Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO FARMACOGNOSIA MÓDULO 3 COMPOSTOS FENÓLICOS SIMPLES E DERIVADOS Estruturas fundamentais: ácido benzoico e cinâmico Derivados do ácido benzoico = ácidos hidroxibenzoicos. O ácido benzoico possui um ácido carboxílico na -> aspirina (ácido salicílico) -> protótipo para o desenvolvimento do ácido acetilsalícico. O ácido gálico é importante para os taninos -> são monômeros que se polimerizam e os formam. Relacionados com a lignina (tecidos lenhosos) -> ocorrem nas coníferas (pinheiros, monodicotiledôneas). Quanto mais lignina tiver um óleo vegetal, mais lenhosa será a estrutura dele. Derivados do ácido cinâmico (fenilpropanoico) -> são mais densos que a água. Exemplo: eugenol. Os isômeros E (trans) são o derivado mais estável, enquanto o cis é o derivado menos estável. Os ácidos p-hidroxibenzoico são considerados heterosídeos de fenóis simples -> ocorre uma redução -> deriva arbutina. Ácido hidroxibenzoico – ocorrem em baixas concentrações nos vegetais. Ácidos hidroxicinâmicos de distribuição frequente na distribuição. Ácido ferúlico – colerético estimula a secreção da bile; possui atividade antioxidante (colabora para a utilização como conservantes de alimentos). Rheum sp. -> espécie que possuem muita utilização em farmácias como laxantes( altas concentrações) e digestivas (pequena concentrações). É constituinte de Eucalyptus globulus. Ácido cafeico: constituinte de sambucus nigra L. (sabugueiro). HETEROSÍDEOS Ácidos fenólicos e derivados que apresentam ligações ésteres com açúcares. Droga vegetal clássica: Sallix sp ( casca do salgueiro), salix daphnoides, S. alba, S. purpuera (importadas) As espécies brasileiras: Salix martiana: teve teor de substâncias ativas em folhas da mesma forma que possui em S. alba nas cascas. O sabor intensamente amargo pode ser um efeito adverso. CONSTITUINTES DOS HETEROSÍDEOS Nos ramos jovens de glicosídeos fenólicos possuem 1,75% (acima de 1,5% até 11% é considerada uma droga de qualidade). Cascas de ramos jovem maior abundância em Sallix. Flavonoides; derivados do ácido benzoico; derivados do ácido cinâmico; taninos condensados. Na imagem acima, ocorreu uma redução. Sem a salicina não há substituição. Os grupos salicilatos (onde a principal estrutura é a salicina, e que deve ter um teor mínimo de 1,5% para que tenha uma boa qualidade). Ou seja os salicilatos são constituintes relevantes para a atividade de Sallix sp. PROVA DE IDENTIDADE: salicilina por CCD; DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA: salicilina por HPLC. A utilização: analgésico e antirreumático. FARMACOCINÉTICA: o ácido salicílico que é a substância ativa, pensando na salicilina quando ela chega no intestino ela vai ser absorvida, perdendo o açúcar e o grupamento ácido, sofre oxidação gerando o ácido salicílico. Todas as substâncias do grupo salicilato são pró-fármacos não são as substâncias ativas -> originam ácido salicílico no organismo (da mesma forma que acontece com o ácido acetil-salicílico). A eliminação, ocorre a conjugação do ácido salicílico com a ácido glicurônico ( torna molécula mais polar), gerando ácido salicilurico principal metabólito que é conjugado com a glicina, são excretados na urina. SALIGENINA – é aglicona. AÇÕES E MECANISMOS DE AÇÃO. Possui ações analgésica, antiflogística (anti-inflamatória) e antipirética. A vantagem da droga vegetal é que não irrita a mucosa gástrica, pois a salicilina não possui um grupamento ácido, o que difere da aspirina (vantagem do fito em relação ao medicamento sintético). Não possui grupo acetil, que interfere com a coagulação sanguínea, o paciente que tem tendencia a ter trombose, utiliza AAS, pois o grupo acetil diminui o risco de formação de coágulo. Porém um paciente saudável não é necessário utilizar um AAS, pois pode ocorrer uma hemorragia, devido a interferência que o AAS pode causar na coagulação sanguínea. · Inibição da síntese de prostraglandinas (inibição da COX1 e COX2) inibe a liberação de prostaciclinas pró-inflamatórias, TNF ALFA, interleucina 1BETA, IL-6 (que favorecem a inflamação) · Contraindicação – hipersensibilidade aos salicilatos. ÉSTERES DE ÁCIDOS FENÓLICOS COM ÁCIDOS CINÂMICOS (depsídeos -> hidrolisam em meio básico, rompem) Ácido o-cumarico é importante. Ésteres do ácido cafeico e do ácido quínico: derivados/ácidos cafeoilquínicos. ( não são fenóis, não possuem um anel aromático os ácidos químicos). ACIDO CLOROGÊNICO: em meio básico ele origina a cor verde. Possui um radical CAFEOIL na posição 5. Ocorrem em quase todos os vegetais: ac. Clorogênico possui 3-8% na semente do café. Drogas vegetais clássicas: flores de arnica (Arnica montana), folhas de alcachofra (Cynara scolymus), folhas de bétula (Betula pendula), flores de sabugueiro (Sambucus nigra), flores e folhas de cratego (Crataegus monogyna Jacq.) A alcachofra (Cynara scolymus) é a droga vegetal clássica. É extraído em água temperatura acima de 80°C por 18h ( é um fitoterápico de qualidade, é caro). Propriedade organoléptica: sabor salgado e na sequência amargo -> liberação digestiva de maneira geral. As lactonas sesquiterpênicas – não são voláteis. Possui ácidos cafeoilquínicos, principalmente ácido clorogênico e traços de cinaria. A cinaropicrina é o constituinte mais abundante nas folhas; a substituição no C15 é a principal por causar sabor amargo e estimular a secreção salivar. O radical fenoil da posição 5, passa por uma transesterificação e se liga na posição 3. Ácido 1,3-dicafenoilquínico (artefato, produto da extração não existe originalmente na planta). PROVA DE IDENTIDADE: comprovação da presença de ácido clorogenico e luteolina-7-O-glicosídeo por CCD. METABOLISMO E FARMACOCINÉTICA: administração do extrato de alcachofra v.o: detecção no plasma das substâncias. A eliminação metabólitos conjugados do ácido ferúlico e diidroferúlico. AÇÕES E MECANISMOS DE AÇÃO: AMARO estimula secreções digestivas -> ação colerética (aumento da secreção da bile), antioxidante e hipolipemiante. Responsabilidade dos ácidos cafeoilquínicos. Ação antioxidante: responsabilidade dos constituintes fenólicos com estrutura parcial o-catecólica. Ação hipolipemiante – aumento da secreção biliar pelo ácidos cafeoilquínicos, maior eliminação do colesterol ( que origina os ácidos biliares), inibição da biossíntese do colesterol, devido a presença de luteolina. INDICAÇÕES DO EXTRATO DE ALCACHOFRA: no tratamento de sintomas dispépticos; no caso de distúrbios do metabolismo lipídico; na prevenção da aterosclerose; no tratamento das hiperlipidemias. CUMARINAS, XANTONAS CUMARINAS: são lactonas do ácido o-hidroxicinâmico (2-H-1-BENZOPIRAN-2-ONAS) A estrutura básica 1,2-benzopirona. As cumarinas não existem só nas plantas: existem em fungos, insetos... Os padrões de substituição nessa estrutura química fornecem as propriedades farmacológicas dessas substâncias. CROMONAS: são isômeros da cumarina (5H-1-BENZOPIRAN-4-ONAS). Não tem como romper o anel, porque não se forma ésteres, lembra a estrutura de um flavonoide. XANTONAS: derivados da dibenzo-y-pirona Possuem 2 anéis aromáticos um em cada lado. O anel da direita é derivado do acetato (posições 1,2,3,4) ANEL A. E o outro é derivado do metabolismo do ácido chíquimico (5,6,7,8 anel B). A benzopirona é substituída no C7, gerando a UMBELIFERONA, que será precursora direta da dihidro e trihidroxi cumarinas. PRIMEIRO sempre ocorrerá a substituição no C7. As cumarinas são substâncias fenólicas, possuem até 3 hidroxilas. As hidroxilas podem sofrer metoxilação, substituição de um H por uma METILA (CH3) -> gerando um OCH3 (ESCOPOLETINA) = cumarinas metoxiladas A glicosilação: um O-heterosídeo, hidrogênio sai e da lugar para uma glicose. = cumarinas glicosiladas Prenilação: cumarinas preniladas, substituição do H por um resíduo isoprenoide (rota do isopreno), ligação do isopreno direto a um carbono A partir das cumarinas preniladas, se origina as pirano e furano cumarinas, que possuem importância toxicológica e farmacêutica. A substituição do isopreno ocorre em C6 para cumarinas lineares e substituiçãono C8 para cumarinas angulares. PIRANO = anel com 6 membros e um heteroatomo O. A biossíntese das cumarinas começa a partir do metabolismo das fenilalaninas, gerando o ácido cinâmico -> ocorre a adição de uma hidroxila em p (para) gerando o p-hidroxicinamico -> a adição da hidroxila em orto, gera o ácido cumarínico -> para a formação da cumarina a ligação dupla em trans precisa se isomerizar e originar um derivado cis (Z), essa reação ocorre fotocatalisada, radiação UV que promove a isomerização, ocorrendo a ciclização, eliminando água e originando a lactona (umbeliferona), o OH vem da posição p (para) do ácido p-hidroxicinâmico. Há a existência de duas opções para a formação da cumarina, a entrada do isoprenoide na posição 6 ou a entrada do isoprenoide na posição 8. A entrada deste isoprenoide gera uma epoxidação na molécula, independente onde está ocorrendo a adição. Então a hidroxila ataca o epóxido que está bem tensionado, devido aos ângulos serem pequenos para a ligação. A furano e pirano cumarinas se formam quando a hidroxila ataca um dos lados da ligação, se atacar o C mais longe forma um o piranocumarina (anel de 6 membros), se atacar o carbono mais próximo gera o furanocumarina (anel de 5 membros). A linearidade da cumarina é determinada pela entrada do isopreno OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO: São encontradas em angiosperma: ASTERACEAE (guaco), FABACEAE (cumaru), RUTACEAE (frutos cítricos). Podem ser encontradas em toda a planta. As furano (rutaceae) e pirano são restritas a certas famílias, devido a presença das enzimas. AGLICONAS XANTÔNICAS: Hypericaceae (guttiferae)!! -> xantonas que ocorrem na erva de são-joão, atividade antidepressiva comprovada. O-HETEROSÍDEOS: quando xantonas ocorrem nesta forma, classificados em GENTINACEAE, POLYGALACEAE. açúcares ligado em uma hidroxila. C-HETEROSÍDEOS: açúcares ligados diretamente em um carbono da aglicona. Distribuidos amplamentes em: angiospermas mono- e dicotiledôneas, pteridófitas, fungos e liquens. PROPRIEDADES E EXTRAÇÃO: das cumarinas Extrair droga vegetal com etanol (extrato etanólico) -> -> evapora etanol, adiciona água, extração com éter para retirar compostos apolares (ceras epiculares), diclorometano (extrai pigmentos, inclusive as cumarinas), colocar base (alcalinizar o meio com uma base diluída), as cumarinas elas abrem o anel e forma o sal correspondente (relactonização) As cumarinas podem ser instáveis, nem sempre pode se utilizar estratégias de modificação do pH. XANTONAS: são pigmentos amarelos, absorvem luz UV. Podem ser extraídos por solventes considerando a polaridade (C heterosídeos, substâncias mais polares do que só apenas agliconas) CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO: CUMARINAS: UV característico é influenciado pela posição dos substituintes. CCD/UV As cumarinas são substâncias voláteis (utilização de HPLC, CLAE) – comparação com um padrão. CG – ionização ocorre por impacto eletrônico. XANTONAS: são similares aos flavonoides, CCD/UV -> a cor é intensificada pelo NH3, as cumarinas são termolábeis por isso não ocorre a utilização de NH3 Com solução etanólica KOH -> intensificação da coloração dos flavonoides gotejando no meio. Identificação das xantonas: RMN, UV (fundamental, 4 bandas de intensidade decrescente), absorção na luz visível cor amarela (400nm), UV com utilização de reagentes de deslocamento: AlCl3, NaOH (aumenta a absorção no UV) USO E PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS: CUMARINAS: Era utilizada como aromatizante – gerou toxicidade hepática, só utilizada em limpeza e cosméticos. Derivados da 4-hidróxi-cumarina: -> Atividade anticoagulante -> dicumarol, utilizada como antioxidante. A varfarina é utilizada atualmente Derivados de estrutura catecólica: possuindo atividade antioxidante : esculetina, 4-metilesculetina, fraxetina XANTONAS: possuem atividade inibidora da MAO A -> responsável por degradar a noradrenalina e a serotonina, inibindo seletivamente a MAO a, não ocorre efeitos adversos. A atividade mais importante é antidepressiva. FURANOCUMARINAS E FOTOXICIDADE: As furanocumarinas absorvem luz UV -> gerando substâncias altamente reativas quando as furanocumarinas absorvem fótons de luz UV pode reagir com bases pirimídicas do DNA gerando mutações e neoplasias (na pele) -> pode também reagir com O2 molecular -> gerando espécies reativas de oxigênio e radicais peróxidos -> inativando enzimas e enrijecendo membranas, causando lesões celulares sérias. MANIFESTAÇÕES COMUNS/SINTOMAS: fitofotodermatire -> formação de manchas hiperpigmentadas, queimaduras sérias. Após contato direto com furanocumarinas ou ingestão; a gravidade depende da concentração dos derivados cumarínicos; da sensibilidade individual. FOTOQUIMIOTERAPIA: a ação das furanocumarinas sobre a pele quando submetida a radiação UV -> pode ser utilizada na terapia de enfermidades cutâneas: psoríase, micoses, urticária, vitiligo, eczemas. Uso tópico ou oral + exposição controlada à radiação UV -> repigmentação da pele. Essa terapia possui potencial carcinogênico, pode desenvolver efeitos adversos: catarata, degeneração actínica da pele. Contraindicação: gravidez; crianças; distúrbios cutâneos agravados pela luz. DROGAS VEGETAIS CLÁSSICAS: Melilotus offinalis (Fabaceae). Se utiliza folhas e sumidades floridas. É utilizada como forragem, cobertura do solo, cilagem. Utilização: insuficiência venosa crônica. Obtenção do dicumarol. Possui como constituinte o melilotosídeo, ocorre principalmente em folhas jovens, é um heterosídeo do acido o cumarico (tem OH na posição orto da cadeia lateral), nesse OH terá uma glicose ligada. Quando o trevo fica exposto na natureza para secar, se desenvolve fungos na sua superfície, fungos fermentam o melilotosídeo, ocorre eliminação da glicose. Ocorre a lactomização do acido-o-Cuma rico e vira a cumarina, então ocorre a dimerização e entra uma OH na posição 4 (fundamental para a atividade anticoagulante). O dicumarol é formada a partir da fermentação de componentes de folhas jovens, obtido a partir do ácido-o-hidroxicinâmico. Resultado da ação de fungos. CITRUS: frutaceae (diferentes espécies) aurantim (laranja). Fornecedor de cumarinas: pericarpo de frutos imaturos, utilização: óleo essencial, tratamento de distúrbios digestivos (extemporâneos) (chás). GUACO – Mikania glomerata Spreng e M. laevigata, família Asteraceae. Parte utilizada as folhas. Possuem morfologia semelhante os dois gêneros. Medicinais e benéficos nas afecções das vias aéreas superiores (asma, bronquite e tosse). Atividade broncodilatadora, relaxamento da musculatura lisa. Constituintes -> cumarinas e di-hidrocumarina (ocorre redução da dupla ligação). Outros componentes ativos no GUACO. -> Ácido kaurenóico (diterpenoides), possui atividade anti-inflamatória, inibição da síntese de óxido nítrico. Redução do edema induzido por carragenina. Guaco atua de maneira geral sob a musculatura lisa (gerando relaxamento). · Cumarina; reduz edeme agudo e crônico (antidermatogenica). Possui efeito broncodilatador das vias aéreas · 7-OH-CUMARINA (umbeliferona): planta não produz, mas a cumarina sofre efeito de primeira passagem gerando a umbeliferona (substancia ativa). · Ácido-o-cumaríco: age junto com a cumarina, reduz nuemro de leucocitos e em pneumonite alérgica (inflamação de qualquer etiologia, como alérgica). ERVA DE SÃO JOÃO: Hypericum perforatum, família Hypericaceae. Parte utilizada: partes aéreas. Utilização: antidepressivo. Constituinte: XANTONAS, FLAVONOIDES. Hiperforina/Adhiperforina; -> Impede a recaptação de mediadores químicos (monoaminas) na fenda sináptica. Mas não age no transportador, mas sim na elevação na concentração intracelular de Na+ Hipericina: bloqueio da degradação das monoaminas pela MAO-A sem afeta a ação da MAO-B AMENTOFLAVONA: age no receptor GABA-A promovendo uma atividade ansiolítica. XANTONAS E HIPERCINA: inibem a MAO MODULAÇÃO DOS RECEPTORES DA SEROTONINA POR FLAVONOIDES FLAVONOIDES São polifenóis amplamente distribuídos nos vegetais, possuem mais de 7000 estruturas diferentes descritas 2 fenilbenzopiranoHeterosídeos são compostos que após hidrólise originam: açúcares ou derivados: glicona, ou constituintes de outra natureza: aglicona ou genina. Em relação ao tipo, podem ser C-, O-HETEROSÍDEOS. Depende qual grupamento químico da aglicona que se liga a ose( açúcar): OH- ou -CH- Os flavonoides, podem ser então C- ou O-heterosídeos. São utilizados como marcadores taxonômicos devido a abundância, especificade, fácil identificação, relativa estabilidade e acúmulo com menor influência do meio. TRICINA – Triticum sp. ROBINETINA – Robinia sp. QUERCETINA – Quecus sp. Diferentes partes das plantas possuem diferentes tipos de flavonoides. - > A função dos flavonoides nas plantas é a coloração de frutos e flores (atração para polinizadores), proteção frente a raios UV, proteção contra insetados, fungos, vírus e bactérias, inibidores de enzimas (encontrados em todas as plantas? Essas funções ou flavonoides inibidores de enzimas). BIOSSÍNTESE DOS METABÓLITOS VEGETAIS Metabólito primário: em processos geradores de energia (essencial para plantas) Metabolismo secundário: individualidade e plasticidade genética; não produz metabólitos para todas as plantas, mais para cada espécie Metabólitos secundários: via do acetato malonato, ácido mevalônico ( geram terpenoides); via MEP (esteroidais); ácido chiquimicos (terpenos). -> essas rotas são do metabolismo secundário. METABOLISMO SECUNDÁRIO geram: substâncias fenólicas, nitrogenadas e terpenos. Flavonoides são substâncias fenólicas. Vem da rota do ácido chiquimico. FLAVONOIDES pertencem a uma via mista: flavonoides e taninos condensados. Seu precursor é p-cumaroil-CoA. O anel A o C6 e C3 do anel C é proveniente da via do ácido chiquimico, C6 no anel B é proveniente da via do Malonato. A chalcona é a única classe de flavonoides que não possui o anel C (é a primeira subclasse). chalconaxantumol Chalcona, não apresenta anel C. Funções: atração de insetos/pássaros na polinização; edulcorantes; proteção do calor e luz. Isomerização a flavanona é fácil -> a partir de isolamento ou após uma hidrólise alcalina. É distribuída em Fabaceae, Moraceae, Zingiberaceae, Cannabaceae. O xantumol é um derivado natural com propriedades biológicas que vem do Humulus lupulus. É uma chalcona prenilada. FLAVANONA, possui um anel C saturado. São encontradas em Rutaceae (laranja e limão) Responsável pelo gosto amargo do suco e casca de citrus. Hesperidina Naringenina As flavanonas são utilizadas em insuficiências venosa crônica. A flavanona possui ação anti-inflamatória (inibe a síntese de PGE2); ação sobre a permeabilidade vascular (inibe hialuronidase); ação antiagregante plaquetária (inibe a formação de TXA2). Age sobre a permeabilidade capilar (flebotônico). Flavonas 7 2 3 A flavona possui uma ligação dupla entre C2 e C3. A flavona consiste em uma cromona, que tem um substituinte fenila na posição 2 e hidroxilas nas posições 5 e 7. Maioria das flavonas são 7-O-glicosídeos. Luteolina Apigenina A apigenina é um heterosídeo, formando O-glicosídeos ou C-glicosídeos. É um eliminador de radicais livres e regulados da defesa antioxidante nas células pancreáticas. FLAVONOL = 3-hidroxiflavona São caracterizados por várias substituições específicas no anel A e B. A posição 5 e 7 no anel A são substituídas por grupos hidroxila. 7 5 Funções: filtrar comprimentos de onda solares nocivos (UV) para proteger DNA. Estão presente nas células epidérmicas dos tecidos vegetais. Tem atividade antioxidante, cardioprotetora, antibacteriana, antiviral. São abundante em brócolis, cebola, aspargo e maçã. Rutina Quercetina A quercetina inibe hepatocarcinogenese mediada por ROS, regulando positivamente os sistemas de defesa antioxidante enzimático e não enzimático. Possui atividade sobre a permeabilidade capilar (flebotônico): ação protetora capilar e venotônica. Ação inibitória sobre hialuronidase: diminui permeabilidade e aumenta a resistência vascular. Utilizado como tratamento das varizes, hemorróidas, hemorrogias. Flavonas e flavonóis com C-heterosídeos: Não sofrem hidrólise ácida.Isovitexina Açúcar + aglicona (anel A: C6 e/ ou C8) FLAVANOL São oligômeros e polímeros de proantocianidinas. Abundantes em frutas, como maçãs, cerejas, ameixas, damascos (especialmente em cascas de frutas). Flavanóis induzem a liberação de NO em sangue. O consumo a longo prazom facilita melhora permanente da função endotelial e previne doenças cardiovasculares. 3 ANTOCIANOS (pigmentos azuis) É um dos mais importantes grupos de pigmentos de plantas solúveis em água. 5’ 3 5 3’ Estrutura do cátion flavilium Antocianosídeos (subst. Em C3 e C5). Aditivos eficazes e seguros na indústria alimentícia. Possui diferentes colorações em função do pH. ANTOCIANIDINAS Abundantes em frutas e vegetais (mirtilos, tomate, batata-doce e berinjela). Atuam como antioxidantes exógenos ou intrínsecos. Capacidade antioxidante depende da orientação do anel, do número de hidroxilas livres ao redor do anel pirona. A acilação da antocianidina melhora a atividade antioxidante, enquanto a glicosilação tem menor atividade. A estrutura do anel B glicosilado promove forte atividade antioxidante através da orto-hidroxilação e metoxilação. As antocianidinas tem maior atividade antioxidante que antocianinas. ISOFLAVONOIDES Atividade estrogênca (isoflavonas e cumestanos) Isoflavona Atividade antimicrobiana (fitoalexinas) Ação inseticidade (rotenóides) Reduzido nº de heterosídeos. Isoflavonas são comuns em leguminosas; As isoflavonas da soja incluem 12 isômeros, como genisteína e daidzeína; Pequenas quantidades de isoflavonas são encontradas em muitas frutas, vegetais, nozes e cereais. As isoflavonas tem propriedade antioxidantes potentes e, portanto, podem reduzir o risco de câncer a longo prazo, evitando danos causados pelos radicais livres ao DNA. Daidzeína Genisteína As isoflavonas são estrogênio like, isômeros das moléculas de estradiol e genistein. São EQUOL = possuem a mesma atividade hormonal estrogênio-like (metabólitos secundários). Elas tem a capacidade de se ligar aos receptores de estrogênio com maior afinidade para os VER, sendo por vezes designado como agonista do REB. Isoflavonas = fitoestrógenos A substância ativa está na soja, sofre metabolismo, gerando o primeiro metabólito perdendo o grupamento açúcar e sofrendo o metabolismo de segunda passagem, gerando o estrogênio like (EQUOL). A produção do EQUOL depende do tipo de flora intestinal do indivíduo. AURONAS: cor de ouro e semelhança com flavonas. Responsável pelas cores dos vegetais – envolvida na polinização Di-hidroflavonóides : sem dupla ligação entre C2 e C3. DI-HIDROFLAVONASFLAVANONÓIS FLAVANAS, LEUCOANTOCIANIDINAS, PROANTOCIANIDINAS Possuem estruturas oligomerizadas, parte de uma classe dos taninos, originam antocianidinas. Sem dupla ligação entre C2 e C3. Flavonoides reduzem o dano causado por espécies reativas de oxigênio; pois ativam enzimas antioxidantes, inibem oxidades, reduzem radical alfa-tocoferil; aumentam o nível de ácido úrico; favorecem atividade antioxidante de baixo peso molecular. · Chalconas, flavanonas, flavanóis, flavonas, flavonóis e isoflavonas. Diminuem a incidência de câncer, devido a atividade antioxidante e inibindo a proliferação celular (luteolina, fisetina, apigenina). Mas em doses elevadas induzem dano ao DNA. · São anti-inflamatórias inibindo a lipooxigenase e COX-1 e COX-2. AS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: Agliconas: solúveis em solventes apolares Heterosídeos: solúveis em água e álcoois Solubilidade e precipitação em presença de metais são influenciados pelas hidroxilas, pelos açúcares e grau de insaturação. Isto não é uma característica dos flavonoides,mas sim dos POLIFENOIS. EXTRAÇÃO: com solventes de polaridade crescente (solventes apolares -> retirar o que não quer, polaridade média -> retirar heterosídeo, e solventes polares). Extrato etanólico re-suspenso em água e extraído em funil de separação com solvente: Caracterização: Ensaios cromáticos: reações que geram coloração, é um ensaio preliminar para verificar a presença de quais substâncias no vegetal. Cores variam conforme o núcleo, o número e a disposição das hidroxilas. Reação de SHINODA: reação no anel C. Utiliza uma solução alcoólica ácida HCl + Mg Derivados flavônicos de cor amarela -> avermelhado Antocianidinas -> azul Reação negativa para chalconas e isoflavonas Reação citro-bórica ou reativo de Wilson É utilizado uma solução oxalobórica, onde os flavonoides se complexam com o BORO. As flavonas, flanóis e chalconas -> reagem, em tons amarelados, vermelho alaranjado. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO Métodos: CLAE, CG (restrita a agliconas termoestáveis e voláteis; derivatização (mudar molécula). DOSEAMENTO: é complexo, os flavonoides tem heterosídeos complexos e difícil isolamento. CLAE, Reação de PP? Identificação: Espectroscopia no UV DROGAS VEGETAIS: Citrus (diosmina e hisperidina) estão no mesocarpo. Familia: Rutaceae. Possuem óleos essenciais (puros ou em associações diversas com ácido ascórbico). Indicado para insuficiência venosa crônica. Gingko – Família: Ginkgoaceae, parte utilizada: folhas. Constituidas por flavonoides (captação de radicais livres) e diterpenos: inibe fator de ativação plaquetária. Extrato padronizado terá 24% de flavonoides e diterpenos 6%, um será mais caro que o outro, o que pode utilizar 24% sera mais caro. Cardo-mariano. Silybum marianum. Asteraceae. Parte utilizada: frutos (sementes), erva. Constituída de flavonóides (frutos e folhas). Flavolignanos (silimarinas (1,5 – 3% nos frutos). É utilizado para doenças hepáticas, é hepatoprotetor impede a entrada de substâncias tóxicas. Maracujá: Passiflora alata. Família: Passifloraceae, partes utilizadas: folhas e partes aéreas, folhas secas: sedativo. Constituída por flavonoides: d-C-heterosídeos e flavonas; ácidos fenólicos, cumarinas. Marcela: Achyrocline satureioides. Asteraceae. Parte utilizada: inflorescências, diversas atividades: antibacteriana, antiespasmódica, analgésica, sedativa. É constituída por flavonoides, óleo essencial, compostos fenólicos. Açaí: Euterpe oleracea Martius. Arecaceae. Parte utilizada: fruto (polpa). Constituído por flavonoides: antocianinas TANINOS Palavra derivado termo tanante –> que são substâncias usadas na última fase do processo de curtimento do couro, transformar a pela animal me couro. Formação de ligações entre as fibras de colágeno conferindo resistência a água, ao calor e abrasão. Taninos são substâncias fenólicas, com um anel benzeno ligados a hidroxila. Tem alto peso molecular (polímeros), solúveis em água (por causa das hidroxilas), possuem a habilidade de formar complexos insolúveis em água com proteínas... A complexação ocorre ( por causa das hidroxilas também) -> e a essa complexação com proteína que gera o curtimento do couro (complexação com colágeno). Com a pele viva os taninos são cicatrizantes e adstringente (flavoantológicas). Flavan-3-ol, flavan3-4-diol são estruturas básicas dos taninos -> várias moléculas de flavonoides geram os taninos. Os taninos condensados vem da chalcona, enquanto o tanino hidrolisável vem do ácido 3 dihidrochiquímico. Os taninos hidrolisáveis são compostos por ácidos gálicos ou elágicos com um núcleo de açúcar, principalmente glicose. Ácido elágico = 2 ácido gálicos. Sofrem hidrólise em meio ácido ou básico originado o poliol precursor e seu monômero. Galotaninos: resultam da união entre unidades de ácido gálico via ligações meta-depsídicas (ligações éster entre anéis aromáticos). TANINOS CONDENSADOS: oligômeros e polímeros formados pela policondensação de 2 ou mais unidades de R= flavan-3-ol e flavan-3,4-diol. Proantocianidina tipo A -> possui um C-O na posição Proantocianidina tipo B ligação C-C (uma possui ligação 4->6 e a outra possui ligação 4->8). Ocorre a degradação das proantocianidina com óleo mineral, elas formam as antocianidinas. A reação em meio alcoólico, ácido e à quente. OCORRÊNCIA: Os taninos hidrolisáveis estão quase restritos às Choripetalae, dicotiledôneas herbáceas e lenhosas. Taninos condensados; ocorre em gimnospermas e angiospermas, especialmente em plantas lenhosas. São encontrados principalmente nos vacúolos (mecanismo de defesa) frente a lesão e morte do vegetal. Teor e tipo de tanino varia entre vegetais e órgãos. Os taninos geram complexos reversíveis com as proteínas, pontes de H quando um OH fenólica dos taninos e amida de proteínas. Interações hidrofóbicas: entre núcleos aromáticos dos taninos e cadeias laterais do aminoácidos. Complexos irreversíveis: ligações covalentes. O tipo de ligação depende da polaridade do tanino; menos polar = forças hidrofóbicas. Mais polar = pontes de H. A complexação depende da proporção tanino-proteína, força iônica e pH do meio. Peso molecular; quanto maior o peso molecular; não se intercala na ptn????? Menor peso molecular: não forma ligações suficientes. Fatores relativos a proteína: conformação e tamanho do polímero. ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS E BIOLÓGICAS: propriedades quelantes, atividade antioxidante e complexação com proteínas e enzimas de forma específica. · Antídotos para desintoxicação · Atividade bacteriana, tanino inibe glicosiltransferase, complexando e evitando a criação de cárie. · Cicatrizantes, hemostáticos, protetores e reepitelizantes: complexo tanino-ptn -> camada protetora sobre a pele ou mucosa danificada -> favorece a regeneração do tecido. · Ação antioxidante (sequestra radicais livres) · Anti-inflamatória (inibe COX1e COX2) Taninos nas plantas atuam como papel de defesa frente a predadores. Curtimento do couro. Métodos de isolamento e purificação: método ideal de secagem: liofilização Secagem ao sol e estufa: diminui o teor. Secagem a sombra: altera teor. Mistura de solventes para extração: metanol-água (estabilidade) finalidade qualitativa Acetona-água: finalidade quantitativa (bloqueia a associação com ptn) diminui ação das enzimas que podem fazer cortes nas moléculas. Água: aumenta o rendimento da extração de compostos fenólicos Após isolamento e purificação: hidrolisáveis: temperatura ambiente. CONDENSADOS: temperaturas baixas e sem luz. Análise: testes de colorimetria com cloreto férrico para identificar o tipo de tanino. HIDROLISÁVEIS: azul CONDENSADOS: cor verde Mistura de TANINOS: não vê coloração verde. DROGAS CLÁSSICAS: Hamamélis. Cascas e folhas. Atividade anti-inflamatória. Ratânia (Krameria triandar Ruiz et Pac). Raízes. Cascas possuem 10% de taninos (maioria condensados). Possui propriedades adstringentes (tintuas,colutórios), atividade antimicrobiana. Tormentila (Potentilla erecta). Rizomas e tubérculos. Tem 15 a 22% de taninos condensados (proantocianidinas) e hidrolisáveis (elagitaninos). Adstringente (quelação com proteínas). Antioxidante. INIBE A COX Cratego (Crataegus monogyna Jaquin emend). Flores e folhas. Composição: aminas, flavonódes, taninos (proantocianinas). Efeito depressor, atividade cardiovascular aumenta a força de contração e o fluxo coronariano. Barbatimão (Stryphnodendo adstringens). Cascas. 20% de taninos totais (condensados). Utilizado em leucorreias, diarréias, antibacteriano. POMADA (cicatrização de feridas) Pitangueira (Eugenia). Folhas. Antidiarréica, diurética. Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia). Folhas. Gastrite, é um andispéptico inibe a secreção de HCl, antagonista H2. Inibe Helicobacter pylori. Na amamentação reduz a produção de leite
Compartilhar