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GESSOS E MATERIAIS DE MOLDAGEM

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GESSOS E MATERIAIS DE MOLDAGEM - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
MATERIAIS DENTÁRIOS 2 -
MATERIAIS ESPECÍFICOS
PARA CONFECÇÃO DE
PRÓTESES DENTÁRIAS
O QUE É PRÓTESE?
Restauração indireta feita sob modelos,
confeccionada fora da cavidade bucal, e
levada pronta a cavidade oral
- Réplicas da boca do paciente
- Substituto artificial de partes ou de
todo um órgão perdido ou não
formado com atributos específicos que
definam sua função
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FIXAÇÃO:
Prótese fixa: Não removida da cavidade
oral após instalada para higienização.
Pode ser cimentada sobre dentes naturais
e cimentada ou parafusada sobre
implantes.
Prótese removível: Pode ser removida da
cavidade bucal para higienização.
- PPR: Irá reabilitar parcialmente áreas
que tenham perda dentária
- Total: Planejadas e confeccionadas
em pacientes desdentados totais.
PRÓTESES FEITAS SOB
MODELOS FÍSICOS
(MOLDAGEM) OU VIRTUAIS
MOLDAGEM: Conjunto de atos clínicos
que visam obter a cópia ou impressão
adequada e com máxima fidelidade.
1. Seleção correta da moldeira;
2. Seleção do material de moldagem e
proporção e manipulação desse
material;
3. Posicionamento correto do paciente
na cadeira.
MOLDE: Reprodução negativa da área,
registrada no material de moldagem
MODELO: Cópia ou reprodução positiva
da área moldada - Próteses são realizadas
sob modelos
Para o planejamento e confecção das
próteses dentárias há necessidade de
realizar moldagem e construção de
modelos.
GESSOS E MATERIAIS DE
MOLDAGEM
GESSO ODONTOLÓGICO:
- Construção de modelos das estruturas
orais e maxilo-faciais
- Procedimentos de laboratório que
envolvem a confecção de próteses
dentárias
- Vários tipos de gesso são usados
para produzir moldes e modelos a
partir dos quais próteses dentárias
(restaurações indiretas) são feitas.
Obtenção do gesso odontológico através
da GIPSITA, um mineral encontrado em
várias partes do mundo. O Estado de
Pernambuco é um dos maiores produtores
de gesso odontológico da América Latina.
O gesso odontológico também é obtido
como subproduto de alguns processos
químicos.
- Quimicamente este mineral é um
SULFATO DE CÁLCIO
DIHIDRATADO (CaSO4 + 2H2O)
- Processos de CALCINAÇÃO para
obtenção de gesso a partir da gipsita
- Trituração e aquecimento controlado
com o objetivo de desidratar
parcialmente a gipsita até esta se
tornar o SULFATO DE CÁLCIO
HEMIHIDRATADO;
- O hemihidrato pode apresentar
partículas maiores, menores, mais
uniforme, menos uniforme, mais
densa, menos densa
GESSOS E MATERIAIS DE MOLDAGEM - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
GESSO TIPO I
Não é mais utilizado. Encontrado apenas
na Itália. Compostos de gesso Paris, ao
qual foram adicionados modificadores
para regular o tempo e a expansão de
presa.
- Confecção de máscaras mortuárias.
GESSO TIPO II, COMUM OU
PARIS
Gipsita (dihidrato de sulfato de cálcio)
aquecida a 110-120 graus celsius em
caldeira aberta. No aquecimento perde
1,5g MOL dos 2g de H2O = Sulfato de
cálcio hemihidratado, gesso comum, tipo II
ou Paris
- Usado principalmente para base de
modelos, modelos de estudo
(primário) na prótese total, em
montagem dos modelos no articulador
e preencher a mufla na construção de
uma dentadura.
- Quando a expansão de presa não é
crítica e a resistência é adequada
- Partículas bem porosas e irregulares.
- Mais barato e menor resistência
mecânica entre os gessos disponíveis,
alta expansão de presa - deve ser na
cor branca
GESSO TIPO III OU PEDRA
Gipsita (dihidrato de sulfato de cálcio)
aquecida a 125 graus celsius em vapor de
água sob pressão = Sulfato de cálcio
hemihidratado (hidrocal), gesso tipo III ou
gesso pedra de resistência moderada
- Construção de modelos de trabalho
(secundário) na confecção de
próteses totais, modelos antagonistas,
modelos para ortodontia, pois
apresentam uma resistência
adequada para este propósito
GESSO PEDRA DE ALTA
RESISTÊNCIA
Gipsita (dihidrato de sulfato de cálcio)
aquecida a 100 graus celsius + cloreto de
cálcio a 30% = Sulfato de cálcio
hemihidratado (densite) ou gesso pedra de
alta resistência
- Maior resistência mecânica e lisura
superficial
- GESSO PEDRA DE ALTA
RESISTÊNCIA E BAIXA
EXPANSÃO (TIPO IV):
Resistência, dureza e um mínimo de
expansão de presa. Indicado para a
construção de modelos cujas
restaurações indiretas (próteses)
serão feitas em ligas metálicas nobres
(de ouro).
- GESSO PEDRA DE ALTA
RESISTÊNCIA E ALTA
EXPANSÃO (TIPO V): Resistência
à compressão superior à do gesso
tipo IV, menor relação água:pó. Alta
expansão de presa, ideal para ligas
metálicas não específicas ou
alternativas (de alta fusão e que tem
grande contração de solidificação).
Dependendo do processo de obtenção do
hemihidrato o gesso pode apresentar
partículas maiores, menores, mais
uniforme, menos uniforme, mais densa e
menos densa.
ÁGUA NECESSÁRIA PARA
MANIPULAÇÃO - 100g DE PÓ:
Tipo II ( Paris ou comum) = 40 a 50 mL
Tipo III (Pedra) = 28 a 35 mL
Tipo IV e V (Pedra de alta resistência) =
19 a 24 mL
MANIPULAÇÃO
- Manual
- A vácuo - sem bolhas
GESSOS E MATERIAIS DE MOLDAGEM - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Primeiro o líquido e depois o pó
- Manipulação vigorosa com espátula
metálica
- Hemihidrato + água - A água hidrata o
pó e dissolve o hemihidrato formando
uma solução saturada de dihidrato,
que fica supersaturada (dentro do
molde) formando novos cristais de
dihidrato, que precipitam
continuamente até o final do ciclo
A água na reação tem como finalidade
umedecer e hidratar as partículas de pó e
produzir uma mistura com viscosidade
adequada. É iimportante na determinação
das propriedades físicas e químicas do
produto final da gipsita, agindo sobre o
tempo de presa da reação.
Mais água na mistura:
- Menos núcleos de cristais (menor
imbricamento mecânico) por unidade
de volume
- Maior tempo de presa da reação
(menor velocidade de presa)
- Maior porosidade do produto final
- Baixa resistência mecânica
Reação de presa (Cristalização)
- Hidratação do hemihidrato = dihidrato
- Cristalização do gesso
- Reação exotérmica (libera calor)
Alteração na velocidade de presa por
temperatura da água
- Retardo da cristalização: Refrigerar
água (igual ou menor a 20°)
- Aceleração da cristalização:
Aquecimento da água
Alteração na velocidade de presa por
produtos químicos
- Adição de retardadores: Citrato de
sódio, bórax ou temperatura da água
(= ou < 20°C)
- Adição de aceleradores: Sulfato de
potássio, citrato de sódio, terra alba
(sulfato de cálcio dihidratado - água
gessada ou raspas de gesso) e
temperatura da água (= ou > 40°C)
Armazenamento do material: Deve ser
feito com muita atenção pois a
temperatura e a umidade são os dois
principais fatores que afetam a vida útil
dos gessos odontológicos.

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