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Conceitos básicos em imunização

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Con����os bási��� em Imu����ção
INTRODUÇÃO
As primeiras barreiras contra as infecções
são constituídas por barreiras
físico-químicas-enzimáticas, mecanismos
anatômicos e fisiológicos.
Alterações metabólicas e nutricionais
podem contribuir/afetar a defesa contra
as infecções.
Atualmente, a imunidade pode ser tanto
adquirida quanto inata. Sendo a
imunidade inata, aquela que o indivíduo já
nasce, exercida por macrofagos,
polimorfonucleares, celular natural killer,
células dendríticas e interferons. Em
contrapartida, a imunidade adquirida é
resultante do contato do micro-organismo
com o sistema imune, que produz
anticorpos e células específicas para
combater o patógeno.
Fonte: Google fotos.
A imunidade inata direciona
precocemente a resposta adquirida para o
braço humoral ou celular, pela ação de
citocinas. Tendo assim uma estreita
relação entre as duas imunidades.
VACINAÇÃO
A vacinação constitui o procedimento que
mimetiza a imunidade resultante das
infecções. Esses produtos contêm
microrganismos atenuados, inativados ou
apenas pequenas partes deles.
A ideia é simular a infecção, mas com
produtos com mínima reatogenicidade
em relação à infecção natural.
A vacinação tem o objetivo de provocar a
imunização do indivíduo. Desta forma, o
conceito de vacinação é o ato de vacinar
e a imunização é a aquisição de proteção
imunológica contra uma doença,
geralmente infecciosa.As vacinas podem
ser vivas ou inativadas (não vivas). As
vacinas vivas são constituídas de
microrganismos atenuados, obtidos pela
seleção de cepas naturais (selvagens), e
atenuados por passagens em meios de
cultura especiais (por exemplo, vacinas
caxumba, febre amarela, poliomielite oral,
rotavírus, rubéola, sarampo e varicela).
Como provocam infecção similar à
natural, têm, em geral, grande capacidade
protetora, conferem imunidade em longo
prazo e são utilizadas em menor número
de doses que as vacinas inativadas. Isso
se deve à replicação dos vírus no
organismo receptor, ativando potentes
respostas imunes e celulares. Outro
conceito importante é a diferença entre as
vacinas combinadas e as conjugadas.
Vacinas combinadas são associações de
antígenos independentes em uma mesma
composição farmacológica.
As vantagens dessas combinações são
muitas: maior aceitação pelos
familiares, menor possibilidade de erro
humano (evitam falhas programáticas)
e redução de custos operacionais.
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Vacinas conjugadas são aquelas nas
quais antígenos polissacarídicos sofrem
mudança química pela associação com
proteínas, levando à mudança no tipo de
resposta imune ao antígeno,
originalmente timo-independente,
passando a resposta a timo- dependente.
Exemplos são as vacinas conjugadas
pneumocócicas, meningocócicas e
Haemophilus influenzae tipo b. Essa
mudança proporciona maior
imunogenicidade, havendo resposta de
memória com doses repetidas. Além da
proteção direta do vacinado, as vacinas
conjugadas apresentam importante
vantagem no controle das doenças por
levar à proteção de rebanho: ao
reduzirem o estado de portador sadio, por
meio da imunidade de mucosa, protegem
as pessoas não vacinadas à medida
que as vacinadas deixam de transmitir
a bactéria.
TIPOS DE IMUNIZAÇÃO
A imunização pode ser tanto passiva
quanto ativa. a imunização ativa ocorre
quando o próprio sistema imune do
indivíduo, ao entrar em contato com uma
substância estranha (antígeno), responde
produzindo anticorpos e células imunes (
linfócitos T) . Pode-se adquirir a
imunização ativa tanto por meio da
vacinação ou a se contrair uma doença
infecciosa. Esse tipo de imunização pode
perdurar por vários anos ou até mesmo
por toda vida. Por outro lado, a
imunização passiva pode ser adquirida de
forma natural ou artificial. A imunização
passiva natural é aquela conferida ao
recém-nascido por meio da passagem
transplacentária de anticorpos da classe
imunoglobulina G (IgG). artificial pode ser
heteróloga, conferida por transfusão de
anticorpos obtidos do plasma de animais
previamente vacinados, geralmente
equinos, ou homóloga, conferida por
transfusão de anticorpos obtidos do
plasma de seres humanos. Ao contrário
da imunização ativa, esse tipo de
imunização dura somente alguns dias.
A imunoglobulina humana (homóloga) é
extraída de voluntários, sendo muito menos
reatogênica que os soros (heteróloga).
Muitas vezes, a indicação de imunização
passiva decorre de falha no cumprimento
do calendário vacinal de rotina, como
após ferimentos (tétano) ou acidentes por
instrumentos perfurocortantes em
hospitais e clínicas (hepatite B). As
vacinas, em princípio, são muito
superiores às imunoglobulinas, mesmo as
específicas, como se pode verificar na
Tabela 1. Entretanto, a principal vantagem
das imunoglobulinas é a rapidez da
proteção por elas conferida.
Como regra geral, todas as vacinas
recomendadas rotineiramente podem ser
aplicadas no mesmo dia, com duas
exceções:
1. As vacinas virais vivas atenuadas
sarampo, caxumba e rubéola,
quando possível, não devem ser
aplicadas simultaneamente à
vacina febre amarela, na
primovacinação, em crianças
menores de dois anos de idade.
2. As vacinas pneumocócicas
conjugadas 10-valente (Pneumo
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10) ou a vacina conjugada
13-valente (Pneumo 13) e a
pneumocócica polissacarídica
23-valente (Pneumo 23) não
devem ser aplicadas
simultaneamente e devem ser
utilizadas com pelo menos oito
semanas de intervalo entre elas.