corporativa? 6GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO A governança corporativa irá orien- tar e recomendar a implementação de me- canismos de gerenciamento e controle, que contribuirão para a melhoria das corpo- rações. Desse modo, o mesmo exemplo pode ser aplicado à TI! Contudo, alguns problemas comuns também estão sendo identificados no mer- cado de TI: • Os profissionais de tecnologia não conhecem a operação de negócio da em- presa e comportam-se como prestadores de serviços, em vez de agentes facilitadores do negócio; • As decisões gerenciais levam em consideração as tecnologias existentes na empresa e sua capacidade de supor- te, criando demandas que não podem ser atendidas pela área de tecnologia; • A área de TI planeja as suas ativi- dades, levando em consideração os planos estratégicos da alta direção, seja porque não foram envolvidos ou porque não es- tavam interessados em participar do pla- nejamento; • Muitas vezes a área de TI não está preparada para as mudanças requeridas pelo negócio, vindo a sentir dificuldades em adaptar-se às novas necessidades e de- mandas do mercado. Esse foi o nome atribuído a falta de direcionamento das práticas de TI ao mo- delo de gestão do negócio. Alguns fatores contribuíram para isso: a tecnologia avançou mais rapidamente do que o modelo de operação e gerenciamento de TI; a capacitação em TI foi por muito tempo mais técnica e menos estratégica; a alta, média gerência, gerência ope- racional e áreas de produção não se comunicam corretamente. Decisões são tomadas e planos realizados sem o claro entendimento dos envolvidos. Vamos acompanharno Quadro 1, a evolução do cenário do suporte nas últimas décadas: Falta de alinhamento entre a TI e o negócio! Década Cenário do suporte Anos 1970: os computadores ficavam em salas restritas (CPDs) Somente era responsabilidade do pessoal de informática o que estivesse dentro do CPD. Anos 1980: advento dos computadores pessoais ou PC (Personal Computers) que passaram a possuir processadores e discos rígidos, permitindo que informações fossem armazenadas localmente, descentralizando o acesso ao computador central. Centralizar no CPD alguns sistemas críticos da empresa para manter os sistemas conhecidos e entender as necessidades dos departamentos para prover um suporte eficiente ao negócio da empresa. Então, surge a TI! Anos 1990: com o avanço das tecnologias de redes de computadores e o surgimento da Internet, cada vez mais a informação passa a ser compartilhada e rompe as fronteiras do ambiente da empresa. Os técnicos agora não se preocupam mais, simplesmente, com o que está na mesma sala, ou com o que está dentro do mesmo prédio, mas com outros dispositivos que podem estar dentro de datacenters, fornecedores, clientes, filiais, ou qualquer outro tipo de acesso feito por meio da Internet. Fonte: elaborado pelo autor com base em Freitas (2010). 7GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO O papel da TI é atingir o nível má- ximo de maturidade em termos de gover- nança! O primeiro nível de maturidade é o da TI reativa. Ela somente age sob demanda. É conhecida como “Gestão de TI Bombeiro”, pois somente age quando o incêndio já começou. A TI eficaz bus- ca entender os processos empresariais e consegui atender as demandas básicas do negócio. A TI eficiente e proativa entende e participa, ativamente, do planejamento estratégico da empresa. A TI deve tor- nar-se eficiente e proativa para ser agente facilitador do negócio! Estrutura e cultura organizacionais Todas as empresas, independente do seu tamanho ou foco, compartilham três características comuns: propósito, pesso- as e estrutura sistemática [1]. O propó- sito refere-se ao fim específico de uma organização, normalmente expresso por um objetivo ou um conjunto deles, que a organização pretende realizar. As pessoas devem ter uma finalidade dentro da em- presa, bem como executam uma variedade de atividades para tornar os objetivos re- alidade. As várias funções dos membros muitas vezes definem os limites aos com- portamentos de trabalho associados. Em termos de estrutura, embora haja muitas variações, as organizações tradicionais seguem um modelo que se assemelha a uma pirâmide, contendo quatro categorias gerais. Veja a Figura 6: Os funcionários operacionais pro- duzem, fisicamente, os bens e serviços de uma organização, trabalhando em tarefas específicas. São exemplos: balconistas, técnicos de seguradoras, trabalhadores da linha de montagem de fabricantes de veí- culos, representantes do serviço de envio e entrega de correspondências que entrega seus pacotes, esses são exemplos de fun- cionários operacionais. Nos dois níveis superiores estão a alta gerência e a média gerência. Alta ge- rência é um grupo de pessoas responsáveis pelo estabelecimento dos objetivos gerais da organização e pelo desenvolvimento das Mas qual é o papel da TI no negócio da empresa? Fonte: elaborado pelo autor com base em Robbins, DeCenzo e Wolter (2014) 8GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO políticas para atingir estes objetivos. São exemplos: presidente do conselho de admi- nistração, presidente-executivo, presidente e vice-presidente sênior. Nas organizações sem fins lucrativos são exemplos: diretor de museu, superintendente de escola, go- vernador do estado, entre outros. A média gerência compreende todos os funcioná- rios abaixo do nível de alta gerência, os quais gerenciam outros gerentes. Sendo eles responsáveis por estabelecer e cumprir metas específicas em seu departamento ou unidade específicos. Todavia, seus obje- tivos não são estabelecidos isoladamente, eles são fixados pela alta gerência. Nesse aspecto, são exemplos: vice-presidente de finanças, diretor de vendas, gerente de divisão, gerente de grupo, gerente distrital, gerente de unidade ou diretor de escola, entre outros. A única categoria que ainda não des- crevemos é a dos gerentes. Eles também fazem parte da gestão e são responsáveis por supervisionar e coordenar o trabalho dos funcionários operacionais. Eles são os únicos que não gerenciam outros gerentes! São eles: gerente-assistente, chefe de de- partamento ou líder de equipe. Em algu- mas empresas, os gerentes também podem estar envolvidos em tarefas operacionais com seus funcionários. Por exemplo: o balconista de uma casa de lanches também pode ser o gerente do turno. Agora que já entendemos um pouco da estrutura de uma organização tradi- cional, vamos falar de um outro tipo de organização: a organização virtual. Estas organizações também podem ser chama- das de organização em rede ou modular [3]. Tipicamente, as organizações virtuais terceirizam a maior parte das funções de negócios. Em termos de estrutura, são altamente centralizadas, com pouca ou nenhuma departamentalização. Quando grandes empresas adotam a estrutura virtual, geralmente fazem isso para terceirizar a manufatura. Empresas como Nike, Reebok, L. L. Bean e Cisco Systems são alguns exemplos. A Cisco é, essencialmente, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que utiliza fornecedores externos e fabricantes independentes para montar roteadores para Internet, proje- tados por seus engenheiros; a National Steel terceiriza suas operações de corres- pondência; a Procter & Gamble terceiri- za seus serviços de TI; e a Exxon Mobil terceirizou as operações de manutenção de suas refinarias. A organização virtual faz um con- traste extremo com a burocrática típica, que tem diversos níveis gerenciais e onde o controle é exercido por meio da proprie- dade. A Figura 7 ilustra a estrutura or- ganizacional de uma organização virtual: O que está acontecendo aqui? Uma busca pela flexibilidade máxima. Fonte: elaborado pelo autor com base em Robbins (2005) 9GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO Seguindo a linha da f lexibilidade, Jack Welch – ex-presidente da General Eletric, cunhou o termo organização sem fronteiras. A ideia é eliminar as fronteiras verticais e horizontais no in- terior da empresa, assim como quebrar as barreiras externas entre a companhia e seus fornecedores e clientes. Este tipo de organização busca eliminar a cadeia de comando, ter amplitude ilimitada de controle e substituir os departamentos por equipes autônomas. O respectivo modelo apoia-se fortemente na TI, sendo também chamado de organização em “formato-T” ou baseada em tecnologia. Outro assunto correlacionado às organizações é a cultura organizacional, a qual representa um sistema de valores compartilhados pelos membros que di- ferencia uma organização das demais [3]. Sendo esse sistema, composto por um conjunto de características-chave que a organização valoriza. A essência da cultura de uma organização pode ser resumida em: 1. Inovação e aceitação de riscos: o grau em que os funcionários são estimu- lados a inovar e assumir riscos; 2. Atenção aos detalhes: o grau em que se espera que os funcionários demons- trem precisão e atenção aos detalhes; 3. Orientação para resultados: o grau em que os dirigentes focam mais os re- sultados do que as técnicas e os processos empregados para o seu alcance; 4. Orientação para pessoas: o grau em que as decisões dos dirigentes levam em consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas dentro da organização; 5. Orientação para equipe: o grau em que as atividades de trabalho são mais organizadas em termos de equipes do que de indivíduos; 6. Agressividade: o grau em que as pessoas são competitivas e agressivas, em vez de dóceis e acomodadas; 7. Estabilidade: o grau em que as atividades organizacionais enfatizam a manutenção do statusde contraste com o crescimento. Cada uma destas características pode ser percebida desde um grau baixo até um grau elevado dentro das organizações. A avaliação da organização, em termos destas sete características, irá revelar a cultura organizacional. A estratégia, o planejamento estratégico e a vantagem competitiva A estrutura de uma organização contribui para que a administração possa conquistar seus objetivos [3]. Estratégia e estrutura organizacional estão diretamente relacionadas. A estrutura deve seguir a estratégia! Por exemplo, se a administração fizer uma mudança significativa na estra- 10GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO tégia da empresa, sua estrutura precisará ser modificada também. Estratégia pode ser definida como o processo pelo qual uma organização define aonde pretende chegar e como alcançará essa conquista[3]. A maioria dos modelos estratégicos focam três dimensões da es- tratégia – inovação, minimização de custos e imitação. A organização com estratégia de inovação deve ter uma orientação para novidades singulares, não apenas mudan- ças aparentes no que já é oferecido. Al- guns exemplos de empresas que seguem uma estratégia de inovação são a 3M ou a Apple. Já, uma organização que busca a estratégia de minimização de custos, controla firmemente seus custos, limi- tando gastos com inovações ou esforços de marketing, além de reduzir o preço de venda de produtos básicos. Um exemplo de empresa que segue esta estratégia é o Walmart. Empresas que adotam uma estraté- gia de imitação tentam usufruir as van- tagens das duas anteriores. Elas buscam minimizar riscos e maximizar as opor- tunidades de lucro. Exemplos de empre- sas que adotam esta estratégia são IBM e Caterpillar. Estas empresas seguem seus concorrentes menores e mais inovadores, com produtos melhores, mas somente de- pois que os concorrentes demonstram que há mercado para estes produtos. Por isso, precisamos adotar um mé- todo de ordenação da ação que possibilite estabelecer um padrão de conduta estraté- gica para a organização. No planejamento estratégico são estabelecidos os objetivos da organização e criados planos que pos- sibilitem que eles sejam alcançados. Ele irá direcionar para onde a empresa deve seguir, tendo caráter prático e mostrando de que forma as coisas devem ser feitas. Também irá estabelecer “o que” fazer (objetivos) e “como” fazer (planos)[4]. O planejamento pode ser caracterizado de diversas formas: • Em relação ao seu grau de abran- gência: estratégico, tático ou operacional; • Em relação ao horizonte temporal: de curto, médio ou longo prazo; • Em relação ao grau de especifici- dade: geral ou específico; • Em relação ao grau de permanên- cia: planos permanentes ou temporários. Mas na prática, nenhuma estratégia é executada sozinha! 11GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO O planejamento estratégico envolve objetivos e estratégias de longo prazo e abrange a organização como um todo[4]. Ele é o ponto de partida para os planeja- mentos tático e operacionais. O vínculo do planejamento estratégico e operacional é o desmembramento da estratégia em ações diárias. A Figura 9 ilustra os elementos que compõe o planejamento estratégico: A Etapa 1 – Análise do ambiente interno e externo, pode ser desenvolvida com a utilização de uma ferramenta chamada análise SWOT (S=Strenght-Forças; W=Weakness-Fraquezas; O=Opportu- nities-Oportunidades; T=Threats-Ame- aças). A Tabela 2 ilustra um exemplo de utilização da matriz SWOT: A análise SWOT é muito utilizada, uma vez que coloca a empresa em confron- to com seu ambiente. Na matriz, as forças e fraquezas representam fatores internos. As oportunidades e ameaças representam fatores externos. Fonte: elaborado pelo autor com base em Nogueira (2014) Forças Fraquezas • Preços competitivos • Vantagem tecnológica • L o c a l i z a ç ã o privilegiada • Instalações obsoletas Oportunidades Ameaças • Concorrência com preços altos • Economia estável • Expansão do mercado • Alto poder de barganha de consumidores e fornecedores • Evasão de empresas Fonte: elaborado pelo autor com base em Nogueira (2014) 12GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO A Etapa 2 – Estabelecimento das diretrizes organizacionais, refere-se aos conceitos de missão e objetivos. A missão é a razão de ser da organização. Também, os objetivos envolvem as metas operacio- nais que visam possibilitar que a missão seja cumprida. Ainda, as metas devem ser de difícil alcance, mas possíveis de serem realizadas. A Etapa 3 – Formulação de estraté- gias, consiste em projetar e escolher estra- tégias que ajudarão a alcançar os objetivos da organização. Essas estratégias devem conduzir organização rumo à vantagem competitiva. A Etapa 4 – Implementação de estratégias, envolve uma mudança de comportamento por parte dos gestores e demais membros de uma organização. Nessa etapa, o líder deve ser o primeiro a adotar os comportamentos que conduzirão a estratégia escolhida, fazendo com que os demais se sintam encorajados a participar da mudança. A Etapa 5 – Controle estratégico, concentra-se no monitoramento e ava- liação do processo, com vistas à sua me- lhoria e funcionamento satisfatório. Tais controles possibilitam que a gestão ava- lie os resultados em relação aos objetivos considerados centrais para a organização. Modelo das forças competitivas de Porter A melhor forma para entender a vantagem competitiva é utilizando o mo- delo das forças competitivas de Michael Porter[5]. Esse modelo baseia-se no am- biente geral de negócios em que a empresa está inserida. Fazem parte do modelo cinco forças competitivas de mercado, as quais a empresa deve contra-atacar para obter a vantagem competitiva. Vamos conhecer cada uma destas cinco forças: 1. Concorrentes tradicionais: em- presas que dividem o mercado com con- correntes que continuamente planejam novas e mais eficientes formas de produzir, introduzem novos produtos e serviços, tentando atrair consumidores; 2. Novos entrantes no mercado: no- vas empresas estão o tempo todo entrando no mercado, em função da economia livre, mobilidade de recursos financeiros e mão de obra; Dizemos que as empresas que “se saem melhor” têm vantagem competitiva sobre as outras. 13GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO 3. Produtos e serviços substitutos: produtos que podem ser utilizados pelos clientes como substitutos, no caso de o preço dos produtos favoritos subir muito, por exemplo; 4. Poder de barganha de clientes: o poder dos clientes cresce quando eles podem mudar facilmente para outros pro- dutos e serviços de um concorrente, ou quando podem forçar uma empresa e seus concorrentes a uma guerra de preços; 5. Poder de barganha de fornece- dores: quando os fornecedores elevam os preços de modo mais rápido do que a empresa, eles passam a impactar os lucros da mesma. Como estratégias de sistemas de in- formação, para lidar com as forças compe- titivas, podem ser citadas: alinhamento da TI com os objetivos do negócio (estratégia básica – garantir que a tecnologia serve ao negócio e não o contrário); liderança em custos (usar sistemas de informação para alcançar os mais baixos custos operacio- nais e os menores preços); diferenciação de produto (usar sistemas de informação para facilitar a criação de novos produtos e serviços, ou tornar, significativamente, mais conveniente para o cliente, usar seus atuais produtos e serviços); foco em nichos de mercado (usar sistemas de informação para estabelecer um foco de mercado es- pecífico e atendê-lo melhor que a concor- rência); maior intimidade com o cliente e fornecedor (usar sistemas de informa- ção para estreitar os laços com clientes e fornecedores). A Tabela 2 fornece alguns exemplos de grandes empresas de mercado que adotaram estas estratégias: Cadeia de valor A expressão “cadeia de valor” inclui todas as atividades realizadas entre a ideia de um produto ou serviço e o suporte ofe- recido,depois que ele é comercializado[5]. Com a análise da cadeia é possível iden- tificar se o valor gerado para o cliente é maior que o custo envolvido para criá-lo. Caso seja maior, vale a pena continuar com o negócio. Do contrário, os gestores devem reestruturar a estratégia da empresa ou descontinuar o negócio. Estratégia Exemplo Liderança em custos baixos Walmart D i ferenc iação de produto Google, eBay, Apple, Starbucks Foco em nichos de mercado Hotéis Hilton, Harrah’s Intimidade com o cliente e o fornecedor Toyota Corporation, Amazon Fonte: elaborado pelo autor com base em Laudon e Laudon (2014). 14GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO Esse modelo identifica pontos de alavancagem específicos e críticos, nos quais a empresa pode usar a tecnologia da informação, mais efetivamente, para melhorar sua posição competitiva. Uma cadeia de valor pode ser dividida em atividades básicas e atividades de suporte. As atividades básicas estão mais diretamente relacionadas com a produção e a distribuição dos produtos e serviços que criam valor para o cliente. As atividades de apoio possibilitam à empesa a realização das atividades primárias. A Figura 10 apresenta o modelo de cadeia de valores: Em cada estágio da cadeia de valo- res podemos perguntar: “como podemos utilizar os sistemas de informação para melhorar a eficiência operacional e es- treitar o relacionamento com clientes e fornecedores? ” Isso irá reforçar a análise crítica sobre como as atividades geradoras de valor podem ser melhoradas em cada estágio. Resumo da unidade Nesta unidade vimos que as organi- zações são agrupamentos sistemáticos de pessoas com um propósito específico. Por exemplo, uma empresa que tem um ótimo modelo de gestão é aquela que possui um planejamento estratégico bem definido; que traduz corretamente o planejamento em processos empresariais executados pela área operacional; produz bens e serviços com qualidade, atendendo as necessidades dos clientes; contribui para a geração de lucro para os proprietários e para a me- lhoria da imagem da empresa no mercado. Nesse sentido, cabe a área de tecnologia da informação planejar suas atividades, Fonte: Laudon e Laudon (2014) 15GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO levando em consideração os planos estra- tégicos da alta direção. Também, que a governança cor- porativa tem como objetivo estabelecer mecanismos eficientes de gestão, moni- toramento e controle para garantir que as decisões dos executivos nos processos empresariais estejam alinhadas com os interesses dos proprietários e/ou acionistas. Assim, a governança de TI foi o nome atribuído às atividades de gestão da TI, realizadas para garantir o alinhamento de TI às iniciativas de governança cor- porativa. A TI deve se tornar eficiente e proativa, para atuar como um agente facilitador do negócio. Em relação a estrutura, organiza- ções tradicionais seguem um modelo que se assemelha a uma pirâmide, contendo quatro categorias gerais: alta gerência, gerência média, gerência e funcionários operacionais. Já as organizações virtuais, terceirizam a maior parte das funções de negócios. Em termos de estrutura, elas são altamente centralizadas, com pouca ou nenhuma departamentalização. As or- ganizações também possuem um sistema de valores compartilhados pelos membros, que chamamos de cultura organizacional. Toda organização possui objetivos que pretende alcançar. A estratégia pode ser definida como o processo pelo qual uma organização define seus objetivos e como irá alcançá-los. A maioria dos mo- delos estratégicos foca três dimensões da estratégia – inovação, minimização de custos e imitação. O planejamento estra- tégico será a forma como a organização irá formalizar sua estratégia. Ele é um plano de longo prazo e abrange a organização como um todo. A partir dele, serão gerados os planejamentos tático e operacionais. Desse modo, fazem parte do planejamento estratégico as etapas: análise do ambiente interno e externo; estabelecimento das diretrizes organizacionais; formulação de estratégias; implementação de estratégias; e, controle estratégico. As empresas com melhores resul- tados atingem a vantagem competitiva. Para isso, elas devem contra-atacar cinco forças competitivas de mercado, que são: concorrentes tradicionais, novos entrantes no mercado, produtos e serviços substitu- tos, poder de barganha de clientes, poder de barganha de fornecedores. Por fim, a expressão “cadeia de valor”, que inclui todas as atividades realizadas entre a ideia de um produto ou serviço e o suporte ofe- recido, depois que ele é comercializado. A análise do que???? permite identificar se o valor gerado para o cliente é maior que o custo envolvido para criá-lo. Exercícios Para obter vantagem estratégica, as empresas podem desenvolver estratégias competitivas para contra-atacar as ações das forças competitivas que enfrentam no mercado: poder de barganha dos clientes, poder de barganha dos fornecedores, rivalidade dos concorrentes, ameaça de novos entrantes e ameaça de produtos substitutos. Descreva o impacto da Internet na vantagem competitiva, considerando as forças competitivas de mercado. 1. Concorrentes tradicionais: 2. Novos entrantes no mercado: 3. Produtos e serviços substitutos: 4. Poder de barganha de clientes: 5. Poder de barganha de fornecedores: 17GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO ABORDAGEM SISTÊMICA E A ORGANIZAÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES Quando os inter-relacionamentos levam a empresa a uma melhor tomada de decisão Conforme vimos na unidade anterior, as organizações são muito mais complexas do que aparentam. Em função disso, precisamos analisá-las sob uma ótica mais ampla, levando em consideração não apenas fatores internos, mas também fatores externos, como o mercado. Esta complexidade também pode ser percebida na de- pendência entre países, em função de aspectos econômicos, regras, leis, comércio e fenômenos sociais; ou ainda, no des- perdício de esforços por parte de intelectuais, no estudo de fatos já estudados em outros ramos do conhecimento. Neste cenário, a lógica reducionista (dividir o todo em partes) utili- 18GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO zada por muito tempo, em diversos ramos (administração, física, química, biologia, psicologia), já não se mostra a mais ade- quada. Surge então o expansionismo, que nos diz que todo o fenômeno é parte de um fenômeno ainda maior. Para compreendermos como isso se relaciona ao uso efetivo da informação para melhorar o desempenho do negócio, vamos tratar nesta unidade sobre: os siste- mas de informação e a tomada de decisão e orientação à informação. Bons estudos! Os Sistemas de informação e a tomada de decisão A teoria que suporta a abordagem sistêmica é a Teoria Geral de Sistemas (TGS). Criada pelo biólogo Ludwin Bertalanffy, em 1937, ela tem foco na integração das ciências existentes para a compreensão e o tratamento da realidade empírica. A TGS ainda incorpora a Te- oria da Forma ou Gestalt (a natureza de cada elemento do conjunto é definida pela estrutura e pela finalidade do conjunto) e a Cibernética (todo o sistema deve ser autocontrolado por meio de algum f luxo de informação que lhe permita manter sempre o funcionamento desejado). Um sistema pode ser definido como: “um conjunto de objetos ou entidades que se inter-relacionam para formar um todo único”[6]. De acordo com este conceito, os sistemas podem ser classificados como abertos e fechados. Em um sistema fecha- do não existe troca com o ambiente exter- no. Este tipo de sistema está orientado para o progressivo caos interno e à morte. O sistema aberto é aquele que recebe matéria e energia do ambiente externo. Também é orientado para vida e o crescimento. São sistemas abertos os sistemas biológicos, psicológicos e sociais. Por fim, a A TGS trata de sistemas na perspectiva aberta. Um sistema é composto de quatro elementos: objetos, atributos, relações in- ternase meio ambiente[6]. Objetos são as partes, elementos ou membros do conjun- to. Atributos são as qualidades ou pro- priedades do sistema e seus objetos. As relações internas são o elemento crucial dos sistemas, podendo implicar um efeito mútuo (interdependência) e coibição. O meio ambiente consiste no meio circun- dante dos sistemas. Na Figura 11 podemos ver a estrutura de um sistema aberto e seus elementos: Um sistema de informação (SI), pode ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados que cole- tam (ou recuperam), processam, armaze- nam e distribuem informações[5]. Em um sistema de informações a entrada captura dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente externo. O proces- A abordagem sistêmica é uma maneira de resolver problemas sob o ponto de vista da TGS. Fonte: Laudon e Laudon (2014) 19GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO samento converte esses dados brutos de forma significativa. A saída transfere as informações processadas às pessoas ou atividades nas quais serão empregadas. O feedback em um sistema de informa- ções é a ação adotada como resposta aos membros da organização, no sentido de ajudá-los a avaliar ou corrigir a entrada das informações. Os sistemas de informação contêm informações sobre pessoas, locais e itens significativos sobre a organização e o am- biente. Nesse sentido, a informação se refere a dados que foram modelados em um formato significativo e útil para as pessoas. Os dados são sequências de fatos ainda não analisados, representativos de eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido organizados e dispostos, de forma que as pessoas possam entendê-los e usá-los[5]. Por exemplo, os caixas de super- mercado registram milhões de dados, tais como códigos de barras, que descrevem cada produto. Esses dados podem ser so- mados e analisados, fornecendo informa- ções significativas, como o número total de verduras e legumes vendidos em determi- nada loja, os tipos que são vendidos mais rapidamente ou, ainda, o total gasto em um tipo ou outro de legumes e verduras. São papéis vitais que os sistemas de informação podem desempenhar em uma empresa[5]: • Suporte de seus processos e ope- rações; • Suporte na tomada de decisões de seus funcionários e gerentes; • Suporte em suas estratégias na busca de vantagem competitiva. A tomada de decisões nas organi- zações, que antes se limitava ao nível da diretoria, agora se espalha em todos os níveis da estrutura organizacional. Mas o que significa para a empresa estar apta a tomar melhores decisões? Qual o valor monetário de uma boa decisão? Vamos analisar a Tabela 4 para tentar responder a estas perguntas: Exemplo de decisão Tomador de decisão Valor estimado de cada decisão aperfeiçoada para a empresa (em dólares) Direcionar o atendimento aos clientes mais valiosos Gerente de contas 100.000 Prever a demanda diária do call center Gerente do call center 150.000 Decidir níveis diários de estoque de peças Gerente de estoque 5.000 Identificar ofertas competitivas dos principais fornecedores Gerente sênior 2.000.000 Programar produção para atender os pedidos Gerente de fábrica 10.000 Alocar mão de obra para completar o serviço Gerente de produção 4.000 Fonte: adaptado de Laudon e Laudon (2014) 20GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO Para se chegar aos dados da Tabela 4 foi tomado como base uma pequena fábrica norte-americana com faturamento de 280 milhões de dólares e 140 funcionários. A empresa identificou uma série de deci- sões-chave onde o investimento em novos sistemas poderia melhorar a qualidade da tomada de decisão. Podemos observar que cada nível dentro da estrutura organizacional tem diferentes necessidades de informação para apoiar suas decisões e é responsável por diferentes tipos de decisões. Dessa forma, as decisões podem ser classificadas em não estruturadas, estruturadas e semies- truturadas. Decisões não estruturadas são aque- las em que o responsável pela tomada de decisão devem usar seu bom senso, sua capacidade de avaliação e sua perspicácia na definição do problema. Cada decisão tomada neste nível é inusitada, tem elevado nível de importância para a organização e é não rotineira. Para esse tipo de decisão não há procedimentos predefinidos. Já as decisões estruturadas são repetitivas e rotineiras. Elas envolvem procedi- mentos predefinidos, não sendo tratadas como se fossem novas para a organização. Outro tipo de tomada de decisões é chamado semiestruturada. Nesses casos, apenas uma parte do problema tem uma resposta clara e precisa, dada por um procedimento reconhecido. As decisões estruturadas são mais comuns e ocorrem nos níveis orga- nizacionais mais baixos, enquanto problemas não estruturados são mais comuns nos níveis mais altos da empresa. A Figura 14 traz uma representação dos diferentes tipos de tomada de decisão, relacionados aos diferentes níveis da estrutura organizacional: Fonte: elaborado pelo autor com base em Laudon e Laudon (2014) 21GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO O processo de tomada de decisões consiste em quatro diferentes estágios: inteligência, concepção, seleção e imple- mentação[7]. Vamos analisar estes quatro estágios na Figura 15: A inteligência consiste em desco- brir, identificar e entender os problemas que ocorrem na organização. A concepção envolve a identificação e a investigação das várias soluções possíveis para o pro- blema. A seleção envolve escolher uma das alternativas de solução, que é escolhida e executada na implementação, juntamente com o monitoramento da situação. Logo, se a solução escolhida não funcionar, iremos voltar aos estágios an- teriores, repetindo-os. Por exemplo, se ocorrer uma queda nas vendas, a equipe de gestão de vendas pode decidir pagar à equipe uma comissão mais alta. Caso isso não funcione, os gerentes precisam investi- gar a origem do problema, talvez produtos mal projetados, atendimento inadequado ou uma combinação de outras causas que irão exigir uma solução diferente. Orientação à informação Durante muitos anos, a principal manifestação da era da informação foi a implantação de projetos e serviços da TI nas organizações, ao invés da análise so- bre como as pessoas usam as informações para alcançar os objetivos organizacio- nais. Complementar a isso, o paradigma da produtividade de TI – relação entre os investimentos em TI e o desempenho dos negócios, não permitiu aos gestores saberem se a empresa está, de fato, utili- zando a informação para obter um melhor desempenho. Com isso, foi introduzida uma mé- trica diferente das tradicionais para ava- liar o uso efetivo da informação, chamada Orientação à Informação (OI). Isso é feito pela identificação da competência e sinergia da organização em três capacidades vitais de informa- ção: tecnologia da informação, gerencia- mento da informação e comportamento e controle. A tecnologia da informação re- fere-se às capacidades de uma empresa para gerenciar efetivamente aplicativos e infraestrutura de tecnologia da informa- ção, usualmente, com o intuito de suportar operações, processos de negócios, tomada de decisões gerenciais e inovação. Ela se desenvolveu entre os anos de 1950 e 1960 ? Fonte: elaborado pelo autor com base em Laudon e Laudon (2014) A OI mede até que ponto a alta gerência percebe que suas organizações possuem as capacidades associadas ao uso efetivo da informação para melhorar o desempenho do negócio[8]. 22GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO pela convergência do rápido avanço do uso de computadores, e pela compreensão do processo de tomada de decisão. Na perspectiva da tecnologia da informação, as decisões consideradas es- truturadas são suportadas por sistemas de informação chamados “Sistemas de Decisão Estruturados” (SDE). Os SDEs abrangem quase tudo o que tem sido cha- mado de Sistemas de Informação Geren- cial (SIG) na literatura– essencialmente, o processamento de dados de rotina. As decisões não estruturadas são suportadas por sistemas de informação chamados “Sistemas de Apoio à Decisão” (SAD). Nas décadas de 1980 a 1990 foram realizados investimentos para o desenvol- vimento de Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) interativos, para auxiliar na tomada de decisões não estruturada de gerentes médios. Os “Sistemas de Apoio Executivo” (SAE) foram utilizados para ajudar os gerentes seniores a rastrear seus fatores críticos de sucesso; e, na concepção de “Sistemas Especialistas” (SE) para trans- mitir o conhecimento do especialista para os menos informados. Dessa forma, iremos explorar em profundidade esses temas em nossas próximas seções! De qualquer forma, para que o re- torno dos investimentos em TI aconteça, precisamos explorar outros fatores estru- turais da empresa: • Competência das pessoas para ex- plorar oportunidades de TI; • Habilidades das pessoas para ad- quirir e gerenciar conhecimento; • Riqueza e o conteúdo da base de conhecimento de uma organização e prá- ticas de gestão da informação. Neste sentido, o gerenciamento da informação trata das capacidades de uma empresa para gerenciar informações efetivamente durante seu ciclo de vida, incluindo a identificação, coleta, organi- zação, processamento e manutenção de informações. Esta escola tem suas raízes no final do século XIX e início do século XX, quando se desenvolveram nos Estados Unidos e na Europa grandes corporações diversificadas em indústrias, como fer- rovias, petróleo, varejo e comércio. Tais empresas cresciam na mesma proporção que a sua necessidade física de gerenciar informações, sob a forma de papel, re- gistros, correio, mensagens telegráficas e telefonemas. O comportamento e controle com- preende as aptidões de uma empresa para inserir e promover comportamentos e va- lores em suas pessoas para o uso efetivo da informação. Esta capacidade não possui uma teoria abrangente na literatura aca- dêmica. Dois grandes f luxos de pensamen- to e prática de gestão fornecem orien- tações sobre como esta função pode ser formalizada dentro de uma organização. O primeiro, f luxo de recursos humanos, aborda como as pessoas se comportam nas organizações e como elas devem ser selecionadas, motivadas, estimuladas, re- compensadas, treinadas e avaliadas para 23GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO realizar atividades consistentes com os ob- jetivos organizacionais. O segundo, f luxo de controle de gestão, está relacionado com a evolução destes controles, bem como na forma como os sistemas de informação são utilizados em uma organização, com vistas a vincular o desempenho do trabalho das pessoas diretamente com o desempenho da empresa. A desconexão entre estas três capa- cidades de informação faz com que não se tenha uma visão holística e uso efetivo da informação. Isso resulta na insatisfação de muitos executivos em relação ao que esperar do uso eficaz das informações e dos investimentos em TI. Para que haja o uso efetivo da infor- mação, as pessoas devem estar no centro das capacidades vitais de informação. Isto porque não basta apenas ver as organiza- ções como organismos que processam a in- formação, traduzindo os sinais do mundo em informações necessárias para tomada de decisão. Tampouco, ver as organizações como “máquinas de computação”, onde processos são programados para transfor- mar, automaticamente, dados e insumos físicos em produtos e serviços de valor. O uso efetivo da informação, depende das pessoas que fazem parte da organização. Nessa espiral, bons comportamentos e valores de uso da informação facilitam o bom gerenciamento da informação, o que melhora a capacidade de usar a TI para apoiar a tomada de decisões e a re- solução de problemas, reforçando os bons comportamentos e valores de uso da in- formação[8]. Resumo da unidade A lógica reducionista (dividir o todo em partes) utilizada por muito tempo, em diversos ramos (administração, física, química, biologia, psicologia), já não se mostra a mais adequada em função da atual complexidade. Ao invés disso, o ex- pansionismo, (todo o fenômeno é parte de um fenômeno ainda maior) é o princípio que rege a abordagem sistêmica. A abor- dagem sistêmica é uma maneira de resolver problemas sob o ponto de vista da TGS. A TGS tem seu foco na integração das ciências existentes para a compreensão e o tratamento da realidade empírica. Sob esta ótica, um sistema pode ser definido como um conjunto de objetos ou entidades que se inter-relacionam para formar um todo único. Na perspectiva de sistemas abertos, um sistema é composto de quatro elementos: objetos, atributos, relações internas e meio ambiente. Em um sistema de informações, a entrada captura dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente externo. O processamento converte esses dados brutos de forma significativa. A saída transfere as informações processadas às pessoas ou atividades nas quais serão empregadas. O feedback em um sistema de informa- ções é a ação adotada como resposta aos membros da organização, no sentido de ajudá-los a avaliar ou corrigir a entrada das informações. O uso efetivo da informação fundamenta-se numa espiral recursiva 24GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO A informação refere-se a dados que foram modelados em um formato signifi- cativo e útil para as pessoas. Os dados são sequências de fatos ainda não analisados, representativos de eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, assim, antes de serem organizados e dis- postos, de forma que as pessoas possam entendê-los e usá-los. Além disso, são papéis vitais dos sistemas de informação para a organiza- ção: suporte de seus processos e opera- ções; suporte na tomada de decisões de seus funcionários e gerentes; e, suporte em suas estratégias em busca de vanta- gem competitiva. Cada nível dentro da estrutura organizacional tem diferentes necessidades de informação para apoiar suas decisões e é responsável por diferentes tipos de decisões. Desta forma, as decisões podem ser classificadas em não estruturadas (requer bom senso, capacidade de avaliação e pers- picácia do tomador de decisão), estrutura- das (repetitivas e rotineira) e semiestrutu- radas (apenas uma parte do problema tem uma resposta clara e precisa). As decisões estruturadas são mais comuns e ocorrem nos níveis organizacionais mais baixos, enquanto problemas não estruturados são mais comuns nos níveis mais altos da em- presa. O processo de tomada de decisões consiste em quatro diferentes estágios: inteligência, concepção, seleção e imple- mentação. Uma métrica para avaliar o uso efe- tivo da informação é a chamada OI. A OI mede até o ponto em que a alta gerência percebe que suas organizações possuem as capacidades associadas ao uso efetivo da informação para melhorar o desempenho do negócio. Isso é feito pela identificação da competência e sinergia da organização em três capacidades vitais de informação: tecnologia da informação, gerenciamento da informação e comportamento e con- trole. A tecnologia da informação refere- -se às capacidades de uma empresa para gerenciar, efetivamente, aplicativos e infra- estrutura de tecnologia da informação para suportar operações, processos de negócios, tomada de decisões gerenciais e inovação. As decisões consideradas estruturadas são suportadas por sistemas de informação chamados SDE. As decisões não estrutu- radas são suportadas por sistemas de in- formação chamados SAD. Os SAE foram utilizados para ajudar os gerentes seniores a rastrear seus fatores críticos de sucesso; e, na concepção dos SE, que transmitem o conhecimento do especialista para os menos informados. O gerenciamento da informação trata das capacidades de uma empresa para gerenciar informações, efetivamen- te, durante seu ciclo de vida, incluindo a identificação, coleta, organização, proces- samento e manutenção de informações. Ocomportamento e controle compreende as aptidões de uma empresa para inserir e promover comportamentos e valores em suas pessoas para o uso efetivo da informa- ção. Para que haja o uso efetivo da infor- mação, as pessoas devem estar no centro das capacidades vitais de informação. Responda as questões apresentadas a seguir. 1. O que é exatamente um sistema de informação? Quais atividades ele executa? 2. Qual a diferença entre dados e informação? 3. Qual o papel dos sistemas de informação na resolução dos problemas organizacionais? 4. Quais são os diferentes níveis de tomada de decisão nas organizações? Como variam as características da decisão nos diferentes níveis? 5. Qual a diferença entre decisões não estruturadas, semiestruturadas e estruturadas? 6. Quais são os estágios da tomada de decisão? 7. Qual a diferença entre um SDE e um SAD? 8. O que a organização deve fazer para que haja o uso efetivo da informação? 26GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO A maioria das empresas encontra-se baseada em conhecimento, em todos os níveis Na unidade anterior vimos que a métrica de OI é for- mada por três capacidades distintas: tecnologia da informação, gerenciamento da informação e comportamento e controle. Nesta unidade vamos tratar, especificamente, da tecnologia da informação. O modelo relacionado à capacidade de tecnologia da informação é composto por quatro níveis: TI para suporte da gestão, TI para suporte à inovação, TI para suporte a processos de negócios e TI para suporte operacional. Esses quatro níveis de conhecimento e responsabilidades dos tra- balhadores, para tomada de decisão, correspondem a quatro tipos de práticas de TI. 27GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO O conhecimento do nível mais alto – TI para suporte da gestão, corresponde aos executivos e gerentes seniores tomando decisões com foco nas escolhas estratégi- cas, análise de opções e cenários, e con- trole de gestão. No segundo nível – TI para suporte à inovação, profissionais e técnicos estão alocados nas organizações como profissionais de P&D, designers de produtos, engenheiros, especialistas em TI, gerentes de projeto e técnicos de serviços. No terceiro nível – TI para suporte a processos de negócios, os profissionais são denominados gerentes de processos, e suas responsabilidades incluem a coor- denação multifuncional ou horizontal de processos. O último nível - TI para su- porte operacional, está representado pelos trabalhadores e supervisores operacionais. Para cada nível de tomada de deci- são apresentado, também existem aplica- ções de TI relacionadas. Vamos conhecer melhor como funcionam estas diferentes práticas de TI nas seções que seguem: TI para suporte da gestão, TI para suporte à inovação. TI para suporte a processos de negócios e TI para suporte operacional. Boa leitura! TI para suporte da gestão Esta prática de TI é composta pelas seguintes funções: assegurar que pessoas altamente qualificadas possam comparti- lhar conhecimento, obter informações para respostas proativas ao mercado, conduzir análise de situações do negócio, fornecer informações para defender a posição de mercado, prever e antecipar as tendências do mercado e as condições do negócio, avaliando riscos de negócio. Isso é feito por meio da definição de sistemas de crenças e monitoramento das atividades e compor- tamentos dos membros da organização. São exemplos de aplicações de TI, relacionadas à prática de suporte da gestão: Sistemas de informação executiva (SIE), Sistemas de apoio à decisão (SAD), Mi- neração de dados, Processamento analítico on-line (On-line analytical processing - OLAP), Sistemas de apoio à tomada de decisão em grupo (Group decision support systems – GDSS) e Sistemas de gerencia- mento financeiro. A seguir, veremos em detalhes as principais aplicações relacio- nadas à tomada de decisão. Sistemas de informação executiva (SIE) Os SIE auxiliam a gerência sênior na tomada de decisões sobre situações não rotineiras, as quais exigem bom senso e capacidade de avaliação e percepção[5]. As informações dos SIE podem ser disponibilizadas por meio de um portal, utilizando interface Web para apresentar conteúdo empresarial de forma persona- lizada e integrada. Os SIE incorporam informações sobre eventos externos, como por exem- Eles apresentam gráficos e dados de diversas fontes e possuem uma interface de fácil manuseio 28GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO plo, leis tributárias ou novos concorrentes, mas também reúnem informações resu- midas do SIG e do SAD interno. Como funcionalidades eles filtram, comprimem e rastreiam dados críticos, mostrando apenas o que é relevante para a gerência sênior. Esses sistemas podem incluir ferramentas analíticas de inteligência empresarial para analisar as tendências, realizar previsões e detalhamento dos dados. Como exemplo de um SIE, pode- mos citar os softwares de Balanced Sco- recard (BSC). Estes sistemas traduzem a visão e a estratégia da empresa em um conjunto coerente de medidas de desem- penho¹. Nesses sistemas, os objetivos fi- nanceiros de longo prazo são relacionados a uma sequência de ações que precisam ser tomadas em relação aos processos fi- nanceiros, clientes, processos internos e, por fim, funcionários e sistemas, a fim de que, a longo prazo, seja produzido o desempenho econômico desejado. Sistemas de apoio à decisão (SAD) e Processamento analítico on-line (On-line analytical processing - OLAP) Os SAD focam problemas únicos e que se alteram com rapidez, para os quais não existe um procedimento espe- cífico[5]. Esses sistemas estão orientados a responder perguntas como: Qual seria o impacto na programação de produção se dobrássemos as vendas? O que aconteceria com nosso retorno sobre investimento se a programação da fábrica atrasasse? Os SAD podem utilizar informa- ções internas, obtidas a partir dos SDE e SIG, mas também informações exter- nas, como o valor corrente das ações ou preços dos produtos de concorrentes. Um alicerce para o processamento dos SAD é o datawarehouse. No datawarehouse serão conso- lidadas as informações das aplicações do ambiente transacional em um banco de dados único, baseado nos assuntos ou negócios da empresa, os quais, sob a luz do espaço e do tempo, podem fornecer perspectivas históricas dos dados. Eles são repositórios de dados mul- tidimensionais relativos às comunidades de usuários específicos de um SAD. Por exemplo, podemos ter um datamart fi- ¹Fonte: http://gvpesquisa.fgv.br/publicacoes/pibic/balanced-scorecard-sistema-estrate- gico-de-administracao. Acesso em 09/04/2017. O datawarehouse é o núcleo dos SIG e dos SAD das principais ferramentas de business intelligence (BI), do mercado. Os subconjuntos de dados em um datawarehouse são chamados de datamarts. 29GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO nanceiro com visões diferenciadas para os níveis de alta e média gerência. Os dados derivados de um SAD são disponibilizados por meio do pro- cessamento analítico on-line (OLAP). O OLAP permite a análise multidimensional de dados, onde os usuários podem ver os mesmos dados de diferentes maneiras, utilizando múltiplas dimensões. O OLAP permite que se tenha repostas on-line so- bre questões específicas com velocidade razoável, mesmo quando os dados estão armazenados em grandes bancos de dados. Nesse contexto, caberá aos projetis- tas determinarem que dados serão carre- gados para o DW, em forma resumida, e qual o nível de resumo de cada conjunto de dados. Este nível de detalhamento es- perado pelo usuário final, chamamos de granularidade. Quanto menor a granula- ridade maior será o nível de detalhamento da informação. As principais funcionalidades que as ferramentas OLAP disponibilizam aos usuários são: drill across (usuário pula um nível intermediário dentro de uma mesma dimensão), drill down (usuário aumenta o nível de detalhe da informação, dimi- nuindo granularidade),drill up (usuário aumenta a granularidade), drill throught (usuário passa de uma informação contida em uma dimensão para outra) e slide and dice (modifica a posição de uma informa- ção, trocando linhas por colunas). Mineração de dados A mineração de dados é orientada por descoberta[5]. Ela oferece percepções dos dados corporativos que não podem ser obtidas com o OLAP, descobrindo pa- drões e relacionamentos ocultos em gran- des bancos de dados, inferindo regras para tentar prever comportamentos futuros. Os tipos de informação obtidos com a mineração de dados incluem associações (ocorrências ligadas a um único evento), sequências (eventos ligados ao longo do tempo), classificações (reconhece modelos que descrevem o grupo ao qual o item pertence, por meio do exame dos itens já classificados e pela inferência de um con- junto de regras), aglomerações (funciona de maneira semelhante à classificação, desco- brindo diferentes agrupamentos dentro da massa de dados) e prognósticos (partem de uma série de valores existentes para prever quais serão os outros valores). 30GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO O Quadro 4 apresenta exemplos de cada um destes tipos. Os sistemas de mineração de dados realizam uma análise de alto nível quanto a padrões ou tendências, mas se necessá- rio, também podem mostrar dados deta- lhados. Estas aplicações são destinadas a todas as áreas funcionais da empresa, ao trabalho científico e ao governamental. Um uso popular da mineração de dados é em campanhas de marketing, detalhando padrões em dados sobre consumidores. Mas também, outros segmentos podem se beneficiar destas aplicações: finanças (análise do risco na concessão de emprés- timos), saúde (avaliação dos resultados de determinados tratamentos), educação (ava- liação da evasão escolar e do desempenho dos alunos submetidos a determinadas condições). Sistemas de apoio à tomada de decisão em grupo (Group decision support systems – GDSS) Um GDSS é um sistema interati- vo, baseado em computador, que facilita a tomada de decisão de problemas não estruturados em grupo[5]. Trabalhando Tipos de informação Exemplos Associações Um estudo de modelos de compra em supermercados pode revelar que, na compra de salgadinhos de milho, compra-se também, em 54% das vezes, um refrigerante tipo cola; mas quando há uma promoção, o refrigerante é comprado em 85% das vezes. Com essa informação, os gerentes podem tomar melhores decisões, pois aprenderam a respeito da rentabilidade de uma promoção. Sequências Quando se compra uma casa, em 65% das vezes, adquire-se também uma nova geladeira, no período de duas semanas; e que, em 45% das vezes, um fogão também é comprado um mês após a compra da residência. Classificações Empresas operadoras de cartões de crédito e companhias telefônicas preocupam-se com a perda de clientes regulares. A classificação pode ajudar a descobrir as características de clientes que, provavelmente, virão a abandoná-las e oferecer um modelo para ajudar os gerentes a prever quem são, de modo que se elabore, antecipadamente, campanhas especiais. Aglomerações (clustering) Encontrar grupos de afinidade para cartões bancários ou dividir o banco de dados em categorias de clientes com base na demografia e em investimentos pessoais. Prognósticos Descobrir padrões nos dados que ajudam os gerentes a estimar o valor futuro de variáveis como números de vendas. Fonte: elaborado pelo autor com base em Laudon e Laudon (2014) 31GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO no mesmo espaço físico ou em locais di- ferentes, os profissionais podem utilizar sistemas colaborativos ou ferramentas baseadas na Web para realizarem vide- oconferências e reuniões eletrônicas. Desta forma, as reuniões guiadas por SADG ocorrem em salas de conferên- cia equipadas com ferramentas especiais de hardware e software. O hardware inclui computadores e equipamentos de rede, retroprojetores e telões. O software espe- cial para a reunião eletrônica irá coletar, documentar, classificar, editar e armazenar as ideias propostas. Ainda, sistemas mais elaborados podem incluir um mediador profissional e uma equipe de apoio. Dessa maneira, com um SADG so- fisticado, cada participante pode ter um desktop dedicado, sob seu próprio controle. Os demais não conseguem ver o que os ou- tros fazem, até que todos estejam prontos para compartilhar as informações. Assim, os dados são transmitidos por uma rede, para um servidor central que irá armaze- nar as informações geradas, tornando-as disponíveis para todos. Os dados também podem ser projetados no telão. Com isso, é possível aumentar o número de participantes da reunião, e ao mesmo tempo elevar a produtivida- de, pois todos irão contribuir simulta- neamente. Nesse caso, o anonimato dos colaboradores também pode ser preser- vado, fazendo com que os participantes concentrem-se em avaliar as ideias em si, sem medo de sofrer críticas ou terem suas ideias rejeitadas. Métodos estrutu- rados para organizar e avaliar ideias são utilizados para preservar os resultados das reuniões, permitindo que pessoas que não participaram possam localizar as informa- ções necessárias após o evento. TI para suporte à inovação Este nível é composto pelas funções: acelerar a introdução de novos produtos e serviços, facilitar a criatividade e explo- ração. Nele, os profissionais trabalham, geralmente, em equipes, para desenvolver novos produtos e serviços ou entregá-los por meio de novos processos e tecnologias. São exemplos de aplicações de TI relacionadas ao suporte à inovação: Siste- mas colaborativos (Groupware), Design auxiliado por computador, Ferramentas de simulação gráfica, Sistemas de modelagem de produtos, Sistemas de informação geo- gráfica (Geographic informacion systems – GIS). A seguir veremos em detalhes cada uma destas aplicações. Sistemas colaborativos (Groupware) A Internet e a gestão de documentos permitiram a automatização generalizada de documentos, contendo todos os tipos de informações estruturadas e semiestru- turadas, que poderiam ser armazenadas, distribuídas e utilizadas por equipes e pro- fissionais que compartilhavam interes- ses comuns ou trabalhavam em projetos dentro e fora das empresas. O foco destes sistemas é a comunicação. 32GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO A utilização do e-mail e a auto- mação de documentos começou em 1960 e 1970. Nessa época, os recursos foram empregados por grandes empresas, uni- versidades e agências governamentais para compartilhar informações e facilitar as comunicações entre os trabalhadores profissionais. No entanto, foi apenas no final de 1980 e 1990 que dois recursos de softwa- re e rede surgiam e revolucionaram as formas de como a informação poderia ser amplamente compartilhada e usada dentro das empresas, ate mesmo de for- ma global: World Wide Web e Pacotes de groupware como “Lotus Notes”. A tecnologia Web tornou possível o compartilhamento de documentos no for- mato HTML (abreviação para a expressão inglesa HyperText Markup Language, que significa Linguagem de Marcação de Hipertexto). O desenvolvimento de nave- gadores padronizados como “Netscape” possibilitou o acesso de qualquer usuário a documentos na Web. O uso de intranets corporativos, baseados na Web, tornou-se um meio predominante para trocar documentos entre redes corporativas e externas. O uso extensivo de redes de telecomunica- ções e a integração digital de vídeo, voz, wireless e comunicações de dados dentro das empresas, globalmente, abriu novas oportunidades para compartilhamento de informações e colaboração em projetos, negócios, investimentos e outros esforços de equipe em diferentes fusos horários, locais geográficos e ampliou os limites organizacionais. A Internet e as redes globais dentro e fora das empresas, abriram oportunidades quase ilimitadas para que os profissionais e gerentes identificassem e concentrassem-se em novos mercados, produtos e serviçosno “espaço de mercado” virtual e interativo. Design auxiliado por computador, Ferramentas de simulação gráfica, Sistemas de modelagem de produtos No desenvolvimento de produtos, quase todos os projetos de sistemas físicos, subsistemas, componentes e subcomponentes são simulados com sistemas de software e visualização mul- tidimensional. A maioria dos produtos físicos, como carros, navios, componentes Estes desenvolvimentos estão colocando maior foco na gestão de trabalhadores do conhecimento e uso da informação na “cadeia de valor virtual” que existe ao lado das cadeias de valor físico da maioria das empresas. 33GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO de computadores, bem como produtos de serviços, como fundos de investimento e apólices de seguros, são simulados primei- ro em software, antes de serem lançados para produção ou distribuição. Na engenharia de fabricação, enge- nharia assistida por computador (CAE), design (CAD) e fabricação (CAM) in- f luenciam o projeto do processo, análise, layout e todas as fases de produção. Desde a concepção e produção de aviões, como o Boeing 777, até modelos de automóveis como o carro “global” da Ford - o Touro - a presença e o uso de software são fun- damentais para o processo de inovação de produtos e serviços. Sistemas de informação geográfica (Geographic informacion systems – GIS) Os GIS incluem serviços sociais (ge- ossociais), de publicidade e de informação relacionados à localização geográfica[5]. O conjunto de serviços de mapas, habilitado pelo sistema global de posicionamento (GPS) é a base para o comércio móvel. Um serviço geossocial pode informar onde seus amigos estão reunidos. Serviços de geopublicidade podem informar onde en- contrar o restaurante mais próximo, e os serviços de geoinformação podem lhe dizer o preço da casa que você está olhando, ou as exposições especiais, em um museu, por onde você esteja passando. Foursquare, Loopt e novas funcio- nalidades do Facebook e do Google são exemplos de serviços geossociais. Com esses serviços podemos encontrar amigos ou sermos encontrados por eles, ao rea- lizar “check-in” no serviço, anunciando nossa presença em um determinado local. Aproximadamente, 20% dos proprietários de smartphones utilizam estes serviços. Os serviços baseados em localização são utilizados por 74% dos proprietários de smartphones. A geopublicidade está se tornando a base econômica para o comércio móvel. 34GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO Ela funciona da seguinte forma: os smar- tphones reportam suas localizações para o Google e para a Apple; os comerciantes compram o acesso a esses consumidores quando eles estão dentro do seu raio de alcance; além disso, anúncios são enviados para os usuários com base em suas locali- zações de GPS. TI para suporte a processos de negócios e suporte operacional A TI como suporte aos processos de negócio está relacionada às funções: conectar funcionários e processos e co- nectar processos com fornecedores e clien- tes. A TI como suporte operacional está relacionada às funções de: controlar as operações, assegurar que os trabalhadores menos qualificados tenham um desem- penho consistente e de alta qualidade e melhorar a eficiência das operações. Em relação ao suporte quanto aos processos de negócio, os profissionais utilizam a informação e comunicações dentro da organização, mas também com fornecedores, parceiros e clientes. Esses processos devem ser, continuadamente melhorados, dentro e fora das organiza- ções. Geralmente, gerentes de processos trabalham em times para gerenciar pro- jetos que abrangem duas ou mais funções na cadeia de valor da empresa no mercado. Já, o nível de suporte operacional é responsável pela execução das operações diretas da empresa, ou pelo apoio aos times de sistemas transacionais e processos por meio dos quais os serviços são fornecidos, ou os produtos são fabricados, distribuídos e vendidos. Estes trabalhadores concen- tram-se em executar o dia a dia dos ne- gócios da empresa, comunicando-se com clientes e fornecedores, muitas vezes, rela- cionadas às responsabilidades de trabalho de seus departamentos funcionais. Logo, estão relacionadas a estas prá- ticas de TI os seguintes tipos de aplicações: Sistemas integrados de gestão (ERP), Sis- temas de gerenciamento de vendas, pro- dução, distribuição e inventário, Sistemas de gerenciamento de processos de negócio (BPMS). A seguir, veremos detalhes dos principais tipos de aplicações relacionados a este nível. Sistemas integrados de gestão (ERP) Os sistemas integrados são utiliza- dos para integrar processos de negócio nas áreas de manufatura e produção, finanças e contabilidade, vendas e marketing e re- cursos humanos em um único software[5]. Um exemplo: quando um cliente faz um pedido os dados f luem automa- ticamente para as partes da empresa que serão afetadas; a transação de pedido dis- para uma ordem para o depósito separar os produtos pedidos e programe o envio; o depósito, por sua vez, solicita a fábrica que reponha o que foi retirado; a contabi- lidade é notificada para enviar uma fatura ao cliente; em cada etapa do processo, os representantes do serviço de atendimento ao cliente monitoram o andamento do pedido; os gerentes podem usar a infor- mação integrada para tomar decisões mais precisas com relação às operações diárias e ao planejamento a longo prazo. 35GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO Sistemas de gerenciamento de vendas, produção, distribuição e inventário Outros sistemas também podem ser citados no apoio aos processos e opera- ções de vendas, produção, distribuição e inventário. Vamos citar aqui os siste- mas de gestão da cadeia de suprimentos (SCM – supply chain management) e os sistemas de gestão do relacionamento com o cliente (CRM – customer relationship management). Os SCM ajudam as empresas a ad- ministrar suas relações com fornecedo- res[5]. Esses sistemas têm como objetivo levar a quantidade certa de produtos da fonte para o ponto de consumo, com o mínimo espaço de tempo e menor custo possível. Desse modo, eles podem ser con- siderados sistemas interorganizacionais, visto que automatizam o fluxo de informa- ções através das fronteiras organizacionais. Os CRMs auxiliam as empresas na administração de suas relações com os clientes[5]. Eles fornecem informa- ções para coordenar todos os processos de negócios relacionados aos clientes, em termos de vendas, marketing e serviços. O objetivo é otimizar a receita, a satisfação e a retenção de clientes. Além desses, existem vários outros sistemas que possuem funcionalidades específicas dentro dos processos que lhes cabe, como por exemplo: planejamento das necessidades de materiais (MRP – material requirement planning), sistema de planejamento avançado e programação (APS – advanced planning and schedu- ling), sistema de execução da manufatura (MES – manufacturing execution system) e sistema de gerenciamento de armazém (WMS – warehouse management system). Sistemas de gerenciamento de processos de negócio (BPMS) A gestão de processos de negócios (BPM) é uma abordagem cujo objetivo é a melhoria contínua dos processos de negócios[5]. A BPM compreende as se- guintes etapas: 1. Identificar os processos a serem modificados: os gestores precisam deter- minar quais são os processos de negócios mais importantes e como o aperfeiçoamen- to desses processos ajudará a melhorar o desempenho dos negócios; Eles permitem que as empresas estabeleçam vínculos eletrônicos com clientes e terceirizem seu trabalho para outras empresas. 36GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO 2. Analisar os processos existen- tes: a equipe de BPM deve modelar e documentar os processos observando as entradas, saídas, recursos e sequência de atividades. Nessa etapa, são identificadas etapas redundantes, faltantes, gargalos e outras ineficiências. Essa etapa também pode ser chamada de “as-is”. 3. Planejar o novo processo:uma vez avaliado e mapeado o processo existente, a equipe de planejamento de processos irá aprimorá-lo com o planejamento de um novo, sendo chamada de “to-be”. Nela, o mapa do processo futuro simplificado será documentado e modelado para compa- ração com o anterior. O objetivo é que o novo processo possa reduzir tempo, custo ou aprimorar o atendimento ao cliente e seu valor. 4. Implantar o novo processo: com o novo processo modelado e analisado, a equipe irá gerar um novo conjunto de procedimentos e regras de trabalho. Novos sistemas de informação, ou melhorias nos sistemas existentes precisam ser implan- tados, em apoio ao processo redesenhado. Esta fase é chamada de “to-do” e, durante seu desenvolvimento, outros problemas podem ser descobertos. 5. Avaliar continuamente: os pro- cessos desgastam-se ao longo do tempo, à medida que os empregados recorrem a métodos antigos ou perdem eficiência se o negócio passar por outras mudanças. Muitas empresas de software for- necem ferramentas para tratar diferentes aspectos da BPM. São exemplos: IBM, Oracle e Tibco. Estas ferramentas são chamadas de BPMS e auxiliam as em- presas a identificar e a documentar pro- cessos que necessitam de melhorias, como: criar modelos de processos melhorados, capturar e reforçar regras de negócios para execução dos processos, ainda, in- tegrar sistemas existentes visando dar suporte a processos novos ou redesenha- dos. Estas ferramentas de BPMS tam- bém oferecem recursos analíticos para verificar se o desempenho do processo foi melhorado e avaliar o impacto das al- terações nos processos sobre os principais indicadores de desempenho da empresa. Resumo da unidade São exemplos de aplicações de TI relacionadas à prática de suporte da gestão: Sistemas de informação executiva (SIE), Sistemas de apoio à decisão (SAD), Mi- neração de dados, Processamento analítico on-line (On-line analytical processing – OLAP), Sistemas de apoio à tomada de decisão em grupo (Group decision support systems – GDSS) e Sistemas de gerencia- mento financeiro. Os SIE auxiliam a gerência sênior na tomada de decisões sobre situações não rotineiras que exigem bom senso e capa- cidade de avaliação e percepção. Os SAD focam problemas únicos e que se alteram com rapidez, para os quais não existe um procedimento específico. O datawarehouse é o núcleo dos SIG e dos SAD das princi- pais ferramentas de business intelligence (BI), do mercado. Além disso, o OLAP permite a análise multidimensional de dados, onde os usuários podem ver os mesmos dados de diferentes maneiras, utilizando múltiplas dimensões. 37GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO A mineração de dados oferece per- cepções dos dados corporativos que não podem ser obtidas com o OLAP, desco- brindo padrões e relacionamentos ocultos em grandes bancos de dados, inferindo regras para tentar prever comportamentos futuros. Um GDSS é um sistema intera- tivo, baseado em computador, que facilita a tomada de decisão de problemas não estruturados em grupo. Assim, sendo pos- sível aumentar o número de participantes em reuniões, e ao mesmo tempo elevar a produtividade, pois todos irão contribuir simultaneamente. São exemplos de aplicações de TI, relacionadas ao suporte e à inovação: Sis- temas colaborativos (Groupware), Design auxiliado por computador, Ferramentas de simulação gráfica, Sistemas de modelagem de produtos, Sistemas de informação geo- gráfica (Geographic informacion systems – GIS). A Internet e a gestão de documen- tos permitiram a automatização genera- lizada de documentos, contendo todos os tipos de informações estruturadas e semiestruturadas, que poderiam ser ar- mazenadas, distribuídas e utilizadas por equipes e profissionais que compartilha- vam interesses comuns ou trabalhavam em projetos dentro e fora das empresas. A World Wide Web e Pacotes de groupware como “Lotus Notes” revolucionaram as formas de como a informação poderia ser amplamente compartilhada e usada dentro das empresas, ainda, de forma global. O uso de intranets corporativos baseados na Web, tornou-se um meio predominante para trocar documentos entre redes cor- porativas e externas. Na engenharia de fabricação, enge- nharia assistida por computador (CAE), design (CAD) e fabricação (CAM) in- f luenciam o projeto do processo, análise, layout e todas as fases de produção. Os GIS incluem serviços sociais (geossociais), de publicidade e de informação relacionados à localização geográfica. O conjunto de serviços de mapas, habilitado pelo sistema global de posicionamento (GPS) é a base para o comércio móvel. Um serviço ge- ossocial pode informar onde seus amigos estão reunidos. Serviços de geopublici- dade podem informar onde encontrar o restaurante mais próximo, e os serviços de geoinformação podem lhe dizer o pre- ço da casa que você está olhando, ou as exposições especiais em um museu, por onde você esteja passando. Estão relacionadas a estas práticas de TI os seguintes tipos de aplicações: Sistemas integrados de gestão (ERP), Sis- temas de gerenciamento de vendas, pro- dução, distribuição e inventário, Sistemas de gerenciamento de processos de negócio (BPMS). Os sistemas integrados são utiliza- dos para integrar processos de negócio nas áreas de manufatura e produção, finanças e contabilidade, vendas e marketing e re- cursos humanos em um único software. Os SCM ajudam as empresas a administrar suas relações com fornecedores. Os CRM auxiliam as empresas na administração de suas relações com os clientes. Além desses, existem vários outros sistemas que pos- suem funcionalidades específicas dentro dos processos que lhes cabe. 38GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO A gestão de processos de negócios (BPM) é uma abordagem cujo objetivo é a melhoria contínua dos processos de ne- gócios. A BPM compreende as seguintes etapas: identificar os processos a serem modificados; analisar os processos existen- tes; planejar o novo processo; implantar o novo processo; e, avaliar continuamente. Ferramentas chamadas de BPMS auxiliam as empresas a identificar e a documentar processos que necessitam de melhorias, criar modelos de processos melhorados, capturar e reforçar regras de negócios para execução dos processos e integrar sistemas existentes, visando dar suporte a processos novos ou redesenhados. Exercícios Preencha as células em branco da tabela a seguir: Tipo de aplicação Conceito Exemplo P r á t i c a d e T I associada (tomada de decisão, inovação, processos e operações) São responsáveis pelo grande número d e t r a n s a ç õ e s r e l a t i v a m e n t e simples, exigidas pelas diversas áreas da organização. P r o c e s s o s e operações S i s t e m a s d e c o l a b o r a ç ã o (Groupware) Lotus Notes Permitem definir novas análises, conforme sejam necessárias, sem terem que projetar novos bancos de dados Tomada de decisão S i s t e m a s d e i n f o r m a ç ã o executivo (SIE) Painel de bordo com software de indicadores (BSC) S o l u ç õ e s d e tecnolog ia que dão suporte para realização do ciclo completo de BPM P r o c e s s o s e operações Sistema de apoio à decisão em grupo (SADG) F e r r a m e n t a s b a s e a d a s n a W e b p a r a videoconferência e reuniões eletrônicas A u t o m a t i z a a criação e revisão de projetos, usando c o m p u t a d o r e s e s o f i s t i c a d o s softwares gráficos Inovação Sistemas integrados de gestão (ERP, em inglês) SAP, Dynamics AX 40GERÊNCIA ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO, DO COMPORTAMENTO E DO CONTROLE Não é apenas tecnologia: precisamos nos preocupar com a informação e com as pessoas O gerenciamento da informação trata das capacidades de uma empresa para gerenciar informações, efetivamente, durante o ciclo de vida da informação, incluindo a detecção, coleta, organização, processamento e manutenção de informações. O comportamento e controle compreendem as capacida-
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