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1 Júlia Morbeck – @med.morbeck ↠ É recomendável, como rotina, o emprego de 03 procedimentos distintos: (BARONE; FERNANDES). • exame direto a fresco, para observação dos movimentos do trofozoíto; • técnicas de concentração de parasitas; • um esfregaço de fezes com coloração permanente. ↠ O exame pode ser quantitativo ou qualitativo. Os métodos quantitativos são aqueles nos quais se faz contagem de ovos para avaliação da carga parasitária. O mais conhecido é o de Stoll, mas, o mais empregado atualmente é o de KatoKatz. Os métodos qualitativos são os mais utilizados para a demonstração da presença das formas parasitárias (BARONE; FERNANDES). A maioria dos exames são qualitativos, não da pra saber a carga parasitária (quantitativo). • Cistos e trofozoítos. • Ovos e larvas – helmintos. ORIENTAÇÕES PARA COLETA DAS FEZES • Coletar as fezes das 3 porções; • Não coletar no vaso sanitário – fazer no papel higiênico; • Pode conservar na porta da geladeira – 8ºC até 10 horas. • Com conservante fica até 24 h. • 3 amostras em dias alternados – ciclo biológico. EXAME DIRETO A FRESCO ↠ Esse método é indicado principalmente para a pesquisa de trofozoítos de protozoários em fezes diarreicas recém emitidas (BARONE; FERNANDES). Os trofozoítos ficam viáveis até 30 minutos. para a identificação de cistos de protozoários e larvas de helmintos cora-se a preparação com Lugol. O uso de lamínula é facultativo (BARONE; FERNANDES). SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA • Cistos de protozoários e ovos mais pesados; • Hoffman, Pons e Janner ou Lutz; • Qualitativo; 1. Colocar aproximadamente 2g de fezes em um frasco de Borrel ou em um copo plástico descartável, com cerca de 5 ml de água e dissolver bem com auxílio de um palito de sorvete descartável. 2. Acrescentar mais 20 ml de água. 3. Coar a suspensão (para isto, usa-se gaze cirúrgica umedecida, dobrada em quatro, e colocada em um coador de plástico pequeno) num cálice cônico de 200 ml de capacidade. Os detritos retidos na gaze são lavados com mais 20 ml de água. 4. Completar o volume do cálice com água. 5. Deixar essa suspensão em repouso durante duas a 24 horas. 6. Desprezar o líquido sobrenadante cuidadosamente, homogeneizar o sedimento e coletar uma porção do mesmo. 7. Colocar parte do sedimento numa lâmina, corar com Lugol e cobrir com lamínula (facultativo). Examinar no mínimo duas lâminas de cada amostra. Pega a amostra da sedimentação para avaliar na lâmina. KATO-KATZ • Quali-quantitativa; • Ovos de helmintos, principalmente, Schistosoma mansoni; Utiliza-se um kit específico. Coloca as fezes no orifício, esse orifício fornece uma quantidade específica, podendo avaliar quantos parasitas existem. CENTRÍFUGO-FLUTUAÇÃO • Cistos e ovos leves; • Faust; Lab. 03– patologia CLÍNICA e farmacologia 2 Júlia Morbeck – @med.morbeck 1. Diluir 10g de fezes em 20 ml de água. 2. Homogeneizar bem. 3. Filtrar em gaze dobrada em quatro, num copo plástico, e transferir para um tubo de Wasserman. 4. Centrifugar por um minuto a 2.500 rpm. 5. Desprezar o líquido sobrenadante e ressuspender o sedimento em água. 6. Repetir as operações 4 e 5 até que o sobrenadante fique claro. 7. Desprezar o sobrenadante claro e ressuspender o sedimento com uma solução de sulfato de zinco a 33%, densidade de 1,18 g/ml. 8. Centrifugar novamente por um minuto a 2.500 rpm. 9. Os cistos e os ovos leves presentes estarão na película superficial; a mesma é recolhida com alça de platina, colocada numa lâmina junto com uma gota de Lugol e coberta com lamínula. O material deve ser examinado imediatamente. O sulfato de zinco pode deformar os cistos e os ovos. TERMOHIDROTROPRISMO • Pesquisa larvas (Strongyloides stercoralis); Rugai 1. Retirar a tampa do recipiente que acondiciona as fezes e envolvê- lo em ter gazes, fazendo uma pequena “trouxa”. 2. Colocar o material assim preparado, com a abertura voltada para baixo, num cálice de sedimentação, contendo água aquecida (45ºC), em quantidade suficiente para entrar em contato com as fezes. 3. Deixar em repouso por uma hora 4. Coletar o sedimento no fundo do cálice, com ajuda de uma pipeta. 5. Corar as larvas com Lugol e observá-las com o maior aumento para identifica-las. Baermann-Moraes 1. Separar uma parte de amostra fecal fresca. 2. Colocar um tamiz (peneira) no interior do funil. 3. Colocar uma gaze 8 fios com 4 dobras sobre o tamiz. 4. Adicionar água aquecida 40- 42 º C no funil. 5. Transferir a amostra fecal para a gaze, de forma que as fezes fiquem em contato com a água. 6. Esperar 1 hora. 7. Abrir a pinça de Morh. 8. Transferir parte do material sedimentado para um vidro de relógio côncavo. 9. Fazer leitura em microscópio para a procura de larvas. 10. Após a leitura, o material deve ser descartado em solução de hipoclorito de sódio 1%. Mariano & Carvalho • Ovos, larvas e cistos; • Juntou o princípio de termohidrotropismo + sedimentação. 1. Acrescenta-se água a 45ºC a 10g de fezes, homogeneizando e filtrando através de um tamis preparado com gaze dobrada em quatro, acoplado a um cálice cônico de sedimentação (125mL), sendo que uma porção da amostra fecal é deixada sobre a gaze e o volume completado com água à mesma temperatura até que toque a base do tamis e, consequentemente, as fezes. 2. Deixa-se em repouso por, no mínimo, uma hora, removendo a seguir o tamis e deixando sedimentar por mais uma hora. 3. Em seguida, despreza-se o líquido sobrenadante tendo o cuidado de não perder o sedimento. Findo este tempo, tantas vezes forem necessárias, tantos procedimentos de lavagem serão realizados. 4. Passadas 24h, alíquotas dos sedimentos serão colocadas sobre lâminas, coradas pelo lugol, com posterior observação microscópica. FITA GOMADA OU DE GRAHAM • Pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis, Taenia saginata e Taenia solium. https://pt.wikipedia.org/wiki/Enterobius_vermicularis https://pt.wikipedia.org/wiki/Enterobius_vermicularis https://pt.wikipedia.org/wiki/Taenia_saginata https://pt.wikipedia.org/wiki/Taenia_solium 3 Júlia Morbeck – @med.morbeck 1. Uma fita adesiva é colocada ao fundo de um tubo de ensaio com a parte colante voltada para fora. 2. A prega anal do paciente é então aberta e assim é encostado diversas vezes a parte colante naquela região perianal. 3. A fita adesiva é então colocada em lâmina e observada em microscópio. Referências BARONE, A.; FERNANDES, A. P. Técnicas de diagnóstico parasitológico. https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_de_ensaio https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82nus