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Cirurgia avançada e implantodontia R O T E I R O D E E S T U D O Q U E S T Õ E S E R E S P O S T A S D A U N I D A D E 0 1 , 0 2 E 0 3 . Unidade 01 Princípios da exodontia complexa Dentes inclusos e impactados Tipos de retalho Incisão Osteotomia e odontossecção 1. 2. 3. 4. 5. Conteúdos: 01. Qual a diferença entre um dente incluso e um dente impactado? Resposta: O dente impactado é aquele que não erupcionou totalmente para a cavidade bucal dentro do prazo de seu desenvolvimento, e não se pode esperar, por mais tempo, que o faça, pode ser que tenha alguma estrutura biológica impedindo ou outros fatores. Já o dente incluso ele não erupcionou ainda porque o seu tempo de erupção natural ainda não chegou. Exemplos: Um paciente de 26 anos com qualquer um dos dentes, inclusive terceiros molares retidos, esse se encontra impactado. Pois o tempo de erupção já passou. Porém, uma criança de 12 anos com terceiro molar não erupcionado, ainda não se pode dizer que está impactado, pois ainda está dentro do tempo esperado. Paciente de 27 aos e dente 38 retido = impactado. Paciente de 14 aos e dente 46 e 48 retidos = 46 (incluso) e 48 (impactado) 02. O termo retalho indica uma divisão dos tecidos moles demarcada por uma incisão cirúrgica que possui seu próprio suprimento sanguíneo, permite acesso cirúrgico aos tecidos subjacentes, pode ser recolocado na posição original e, ainda, pode ser mantido com suturas. O retalho é muito utilizado em exodontias mais complexas. Em relação aos princípios para confecção de um retalho, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( V ) Para que um retalho em envelope tenha um tamanho adequado, seu comprimento na direção ântero‐posterior, geralmente, estende‐se de dois dentes anteriores a um dente posterior à área da cirurgia. ( V ) Se for feita uma incisão relaxante em um retalho, esta deverá estender‐se desde um dente anterior até um posterior à área de cirurgia. ( F ) Se uma condição patológica destruir a cortical vestibular, a incisão deve ser feita a, pelo menos, 3 a 4 mm de distância dessa perda de tecido ósseo para se evitar deiscência. ( F ) A incisão relaxante vertical, quando necessária nos retalhos da maxila por vestibular, deve ser feita na extremidade posterior do retalho em envelope e deve ser uma incisão vertical reta. 03. O desenho do retalho cirúrgico é de grande importância para o acesso cirúrgico ou mover tecidos de um sítio a outro. Com ele vêm também princípios básicos para evitar complicações. Para evitar a necrose do retalho é necessário que o ápice de um retalho seja menor que sua base, e seus lados paralelos ou convergentes da base para o ápice; sua extensão não deve ser mais que duas vezes a largura da base; possuir um suprimento sanguíneo axial na sua base; e, a base não deve ser torcida ou distendida. Com a finalidade de prevenir a deiscência do retalho, suas bordas devem ser reaproximadas sobre o osso sadio, não submetendo o retalho a tensão. (Hupp). Nomeie os tipos de retalhos: Mucoperiosteal do tipo envelope. Mucoperiosteal do tipo envelope. Mucoperiosteal do tipo envelope. Mucoperiosteal do tipo envelope. Semilunar Semilunar Parcial Parcial Mucoperiosteal do tipo quadrangular ou trapezoidal 04. Retalhos cirúrgicos são feitos para conseguir acesso cirúrgico a uma área ou para mover o tecido de um local para outro. Vários princípios básicos de projeto de retalho devem ser seguidos para prevenir as complicações da cirurgia de retalho: necrose, deiscência e dilaceração. Explique se está correta ou errada a maneira da relaxante e o porque. MODELO 1 MODELO 2 RESPOSTA: MODELO 1: Correto. Quando uma incisão relaxante é usada para rebater um retalho de duas faces, a incisão deve ser projetada para maximizar o suprimento de sangue do retalho ao deixar uma base grande. MODELO 2: Incorreto, dessa forma o fluxo de suprimento pode ser interrompido e pode causar necrose. 05. Discorra de forma clara e objetiva a respeito do conceito representado pelo quadro abaixo. RESPOSTA: De acordo com o fluxograma acima, conclui-se que o correto plano de tratamento só será realizado a partir de um diagnóstico correto. Para se obter o correto diagnóstico é necessário a realização de uma criteriosa anamnese, exame clínico e exames complementares. Cada passo deverá ser realizado com extrema atenção e cuidado para que o plano de tratamento possa guiar as próximas etapas de forma coerente. O plano de tratamento nunca deverá ser realizado antes do diagnóstico. O sucesso do tratamento dependerá da sucessão dos passos anteriores bem sucedidos. 05. Quais os fatores etiológicos da impacção de dentes permanentes mais frequentes? RESPOSTA: Os mais comuns são os fatores locais: Retenção prolongada de decíduos, Mau posicionamento dos germes, Extensão insuficiente das arcadas, Trajetória anormal de erupção, Dente supranumerário, Tumores odontogênicos, Fissura labiopalatina. Fatores sistêmicos também podem causar a impacção: Displasia cleidocraniana hereditária, Hipotireoidismo, Hipopituitarismo, Doenças febris, Síndrome de Down, Irradiação. 05. Quais são as indicações e contraindicações de exodontias de terceiros molares? RESPOSTA: Indicações: Periodontite; Prevenção de cistos e tumores odontogênicos; Reabsorção radicular dos dentes adjacentes; Dentes sob prótese total; Pericoronarite; Cáries; Considerações oclusais e ortodônticas. Contraindicações: Extremos de idade; Condição médica comprometida; Danos cirúrgicos de estruturas adjacente. 06. Durante a exodontia de um dente terceiro molar inferior incluso e impactado, todas as manobras cirúrgicas fundamentais, princípios fundamentais de cirurgia, táticas e técnicas cirúrgicas devem ser aplicadas para máxima eficiência e eficácia, com menor risco de acidentes e complicações, determinando o sucesso do ato operatório. Deste modo, uma cirurgia livre problemas e mínima morbidade depende do conhecimento cognitivo e das habilidades e experiencias do cirurgião. Com relação aos conhecimentos básicos para este tipo de procedimento, assinale a alternativa incorreta. A) Retalho mucoperiosteal com base maior que sua porção terminal, determinado por incisão única intrassulcular associada a incisão no trígono retromolar e divulsão iniciada pela papila gengival B)Sutura iniciada da parte móvel para a parte fixa dos tecidos, com a agulha penetrando em ângulo reto os tecidos e nós firmes para evitar mobilidade do retalho mucoperiosteal de espessura total. C)Suturas interrompidas, com nós sobre o traçado incisional, iniciando pelo ângulo do retalho, ponto de reparo para garantir reposição ideal dos tecidos divulsionados. D)Osteotomia pericoronal, evitando-se a face lingual, com criação de ponto de apoio mesial e canaleta distal que possibilite luxação posterior do dente, por meio do elevado apical reto. RESPOSTA: LETRA C INCORRETA, OS NÓS NÃO DEVEM SER FEITOS SOBRE O TRAÇADO INCISIONAL. Remoção de dentes impactados pode ser relativamente fácil ou extremamente difícil, mesmo para cirurgiões-dentistas experientes. Com classificação cuidadosa dos dentes impactados usando uma variedade de sistemas, o cirurgião pode fazer a cirurgia proposta de forma metódica e prever se alguma abordagem cirúrgica extraordinária será necessária ou se o paciente irá encontrar algum problema pós-operatório. A profundidade do dente impactado comparado com a altura do segundo molar adjacente é importante para determinar a dificuldade de remoção da impactação, podendo ser classificada segundo o sistema de classificação chamado de Classificação Pell e Gregory. Assinale a alternativa correta acerca da Classificação Pell e Gregory. A) Impactação classe D de Pell e Gregory – O plano oclusal do dente impactado está no mesmo nível que o plano oclusal do segundo molar. B) Impactação classe A e Pell e Gregory – O plano oclusal do dente impactado está entre o plano oclusal e a linha cervical do segundo molar. C) Impactação classe C de Pell e Gregory – O dente impactado está abaixo da linha cervicaldo segundo molar. D) Impactação classe B de Pell e Gregory – O plano oclusal do dente impactado está no mesmo nível que o plano oclusal do segundo molar. E) Impactação classe C e Pell e Gregory – O plano oclusal do dente impactado está entre o plano oclusal e a linha cervical do segundo molar. RESPOSTA: LETRA C Unidade 02 Conteúdos: CIRURGIAS ORAIS EM TECIDOS MOLES Noções de Cirurgias Paraendodônticas Reimplantes dentais TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS 1. 2. 3. 4. Cirurgia endodôntica é o tratamento ou a prevenção da patologia perirradicular por meio de abordagem cirúrgica. Em relação às cirurgias parendodônticas, analise as afirmativas. I. A cirurgia para corrigir uma falha do tratamento endodôntico, cuja causa não pode ser identificada é frequentemente mal sucedida. II. Não há vantagens clínicas na administração pré‐operatória profilática de antibióticos nas cirurgias periapicais. III. Ao realizar a curetagem da região do periápice não é necessária a remoção de toda a área do tecido de granulação periapical ou cisto se presente, porque o tratamento da lesão apical e o selamento do canal com a obturação retrógrada causam a cicatrização da lesão apical. IV. A incisão semilunar, quando realizada em mucosa não aderida ou alveolar, é a mais indicada para a maioria das cirurgias endodônticas. Estão corretas apenas as afirmativas segundo James R. Hupp e colaboradores Alternativas: A) I e IV. B) I e III. C) II e IV. D) II e III. RESPOSTA: Os melhores sítios doadores são a tuberosidade maxilar, regiões edêntulas e porção interna dos retalhos palatinos que compreendem tecidos da Mucosa mastigatória que é ideal por ser mais espessa. 7. Explique o procedimento ilustrado, conceituando-o, explicando-o e citando suas indicações e seus propósitos. Os carcinomas de células escamosas pequenos que estão em localizações acessíveis (p. ex., lábio inferior) e sem associação a linfonodos palpáveis podem ser excisados. O procedimento da imagem é a excisão local de provavelmente uma neoplasia maligna (carcinoma de lábio. As neoplasias malignas da cavidade oral que apresentam suspeita ou confirmação de envolvimento dos linfonodos são candidatas à ressecção composta, na qual a lesão, os tecidos circunjacentes e os linfonodos cervicais são totalmente removidos. Esse procedimento pode resultar em grandes defeitos nos ossos gnáticos e em extensa perda de tecido mole, o que pode tornar a reabilitação estética e funcional um processo longo e complicado. Importante: Deve ser planejado todo o tratamento e cirurgia de modo que o paciente seja reabilitado não somente quanto a remoção do câncer, mas também estetica e funcionalmente. Excisão local de carcinoma de lábio. A a E, Excisão em forma de “V” de espessura total do lábio. Excisão local do carcinoma de lábio. F, Carcinoma no lábio inferior. G, Delineamento das incisões cirúrgicas. H, Lábio após a excisão do espécime. I, Fechamento. J, Espécime. K, Aspecto após a cicatrização Mesmo que se tenha passado período de 60 min, a melhor conduta ainda é a tentativa de reimplante. Protocolo de reimplante seguindo as normas da IADT: Tempo extra alveolar maior que 60 minutos 1. Remova os detritos soltos e qualquer contaminação visível agitando o dente na solução de armazenamento ou com uma gaze embebida em soro fisiológico. Deixe o dente na solução de armazenamento enquanto faz a anamnese, examina clínica e radiograficamente o paciente, e prepara o paciente para o reimplante. 2. Efetue a anestesia local, preferivelmente sem vasoconstritor. 3. Lave o alvéolo com solução salina. 4. Examine o alvéolo. Remova o coágulo se necessário. Se houver fratura de parede alveolar, reposicione-a com um instrumento adequado. 5. Reimplante o dente lentamente com uma ligeira pressão digital. Não use força. 6. Verifique a posição do dente reimplantado clínica e radiograficamente. 7. Estabilize o dente por 2 semanas40 com contenção flexível, como por exemplo, utilizando um fio de aço de diâmetro até 0.016” ou 0.4mm32 unindo o dente reimplantado aos dentes adjacentes. Mantenha a resina composta e demais componentes da contenção afastados dos tecidos gengivais e áreas proximais. Como opção, uma linha de pesca de nylon (0.13 – 0.25mm) pode ser utilizada. Em caso de fratura alveolar ou óssea associada, uma contenção mais rígida é indicada e deve ser mantida por cerca de 4 semanas. 8. Suture as lacerações gengivais, sempre que presentes. 9. O tratamento endodôntico deve ser realizado dentro de duas semanas 10. Administre antibiótico sistêmico. 11. Verifique a proteção do paciente contra o tétano. 12. Forneça as instruções aos pacientes. 13. Realize o acompanhamento. Reimplantar um dente permanente é quase sempre a melhor decisão, mesmo quando o tempo extra alveolar for maior do que 60 minutos. O reimplante vai permitir mais opções de tratamentos futuros. O dente pode a qualquer momento ser extraído, se necessário, no momento apropriado e após avaliação interdisciplinar. 09. Quais são as contraindicações de reimplantes? RESPOSTA: presença de lesões de cárie severas ou de doença periodontal, em pacientes não colaboradores ou que apresentem um comprometimento cognitivo que exija sedação para realizar o procedimento, ou em portadores de condições sistêmicas graves como imunossupressão e patologias cardíacas severas), nos quais o quadro deve ser avaliado individualmente. CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA: dentes decíduos. Unidade 03 Conteúdos: Implantodontia 01. No corpo do implante tem a cabeça plataforma e existem três tipos, quais são eles? RESPOSTA: CONE MORSE (conexão interno), HEXAGONO EXTERNO (+ usado) e HEXAGONO INTERNO, as roscas e o final do ápice. 02. A cicatrização de feridas ao longo dessas fases é o resultado de uma ação coordenada de diferentes tipos de células que se comunicam entre si por sua interação usando moléculas sinalizadoras como citocinas, proteínas da matriz extracelular e pequenas moléculas. Uma sequência regular de tipos de células controladas por concentrações adequadas de moléculas sinalizadoras resulta em cicatrização ininterrupta. Quais são as quatro fases de cicatrização de uma ferida de tecidos mole em ordem cronológica? Resposta: Hemostasia, fase inflamatória, fase proliferativa e fase de remodelação. 03. Durante a década de 1950, alguns autores propuseram alguns tipos arcaicos de implantes que não foram bem sucedidos. Cite 3 exemplos e explique o porque não deram certo. Resposta: Exemplos de implantes que não tiveram êxito: agulhados, de placa e grade e os implantes batidos. A infecção surgia rapidamente, não produziam osseointegração, apresentavam problemas de retenção e muitas vezes causam grandes áreas de necrose óssea. 04. Cite 3 tipos de tratamentos de superfície e explique para que eles servem. Resposta: Implantes com superfície rugosa apresentam melhor osseointegração. A rugosidade resulta em um melhor intertravamento entre o implante e o crescimento ósseo, aumentando a superfície desenvolvida na escala micrométrica. Exemplos de tratamentos de superfície: Pulverização de plasma de titânio, jateamento de partículas e ataque ácido, Anodização da superfície do implante.