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CASO 14

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Processo n°-----
Humberto, já qualificado nos autos, por seu advogado que esta subscreve, nos autos da ação popular em epigrafe, que move em face do Ministro do Trabalho e Emprego, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, tempestivamente, inconformado com a respeitável acordão de fls. , do qual fora sucumbente, com fundamento no Art. 102, II, ou ART.
105, II, da CF/88, e nos Arts. 1.027 e seguintes do Código de Processo Civil, interpor o presente RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL, conforme razões anexas.
Outrossim, requer a intimação da parte contrária para, querendo, apresentar suas contrarrazões, no prazo de 15(quinze) dias.
Requer, ainda, após cumpridas as formalidades legais, seja ordenada a remessa dos autos para o STF ou STJ, para seu processamento e julgamento.
Por fim, requer a juntada das custas de preparo, devidamente quitadas, que a estas seguem anexas.
Nestes Termos Pede Deferimento
Local/data Advogado
OAB
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RECORRENTE: Humberto
RECORRIDO: Ministro de Estado do Trabalho e Emprego PROCESSO N° ------
Egrégio Tribunal Colenda Turma Nobres Julgadores
Não merece prosperar o venerando acordão que denegou a segurança na ação impetrada pelo recorrente, uma vez que a decisão viola princípios constitucionais e legislação infraconstitucional.
DA TEMPESTIVIDADE
Cumpre salientar que é tempestivo o presente recurso, vez que a publicação da decisão, ora recorrida, ocorreu em --- de --- de ---, conforme certidão de fl. , sendo, pois, apresentado o
presente recurso no prazo legalmente previsto, qual seja, 15 dias.
DO CABIMENTO DO RECURSO E DA COMPÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Tendo em vista trata-se de ato de Ministro de Estado, a impetração do mandado de segurança contra o ato de demissão do recorrente dirigiu-se ao colendo Superior Tribunal de Justiça, por força do ART. 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, sendo competente para julga-lo esse Pretório Excelso:
DOS FATOS
O recorrente, servidor público estável, foi demitido do cargo público de administrador, através da Portaria n. 123, de 09/03/2009, publicada no DOU de 01/03/2009, por ato do Ministro do Trabalho e Emprego, tendo como motivação o fato de que teria, de forma ilegal, favorecimento várias prefeituras, que, embora em desacordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, teriam voltado a situações de aparente legalidade para receberem verbas públicas.
Em razão disso, impetrou, no prazo legal, junto ao Supremo Tribunal de Justiça, mandado de segurança, com pedido de liminar, aduzindo, com a devida fundamentação, que o ato de demissão seria invalido, tendo em vista irregularidade na formação da comissão processante, o que afronta a Lei 8.112/90.
Em acórdão, o STJ denegou a segurança pleiteada, por essa razão o recorrente maneja o presente recurso ordinário.
DO MÉRITO
Como já demonstrado no mandado de segurança proposto contra ato do Ministro de Estado, o processo administrativo disciplinar do qual resultou a Portaria da demissão n. 123, de 09/03/2009, publicada no DOU de 10/03/2009, está eivado de nulidade.
Computando-se os autos do processo administrativo disciplinar verifica-se que a Comissão processante foi irregularmente constituída, apesar de todos os seus componentes serem de nível hierárquico superior ao do iniciado, senão vejamos: ( I) Ana Maria, admitida por concurso público em 20/08/2003; (II) Geraldo, admitido por concurso público em 12/02/2004; (III) e Cassio, não concursado, que exerce, desde 20/06/2000, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Note-se que um dos componentes, notadamente Cássio, é servidor público de cargo em comissão, ou seja não estável. Com isso, tem-se afronta ao ART. 149 da Lei 8.112/90.
Ademais, nota-se que a demissão foi imposta por ato do ministro do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria n°. 123, de 09/03/2009, no entanto, este é incompetente para aplicar a pena de demissão, segundo disposto no ART. 141 da Lei n° 8.112/90, pois a penalidade imposta a recorrente é de competência do Presidente da República, o que não se verifica no caso em tela, sendo, portanto, invalido o ato. ART. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas considerando os fundamentos acima expostos é nítida a violação ao ART. 5°, inciso LV, da CF/88, pois estar-se-á a ferir, com essa inobservância da regra, o devido processo legal assegurado por lei.
Requer-se, portanto, a anulação da Portaria de 09/03/2009, do processo administrativo disciplinar que lhe deu origem e a imediata reintegração do recorrente ao cargo anteriormente ocupado.
DO PEDIDO
Diante do exposto requer:
a) Tendo em vista o preenchimento de todos os requisitos de admissibilidade recursais, seja admitido o presente recurso ordinário nos seus regulares efeitos;
b) A intimação do recorrido para apresentar as contrarrazões no prazo de 15 dias;
c) A intimação do representante do Ministério Público;
d) A juntada das custas de preparo e porte de remessa e retorno dos autos;
e) Seja recolhido e, no mérito, provido o recurso ordinário para reformar a decisão recorrida, concedendo-se a segurança para a anulação da Portaria 09/03/2009, do processo administrativo disciplinar que lhe deu origem e que seja determinada a imediata reintegração do recorrente ao cargo anteriormente ocupado;
Nestes Termos Pede Deferimento Local/ Data ADVOGADO
OAB

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