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Aula 1 - Água

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Prof. Esp. Fabiano Fagundes 
Projeto de Sistemas de Esgotos 
Sanitários 
Aula 1 - Águas 
Distribuição de Água no Planeta 
Distribuição de Água no Planeta Escassez de Água no Planeta 
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Escassez de Água no Brasil O que é poluição hídrica? 
“É qualquer alteração nas características 
físicas, químicas e/ou biológicas das 
águas, que possa constituir prejuízo à 
saúde, à segurança e ao bem estar da 
população e, ainda, possa comprometer 
a fauna local e a utilização das águas 
para fins recreativos, comerciais, 
industriais e de geração de energia” 
(CONAMA). 
O que causa a poluição hídrica? 
• Crescimento populacional; Alto grau de 
urbanização; 
• Desenvolvimento da indústria e seus 
despejos complexos; 
• Aumento da produção agrícola, que 
resulta numa carga mais pesada de 
pesticidas e fertilizantes no ambiente. 
 
Usos da Água 
• Consuntivos 
– abastecimento humano 
– dessedentação de animais 
– indústria 
– irrigação 
• Não consuntivos 
– geração de energia elétrica 
– recreação/lazer 
– harmonia paisagística 
– conservação da flora e fauna 
– navegação 
– pesca 
– diluição de despejos 
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CONAMA 
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Fontes Poluidoras 
Águas superficiais: 
• Esgoto doméstico; 
• Efluentes industriais; 
• Águas pluviais, carreando 
impurezas do solo ou contendo 
esgotos lançados nas galerias; 
• Resíduos sólidos (lixo); 
• Pesticidas; 
• Fertilizantes; 
• Detergentes; 
• Precipitação de poluentes 
atmosféricos (sobre o solo ou 
a água); 
• Alteração nas margens dos 
mananciais, provocando 
carreamento do solo, como 
consequências da erosão. 
Águas subterrâneas: 
– Infiltração de: 
• esgotos a partir de sumidouros ou 
valas de infiltração (fossas sépticas); 
• esgotos depositados em lagoas de 
estabilização ou em outros sistemas 
de tratamento usando disposição no 
solo; 
• esgotos aplicados no solo em 
sistemas de irrigação; 
• águas contendo pesticidas, 
fertilizantes, detergentes e poluentes 
atmosféricos depositados no solo; 
• outras impurezas presentes no 
solo; 
• águas superficiais poluídas; 
– Vazamento de tubulações ou 
depósitos subterrâneos; 
– Percolação do chorume resultante 
de depósitos de lixo no solo; 
– Resíduos de outras fontes: 
cemitérios, minas, depósitos de 
materiais radioativos. 
Fontes Poluidoras 
Classificação da Poluição Hídrica 
 Bacteriana -> Contato com dejetos humanos 
portadores de organismos patogênicos, por via 
direta e por esgotos sanitários. 
 Orgânica -> Recebimento de grande 
quantidade de matéria orgânica, proveniente de 
esgotos domésticos ou industriais; 
 Química -> Presença de substâncias 
provenientes de processos industriais, uso de 
pesticidas e de fertilizantes. 
 Térmica -> Elevação da temperatura da água 
aos receber despejos com temperatura elevada 
provenientes de destilarias, usinas atômica, etc. 
 Radioativa -> Recebimento de descargas 
radioisótopos de usinas nucleares. 
Poluição Orgânica 
 Os esgotos domésticos, muitos tipos de resíduos 
industriais, os dejetos agrícolas e especialmente os 
pecuários, são constituídos preponderantemente de 
matéria orgânica, elemento que serve de alimento aos 
seres aquáticos, sejam peixes, sejam bentos, plâncton, 
bactérias, etc. 
 Quanto maior o volume de matéria orgânica – 
esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será 
o consumo (demanda) de oxigênio usado na 
respiração dos seres aquáticos (em especial, das 
bactérias decompositoras). 
 Quando todo o oxigênio se extingue, as bactérias 
e outros seres que dependem do oxigênio para a 
respiração também são extintos e em seu lugar 
surgem outros seres microscópicos capazes de se 
alimentar e “respirar” na ausência do oxigênio. 
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Carga Poluidora 
A carga poluidora de um efluente gasoso ou líquido é a 
expressão da quantidade de poluente lançada pela 
fonte. Para as águas, é frequentemente expressa em 
DBO ou DQO; para o ar, em quantidade emitida por 
hora, ou por tonelada de produto fabricado" (Lemaire 
& Lemaire, 1975). 
DBO 
DBO 
• Demanda bioquímica de oxigênio ou 
demanda biológica de oxigênio (DBO) 
corresponde à quantidade de oxigênio 
consumido na degradação da matéria 
orgânica no meio aquático por 
processos biológicos, sendo expresso 
em miligramas por litro (mg/L). É o 
parâmetro mais empregue para medir 
poluição. 
Determinação da DBO 
• A DBO é a quantidade de oxigênio 
necessária para oxidar a matéria orgânica 
biodegradável presente na água. É um 
parâmetro importante no 
dimensionamento de uma Estação de 
Tratamento de Águas Residuais (ETAR) ou 
Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). 
• Há dois métodos normalmente aplicados 
para medir a DBO: 
– Método da diluição 
– Método Manométrico 
Símbolo DBO 
OD= Oxigênio Dissolvido 
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Símbolo 
DQO 
Refere-se à quantidade oxigênio necessária para estabilizar, 
por meio de um oxidante em meio ácido (processo químico), 
a matéria orgânica carbonácea. 
 
Algumas vantagens do teste: 
 
• teste é realizado em 2 a 3 horas; 
• teste não afetado pela nitrificação; 
 
Algumas limitações do teste: 
 
• refere-se a matéria orgânica biodegradável + inerte; 
• não é possível visualizar a degradação do despejo ao 
longo do tempo; 
• constituintes inorgânicos podem ser oxidados e interferir 
no resultado; 
Relação entre DQO e DBO 
DQO/DBO  varia com o tipo de efluente e à 
medida que o esgoto passa pelas diversas 
unidades da ETE 
Esgotos domésticos brutos  DQO/DBO entre 1,7 a 2,4 
EQUIVALENTE POPULACIONAL PARA VÁRIOS TIPOS DE INDÚSTRIAS 
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AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
• Diluição 
• Sedimentação 
• Estabilização bioquímica 
CARACTERÍSTICAS DAS ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO 
Zona de Degradação: 
• Início  Ponto de lançamento dos despejos; 
 Água turva (cor acinzentada); 
• Precipitação de partículas  lodo no leito do 
corpo d’água; 
• Proliferação de bactérias (consumo de matéria 
orgânica); 
• Redução da concentração de OD (oxigênio 
dissolvido); 
• Limite da 1ª zona  concentração de 
oxigênio atinge 40% da concentração inicial; 
 Não há odor; 
• Presença de oxigênio não permite a 
decomposição anaeróbia. 
Zona de Decomposição Ativa: 
• Início  oxigênio atinge valores inferiores a 
40% da concentração de saturação; 
 Água  cor cinza-escura, quase negra; 
 Bancos de lodos no fundo em ativa 
decomposição anaeróbia; 
 Desprendimento de gases mal cheirosos 
(amônia, gás sulfídrico, etc); 
• Oxigênio dissolvido  pode zerar; 
 Biota aeróbia é substituída por 
anaeróbia; 
 Ambiente fétido e escuro; 
• Oxigênio passa a ser reposto  ar atmosférico 
ou fotossíntese; 
• População de bactérias  decresce; 
 Água começa a ficar mais clara (ainda 
impróprio p/ os peixes); 
• Fim da 2ª zona  oxigênio elevar-se a 40% da 
concentração de saturação. 
Zona de Recuperação: 
 
• Início  40% de oxigênio de saturação; 
• Término  água saturada de oxigênio; 
 Água  mais clara e límpida; 
 Proliferação de algas que reoxigenam 
o meio; 
• Amônia  oxidada a nitritos e nitratos (+ 
fosfatos fertilizam o meio, favorecendo a 
proliferação de algas); 
 Cor esverdeada intensa (alimento p/ 
crustáceos, larvas de insetos, 
vermes, etc., que servem de 
alimentos p/ os peixes); 
• Diversificação da biocenose. 
Zona de Águas Limpas: 
 
• Água  características diferentes das 
águas poluídas; 
• Água encontra-se “eutrófica”; 
 Não é limpa, devido a presença das 
algas (cor verde); 
• Água  recuperou-se, melhorou suas 
capacidade de produzir alimento proteico 
(piorou no quesito de potabilidade); 
• Péssimo aspecto estético; 
• Grande assoreamento nas margens; 
• Invasão de plantas aquáticas indesejáveis. 
Eutrofização 
 A eutrofização é o crescimento excessivo das 
plantas aquáticas, tanto planctônicas quanto 
aderidas, a níveis tais que sejam considerados 
como causadores de interferências com os usos 
desejáveis do corpo d’água (Thomann e Mueller, 
1987). 
 
 O principal fator de estímulo é umnível 
excessivo de nutrientes no corpo d’água, 
principalmente nitrogênio e fósforo. 
 
 O nível de eutrofização está usualmente 
associado ao uso e ocupação do solo 
predominante na bacia hidrográfica. 
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Problemas Estéticos e Recreacionais. 
 Diminuição do uso da água para recreação, 
balneabilidade e redução geral na atração 
turística devido a: 
 
 Frequentes florações das águas 
 Crescimento excessivo da vegetação 
 Distúrbios com mosquitos e insetos 
 Eventuais maus odores 
 Eventuais mortandades de peixes 
Legislação 
Cabe aos órgãos ambientais dos estados, 
territórios e Distrito Federal efetuar, não só 
o enquadramento dos corpos de água no 
âmbito das classes preconizadas pela 
Resolução CONAMA nº. 357/05, como 
exercer atividade orientadora, fiscalizadora e 
punitiva junto às fontes de poluição que 
possam alterar os valores dos padrões de 
qualidade das águas da classe estabelecida 
para o corpo d’água receptor. 
Símbolo

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