Buscar

DIP N2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aci���t�� po� an���i� peçon���t��
Aul� 02/05/2023
1. Acidentes ofídicos
● São classificados em 4 grandes grupos, a
depender do animal envolvido, sendo os
três primeiros por serpentes e o quarto
por cobra:
○ Botrópico (Bothrops - jararaca);
○ Crotálico (Crotalus - cascavel);
○ Laquético (Lachesis - surucucu);
○ Elapídico (Micrurus - coral);
● Identificação:
○ A fosseta loreal é um órgão
sensorial (orifício situado entre o
olho e a narina de cada lado) que,
se presente, indica que a cobra
COM CERTEZA é peçonhenta. Por
outro lado, a ausência da fosseta
loreal não confirma seguramente
que a cobra não é peçonhenta. A
fosseta loreal é encontrada nos
gêneros Bothrops, Crotalus e
Lachesis;
○ A identificação entre esses
gêneros pode ser feita pela
análise da cauda: a Bothrops tem
causa lise, quanto a Crotalus tem
cauda em guizo ou chocalho e a
Lachesis tem escamas eriçadas;
1.1. Botrópico
● A maioria dos acidentes ofídicos no
Brasil é por Bothrops;
● A região da picada apresenta dor e
edema e, às vezes, equimose e
sangramento;
● Ação do veneno:
○ Proteolítica;
○ Coagulante - CIVD - pode levar à
IRA e morte;
○ Hemorrágica;
● Complicações:
○ Síndrome compartimental - a ação
proteolítica gera edema intenso, o
que pode levar à síndrome
compartimental e pode ser
necessário fazer fasciotomia;
○ Abscesso - decorre de uma
infecção secundária;
○ Necrose - decorre da ação
proteolítica, associada à isquemia
local;
○ Choque - pode ser cardiogênico ou
hipovolêmico, por hemorragia;
○ IRA: decorre principalmente da
deposição de microtrombos nos
capilares;
● Diagnóstico e tratamento:
○ Diagnóstico clínico-epidemiológico;
○ Tratamento: suporte + soro
antibotrópico
■ SABr - soro antibotrópico
pentavalente;
■ SABL - soro antibotrópico
pentavalente antilaquético;
■ SABC - soro antibotrópico
pentavalente e
anticrotálico;
1.2. Crotálico
● Tem maior coeficiente de letalidade
devido à rápida evolução da IRA;
● Ação do veneno:
○ Neurotóxica - promove bloqueio
neuromuscular pela inibição da
Ach;
Isabela Valinho, 5ºP
○ Ação miotóxica - promove
rabdomiólise, causando IRA e
mioglobinúria;
○ Coagulante;
● Clínica:
○ Fácies neurotóxica de Rosenfeld
(miastênica);
● Tratamento:
○ Hidratação adequada para
prevenir IRA - avaliar fluxo
urinário, que deve se manter entre
1 a 2 mL/kg/h para crianças e
entre 30 e 40 mL/h no adulto;
○ Suporte;
○ Soro anticrotálico (SACr) ou soro
antibotrópico + anticrotálico
(SABC);
1.3. Laquético
● Quadro semelhante ao botrópico;
● Os quadros são sempre moderados a
graves, porque são serpentes de grande
porte;
● Tratamento: suporte + soro antibotrópico
e antilaquético (SABL);
1.4. Elapídico
● São acidentes raros;
● Podem evoluir para IRPA, que é a causa
de óbito nesse tipo de acidente;
● Essas cobras não apresentam fosseta
loreal;
● Tem ação neurotóxica como a crotálica;
● Ação do veneno:
○ Neurotóxica pré e pós-sináptica,
atuando de forma semelhante ao
curare. Com esse bloqueio
simpático exacerbado, os músculos
começam a paralisar, incluindo o
diafragma. Por isso, a principal
causa de morte é IRPA;
● A clínica é semelhante à do acidente
crotálico;
● Todos os casos devem ser considerados
potencialmente graves devido ao risco de
IRPA, portanto, trata-se com 10 ampolas
de Soro antielapídico bivalente (SAEla);
1.5. Prevenção e cuidados gerais
● Uso de botas de cano alto ou perneira de
couro;
● Não acumular lixo ou entulhos perto de
casa, porque as serpentes normalmente
se abrigam em locais escuros e úmidos;
● Caso ocorra o acidente:
○ Não fazer torniquetes;
○ Não colocar nenhuma substância
na picada;
○ Não cortar ou chupar o local da
ferida;
○ Manter o paciente em repouso e,
se a picada for em algum membro,
mantê-lo elevado;
○ Levar o paciente para o centro de
tratamento mais próximo;
2. Escorpionismo
● Tityus serrulatus;
● São acidentes de grande frequência, mas
de gravidade apenas em crianças < de 10
anos ou adultos com comorbidades;
● Clínica:
○ Dor local em padrão agulhada,
lancinante, podendo ser
acompanhada por parestesias;
○ Moderadas - hipo/ hipertermia,
sudorese profusa, náusea,
vômitos, sialorréia;
○ Casos mais graves - arritmias
cardíacas, hipo ou hipertensão
arterial - ICC e choque:
complicação mais comum que
ocorre principalmente em
crianças);
○ Taquipneia, dispneia - EAP;
○ Agitação, sonolência, confusão
mental;
Isabela Valinho, 5ºP
● Exames complementares:
○ Eletrocardiograma é
imprescindível: taquicardia sinusal,
alterações semelhantes às
encontradas no IAM (presença de
ondas Q e supra ou
infradesnivelamento de ST);
○ RX de tórax se o paciente já
possui doença de base - avaliar
EAP;
● Tratamento:
○ Sintomático: infiltração de
lidocaína a 2% sem vasoconstritor
+ dipirona;
○ Específico: não fazer em casos
leves; em casos moderados a
graves - soro antiescorpiônico
(SAEEs) ou soro antiaracnídico
trivalente ( SAAr - Loxosceles,
Phoneutria, Tityus);
● Diagnóstico diferencial:
○ Acidente por Phoneutria;
3. Araneísmo
● Phoneutria (armadeira);
● Loxosceles (aranha marrom);
● Latrodectus (viúva negra);
3.1. Phoneutria
● Postura agressiva, rápidas e saltos à
distância;
● Mesma ação do veneno por escorpionismo;
● A dor imediata á o sintoma mais
frequente, podendo haver também
priapismo e EAP;
● Tratamento: igual ao do escorpionismo.
Sintomático (infiltração de lidocaína a
2% sem vasoconstritor + dipirona) +
específico (exceto em casos leves - soro
antiaracnídico);
3.2. Loxosceles
● Picam apenas quando comprimidas contra
o corpo - comum ocorrer dentro de
sapatos e afins;
● A picada é quase sempre imperceptível,
mas é a forma mais grave de araneísmo
no Brasil;
● A evolução da picada pode ser lesão
cutânea (dermonecrótica) ou
cutâneo-visceral (hemolítica);
● Lesão: placa marmórea com necrose
central;
○ Aumenta progressivamente;
● O veneno é a fosfolipase D;
● Tratamento:
○ Sintomático - analgésicos
(dipirona) + hiperidratação +
antibioticoterapia (em caso de
infecção bacteriana secundária) +
cuidados com a ferida;
○ Específico (exceto em casos
leves) - soro anti-loxeles (SaLox/
Soroterapia SAAr) e/ou
corticóide para reduzir a
inflamação (prednisona oral) por
5-10 dias 40-60mg para adulto e
1mg/kg/dia em crianças;
○ Atenção: o paciente deve ficar em
observação por até 72h. Não
liberar por conta do potencial de
piora!
3.3. Latrodectus
● Os acidentes são raros e normalmente
ocorrem quando as aranhas são
comprimidas contra o corpo;
● Toxina: alpha-latrotoxina - provoca
quadro doloroso no local da picada;
● Clínica:
○ Dor irradiada para MMII, +
contraturas Mm. periódicas;
○ Fácies latrodectísmica (raro) -
trismo, como no tétano;
● Diagnóstico diferencial: acidente
crotálico (fácies miastênica);
● Tratamento sintomático: diazepam e
gluconato de cálcio (relax. muscular).
Isabela Valinho, 5ºP
 Aci���t�� po� an���i� peçon���t�� 
 Tipo Acidente Agente Clínica/ complicações Ações do veneno Tratamento Observações 
 Ofídico 
 Botrópico Batrophs 
 Síndrome compartimental 
 Abscesso 
 Necrose 
 Choque 
 IRA 
 Proteolítica 
 Coagulante 
 Hemorrágica 
 Suporte 
 Soro antibotrópico: 
 SABr, SABL (+ antilaquético) ou SABC (+ 
 anticrotálico) 
 Serpentes com fosseta loreal 
 com certeza são peçonhentas, 
 mas o contrário não é 
 verdadeiro. 
 Pode-se diferenciar 
 Bothrops, Crotalus e Lachesis 
 pela cauda, respectivamente: 
 lisa, com chocalho e com 
 escamas. 
 Crotálico Crotalus Fácies neurotóxica de Rosenfeld IRA e mioglobinúria 
 Neurotóxica 
 Miotóxica 
 Suporte 
 Hidratação para evitar IRA (avaliar diurese 
 de 30-40 mL/h no adulto) 
 Soro anticrotálico (SACr) ou SABC 
 Laquético Lachesis 
 Quadro semelhante ao botrópico, 
 mas sempre moderado a grave 
 (serpente grande) 
 Proteolítica 
 Coagulante 
 Hemorrágica 
 Suporte 
 Soro SABL 
 Elapídico Micrurus Quadro semelhante ao crotálico, com alto risco de IRPA 
 Neurotóxica pré e 
 pós-sináptica 
 Suporte 
 10 ampolas de soro anti-elapídico bivalente 
 (SAEla) 
 Escorpiônico Escorpiônico Tityus serrulatus 
 Dor local lancinante + parestesiaou não 
 Casos graves: arritmias cardíacas, 
 hipo/hipertensão, ICC e choque 
 Semelhante à 
 Phoneutria 
 (diag. diferencial) 
 Sintomático: infiltração de lidocaína a 2% 
 sem vasoconstritor + dipirona 
 Específico: soro antiescorpiônico (SAEEs) 
 ou antiaracnídico trivalente (SAAr) 
 Fazer ECG é imprescindível - 
 taquiarritmia sinusal e 
 alterações como IAM (onda 
 Q, infra ou supra de ST) 
 Aracdônico 
 Foneutrismo Phoneutria 
 Dor imediata 
 Priapismo 
 EAP 
 Semelhante ao 
 escorpionismo 
 (diag. diferencial) 
 Igual ao do escorpionismo Aranha armadeira 
 Loxoscelismo Loxosceles 
 Lesão em placa marmórea com 
 necrose central que aumenta 
 progressivamente 
 Veneno: fosfolipase 
 D 
 Sintomático: dipirona + hiperidratação + 
 antibioticoterapia se houver infecção 
 bacteriana secundária + cuidados com a 
 ferida 
 Específico: soro anti-loxosceles e/ou 
 corticoide 
 Não liberar o paciente antes 
 de 72h 
 Sem soro para casos leves 
 Latrodectismo Latrodectus 
 Dor irradiada para MMII + 
 contraturas musculares 
 Fácies latrodectísmica 
 Trismo 
 Veneno: 
 alpha-latrotoxina 
 Geralmente só sintomático: diazepam + 
 gluconato de cálcio Acidentes raros 
 Isabela Valinho, 5ºP 
An�i���ti����ra��� e re���tên�i� ba���r�a��
Aul� 16/05/2023
1. Introdução
● Agentes antimicrobianos podem ser
físicos (radiação UV, altas temperaturas,
RX…) ou químicos (antibióticos,
antissépticos, desinfetantes), que podem
promover esterilização (inativação/
remoção total de bactérias) ou
inativação/ remoção parcial
(desinfetantes, antissépticos);
● Antibióticos têm toxicidade seletiva para
células bacterianas, não agindo em células
humanas;
● Podem agir como bactericidas (matam a
bactéria) ou bacteriostáticos (paralisam
a bactéria);
● Bactérias podem ser GRAM+ (parede
espessa de peptidoglicano) ou GRAM-
(parede fina de peptidoglicano protegida
por uma membrana);
● Alteram o resultado do tratamento:
farmacocinética (absorção, distribuição,
metabolismo e excreção),
farmacodinâmica (eliminação - tempo,
concentração e efeito pós);
2. Classificação quanto aos mecanismos de
ação
2.1. Inibição da síntese de parede
celular
2.1.1. Beta-lactâmicos
● Beta-lactâmicos são os antibióticos que
possuem o anel beta-lactâmico;
● É importante saber que, pela semelhança
estrutural, eles normalmente têm as
mesmas funções e, normalmente, se o
paciente é alérgico a um do grupo, será a
todos;
● São beta-lactâmicos: penicilinas,
cefalosporinas, monobactâmicos e
carbapenêmicos;
● Frentes de atuação: principalmente
interferem a síntese de peptidoglicano,
que forma a parede das bactérias
GRAM+;
● As bactérias, como seres evoluídos,
possuem mecanismos de resistência:
○ Produção de beta-lactamases, que
inativam o anel beta-lactâmico;
■ Para driblar esse
mecanismo, foram criados
os inibidores de
beta-lactamase (ácido
clavulânico, sulbactam e
tazobactam);
○ Modificações estruturais de
proteínas ligadoras de penicilina
(PLP), que impedem o acoplamento
dos antibióticos às bactérias;
○ Modificações nas porinas,
reduzindo a permeabilidade
bacteriana do antimicrobiano:
morte anunciada;
2.1.1.1. Penicilinas
● Naturais: penicilina cristalina, penicilina
G procaína, penicilina G benzatina;
● Semissintéticas: amoxicilina, ampicilinas;
● Resistentes a penicilinases: oxacilina
(meticilina);
2.1.1.2. Cefalosporinas
● 1ª geração: cefalexina - cocos GRAM+;
● 3ª geração: ceftriaxona (maior potência
contra GRAM-) e ceftazidima
(antipseudomonas);
Isabela Valinho, 5ºP
● 4ª geração: cefepima - cocos GRAM+,
GRAM- e pseudomonas - amplo espectro
(tto empírico);
2.1.1.3. Carbapenêmicos
● Imipenem, meropenem, ertapenem IV ou
IM;
● UTI;
● Amplo espectro;
● Mero é mais ativo contra GRAM-,
imipenem GRAM+ (tem mecanismo de
resistência que envolve as porinas);
● Atuam em anaeróbios e MDR (bactérias
multirresistentes);
2.1.1.4. Monobactâmicos
● Opção no tto de abscessos;
● Aztreonam: tem efeito em meio ácido;
● DRENAR abscesso;
2.1.2. Glicopeptídeos
● Vancomicina - atua contra MRSA;
● Mecanismos de ação: inibem síntese de
peptidoglicano, alteram permeabilidade
da membrana citoplasmática, interferem
na síntese de RNA citoplasmático;
● 2002: GRSA - resistentes a
glicopeptídeos;
2.2. Alterações funcionais da
membrana celular
2.2.1. Polimixinas A e E
● Usar com cuidado - têm toxicidade renal
e podem causar necrose tubular aguda;
2.2.2. Polienos
● Anfotericina B, nistatina;
● Preferencialmente uso tópico ou como
antifúngicos - têm mais efeitos
colaterais VO e IV;
2.3. Inibição da síntese proteica
● Atuam nas subunidades 30s e 50s do
RNA bacteriano, inibindo a síntese
proteica;
2.3.1. Aminoglicosídeos
● Gentamicina, amicacina;
● Subunidade 30s;
2.3.2. Tetraciclinas
● Doxiciclina;
● Bacteriostático que age na subunidade
30s;
● Não adm em gestantes nem em lactantes
(podem causar danos permanentes aos
ossos e dentes do bebê;
● A pele fica mais sensível a queimaduras
solares;
2.3.3. Macrolídeos
● Eritromicina, claritromicina, azitromicina;
● Bacteriostáticos que agem em 50s;
● 1ª escolha no tto de pneumonias atípicas
(Mycoplasma pneumoniae, Legionella
pneumophila, Chlamydia spp.);
2.3.4. Cloranfenicol
● Bacteriostáticos que agem em 50s;
● Era o único eficaz para salmoneloses;
● Efeitos tóxicos: síndrome do bb cinzento
e anemia aplástica;
● Utilizado em pcts graves, com condições
específicas (enterococos resistentes à
vanco e riquetsioses);
2.3.5. Lincosaminas
● Clindamicina;
● Bacteriostáticos que agem em 50s;
2.4. Inibição da síntese de ácidos
nucleicos
● Inibem DNA girase ou topoisomerase I;
● Síntese de DNA: quinolonas (ex: cipro);
● Nitroimidazólicos: metronidazol -
somente em bactérias anaeróbias;
2.5. Alterações do metabolismo
bacteriano
● Sulfas (sulfonamidas);
● Cuidado: inibem metabolismo do ácido
fólico!
○ Adm sulfadiazina + pirimetamina +
ácido folínico;
3. Resumo - mecanismos de ação
● Inibição da síntese de parede celular:
beta-lactâmicos e glicopeptídeos;
Isabela Valinho, 5ºP
● Alterações funcionais da membrana
celular: polimixinas e polienos;
● Inibição da síntese proteica:
○ Subunidade 30s: aminoglicosídeos,
tetraciclinas;
○ Subunidade 50s: macrolídeos,
cloranfenicol, licosaminas;
● Inibição da síntese de ácidos nucleicos:
quinolonas e nitroimidazólicos;
● Alterações do metabolismo bacteriano:
trimetoprima e sulfonamidas;
4. Antibiograma e MIC
● O antibiograma fornece informações
sobre a reação das bactérias ao
antibiótico: resistente, sensível ou
sensibilidade mediana;
● Além disso, fornece o MIC. Se a bactéria
não for sensível a nenhum antibiótico,
utilizar o que tiver menor MIC
○ EC: MIC > 1 → utilizar, em vez de
dose habitual, dose dobrada;
5. Associação de antibióticos
● Algumas associações são antagônicas e
outras, sinérgicas;
Isabela Valinho, 5ºP
An�i���ti����ra��� e re���tên�i� ba���r�a��
Mec. de ação Grupo Classes Representantes Mecanismo de ação Observações
Inibição da
síntese de
parede celular
Beta-
lactâmi
cos
Penicilinas
Naturais (cristalina, G procaína, G benzatina),
semissintéticas (amoxicilina, ampicilina),
resistentes a penicilinases (oxacilina = meticilina)
Interferem principalmente
na síntese de
peptideoglicano
Se for alérgico a um beta-lactâmico, normalmente será a todos
Alguns são associados aos inibidores da beta-lactamase (ácido clavulânico,
sulbactam e tazobactam)
Cefalosporinas
1ª geração: cefalexina (cocos GRAM+)
3ª geração: ceftriaxona (+ cocos GRAM-) e
ceftazidima ( + pseudomonas)
4ª geração: cefepima (amplo espectro - tudo)
Carbapenêmicos Imipenem(GRAM+), meropenem (GRAM-),ertapenem - atuam em anaeróbios e MDR
Monobactâmicos Aztreonam: opção no tto de abscessos
Glicopeptídeos Vancomicina - atua contra MRSA Inibem síntese de peptideoglicano, alteram permeabilidade da membrana, e síntese de RNA
Alterações
funcionais da
parede celular
Polimixinas A e E Polimixinas A e E Alterações funcionais da
parede celular
Usar com cuidado: podem causar necrose tubular aguda
Polienos Anfotericina B, nistatina Preferencialmente antifúngicoe uso tópico
Inibição da
síntese
proteica
Aminoglicosídeos Gentamicina, amicacina
Atuam na subunidade 30s -
inibem síntese proteica
------------------------------------------------------
Tetraciclinas Doxiciclina Bacteriostático. Não adm em gestantes nem lactantes - dano nosossos/dentes do bb. Pele fica mais sensível a queimaduras solares
Macrolídeos Eritro/ claritro/ azitromicina
Atuam na subunidade 50s -
inibem síntese proteica
Bacteriostáticos
1ª escolha no tto de pneumonias atípicas
Cloranfenicol Cloranfenicol Bacteriostático. Era o único eficaz para salmoneloses.Efeitos tóxicos: síndrome do bb cinzento e anemia aplásica
Lincosamidas Clindamicina Bacteriostático
Inibição da
síntese de
ácidos nucleicos
Nitroimidazólicos Metronidazol Inibem DNA girase outopoisomerase I Anaeróbias
Alterações no
metabolismo
bacteriano
Sulfonamidas Sulfadiazina Inibidor enzimático Inibem síntese de ácido fólico: adm sulfadiazina + pirimetamina + ácidofolínico
Isabela Valinho, 5ºP
Tub����lo��
Aul� 23/05/2023
1. Introdução
● É uma doença infecciosa transmitida por
aerossol, que afeta principalmente os
pulmões, mas também todos os outros
sintomas;
● Agente etiológico: Mycobacterium
tuberculosis - BAAR;
● A transmissão ocorre por pacientes
multibacilares, que sejam adultos e
estejam com TB pulmonar;
● Os objetivos principais quanto à saúde
pública são o diagnóstico precoce, o
tratamento adequado com cura dos casos
e a interrupção da cadeia de infecção;
2. Busca de casos (rastreamento)
● Sintomático respiratório (SR): tosse por
mais de 3 semanas;
● Indivíduos de alto risco (PPL, situação de
rua, HIV +, profissionais de saúde): tosse
em qualquer tempo;
● Avaliar também os contactantes;
3. Sinais e sintomas
● Tosse > 3 semanas, podendo ser
acompanhada ou não de hemoptoicos;
● Dor torácica (mais comum na TB pleural);
● Dispneia;
● Febre (presente em mais de 50% dos
pacientes, em geral baixa);
● Sudorese noturna;
● Sintomas constitucionais (anorexia, perda
de peso e adinamia);
● Ruídos adventícios como estertores e
roncos;
4. Diagnóstico
● TRM:
○ Detecta o bacilo e a resistência à
rifampicina;
○ Utiliza a técnica de PCR;
○ É um teste rápido;
○ Superior ao BAAR para a
realização de diagnóstico, porque
é mais sensível;
● BAAR:
○ Pesquisa do bacilo pela coloração
de Ziehl-Neelsen (azul de
metileno);
○ Método principal para o
acompanhamento;
○ Positivo em apenas 50% dos casos;
● Radiografia de tórax:
○ Lesão mais comum é no ápice do
pulmão direito;
○ A radiografia deve ser solicitada
para todos os pacientes com
suspeita de TB;
○ Se houver imagem sugestiva e
tosse seca, pode-se induzir o
escarro;
● Como realizar a coleta do escarro:
● Erros frequentes na coleta:
○ Não coletar duas amostras;
○ Não obter a quantidade de
material adequada (5-10mL);
○ Material coletado não brônquico
(saliva);
Isabela Valinho, 5ºP
sisteman
○ Orientar que o paciente faça
jejum para a segunda coleta (não é
necessário jejum);
○ Não orientar escovação dos
dentes antes da coleta;
● Interpretação da baciloscopia
5. Tratamento
● Fase intensiva:
○ RIPE (rifampicina + isoniazida +
pirazinamida + etambutol) → dose
fixa combinada;
○ Essa é a fase de ataque, feita por
2 meses (tempo fixo);
○ A dose depende do peso do
paciente, e é alterada com o
número de comprimidos, sendo o
número máximo de 4;
● Fase de manutenção:
○ RI (rifampicina + isoniazida);
○ Na fase de manutenção, o tempo
mínimo de tratamento são 4 meses
(geralmente utilizado em formas
pulmonares leves);
○ Conforme a gravidade, o tempo
pode aumentar, mas nunca menos
de 4 meses;
● OBS: os fármacos podem causar muitos
EA, mas, na maioria dos casos, seu uso
não é suspendido;
6. Rotina no acompanhamento
● Identificar e acompanhar possíveis
comorbidades (HIV, DM, hepatopatias e
nefropatias);
● Avaliar contatantes e tratar ILTB
(tuberculose latente), se necessário;
● Pesar mensalmente o usuário para avaliar
o ajuste de dose e a resposta ao
tratamento;
● Identificar EA dos medicamentos e
adotar medidas de controle (ex: se
causam prurido, administrar um
anti-histamínico para amenizar, mas não
suspender a medicação);
● Ouvir queixas e dificuldades encontradas
pelo paciente para realizar o tratamento
e realizar medidas para aliviá-las;
● Avaliar necessidade de suporte da saúde
mental;
● Exames:
○ BAAR
■ Mensalmente (ou, pelo
menos, no diagnóstico, com
2 meses, com 4 meses e ao
término do tratamento);
○ Radiografia de tórax
■ No diagnóstico;
■ No término da fase de
ataque (fim do 2º mês ou
início do 3º);
■ Ao final do tratamento;
○ Cultura
■ Solicitar em todos os
pacientes com BAAR
positivo no final do 2º mês;
■ Nos casos de resistências à
rifampicina ou de
populações vulneráveis;
7. Situações especiais
● Gestante:
○ Mesmo esquema RIPE em doses
segundo o peso;
Isabela Valinho, 5ºP
○ Está recomendado o uso de
piridoxina durante a gestação para
evitar crise convulsiva (devido à
isoniazida) no RN;
○ Amamentação mantida;
● Pessoas vivendo com HIV e AIDS:
○ A TARV deve ser iniciada entre a
2ª e a 8ª semana após o início do
tratamento para TB;
○ Está recomendado o uso de
piridoxina devido ao maior risco
de neuropatia;
● Hepatopatas:
○ Maior risco de neuropatia;
● Diabéticos:
○ Avaliar a necessidade de estender
o tratamento para 9 meses no
caso de lesões cavitárias
importantes e se BAAR for
positivo no 2º mês de tratamento;
● Pessoas com perfil de abandono da
terapia:
○ Tratamento diretamente
observado (TDO) - 5x na semana
nos 2 meses iniciais e no mínimo
3x na semana nos últimos 4 meses;
○ Elaboração de um PTS;
● A rifampicina diminui a efetividade de
alguns anticoncepcionais:
○ Preferir anticoncepcionais
injetáveis de progestágeno
trimestrais ou DIU, diafragma,
preservativos;
8. Proteína purificada derivativa - PPD ou
“Mantoux”
● Prova tuberculínica (PT);
● Intradermorreação de tuberculina;
● Avaliar infecção prévia/ latente por TB;
● Leitura de 48-72h depois;
● Medir a área endurada (perpendicular ao
maior eixo):
○ Não reator: < 5mm;
○ Reator fraco: entre 5-9 mm;
○ Reator forte: > ou = 10 mm;
9. Tratamento da TB latente (ILTB)
● Isoniazida na dose de 5-10 mg/kg/dia
com dose máxima de 300mg/dia por no
mínimo 6 meses (180 doses) e idealmente
9 meses (270 doses);
Isabela Valinho, 5ºP
In�e�ções es���p�� e es��fi��cóci���,
fa���g�a���d��i�� e si����te
Aul� 30/05/2023
1. Infecções estreptocócicas
1.1. Introdução - estreptococos
● São microrganismos aeróbicos GRAM+
que causam muitos distúrbios, incluindo
faringite, pneumonia, infecções em
feridas e pele, sepsia e endocardite;
● A maioria das cepas é sensível a
penicilina;
● Sequelas das infecções por
estreptococos beta-hemolíticos do grupo
A podem incluir febre e
glomerulonefrite;
○ Estreptococos beta-hemolíticos
produzem zonas de hemólise ao
redor de cada colônia;
1.2. S. pyogenes
● O patógeno estreptocócico mais
significativo é o S pyogenes, que é
beta-hemolítico do grupo A de
Lancerfield (GABHS);
● As doenças agudas mais comuns causadas
por GABHS são:
○ Faringite, amigdalite, sinusite,
otites;
○ Infecções cutâneas;
● Também complicações tardias não
supurativas (febre reumática e
glomerulonefrite aguda - GNPE) algumas
vezes ocorrem mais de 2 semanas após a
infecção - são decorrentes das toxinas;
1.3. Infecções cutâneas
● Impetigo: é uma infecção superficial da
pele que causa bolhas ou crostas
melicéricas. Na maior parte das vezes é
causado por S. pyogenes;
● Erisipela: é uma “celulite superficial” que
também envolve os linfáticos dérmicos.
São lesões elevadas, brilhantes,
vermelhas e induradas com margens bem
delimitadas. É mais frequentemente
causada por GABHS, mas outros
estreptococos e não estreptococos
podem estar envolvidos;
● Celulite: a celulite envolve as camadas
mais profundas da pele e pode se
disseminar rapidamente em razão das
enzimas líticas e das toxinas produzidas
principalmente por estreptococos do
grupo A. Diferente da erisipela, a celulite
é fosca e de bordas mal delimitadas. A
celulite bolhosa normalmente é causada
por S. aureus;
IsabelaValinho, 5ºP
● Fasciíte necrotizante: é uma infecção
dérmica (e às vezes muscular) grave que
se dissemina ao longo dos planos da
fáscia. A inoculação ocorre na pele ou no
intestino. Infecção polimicrobiana é
provável quando a fonte é o intestino. Os
sintomas começam com febre e dor
localizada intensa desproporcional aos
achados físicos. A trombose de
microvasculatura causa necrose
isquêmica, provocando disseminação
rápida e toxicidade intensa
desproporcional. Choque e insuficiência
renal são comuns. A mortalidade é alta,
mesmo com tratamento;
1.4. Diagnóstico
● Cultura;
● Testes de rápida detecção de antígeno -
permitem a detecção de GABHS
diretamente de Swabs de garganta (uso à
beira leito) - são custosos;
● Anticorpos antiestreptocócicos (ex:
ASLO) não são úteis para o diagnóstico
de infecção aguda por GABHS.
Anticorpos são mais úteis no diagnóstico
de doença pós-estreptocócica, como
febre reumática ou glomerulonefrite.
Começam a aumentar cerca de 1 semana
após a infecção e alcançam o pico 1-2
meses após a infecção. Ambos os títulos
podem permanecer elevados por vários
meses, mesmo após infecções não
complicadas;
2. Infecções estafilocócicas
2.1. Introdução - estafilococos
● Estafilococos são microrganismos GRAM+
aeróbicos;
● S. aureus é o mais patogênico. Em geral,
causa infecções na pele, e algumas vezes
pneumonia, endocardite, artrite
infecciosa séptica e osteomielite;
● Na maioria das vezes, provoca a
formação de abscesso;
2.2. S. aureus
● A habilidade de coagular o sangue
distingue o S. aureus de várias espécies
de estafilococos coagulase-negativos;
● Este possui alta virulência e elevada
habilidade de desenvolver resistências
aos antibióticos - MRSA;
● Uma espécie coagulase-negativa
recentemente encontrada, S. lugdunensis,
pode causar doença invasiva com
virulência semelhante à do S. aureus;
2.3. Infecções estafilocócicas
● Invasão direta do tecido:
○ Infecções de pele - impetigo,
celulite (bolhosa) e furúnculos;
○ Pneumonia (mais comumente
hospitalar);
○ Endocardite;
○ Osteomielite;
● Pela produção de exotoxina:
○ Síndrome do choque tóxico;
○ Síndrome estafilocócica da pele
escaldada;
○ Intoxicação alimentar por
estafilococos;
3. Faringoamigdalites
● É a infecção aguda da faringe, das
tonsilas ou de ambas;
● Os sintomas podem incluir faringite,
odinofagia, linfadenopatia cervical, febre
e rouquidão;
● O diagnóstico é clínico, complementado
por cultura ou teste antigênico rápido;
Isabela Valinho, 5ºP
● O tratamento depende dos sintomas e, no
caso de estreptococos beta-hemolíticos
do grupo A, envolve antibióticos - para
evitar febre reumática e GNPE;
● Em torno de 30% dos pacientes têm
faringoamigdalite de etiologia bacteriana;
● Estreptococos beta-hemolíticos do grupo
A é o mais comum, e é necessário tratar;
● GABHS geralmente se resolve em 7 dias,
mas, se não tratada, pode resultar em
complicações supurativas locais (ex:
abscesso tonsilar ou celulite) e, por
vezes, FR ou GNPE;
● Bacteriana x viral:
○ Bacteriana - hiperemia e
linfonodomegalia unilateral, sem
tosse e coriza, febre alta;
○ Viral - hiperemia e
linfonodomegalia bilateral, com
tosse e coriza;
3.1. Diagnóstico e conduta
● Avaliação clínica + descartar GABHS (se
possível);
● Como avaliar:
○ História da febre (bacteriana é
alta);
○ Exsudatos tonsilares (pus adiciona
um ponto para bacteriana);
○ Ausência de tosse (tosse é viral);
○ Linfadenopatia cervical anterior
dolorosa (unilateral e homolateral
é bacteriana);
● Paciente com 1 ou nenhum critério: pouco
provável - não testar;
● Pacientes com 2 critérios: podem ser
testados;
● Pacientes que possuem 3 ou 4 critérios -
podem ser testados ou tratados
empiricamente para GABHS;
3.2. Tratamento
● Beta-lactâmicos - penicilina V, amoxicilina
com clavulanato, cefalosporinas;
● Macrolídeos (azitro) para os alérgicos a
penicilinas;
4. Sinusite
4.1. Sinusite aguda
● Inflamação dos seios paranasais
decorrente de infecções virais,
bacterianas ou fúngicas ou reações
alérgicas;
● Os sintomas incluem obstrução e
congestão nasal, gotejamento pós-nasal,
rinorreia purulenta, dor ou pressão facial.
Às vezes, há mal-estar, cefaleia e/ou
febre;
● Na comunidade é quase sempre viral
(rinovírus, influenza, parainfluenza);
● Uma pequena porcentagem desenvolve
infecção bacteriana secundária por
estreptococos, pneumococos e outros;
4.2. Complicações da sinusite
● A principal é disseminação local de
infecção bacteriana, causando celulite
periorbital ou orbital, trombose no seio
cavernoso ou abscesso epidural ou
cerebral;
Isabela Valinho, 5ºP
● Celulite orbital demanda internação, mas
periorbital não;
4.3. Diagnóstico e tratamento
● OBS: crianças menores de 6 anos
geralmente não têm seios paranasais;
● Na sinusopatia crônica, ocorre
hipertrofia dos cornetos;
● Avaliação clínica:
○ Exames com imagem não são
indicados na sinusite aguda a
menos que haja resultados que
sugerem complicações, caso em
que TC é feita;
● Na sinusite aguda, a melhora da
drenagem sinusal e o controle da infecção
são os alvos da terapia;
● Usar antibióticos SE:
○ Sintomas de sinusite leves a
moderados persistindo por 10 ou
mais dias;
○ Sintomas graves (febre > ou = 39,
dor severa) por > ou = 3-4 dias;
○ Agravamento dos sintomas de
sinusite depois de melhora inicial
de uma típica ITRS (doença
reincidente ou bifásica);
4.4. Antibioticoterapia nas sinusites
● Amoxicilina/clavulanato 875mg VO
12/12h é atualmente o fármaco de
primeira linha;
● Adultos com alergia à penicilina podem
receber doxiciclina ou uma
fluoroquinolona respiratória como
levofloxacina ou moxifloxacina;
● Se houver melhora em 3-5 dias, o
fármaco é continuado;
● Adultos sem fatores de risco da
resistência são tratados durante 5-7 dias
no total; outros adultos são tratados por
7-10 dias;
● Crianças são tratadas durante 10-14 dias.
se não houver melhora em 3-5 dias, um
fármaco diferente é utilizado;
● Macrolídeos, bactrim (associação
sulfametoxazol/trimetoprima) e
monoterapia com uma cefalosporina não
são mais recomendados devido à
resistência bacteriana;
Isabela Valinho, 5ºP
Sep��
Aul� 06/06/2023
1. Definição
● Disfunção orgânica com risco de vida,
causada por uma resposta desregulada do
hospedeiro à infecção;
● Identificação precoce e tto adequado nas
horas iniciais após o desenvolvimento de
sepse melhoram os resultados;
2. Sepse x choque séptico
● A sepse representa um espectro de
enfermidades com risco de mortalidade;
● Choque séptico é um subconjunto da
sepse (uma evolução), com aumento
significante da mortalidade devido a
anomalias graves de circulação e/ou
metabolismo celular. O choque séptico
envolve:
○ Hipotensão persistente
(necessidade de vasopressores
para manter PA média > ou = 65
mmHg);
○ Lactato > 18mg/dL (2mmol/L)
refratário à reposição volêmica
adequada;
● Lactato é um parâmetro bastante
sensível e específico para sepse!
● Choque séptico: sepse + hipotensão
persistente, refratária à reposição
volêmica adequada;
3. Fisiopatologia
● Um estímulo inflamatório desencadeia a
produção de mediadores
pró-inflamatórios, que causam adesão de
neutrófilos a células endoteliais, ativam o
mecanismo de coagulação e geram
microtrombos. Inicialmente, as artérias e
arteríolas se dilatam, diminuindo a
resistência arterial periférica, e o DC
aumenta. Esse estágio é denominado
“choque quente”. Após, o DC começa a
reduzir, a PA cai (com aumento da RVP) e
aparecem características típicas de
choque;
● Mesmo na fase em que o DC aumenta,
mediadores vasoativos fazem com que o
sangue se desvie das redes capilares (por
isso é um choque distributivo);
● O fluxo capilar precário decorre dessa
derivação, juntamente com a obstrução
capilar por microtrombos, diminui a DO2
e reduz a capacidade de remoção de CO2
e produtos de excreção.A perfusão
reduzida causa disfunção, e, às vezes,
falência de um ou mais órgãos, incluindo
rins, pulmões, fígado, encéfalo e coração;
4. Triagem
● Critérios da SIRS, sinais vitais, sinais de
infecção, qSOFA (choque), SOFA,
NEWS, MEWS;
● Diagnóstico é clínico (sinais vitaise sinais
de infecção) → solicitar lactato;
● qSOFA e SOFA são muito sensíveis, mas
pouco específicos;
● Lactato é sensível e específico;
○ Ideal fazer na 1ª hora;
5. Tratamento do choque séptico
● Tratamento e reanimação imediatos;
● Hipoperfusão: pelo menos 30 mL/kg de
fluido cristaloide IV nas primeiras 3h de
ressuscitação;
● Meta de PAM: 65 mmHg;
● Admitir em UTI em até 6h;
● Antibioticoterapia empírica em, no
máximo, 1h após o diagnóstico;
Isabela Valinho, 5ºP
● Se diagnóstico não confirmado, reavaliar
continuamente e procurar diagnósticos
alternativos;
5.1. Escolha do antibiótico
● Alto risco de MRSA: 2 antimicrobianos
com cobertura para GRAM+
○ Meropenem + moxifloxacino;
○ Antibiograma para confirmar/
descartar;
○ Critérios:
■ Infecção prévia por MRSA;
■ Uso recente de
antibióticos IV;
■ Infecção cutânea
recorrente ou ferida
crônica (ex: úlcera de
decúbito);
■ Dispositivos invasivos (ex:
cateter);
■ Hemodiálise;
■ Admissões hospitalares
recentes;
■ Gravidade da doença;
● Alto risco de MDR: 2 antimicrobianos
com cobertura para GRAM-;
5.2. Descalonamento de antibióticos
● Avaliação diária para descalonamento de
antimicrobianos;
● Preferir uso mais curto → “menos é
mais”;
5.3. Uso de antifúngicos/ antivirais
● Terapia antifúngica empírica se risco de
infecção fúngica (ex: micafungina) -
infecção fúngica é aquela que o pct não
melhora após a antibioticoterapia e o
antibiograma dá negativo;
Isabela Valinho, 5ºP

Continue navegando