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1 3 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO (1)

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1 
 
1 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
SUMÁRIO: 
 
1. NO QUE CONSITE UM PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO 
1.1 Pilares de um serviço para que se caracterize como Planejamento Previdenciário 
 
2. SCRIPT DE VENDA 
2.1 Quando oferecer o produto aos clientes 
2.2 Redação de venda 
2.3 Como falar o valor do investimento, valorizando seu serviço 
2.4 Como demonstrar as vantagens ao cliente 
2.5 Como orçar o seu serviço 
2.6. Como criar autoridade, gerar segurança e estabelecer fidelidade 
 
3. AS ETAPAS DO PLANEJAMENTO 
 
3.1 ATENDIMENTO INICIAL (PRESENCIAL OU ONLINE) 
3.1.1 Perguntas que nunca podem ser esquecidas no atendimento inicial 
3.1.2 Análise documental (CNIS, Carteira de Trabalho, Carnês, PPP’s, Prova rural, 
Certidões, etc) 
 
3.2 ANÁLISE DE CNIS 
3.2.1 Como acessar o cnis? 
3.2.2 Quais informações o cnis apresenta ao segurado? 
Microfichas 
3.2.3 NIT (número de inscrição do trabalhador): 
3.2.4 Fundamentos sobre o cnis 
Quando a informação é considerada extemporânea 
Documentos que servem de prova para retificar o cnis 
Cuidados para usar carteira de trabalho como prova 
3.2.5 Como atualizar/retificar as informações do cnis 
3.2.6 Ocorrências comuns 
3.2.7 Alíquotas de contribuição 
Responsabilidade pelo recolhimento das contribuições e os reflexos no CNIS 
3.2.8 Códigos de recolhimento 
3.2.9 Conferência do salário de contribuição: 
3.2.10 Análise da carência e tempo de contribuição no CNIS 
3.2.11 Pagamento de contribuições atrasadas x carência 
3.2.12 Como recolher parcelas atrasadas 
3.2.13 Ajustes de guia 
 
 
 
 
2 
 
2 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
3.3 ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIA 
3.3.1 Definição das estratégias possíveis 
 
3.4 CÁLCULOS DE CARÊNCIA, TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E IDADE 
3.4.1 Cálculos até 13/11/2019 
3.4.2 Cálculos após 13/11/2019: até datas em que preenchidos requisitos das regras 
a serem analisadas 
 
3.5. CÁLCULOS DE SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
3.5.1 Ausência de salário de contribuição 
3.5.2 Salário de contribuição abaixo do mínimo 
3.5.3 Salário de contribuição acima do teto 
3.5.4 Salários de contribuição em atividades concomitantes 
3.5.5 Salário dos períodos de recebimento de benefício por incapacidade 
3.5.6 Salários nos períodos de recebimento de auxílio-acidente 
3.5.7 Atualização dos salários de contribuição 
3.5.8 Cálculo do salário de benefício (com base nos regramentos antes e depois da 
reforma) 
3.5.9 Análise do divisor mínimo 
 
3.6 CÁLCULOS DE RENDA MENSAL INICIAL 
3.6.1 Cálculo de RMI na regra do direito adquirido (salário de benefício x coeficiente 
da regra avaliada) 
3.6.2 Cálculos de estimativa da Renda Mensal Inicial após a EC nº 103 (projeção de 
RMI futura) 
3.6.3 Análise de existência de contribuições/carência sobrando para possível 
exclusão 
 
3.7 CÁLCULO DO INVESTIMENTO 
3.7.1 Cálculo de investimento sobre parcelas passadas (até 10/1996 e após) 
3.7.2 Desindexação 
SE FOR O CASO DE SEGURADO FACULTATIVO OU CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: 
3.7.4 Avaliação de alíquotas de contribuição 
3.7.5 Cálculos do investimento futuro 
3.7.6 Avaliação dos impactos no salário de benefício 
3.7.7 Avaliação da frequência de pagamento do segurado facultativo 
3.7.8 Análise do limitador do auxilio doença (média 12 últimas Lei 8.213/91, art. 29, 
§10) 
 
3.8 CÁLCULO DO MELHOR BENEFÍCIO 
3.8.1 Cálculo do comparativo das possíveis aposentadorias com base nos 
rendimentos futuros até o fim da vida (planilha que projeta até 85 anos de idade) 
3.8.2 Avaliação do ROI 
3.8.3 Cálculo dos valores a serem recebidos da primeira aposentadoria até a segunda 
 
3.9 APRESENTAÇÃO + CONSULTA FINAL 
3.9.1 Apresentação e relatório/parecer conclusivo ao Cliente 
 
3 
 
3 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
3.10 FIDELIZAÇÃO 
3.10.1 Fidelização do cliente após a consulta final 
 
3.11 ENGATILHAMENTO DE SERVIÇOS FUTUROS 
3.11 Serviços a serem engatilhados após a entrega do Planejamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
4 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
1. NO QUE CONSISTE UM PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO: 
Não é um mero cálculo de tempo de contribuição 
Não é igual para todos os Segurados 
Na minha metodologia, existem diversas etapas a serem observadas (pelo menos 10) 
É preciso adaptar ao interesse real do cliente (nem sempre é o melhor rendimento) 
É preciso sempre comparar o investimento x o retorno financeiro (ROI) 
Em termos de vantagem financeira: Não é a busca pela maior renda mensal inicial, 
mas pelo maior rendimento financeiro até o fim da vida 
Se contribuinte Individual ou Facultativo, é ainda mais amplo e complexo 
 
2. SCRIPT DE VENDA 
2.1 Quando oferecer o produto aos clientes: 
SEMPRE OFEREÇA! Para qualquer cliente! Em qualquer momento! 
Se o cliente te procurar para analisar o tempo de contribuição: OFEREÇA! 
Se o cliente te procurar para encaminhar aposentadoria: OFEREÇA! 
Se o cliente te procurar para encaminhar benefício por incapacidade: OFEREÇA! 
Se o cliente te procurar, por causa de outro assunto jurídico: ofereça também! 
Se o cliente já tem direito adquirido, ele precisa saber que as regras de transição que 
podem ser muito benéficas, e só o planejamento pode analisar este contexto, então: 
OFEREÇA! 
Se o cliente está com pedido de aposentadoria administrativo aguardando análise? 
OFEREÇA, pode ser o caso de pedir reafirmação da DER (a exemplo do divisor mínimo 
ou regra de transição vantajosa) - Art. 577, II e Art. 222, §3º da IN 128. 
Tem processo de aposentadoria judicial em andamento? OFEREÇA, você pode pedir 
reafirmação da DER judicialmente também - TEMA 995 STJ. 
OBS: Muito cuidado com o pedido de reafirmação da DER do Servidor no RGPS (§14 do 
art. 37 da CF – rompimento do vínculo). 
Tenha um script de venda, e mantenha este padrão de atendimento (tanto na hora de 
oferecer o produto, quanto na hora de entregá-lo, valorizando seu serviço). 
 
2.2. Redação de venda: 
Eu elaborei a minha redação de venda, mas varia muito de acordo com o produto que o 
cliente busca, e de acordo com o perfil do próprio cliente, mas você pode usar como 
modelo e deve adaptar para a sua personalidade. 
Não se esqueça de adaptar a sua redação de venda, para o perfil de cada cliente, por 
exemplo, a análise de um planejamento para um empregado ou um contribuinte 
facultativo/individual, são diferentes, então você sempre deve adaptar a redação da 
venda. 
Também é muito diferente fazer um planejamento para um cliente humilde que busca 
a primeira aposentadoria possível, que sequer tem expectativa de receber mais que um 
salário mínimo, em relação a um cliente que tem poder econômico para investimento e 
busca o melhor retorno financeiro até o fim da vida. 
 
 
 
 
5 
 
5 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
Então, segue a minha redação de venda: 
 
Oi xxxxxx, eu acho que no seu caso em específico, seria muito vantajoso 
realizarmos um Planejamento de Aposentadoria. 
Trata-se de um estudo COMPLETO sobre todas as possibilidades de 
aposentadorias antes e depois da reforma da previdência, para que você não 
deixe de ganhar nem um real a título de aposentadoria, e especialmente, para 
que você possa escolher pela regra mais vantajosa financeiramente. 
Primeiro vamos realizar uma consulta inicial, para eu colher todas as informações 
necessárias e avaliar as possibilidades que o seu histórico de trabalho me permite 
trabalhar, assim vamos verificar se posso aumentar seu tempo de contribuição e 
adiantar sua aposentadoria ou até mesmo elevar o valor dela em relação ao que 
INSS iria conceder. 
Para isso, precisamos realizar: 
- Cálculos de tempo de contribuição (para avaliar o direito adquirido e as regras 
de transição da reforma) e 
- Cálculos de renda mensal inicial (simular a renda mensal de cada regra que você 
possa se enquadrar); 
- Se você tiver a possibilidade de seguir contribuindo “por conta” para oINSS, eu 
ainda vou avaliar todo o investimento que você irá realizar, para diagnosticar 
sobre qual valor vale a pena contribuir e em qual alíquota (assim você não perde 
dinheiro). 
Feito este estudo completo, teremos mais uma consulta, para eu lhe explicar 
exatamente cada ponto deste estudo, e eu vou lhe entregar um relatório 
completo com um quadro comparativo das regras mais vantajosas, assim você 
poderá levar para casa todas essas anotações e pensar com calma na sua 
decisão, avaliando sempre o seu interesse de qualidade de vida pessoal e 
financeira. 
Por último, você vai me repassar a sua decisão, sem pressa nenhuma, e a partir 
daí vamos estar sempre conectados, até que o grande dia chegue e eu possa 
encaminhar o pedido de aposentadoria para você. 
E por último, não menos importante, se outras reformas mudarem o estudo do 
nosso planejamento, você ganhará desconto de XX% do valor do serviço de 
planejamento, para reavaliação do seu caso. 
 
2.3 Como falar o valor do investimento, valorizando seu serviço: 
Para falar do valor ao cliente, eu mantenho um padrão, gosto sempre de responder o 
valor do meu TRABALHO, de forma que ele possa realmente valorizar tudo o que eu 
vou fazer, e como isso me custará tempo e expertise. 
Valorize seu trabalho dando ênfase em algum ponto particular do caso que você sabe 
que é mais complexo. Segue o exemplo da minha fala: 
 
Para realizar todo este estudo, eu vou dedicar em torno de XX horas de trabalho 
exclusivamente no teu planejamento. Além disso, vamos realizar duas consultas e 
vou lhe apresentar uma estratégia completa para encaminhamento/escolha da 
melhor aposentadoria. No seu caso específico precisamos avaliar 
 
6 
 
6 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
XXXXXXXXXXXXXXXXX (pontue/problematize a situação específica do caso que é 
complexa), então, neste caso, o investimento é de R$ XXXXX. 
Este valor investido lhe assegurará um novo planejamento, com desconto de XX% 
do valor, acaso haja nova reforma da previdência, antes de você alcançar o seu 
direito, mas vamos torcer para que isto não aconteça. 
Anualmente sempre iremos nos comunicar, até que você implemente o seu 
direito, para que você esteja sempre seguro(a) sobre as mudanças legislativas 
que podem interferir no nosso resultado almejado. 
Muito grato(a) pela confiança e meu trabalho. 
 
Outra forma de valorização, é a entrega de um orçamento, desmembrando todos os 
serviços, com o valor respectivo para cada um deles. 
 
2.4 Como demonstrar as vantagens ao cliente: 
 O Cliente não sabe as vantagens deste serviço, mas você sabe! Então, mostre isso para 
ele. Você pode mostrar as vantagens para o cliente, falando sobre o resultado de um 
planejamento que realizou (exemplo: o último planejamento que realizei, encontramos 
um benefício com renda mensal inicial de R$ 1.000,00 a mais por mês, em apenas 8 
meses de espera, tudo em decorrência de uma regra de transição da reforma). 
OBS: ISSO É VERDADE, É UM CASO MEU kkkkkk 
Mostre os números, nada é mais visível que números. Por exemplo, fale da situação de 
poder escolher salários de contribuição para serem excluídos do cálculo, de como isso 
pode ser vantajoso, e como a ajuda de um profissional é essencial para esta análise. 
Você também pode “problematizar” o caso, demonstrando para o cliente quais as 
maiores dificuldades do caso dele, demonstrando que você tem conhecimento das 
soluções. 
 
2.5 Como orçar o seu serviço: 
É bem difícil dizer, é a pergunta que todos querem a resposta e ninguém dá ela 
concretamente. E de fato não existe resposta concreta porque depende da região, 
depende do caso, depende do cliente. Vejo advogados cobrando de 1 até 3 salários 
mínimos. Eu não tenho um valor fixo, gosto sempre de orçar o valor de acordo com o 
caso específico, assim posso saber quantas horas vou levar, qual é a complexidade, etc, 
e calculo o valor com base no valor da minha hora/trabalho. 
Uma sugestão é avaliar quanto tempo você vai levar para realizar o serviço completo, e 
então multiplique o valor da sua hora de trabalho pelo número de horas dedicadas. 
E não esqueça: quando você estiver fazendo planejamento para contribuinte 
facultativo ou individual, você irá realizar um trabalho muito mais complexo. 
 
2.6. Como criar autoridade, gerar segurança e estabelecer fidelidade: 
Um detalhe importante, é que você precisa criar autoridade para passar segurança ao 
cliente e então poder cobrar um valor condizente com a complexidade do trabalho. 
Para isso, divulgue informativos em redes sociais, mostre-se atualizado, ou, na própria 
consulta, “problematize” os fatos, mostre para o cliente como é complexo o trabalho 
realizado por você e quantas possibilidades existem para cada pequena informação 
que ele lhe passa. 
 
7 
 
7 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
Sempre passe segurança para o cliente, mostre-se firme e com discurso coerente, 
sempre lhe dê atenção e ofereça acompanhamento do caso anual, para que ele crie um 
elo de fidelidade com você. Assim, você engatilha o serviço de requerimento de 
aposentadoria e outros. 
 
 
3. ETAPAS DO PLANEJAMENTO: 
Atendimento Inicial (presencial ou online) 
Análise de CNIS e documentos 
Elaboração de estratégia 
Cálculos de carência, tempo de contribuição e idade 
Cálculo do Salário de Benefício 
Cálculos de Coeficiente e Renda Mensal Inicial 
Cálculo do Investimento 
Cálculo do Melhor Benefício 
Apresentação + Consulta final 
Fidelização 
Engatilhamento de serviços futuros 
 
3.1 ATENDIMENTO INICIAL: 
Coleta de Informações 
Avaliação do caso 
Solicitação de documentos 
Construção da prova 
Diagnóstico do caso 
Percepção do real interesse do cliente (financeiro ou afastamento do trabalho) 
Análise da data da filiação (para avaliar qual tempo mínimo de carência e regra do 
cálculo do salário de benefício) 
Análise do CNIS (engatilha serviço de acerto de CNIS, permitido pela Portaria 123 – art. 
3º, V) 
Descoberta da problematização do caso 
 
3.1.1 Perguntas que nunca podem ser esquecidas no atendimento inicial: 
O cliente realmente não sabe as informações importantes que precisa passar ao 
advogado, por isso é essencial que o profissional tenha uma ficha de atendimento 
inicial, para nunca esquecer das diversas perguntas que precisam serem feitas, e cada 
uma destas perguntinhas levam a diversas outras dependendo da resposta. 
Pensando nisso, eu elaborei uma “FICHA DA ENTREVISTA INICIAL” mas lembrem-se, 
avaliem o caso concreto do cliente, e se for o caso, façam perguntas que também não 
estão lá. A Ficha está disponível em um arquivo separado salvo com o nome: “FICHA 
DA ENTREVISTA INICIAL”. 
Dentre todas as perguntas importantes, seguem as principais: 
- Se labutou em escola técnica como aluno aprendiz ou como seminarista, em quais 
períodos, em quais condições 
- Se prestou serviço militar, qual período, certidão 
- Se labutou em regime de economia familiar (agricultor, garimpeiro), quais períodos, 
avaliação da forma do labor, tamanho das terras, se a família tinha empregados, outra 
 
8 
 
8 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
fonte de renda, etc. OBS: até 31/10/1991 é possível reconhecer tempo rural sem 
necessidade de indenização, de 01/10/1991 até 13/10/1996, no pagamento das 
indenização não incide juros e multa (§8-A, do art. 239 do Decreto 3.048, incluído pelo 
Decreto 10.410), mas depois de 14/10/1996 vai incidir. 
- Se labutou sem vínculo na Carteira de Trabalho -> engatilha serviço 
- Se recebeu benefício por incapacidade (avaliar carência) 
- Se ingressou com alguma Reclamatória Trabalhista contra algum empregador, se 
reconheceu parcelas de natureza remuneratórias, se teve perícia no local de trabalho -
> engatilha 
- Se labutou em atividades especiais, se tem provas, PPP’s etc, se empresas estão ativas 
-> engatilha (possível majorar atividade especial até 13/11/2019) 
- Se labutou em algum período com deficiência (conversões permitidas mesmo apósa 
EC 103) 
- Se contribuiu individualmente: quais os períodos, alíquotas 
– Se trabalhou como contribuinte individual mas não contribuiu, avaliar se tem provas 
e se vale a pena indenizar o período (até 13/10/1996, no pagamento das indenização 
não incide juros e multa, mas depois de 14/10/1996 vai incidir conforme §8-A, do art. 
239 do Decreto 3.048, incluído pelo Decreto 10.410) 
- Se é/foi professor (ou atividade típica de magistério), quais períodos, quais níveis, etc. 
- Se labutou em RPPS, se usou período, se vai se aposentar no RPPS, se precisa levar 
tempo do RGPS para RPPS, se possuí certidão (OBS: Sempre cuidar situações de 
rompimento de vínculo com base na reforma da previdência) 
- Se contribuiu para atividades concomitantes 
- Se recebe pensão por morte 
- Se pretende continuar na atividade especial 
Cada caso é um caso, cada situação abre muitas perguntas a serem feitas, com a 
prática você vai entendendo estes detalhes, mas estas perguntas são suficientes para 
quem quer fazer um planejamento de respeito. A partir daí, com o caso concreto em 
mãos, você pode começar a estudar as particularidades e planejar uma estratégia. 
Toda esta análise vale também para os benefícios NÃO programáveis, em decorrência 
das novas regras de cálculo, cada ano de tempo de contribuição reconhecido, pode 
gerar adicional de 2% na RMI do benefício por incapacidade definitiva por exemplo. 
 
3.2.2 Análise de documental (CNIS, carteira de trabalho, carnês, PPP’s, Provas, etc) 
Este é o momento de encontrar os possíveis acertos de vínculos a serem feitos junto ao 
INSS, e para isso, é preciso comparar vínculos da CTPS com os registros do CNIS, avaliar 
exatamente cada data de início e fim de cada vínculo, e sempre que as informações 
tiverem conflitantes, você sabe que precisará atual no processo. 
Você também deve avaliar se todos os períodos que o Cliente contribuiu com CNIS 
estão lá devidamente lançados. 
Nunca esqueça de conferir se não existe mais de um NIT cadastrado em nome deste 
mesmo cliente, porque se tiver, pode ser que as informações do CNIS não estejam 
completas, aí você precisa corrigir este equívoco, par que as informações de todos os 
NIT constem no CNIS. 
Então este é o momento de procurar possíveis equívocos a serem sanados, como por 
exemplo as informações que não estão no CNIS, ou as possíveis vezes que você terá que 
 
9 
 
9 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
avaliar o que os indicadores do CNIS estão lhe dizendo (é isso mesmo, os indicadores do 
CNIS falam com o advogado). 
Se você é daqueles que fica assustado quando olha um CNIS cheio de indicadores, saiba 
que estes indicadores estão lá para te ajudar! Isso mesmo, os indicadores apontam 
algumas peculiaridades dos períodos de contribuição, e geralmente, quando há este 
indicador, é muito provável que você, advogado previdenciário, deva tomar alguma 
atitude em relação àquela particularidade. 
Lembre-se que você pode engatilhar serviços para ajuste de vínculos e remunerações 
permitido pela Portaria 123 – art. 3º, V 
Por último, e não menos importante, este é o momento que você solicita para o cliente 
todos os documentos de comprovação de atividade especial, ou qualquer outra 
comprovação que seja necessária diante daquele cenário. 
 
3.2 ANÁLISE DE CNIS: 
 
3.2.1 - COMO ACESSAR O CNIS? 
Necessário saber CPF e ter senha de acesso do cliente ao Portal MEU INSS 
Se o cliente não tiver senha, gerar senha MEUINSS 
Não esqueça de assinar o TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO/ELABORAÇÃO DE SENHA 
 
Site ou APP: https://meu.inss.gov.br/central/#/login?redirectUrl=/ 
 
Na página inicial já terá a opção de Extrato de Contribuição (CNIS): 
 
 
Depois é só baixar em PDF (VERSÃO COMPLETA): 
https://meu.inss.gov.br/central/#/login?redirectUrl=/
 
10 
 
10 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
Segue imagem do famoso CNIS: 
 
 
 
 
3.2.2 - QUAIS INFORMAÇÕES O CNIS APRESENTA AO SEGURADO? 
 
 NIT – Número de Inscrição do Trabalhador 
 Data de início e fim dos vínculos de trabalho ou contribuições 
Salários de contribuição (valor do salário base e não o valor da contribuição) 
 
11 
 
11 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
A data em que os pagamentos foram realizados (importante para análise de 
carência dos responsáveis pelo recolhimento) 
Tipo de Filiação (se empregado, se contribuinte individual, etc) 
A forma do recolhimento (se foi com alíquota de MEI, por exemplo) 
Se o valor recolhido foi abaixo do mínimo 
Se a anotação deste vínculo foi realizada de forma extemporânea 
Os períodos de benefícios 
Os indicadores que demonstram se um vínculo precisa ser comprovado, 
ajustado, etc 
Legenda dos indicadores: 
 
Etc 
 
 
MICROFICHAS 
O CNIS não contém as informações de recolhimentos de contribuintes 
individuais, realizadas no período de 1973 até 1984, para isso é necessário solicitar as 
Microfichas que são os extratos de contribuições deste período. 
 
 
 
 
3.2.3- PRESTAR ATENÇÃO NO NIT (NÚMERO DE INSCRIÇÃO DO TRABALHADOR): 
Ver se é apenas um número 
Ás vezes pode existir mais de NIT cadastrado e o CNIS está apresentando apenas as 
informações de UM, por isso a importância da entrevista inicial para verificar se o CNIS 
está completo ou não 
Exemplo: era empregado e depois virou contribuinte individual (vai ter 2 NIT’s) 
Pode pedir a unificação destes NIT’s 
O cliente precisa trazer todos os documentos: CTPS, cartão do PIS/PASEP, folha de 
cadastramento ou recadastramento na previdência social como contribuinte individual 
para avaliar. OBS: Se for preciso, na Caixa tem o número do PIS/PASEP 
Pode pedir o nº do NIT na empresa, pedir cópia autenticada da ficha de registro de 
empregado, que vai constar o NIT 
 
 
3.2.4- FUNDAMENTOS PARA REGULARIZAR INFORMAÇÕES DO CNIS: 
 
Art. 29-A Lei 8.213: 
Art. 29-A O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro Nacional de 
Informações Sociais – CNIS sobre os vínculos e as remunerações dos segurados, 
 
12 
 
12 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
para fins de cálculo do salário-de-benefício, comprovação de filiação ao Regime 
Geral de Previdência Social, tempo de contribuição e relação de emprego 
§ 1o O INSS terá até 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da solicitação do 
pedido, para fornecer ao segurado as informações previstas no caput deste 
artigo. 
§ 2o O segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a inclusão, exclusão ou 
retificação de informações constantes do CNIS, com a apresentação de 
documentos comprobatórios dos dados divergentes, conforme critérios 
definidos pelo INSS 
§ 3o A aceitação de informações relativas a vínculos e remunerações inseridas 
extemporaneamente no CNIS, inclusive retificações de informações 
anteriormente inseridas, fica condicionada à comprovação dos dados ou das 
divergências apontadas, conforme critérios definidos em regulamento 
§ 4o Considera-se extemporânea a inserção de dados decorrentes de documento 
inicial ou de retificação de dados anteriormente informados, quando o 
documento ou a retificação, ou a informação retificadora, forem apresentados 
após os prazos estabelecidos em regulamento. 
 § 5o Havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo incluído no CNIS e 
inexistência de informações sobre remunerações e contribuições, o INSS exigirá a 
apresentação dos documentos que serviram de base à anotação, sob pena de 
exclusão do período. 
 
Art. 19 do Decreto 3.048 
Art. 19. Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS 
relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação 
à previdência social, tempo de contribuição e salários-de-contribuição. 
 § 1º O segurado poderá solicitar, a qualquer tempo, a inclusão, a exclusão, a 
ratificação ou a retificação de suas informações constantes do CNIS, com a 
apresentação de documentos comprobatórios dos dados divergentes,conforme 
critérios definidos pelo INSS, independentemente de requerimento de benefício, 
exceto na hipótese prevista no art. 142, observado o disposto nos art. 19-B e art. 
19-C. 
§ 2º Informações inseridas extemporaneamente no CNIS, independentemente de 
serem inéditas ou retificadoras de dados anteriormente informados, somente 
serão aceitas se corroboradas por documentos que comprovem a sua 
regularidade, na forma prevista no art. 19-B. (Redação dada pelo Decreto nº 
10.410, de 2020). 
 
QUANDO A INFORMAÇÃO É CONSIDERADA EXTEMPORÂNEA: 
 
Art. 19, §3º do Decreto 3.048: Respeitadas as definições vigentes sobre a 
procedência e origem das informações, considera-se extemporânea a inserção de 
dados 
I - relativos à data de início de vínculo empregatício, após o último dia do quinto 
mês subsequente ao mês da data da admissão do segurado; 
 
➔ Exemplo: Segurado foi admitido em 02/2020, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
 
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13 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
mas só em 08/2020 o Empregador informa o vínculo 
 
II - relativos à remuneração de trabalhador avulso ou contribuinte individual 
que preste serviços a empresa ou equiparado, após o último dia do quinto mês 
subsequente ao mês da data da prestação de serviço pelo segurado; ou 
III - relativos à contribuição, sempre que o recolhimento tiver sido feito sem 
observância ao disposto em lei. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 
2020). 
➔ Exemplo: Contribuição abaixo do salário mínimo, 
ou fora do prazo. 
 
 
§ 4º A extemporaneidade de que trata o § 3º poderá ser desconsiderada depois 
de decorrido o prazo de um ano, contado da data de inserção das informações 
relativas a vínculos e remunerações, conforme critérios definidos pelo 
INSS. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). 
 
➔ Exemplo: Segurado foi admitido em 02/2020, 
mas só em 08/2020 o Empregador informa o vínculo, 
a partir de 06/2021 a informação extemporânea poderá ser desconsiderada. 
MAS ... Existe interpretação de que apenas as informações lançadas após 
06/2021 é que seriam desconsideradas como extermporânea. 
 
 
DOCUMENTOS QUE SERVEM DE PROVA PARA RETIFICAR O CNIS (Art. 48, IN 128, art. 
34 da Portaria 990): 
 
Art. 48. Observado o disposto nas Seções IV e X deste Capítulo, para fins de 
inclusão, alteração ou tratamento de extemporaneidade no CNIS do vínculo 
empregatício urbano ou rural, com admissão e demissão anteriores à data da 
instituição da Carteira de Trabalho, a comprovação junto ao INSS far-se-á por um 
dos seguintes documentos em meio físico, contemporâneos ao exercício da 
atividade remunerada: 
I - Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS; 
II - original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou do Livro 
de Registro de Empregados, onde conste o referido registro do trabalhador 
acompanhada de declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e 
identificada por seu responsável; 
III - contrato individual de trabalho; 
IV - acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o trabalhador como 
signatário e comprove seu registro na respectiva Delegacia Regional do Trabalho 
- DRT; 
V - termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; 
VI - extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado por 
empregado da Caixa Econômica Federal - CEF, desde que constem dados do 
empregador, data de admissão, data de rescisão, datas dos depósitos e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
 
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14 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
atualizações monetárias do saldo, ou seja, dados que remetam ao período objeto 
de comprovação; 
VII - recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a necessária 
identificação do empregador e do empregado; 
VIII - cópia autenticada do cartão, livro ou folha de ponto, acompanhada de 
declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu 
responsável; e 
IX - outros documentos em meio físico contemporâneos que possam comprovar o 
exercício de 
atividade junto à empresa. 
 
 
CUIDADOS PARA USAR CARTEIRA DE TRABALHO COMO PROVA 
Verificar se os registros estão em correta ordem cronológica 
Verificar o estado de conservação do documento 
Identificar se existem rasuras nas folhas, incluindo na folha da foto/qualificação 
Olhar entradas e saídas dos vínculos 
Olhar se é a carteira original do vínculo 
Verificar se o vínculo começou antes da emissão da CTPS 
Identificar se o vínculo começou antes e findou após a emissão da CTPS 
 
DOCUMENTOS QUE SERVEM DE PROVA PARA RETIFICAR OS ELOS DO CNIS - 
PORTARIA 990 
• Vínculo e remunerações do empregado – Art. 34 e seguintes 
• Tempo de contribuição no serviço público – Art. 41 e seguintes 
• Vínculo e remuneração do empregado doméstico – Art. 43 e seguintes 
• Período de atividade e remuneração do trabalhador avulso – Art. 53 e seguintes 
• Período de atividade e remuneração do contribuinte individual – Art. 58 e 
seguintes 
 
 
 
3.2.5 - COMO ATUALIZAR/RETIFICAR AS INFORMAÇÕES DO CNIS: 
 
Ligar para o 135 e solicitar pelo serviço: ATUALIZAÇÃO DE VÍNCULOS E 
REMUNERAÇÕES 
 
 
Depois abrir o portal MEU INSS do cliente e consultar pedidos 
 
 
Junte a petição ou modelo de requerimento, apontando todas as informações que você 
quer que sejam atualizadas/retificadas em CNIS, e demonstre as provas. 
 
15 
 
15 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
Junte toda a prova em digitalização colorida. 
 
3.2.6 - OCORRÊNCIAS COMUNS: 
 
VÍNCULO SEM DATA FIM: 
Muitas vezes o CNIS se apresenta sem a data fim, você até consegue ver o último 
mês/ano de contribuição, mas não dá para saber o dia do mês que encerrou o vínculo. 
Neste caso, você usa a CTPS para comprovar a data, e se não tiver CTPS, pode pedir na 
empresa cópia autenticada da ficha de registro de empregado, ou Extrato de FGTS, etc 
Se na caixa não tem a data fim: tentar a RAIS “relação anual de informações sociais”, 
ou o termo de rescisão de contrato de trabalho, ou outro documento que defina a data 
de entrada e saída, aviso prévio, etc 
 
DATA FIM NÃO BATE COM O AVISO PRÉVIO: 
Tema afetado. Tema 250 da TNU: 
O período de aviso prévio indenizado é válido para todos os fins previdenciários, 
inclusive como tempo de contribuição para obtenção de aposentadoria. 
 
INDICADOR DE RPPS: 
Primeiro precisamos saber o que é RPPS e RGPS 
RPPS - Regime Próprio de Previdência Social (é um regime previdenciário própria para 
os servidores titulares de cargos efetivos – concursados – onde o servidor contribuí ao 
respectivo ente federativo, seja Município, Estado ou União) 
RGPS – Regime Geral da Previdência Social (INSS) 
Então, quando o Segurado trabalhou vinculado a algum Regime Próprio de Previdência 
Social, este indicador aparece no CNIS 
Por exemplo: um professor concursado do Estado do RS. 
 
Atente-se a esta informação, pois pode ser o caso de averbar tempo de um regime em 
outro, para isso deverá ser requerida a CTC (Certidão de Tempo de Contribuição), que é 
como se fosse um “cheque nominal” entre os regimes pra fazer a compensação destes 
períodos. 
Muito cuidado, que para averbar tempo de RPPS no RGPS (O Segurado será exonerado 
do cargo quando ele usar o tempo de contribuição deste respectivo cargo, para uma 
aposentadoria) 
Art. 37, § 14 da CF 
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição 
decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de 
Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referidotempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
 
ACN 
Significa que o Segurado já pediu acerto no CNIS 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
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16 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
ACNISVR–ACERTO REALIZADO PELO INSS 
Indica que algum tipo de acerto foi realizado/deferido 
 
INDICADOR DE AUTÔNOMO/CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: 
Quem é o Autônomo? Àquele que exerce atividade por conta própria (antes de 99 era 
chamado de autônomo equiparado ao autônomo, contribuinte em dobro, empregado, 
empresário), a partir de 1999 temos o contribuinte individual que engloba todos estes 
nomes. Antigamente se contribuía com os “Carnês laranjinhas”. 
Este contribuinte merece sempre atenção especial, pois os indicadores do CNIS, na 
maioria das vezes, dizem respeito a ele e alguma particularidade do seu recolhimento. 
 
AEXT-VT–ACERTO DE VÍNCULO EXTEMPORÂNEO VALIDADO TOTALMENTE 
Significa que que o vínculo extemporâneo foi validado, dessa forma, não há 
necessidade de fazer prova da sua validade. 
 
AVRC-DEF–ACERTO DE VÍNCULO EXTEMPORÂNEO DEFERIDO 
Indica que diante de requerimento administrativo, o vínculo foi deferido. 
 
INDICATIVO DA SITUAÇÃO DO BENEFÍCIO: CESSADO, SUSPENSO, ATIVO, ETC. 
 
 
 
 
É importante para análise da carência. Ver se o período de gozo de benefício aconteceu 
antes ou depois da EC nº 103, ver se está cessado, se teve recolhimento depois da 
cessação, etc. 
Antes da EC nº 103 o período será contado como carência, desde que após a cessação 
do vínculo haja contribuição, a menos que trate de benefício de natureza acidentária 
(ver aula sobre o conceito de carência), isso porque antes da EC nº 103, se for auxilio 
doença acidentário, não precisa intercalar com contribuições. 
Já depois da EC nº 103, de acordo com o art. 193, §1º da IN 128, ambos os benefícios 
precisam estar intercalados para serem validados como carência: 
 
Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº 
2009.71.00.004103-4 (novo nº 0004103-29.2009.4.04.7100) é devido o 
cômputo, para fins de carência, do período em gozo de benefício por 
incapacidade, inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, desde que 
intercalado com períodos de contribuição ou atividade, para os benefícios 
requeridos a partir de 19 de setembro de 2011, observado o seguinte [...]: 
 
 
Quanto ao auxílio Acidente, temos que até 18/06/2019, o recebimento do benefício era 
suficiente para manter a qualidade de segurado , depois, com o advento da Lei 13.846: 
 
17 
 
17 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; *redação antes da Lei 
13.846 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-
acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
 
Lei publicada em 18/06/2019. Então até 06/2020 estes Segurados ainda tinham 
qualidade de segurado (considerando aí um período de graça de 12 meses), depois 
deste prazo, precisam contribuir como facultativo (se não tem atividade remunerada). 
 
 
 
 
IEAN(25)– INDICA EXPOSIÇÃO A AGENTE NOCIVO 
Significa que o Empregador informou ao INSS que a atividade exercida na sua empresa 
foi através do uso de agentes nocivos que dão direito a aposentadoria especial. 
Isso não significa que o Segurado não precise provar a atividade especial com PPP. 
Existe 3 tipos de indicadores: 
IEAN (15): APOSENTADORIA COM 15 ANOS DE EXPOSIÇÃO 
IEAN (20): APOSENTADORIA COM 20 ANOS DE EXPOSIÇÃO 
IEAN( 25): APOSENTADORIA COM 25 ANOS DE EXPOSIÇÃO 
 
PEXT 
É um indicador com várias possibilidades diferentes, e significa que o vínculo do 
segurado é extemporâneo e não será considerado pelo INSS 
Pode ser problema com a Data de admissão; Data de rescisão; Alteração na razão 
social/CNPJ do empregador; Questões sobre a contribuição; informações prestadas 
fora do prazo pelo empregador 
 
PREC FACULT CONC 
 
Recolhimento ou período de atividade de contribuinte facultativo concomitante com 
outro. O indicador é importante pois quem tem atividade remunerada não pode 
contribuir como facultativo, provavelmente recolheu pelo código errado. 
 
IREC-LC123 
 
Contribuição recolhida com código da LeiComplementar 123/2006 (Plano Simplificado 
de Previdência). 
Plano Simplificado de Previdência que corresponde a 11% do valor estipulado com o 
salário mínimo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24
 
18 
 
18 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
Neste Plano mais “barato”, com valor reduzido, o Segurado está abrindo mão da 
aposentadoria por tempo de contribuição (e regra de transição da aposentadoria por 
tempo), e neste caso, para ele usar estes períodos nesta modalidade de aposentadoria, 
ele precisa complementar a alíquota. 
 
IMEI 
Contribuição da competência foi recolhida com código de Microempreendedor 
Individual (MEI), com a alíquota de 5% sobre o valor do salário mínimo. 
Neste caso a alíquita contribuída é de 5%, e o Segurado também está abrindo mão da 
aposentadoria por tempo de contribuição (e regra de transição da aposentadoria por 
tempo), e neste caso, para ele usar estes períodos nesta modalidade de aposentadoria, 
ele precisa complementar a alíquota. 
 
PREC-FBR 
Recolhimento facultativo baixa renda pendente de análise. 
Cad único. 
 
PREC-FBR 
Recolhimento facultativo baixa renda não validado/homologado 
Significa que existe uma pendência na comprovação da situação de baixa renda, ou 
contribuição concomitante com outra categoria 
 
PREC-FBR-ANT 
Recolhimento facultativo baixa renda anterior a competência de 09/2011 
Significa que existe uma pendência na comprovação da situação de baixa renda 
 
PEMP-CAD 
Faltam dados cadastrais do empregador (CNPJouCEI) 
Apresentar certidão da Junta Comercial, CTPS, entreoutros. 
Faltam dados cadastrais do empregador (CNPJouCEI) 
Apresentar certidão da Junta Comercial, CTPS, entreoutros. 
Informação relacionada a estrutura da empresa 
 
IREM-ACD 
Remuneração possui parcela de Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo. 
 
PREM-EMPR 
Remunerações antes da data de início de atividade do empregador, cabe a prova da 
regularidade do vínculo, é muito comum em órgão público 
 
IDT 
Indica Demanda Trabalhista 
Neste caso, pegar cópia da reclamatória trabalhista (autenticada), ou, no caso de 
processo eletrônico, o download completo, e analisar o impacto destas parcelas 
reconhecidas em benefício 
OBS: Apesar de acontecer o débito previdenciário dentro do processo trabalhista, estas 
remunerações/vínculos reconhecidos, não são inseridos de forma automática no CNIS 
 
19 
 
19 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
PREM - BLOQ - EC 103 
Pendência na remuneração, por isso está bloqueada para ajuste entre 
competências 
 
PSC – MEN – SM – EC 103 
Pendência na competência: o somatório da contribuições é menor que o salário 
mínimo. Competência pode ser passível de complementação, utilização do 
excedente ou agrupamento 
 
 
 
3.2.7 - ALÍQUOTAS DE CONTRIBUIÇÃO 
 
ALÍQUOTAS DOS EMPREGADOS, DOMÉSTICOS E AVULSOS DEPOIS DA REFORMA 
Art. 28 da EC º 103 
Salário mínimo do ano 2019: 
I - até 1 (um) salário-mínimo, 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento); 
II - acima de 1 (um) salário-mínimo até R$ 2.000,00 (dois mil reais), 9% (nove por cento); 
III - de R$ 2.000,01 (dois mil reais e um centavo) até R$ 3.000,00 (três mil reais), 12% (doze por cento); e 
IV - de R$ 3.000,01 (três mil reais e um centavo) até o limite do salário de contribuição, 14% (quatorze 
por cento). 
 
ALÍQUOTAS DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO 
Primeiro vamos esclarecer os tipos de Segurados neste enquadramento 
FACULTATIVO: não exerce atividade remunerada,mas opta por contribuir para o INSS 
sem obrigatoriedade nenhuma 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: que presta serviço para pessoa física 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: que presta serviço para pessoa jurídica 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: que constitui empresa e presta serviço para pessoa 
jurídica 
 
ALÍQUOTA COMPLETA Contribuinte Individual e Facultativo 20% 
ALÍQUOTAS 
SIMPLIFICADAS 
Contribuinte Individual, Segurado 
Facultativo, MEI e 
Segurado Facultativo de Baixa Renda 
 
11% e 5% 
*Renúncia 
aposentadoria por 
tempo de contribuição 
 
 
FACULTATIVO: 
20% sobre o valor que escolher (respeitado limite mínimo e máximo) 
 
20 
 
20 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
11% sobre o salário mínimo (abre mão da aposentadoria por tempo de contribuição (e 
regras de transição da respectiva aposentadoria), podendo complementar o valor para 
usufruir do período para este benefício) 
5% sobre o salário mínimo: sem renda própria que se dedique exclusivamente ao 
trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de 
baixa renda (CADÚNICO). 
 
 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: que presta serviço para pessoa física 
20% sobre a remuneração ou 
11% sobre o salário mínimo (abre mão da aposentadoria por tempo de contribuição (e 
regras de transição da respectiva aposentadoria), podendo complementar o valor para 
usufruir do período para este benefício) 
 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: que presta serviço para pessoa jurídica 
Responsabilidade do recolhimento previdenciário é do tomador de serviços, desde 1º 
de abril de 2003. A empresa retém 11% sobre a remuneração paga, limitado ao teto 
máximo previdenciário, e recolhe este valor com as demais contribuições de seus 
empregados. 
 
MEI – Microempreendedor Individual 
5% sobre o salário mínimo (até 04/2011 era 11%, depois alíquota foi reduzida para 5%) 
Lei Complementar 123: abre mão da aposentadoria por tempo de contribuição (e 
regras de transição da respectiva aposentadoria), podendo complementar o valor para 
usufruir do período para este benefício 
 
 
RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES 
 
De quem é a responsabilidade de arrecadar as contribuições dos segurados 
empregados e trabalhadores avulsos que trabalhem para pessoa jurídica? 
Da empresa (Art. 30, inciso I, letra “a” da Lei 8.212 + Art. 216 Decreto 3.048) 
 
Contribuinte individual que presta serviço para pessoa jurídica: a partir 01/04/2003 a 
empresa que vai recolher/reter 11% sobre a remuneração paga (limitada ao teto) 
 
Demais contribuintes: responsabilidade própria (individual que presta serviço à pessoa 
física, facultativo, MEI, etc) 
 
3.2.8 - CÓDIGOS 
 
CÓDIGO PARA COMPLEMENTAR MEI: 
Códigos usuais do contribuinte individual 
1295 MEI até 04/2011 era 11%, então complementa 9% com código 
1910 MEI depois 05/2011 era 5% então complementa 15% com código 
 
CÓDIGOS DE RECOLHIMENTO: 
 
21 
 
21 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
1007 Contribuinte Individual Mensal sobre a remuneração (20%) 
1104 Contribuinte Individual Trimestral (Jan a Março, etc.) sobre a remuneração (20%) 
OBS: NÃO USAR, pois dá muita confusão 
1120 Contribuinte Individual–Mensal–Com dedução de 45%(Lei9.876/1999) 
1147 Contribuinte Individual–Trimestral–Com dedução de 45%(Lei9.876/1999) 
1287 Contribuinte Individual–Rural Mensal 
1228 Contribuinte Individual–Rural Trimestral 
1805 Contribuinte Individual–Rural Mensal–Com dedução de 45% (Lei9.876/1999) 
1813 Contribuinte Individual–Rural Trimestral– Com dedução de 45% (Lei9.876/1999) 
*Dedução de 45%: §4º, art. 30 da Lei 8.212/91 
1406 Facultativo–Mensal (20%) 
1457 Facultativo–Trimestral (20%) 
1821 Facultativo/Exercente de Mandato Eletivo/Recolhimento Complementar (20%) 
 
1163 Contribuinte Individual–Mensal (11%) 
1180 Contribuinte Individual–Trimestral (11%) 
1295 Contribuinte Individual–Mensal–Complementação 9% 
1198 Contribuinte Individual–Trimestral–Complementação9% 
1910 Micro Empreendedor Individual MEI – Mensal- complementação 15% 
1236 Contribuinte Individual–Rural Mensal (11%) 
1252 Contribuinte Individual–Rural Trimestral (11%) 
1244 Contribuinte Individual–Rural Mensal–Complementação9% 
1260 Contribuinte Individual–Rural Trimestral–Complementação9% 
 
1473 Facultativo – Mensal (11%) 
1490 Facultativo – Trimestral (11%) 
1686 Facultativo – Mensal–Complementação 9% 
1694 Facultativo – Trimestral–Complementação 9% 
 
1929 Facultativo Baixa Renda– Mensal (5%) 
1937 Facultativo Baixa Renda–Trimestral (5%) 
1830 Facultativo Baixa Renda–Mensal–Complemento 6% (paraplanosimplificado11%) 
1848 Facultativo Baixa Renda–Trimestral– Complemento6% (para plano simplificado 
11%) 
1945 Facultativo Baixa Renda–Mensal–Complemento15% (para plano normal) 
1953 Facultativo Baixa Renda–Trimestral–Complemento15% (para plano normal) 
 
COMO AUMENTAR A BASE DE CÁLCULO DOS QUE CONTRIBUIRAM SOBRE O MÍNIMO 
Complementar a alíquota até o salário mínimo, e depois recolher 1007 sobre salario 
que quiser utilizar na soma 
Cuidados sempre com a declaração de imposto de renda 
 
COMO RECOLHEM: 
Sócios de empresa: GFIP 
Individual que presta serviço pessoal física: GPS 
 
 
 
22 
 
22 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
3.2.9 – CONFERÊNCIA DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO: 
 
Analisar todos os salários de contribuição no CNIS: verificar se tem todos os salários no 
período (pós 07/1994 ou todo período se for revisão da vida toda) e ver se os valores 
condizem com a realidade. 
 
Como comprovar estes salários: 
 
- Extrato de FGTS 
- Recibos e/ou extrato bancário 
- Demonstrativo de pagamento 
- RAIS/CAGED 
- Ficha de Registro de Empregado 
 
Quando não tem documentos para comprovar = art. 36, §2º do Decreto 3.048 
Quando os Segurados não possam comprovar o valor dos seus salários de contribuição, 
será considerado o valor do salário-mínimo. 
 
Em alguns casos a previdência social despreza o período sem contribuição. 
 
Se o Segurado não tem mais as guias de recolhimento é possível extrato de 
contribuições previdenciárias com códigos informados em guia, pedir detalhamento 
por meio deste extrato para verificar ajustes (exemplo: informou como individual e era 
facultativo) 
 
 
3.2.10 – ANÁLISE DA CARÊNCIA E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NO CNIS 
 
Carência: 
Até 13/11/2019: não importa o valor da contribuição do Segurado empregado, 
doméstico e avulso. Sempre vai valer como 1 mês de carência, independente de 
quantos dias trabalhados e valor recolhido. 
Depois da vigência da EC nº 103 e o Decreto 10.410, só valem contribuições acima do 
mínimo. 
MAS ... o Art. 195, § 14 da CF (salário de contribuição abaixo do mínimo, não valem 
para TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO). 
Já para os responsáveis pelo próprio recolhimento, o valor mínimo sempre deve ser 
respeitado, antes e depois da EC 103. 
 
Tempo de contribuição: 
Até 13/11/2019: não importa o valor da contribuição do Segurado empregado, 
doméstico e avulso. Sempre vão ser computados os dias trabalhados, independente do 
valor recolhido. 
Já para os responsáveis pelo próprio recolhimento, o valor mínimo sempre deve ser 
respeitado, para os dias de contribuição serem computados. 
Depois da EC nº 103 (13/11/2019): independente do tipo de Segurado, só vai contar 
como tempo de contribuição se respeitado o salário mínimo, mas agora, mesmo que 
 
23 
 
23 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
trabalhe apenas 5 dias daquele mês, vai contabilizar 30 dias como tempo de 
contribuição. 
 
AUXÍLIO-ACIDENTE 
Lei 13.846. Não conta como carência. 
Se está sem atividade remunerada, para manter a qualidade de segurado, deve 
recolher como segurado facultativo. 
Até 16/08/2020 mantiveram a qualidade de segurado por conta do ano que passou da 
publicação da lei. 
 
 
A PARTIR DE QUANDO EU COMEÇO A CONTAR A CARÊNCIA? 
Art. 27, I da Lei 8.213 - A partir da filiação: empregados, domésticos e os trabalhadores 
avulsos 
Art. 27, II da Lei 8.213 - A partir do efetivo pagamento: individual, facultativoe 
especial 
 
EXEMPLO de CNIS de Contribuinte Individual: 
 
COMPETÊNCIA: DATA PAGAMENTO: 
04/2018 06/08/2018 PAGOU EM ATRASO 
05/2018 06/08/2018 PAGOU EM ATRASO 
06/2018 06/08/2018 PAGOU EM ATRASO 
07/2018 06/08/2018 PAGOU EM DIA 
 
Neste caso a carência inicia a contagem em 07/2018, pois foi primeira paga em dia 
 
 
3.2.11- PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES ATRASADAS X CARÊNCIA: 
Art. 28, §4º Decreto 3.048 (atualizado Decreto 10.410) 
Se perdeu a qualidade de segurado, somente serão consideradas como carência, as 
contribuições efetivadas após novo recolhimento sem atraso. 
 
 
3.2.12- COMO RECOLHER PARCELAS ATRASADAS 
 
COMO PROCEDER AO RECOLHIMENTO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS 
Identificar se o período possui mais ou menos de 5 anos 
Até cinco anos de débito (contribuinte individual, facultativo e segurado especial): 
Emite a guia de pagamento direto no site do INSS: SISTEMA SAL - SISTEMA DE 
ACRÉSCIMOS LEGAIS 
 
COMO PROCEDER OS RECOLHIMENTOS ALCANÇADOS PELA DECADÊNCIA? 
Parcelas decadentes: tem que fazer pedido para pagamento junto ao INSS. 
 
RETROAÇÃO DA DIC 
Contribuinte Individual que quer pagar um período que não estava inscrito no INSS. 
 
24 
 
24 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
Art. 124 do Decreto 3.048: 
Caso o segurado contribuinte individual manifeste interesse em recolher 
contribuições relativas a período anterior à sua inscrição, a retroação da data do 
início das contribuições será autorizada, desde que comprovado o exercício de 
atividade remunerada no respectivo período, observado o disposto no § 7º e nos 
§ 9º ao § 14 do art. 216 e nos § 8º e § 8º-A do art. 239. (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020) 
 
 
EXEMPLOS DE PROVAS 
Contrato social/distrato social 
Informe de rendimentos 
Declaração de imposto de renda 
Contrato de prestação de serviços 
Inscrição na prefeitura e órgãos de classe 
 
 
3.2.13 - AJUSTES DE GUIA: 
Art. 119 IN 128 
Art. 119. Entende-se por ajuste de guia as operações de inclusão, alteração, exclusão, 
transferência ou desmembramento de recolhimentos a serem realizadas em sistema 
próprio, a fim de corrigir no CNIS as informações divergentes dos comprovantes de 
recolhimentos apresentados pelo contribuinte individual, empregado doméstico, 
facultativo e segurado especial que contribui facultativamente, sendo que: [...] 
 
COMO FAZER ACERTO DAS CONTRIBUIÇÕES ABAIXO DO MÍNIMO APÓS O DECRETO 
10.410 
 
Art. 19-E, §1º Decreto 3.048 (Serve para empregado, doméstico e avulso, pois o 
individual, facultativo e especial sempre tiveram que respeitar o mínimo) 
 
INDICADOR DO CNIS: PREC-MENOR-MIN 
 
I - COMPLEMENTAR 
Exemplo: 
Se salário mínimo era R$ 1.100 em 2021 
e ela contribuiu R$ 1.000, 
faltou R$ 100,00 
Ela precisa complementar e contribuir sobre o salário base de R$ 100,00 
 
II - UTILIZAR O EXCEDENTE 
Exemplo: 
Se salário mínimo era R$ 1.100 em 2021 
e ela contribuiu R$ 1.000, 
e em alguma competência (do mesmo ano) contribuiu sobre R$ 2.000,00 
Ela vai extrair R$ 100,00 da contribuição maior e vai ficar com duas contribuições assim 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
 
25 
 
25 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
1 de R$ 1.100 
e outra de R$ 1.900,00 
 
III - AGRUPAR 
Exemplo: 
Se salário mínimo era R$ 1.100 em 2021 
e ela contribuiu duas vezes de R$ 550,00 (no mesmo ano) 
Ela vai unir estas duas contribuições e ficar com uma de 
R$ 1.100 
 
§7º - Falecimento – Dependentes – Prazo 15/01 do ano seguinte 
 
COMO: 
Direto pelo portal MEU INSS, procurando o serviço “Ajustes para alcance do salário 
mínimo – EC 103/209’ 
 
 
3.3 ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIA: 
Agora é a hora de botar a cabeça pra fritar! Você precisa analisar TODAS as 
possibilidades de aposentadorias possíveis: 
- é caso de aposentadoria por tempo? 
- é caso de aposentadoria de professor? 
- é caso de aposentadoria especial? 
- é caso de aposentadoria da pessoa com deficiência? 
 - é caso de aposentadoria por idade? 
- é caso de aposentadoria por idade rural? 
- é caso de aposentadoria por idade hibrida? 
- tem mais de uma possibilidade de aposentadoria? (exemplo, pode ser caso de 
aposentadoria comum mas também pode ser de professor, ou, pode ter por tempo ou 
por idade) 
Você precisa imaginar todas as estratégias possíveis (conversão de atividade especial, 
reconhecimento do labor em regime de economia familiar na infância e indenização de 
tempo rural após 10/1991, indenização de período como contribuinte autônomo, 
complementação de contribuição, etc.) 
Uma dica: a aposentadoria por idade SEMPRE fará parte da sua estratégia, afinal de 
contas, mesmo que o cliente já tenho direito a se aposentar por tempo de contribuição 
(ou especial, ou de professor), você pode e deve simular qual seria a RMI na 
aposentadoria por idade para fins de comparação (especialmente considerando as 
novas regras de cálculo). 
Só depois de definir qual a estratégia de encaminhamento, é que você vai dar início aos 
cálculos. 
 
NOÇÕES DE RPPS PARA ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIA 
É possível usar o tempo de contribuição de um Regime Previdenciário em outro, então, 
quando for o caso de RPPS (Regime Próprio de Previdência Social), sempre verificar 
esta opção de “jogo” dentro do Planejamento, para isso deverá ser requerida a CTC 
 
26 
 
26 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
(Certidão de Tempo de Contribuição), que é como se fosse um “cheque nominal” entre 
os regimes pra fazer a compensação destes períodos. 
ATENÇÃO: para averbar tempo de RPPS no RGPS (O Segurado será exonerado do cargo 
quando ele usar o tempo de contribuição deste respectivo cargo, para uma 
aposentadoria) 
 
Art. 37, § 14 da CF 
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição 
decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de 
Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido 
tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
 
Ver a aula de Noções de RPPS porque tem muito conteúdo legal lá. 
 
3.4 CÁLCULOS DE CARÊNCIA, TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E IDADE: 
Agora que você montou uma estratégia, você sabe que espécies de aposentadorias 
você vai planejar, você pode começar a calcular. 
 
Contagem da Carência x Tempo de Contribuição 
Como já mencionado no curso dos benefícios programáveis, a carência precisa de 
alguns requisitos para ser contabilizada e é o número de competências/recolhimentos: 
 Por exemplo, um contribuinte individual que contribuiu nas datas corretas e no valor 
correto tem 365 dias de contribuição, mas tem apenas 12 recolhimentos/ meses que 
serão contados a título de carência. 
Para saber os requisitos de um período de trabalho para contabilizar como carência, 
veja o material de Introdução do curso sobre os benefícios programáveis, 
especialmente sobre as considerações do que mudou em relação as contribuições 
vertidas antes e depois da EC nº 103. 
Portanto, atente-se que a carência, via de regra é de 180 competências, para qualquer 
benefício programável, podendo ser aplicada a tabela do art. 142 da Lei 8.213 em 
casos específicos, que diminui o requisito da carência (raros casos, mas existem). 
 
Já em relação ao tempo de contribuição, este deve ser calculado em dias, meses e anos 
de contribuição, se a atividade foi desenvolvida até 13/11/2019, e após esta data, 
independente do número de dias trabalhados no mês, considere todos os dias do mês 
como contribuição (VER MATERIAL INTRODUÇÃO CURSO BENEFÍCIOS PROGRAMÁVEIS). 
Você pode tentar calcular manualmente, mas isso vai lhe despender mais tempo ou 
você pode usar programas de cálculo (que é muito simples pois você pode importar o 
CNIS para o programa, e apenas fazer a correção dos vínculos), e você ainda pode 
fazer estescálculos usando até mesmo o excel. 
Se você for calcular manualmente os tempos de contribuição, eu sugiro sempre calcular 
os anos completos primeiro, depois os meses e por último os dias. 
 
A exemplo: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
27 
 
27 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
Labor de 01/06/2010 até 16/07/2012: 
Primeiro cálculo dos anos completos: 
 de 01/06/2010 até 31/05/2011 = 1 ano 
+ de 01/06/2011 até 31/05/2012 = 1 ano 
 Então temos dois anos completos 
+de 01/06/2012 até 30/06/2012= + 1 mês 
 Então temos dois anos completos e um mês 
+ de 01/07/2012 até 16/07/2013 = 16 dias 
 Então temos 2 anos, 1 mês e 16 dias de tempo de contribuição 
 
Lembre-se: 
Labor prestado até 13/11/2019 você deve calcular o tempo de contribuição por dia. 
Por exemplo, trabalhou do dia 01/09/2020 até 15/09/2020,você considera 15 dais de 
contribuição. 
Labor prestado a partir de 14/11/2019, com base nas atualizações do Decreto 10.410, 
calcular sempre considerando o mês completo (desde que haja contribuição igual ou 
acima do salário mínimo). 
Por exemplo, trabalhou do dia 01/09/2020 até 15/09/2020 e contribuiu igual ou acima 
do salário mínimo, você pode incluir 30 dias de tempo de contribuição no cálculo. 
 
Cálculo da idade 
A idade também deve ser calculada em dias, meses e anos, e para todas as regras que 
levem em conta a soma de pontos, saiba que as frações são somadas. Por exemplo: se 
o Segurado tem 57 anos de idade e 6 meses e 30 anos de contribuição e 6 meses, o 
total dos pontos é 88. 
 
 
 
3.4.1 Cálculos até 13/11/2019: 
Carência ____________competências 
Tempo de Contribuição ______ anos ______ meses e ______ dias 
Idade ______ anos ______ meses e ______ dias 
Avaliação do direito adquirido 
 
3.4.2 Cálculos após 13/11/2019 e até datas em que preenchidos os requisitos das 
aposentadorias a serem analisadas 
Agora é a hora de projetar estes cálculos, para saber o dia exato que o seu cliente vai 
poder se aposentar em cada regrinha de aposentadoria, leve em conta, não apenas as 
regras de transição, como as próprias regras permanentes, que podem se aplicar ao 
caso, são elas: 
 
REGRAS DE TRANSIÇÃO (filiados ao INSS até 13/11/2019): 
- da aposentadoria por tempo de contribuição: 
Pedágio 50% 
Pedágio 100% 
Idade mínima progressiva 
Pontos 
 
28 
 
28 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
- da aposentadoria especial: 
Pontos (três regras diferentes: para atividades de 25 anos, 20 anos e 15 anos de 
exposição) 
- da aposentadoria por tempo de professor: 
Pedágio 100% 
Idade mínima progressiva 
Pontos 
- da aposentadoria por idade urbana e híbrida: 
Transição da idade da mulher (de 60 até 62 anos de idade) 
Transição do homem (mantidos os requisitos anteriores a EC nº 103) 
- da aposentadoria por idade rural: 
Requisitos permaneceram idênticos - antes e depois da EC nº 103 
- da aposentadoria por idade e por tempo da pessoa com deficiência: 
Requisitos permaneceram idênticos - antes e depois da EC nº 103 
 
REGRAS PARA OS FILIADOS AO INSS APÓS 13/11/2019: 
- da Aposentadoria por idade urbana e híbrida 
- da Aposentadoria por idade do Professor 
- da Aposentadoria Especial com idade mínima 
 
 
LEMBRETE: 
Para calcular quando o Segurado vai cumprir o requisito de alguma regra de 
transição/transitória, lembre-se de falar com ele, tendo por base que o planejamento 
foi realizado considerando que este cliente seguirá contribuindo para o INSS de forma 
ininterrupta, e, havendo interrupção das contribuições, sejam por anos, meses ou dias, 
o planejamento sofrerá alterações. 
 
 
OBS: Calcule sempre o tempo de contribuição considerando todas as possibilidades, 
quero dizer, considera que toda a estratégia que você montou vai dar certo (atividade 
especial, indenizações, etc) 
E calcule ainda, o tempo de contribuição “puro”, àquele que já está no CNIS ou Carteira 
de Trabalho, e que o INSS já tem como incontroverso. 
Isso porque, nós não temos a garantia que a nossa estratégia vai dar certo (como 
reconhecer uma atividade especial, por exemplo), então, é sempre interessante 
apresentar dois cálculos para o cliente, eu chamo estes cálculos de: se tudo der 
certo e se nada der certo (rsrsrsrs) 
 
 
3.5. CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO: 
3.5.1 Ausência de salário de contribuição 
Verifique se no CNIS constam todos os salários de contribuição do Segurado, dentro dos 
vínculos, caso haja ausência de algum, você deve fazer a comprovação (anotação na 
CTPS, etc), para fazer a sua inclusão. 
 
29 
 
29 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
Acaso não tenha como fazer esta comprovação, o INSS vai considerar o salário mínimo 
da época como salário de contribuição, e isso pode gerar prejuízo na sua RMI (§ 3º, art. 
28 da Lei 8.212/91), considerar esta situação na hora de calcular o salário de benefício. 
 
3.5.2 Salário de contribuição abaixo do mínimo 
Lembre-se de verificar o CNIS, especialmente no que diz respeito ao labor prestado 
após 13/11/2019, pois, após o Decreto 10.410, você pode usar algum dos mecanismos 
do art. 19-E do Decreto 3.048, para elevar a contribuição no valor a respeitar o salário 
mínimo, caso contrário, o mês de contribuição não será computador no cálculo do 
tempo de contribuição e nem mesmo no salário de benefício. 
 
3.5.3 Salário de contribuição acima do teto 
Na hora de fazer o cálculo do salário de benefício, ainda ANTES DE FAZER A 
ATUALIZAÇÃO, você deve observar se o valor respeita o teto da época, mas depois da 
atualização, o valor PODE superar o teto. 
 
3.5.4 Salários de contribuição em atividades concomitantes 
O INSS sempre calculou de forma proporcional as contribuições recolhidas 
concomitantes, o que demandou muita ação judicial de revisão para soma dos salários 
(e demanda até hoje), até que veio a nova redação do art. 32, com base na Lei 13.846 
de 2019, assim disciplinou: 
 
Art. 32. O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades 
concomitantes será calculado com base na soma dos salários de contribuição 
das atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período 
básico de cálculo, observado o disposto no art. 29 desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
 
Por isso, sempre que tiverem duas atividades concomitantes, some os salários e 
observe o teto, na hora de calcular o salário de benefício. 
E lembre-se de revisar se o INSS não calcular desta forma. 
Considere esta soma numa projeção de RMI futura, se o seu cliente tem um emprego 
com carteira assinada e contribui individualmente também, por exemplo. 
 
3.5.5 Salário dos períodos de recebimento de benefício por incapacidade 
Quando você tem um período de recebimento de benefício por incapacidade, o valor a 
ser considerado como salário de contribuição não é a renda mensal recebida, mas sim 
o SALÁRIO DE BENEFÍCIO que serviu como base da RMI: 
 
Art. 29, § 5º Lei 8.213: Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido 
benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como 
salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base 
para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos 
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo. 
 
3.5.6 Salários nos períodos de recebimento de auxílio-acidente 
O valor recebido a título de auxílio acidente integra o salário de contribuição: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24
 
30 
 
30 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
Art. 31 Lei 8.213. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-
contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefíciode qualquer 
aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no art. 86, § 5º. 
 
 3.5.7 Atualização dos salários de contribuição 
No material de Introdução do curso dos benefícios programáveis tem um tópico 
pertinente a atualização. 
No site do INSS você encontra os índices de atualização. Mensalmente o INSS lança 
tabela atualizada, e você abre ela no excel já: 
Link de acesso: 
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/legislacao/indices-de-atualizacao-e-
valores-medios-dos-beneficios 
 
 
Você vai ver que tem diversas tabelas lá, procure: índice de atualização das 
contribuições para o cálculo do salário de benefício (art. 33 do Decreto 3.048/99): 
 
 
 
 
 
Neste momento você deve escolher o arquivo do mês da data da entrada do 
requerimento, e o arquivo já vem pro seu computador em formato de tabela no excel. 
 
 
 
Então, você só precisa digitar ao lado de cada linha, o salário de contribuição que está 
registrado ali no CNIS, respectivo àquele mês/ano, depois, na próxima coluna, você 
deve colocar a fórmula para multiplicação dos valores da coluna do “FATOR 
SIMPLIFICADO” x a coluna “SALÁRIO DE CONTIRBUIÇÃO”, agora é só projetar no excel 
que esta forma seja aplicada para todas as linhas: 
 
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/legislacao/indices-de-atualizacao-e-valores-medios-dos-beneficios
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/legislacao/indices-de-atualizacao-e-valores-medios-dos-beneficios
 
31 
 
31 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
 
Os valores da coluna que eu grifei em verde, são os salários lá de 1994 atualizados para 
a realidade da DER, e são estes valores que serão usados no cálculo do salário de 
benefício. 
Agora que você sabe os salários de contribuição atualizados do cliente, pode calcular o 
salário de benefício. 
Lembre-se de excluir da planilha, as linhas respectivas aos meses em que não existiu 
vínculo e logo, não houve contribuição por parte do Segurado, vai permitir os cálculos 
que vou ensinar no curso. 
 
 
3.5.8 Cálculo do salário de benefício (com base nos regramentos antes e depois da 
reforma) 
Se você está calculando o salário de benefício com base nas regras de aposentadoria 
pós reforma da previdência (seja regra de transição ou permanente), você vai calcular 
a média de todas estas contribuições (com exceção da aposentadoria da pessoa com 
deficiência). 
E pra fazer isso no excel é uma “barbada”, é só selecionar com o mouse toda a coluna 
dos salários de contribuição ATUALIZADOS, que lá embaixo, o programa já vai te dar a 
média (ou você pode incluir a fórmula do cálculo da média no programa). 
Eu fiz esse “truque” de selecionar o mouse na coluna dos salários de contribuição 
atualizados, com base na tabelinha que eu mostrei pra vocês antes e olha como o 
programa apresenta o resultado: 
 
 
 
O excel é maravilhoso para avaliar inclusive, se vale a pena excluir algum salário de 
contribuição com base no §6º do art. 26 da EC nº 103 (mas não esqueça, estes meses 
precisam estar sobrando, pois não contarão para carência e tempo de contribuição), 
você só precisa ordenar os salários no excel do menor ao maior, e ir selecionando a 
coluna conforme for as simulações que você quer projetar. 
Então, com base no número de contribuições que você permitiu ficar no cálculo, e, em 
cima desta média calculada, você aplica a alíquota respectiva (não se preocupe que 
isso será explicado em aula) 
E lembre-se de uma coisa importante, o divisor mínimo após a EC nº 103 é bem menos 
rigoroso. 
 
TODAVIA, se você estiver calculando o salário de benefício com base nas regras antes 
da EC nº 103, não esqueça de calcular a média com base apenas nas 80% maiores 
 
32 
 
32 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
contribuições (e lembre-se, nesta regra você não perde os salários par a contagem da 
carência e tempo de contribuição, eles só serão escondidos para cálculo da média 
mesmo), e avalie se é o caso de aplicar divisor mínimo também. 
Pelo excel você consegue fazer este cálculo também. 
Primeiro descubra o número total de contribuições que o cliente tem, exemplo: 300, 
depois, descubra quanto é 80% disto, no caso, 240. 
Agora você só precisa ordenar os salários no excel do maior ao menor, e ir 
selecionando a coluna dos salários atualizados, até cobrir 240 contribuições, assim o 
programa do excel já vai te dar qual é a média destas 240 maiores contribuições e você 
terá o cálculo do salário de benefício. 
 
3.5.9 Análise do divisor mínimo 
Nos materiais do curso sobre os benefícios programáveis, você vai encontrar muitas 
explicações sobre como avaliar para quem se aplica o divisor mínimo, e também como 
calcular ele. 
Mas, em resumo: ele é aplicado ao Segurado que já estava filiado ao INSS antes de 
29/11/1999, e irá se aposentar (pelas regras antes da reforma). 
Como calcular: Calcule quantos meses transcorreram de 07/1994 até a DIB, e descubra 
quanto é 60% destes meses. 
Este resultado é o divisor mínimo a incidir no cálculo da média do salário de benefício. 
Se você descobrir que o divisor mínimo é MAIOR do que o número de contribuições que 
o Segurado tem de 07/1994 até a DIB, saiba que provavelmente as regras da reforma 
serão mais vantajosas. 
Para planejamentos onde você está avaliando a regra do direito adquirido em 11/2019, 
o divisor mínimo será de 182. 
De 14/11/2019 até 04/05/2022 não existia divisor mínimo (estratégia da contribuição 
única). 
Mas, se você estiver trabalhando em regras de transição ou regras para filiados após 
13/11/2019, com regras alcançadas depois de 05/05/2022, o divisor mínimo será de 
108 para os filiados até 07/1994, com exceção da aposentadoria por idade e tempo da 
pessoa com deficiência. 
 
 
3.6 CÁLCULOS DE RENDA MENSAL INICIAL: 
Agora que você tem as espécies de benefício, o salário de benefício, as datas em que 
serão alcançados os requisitos, você pode calcular/simular cada renda mensal inicial, 
vamos aprender os passos deste cálculo então. 
 
Agora é simples, é só aplicar o coeficiente da respectiva aposentadoria sobre o salário 
de contribuição calculado, e você terá o valor da RMI. 
Exemplo, na regra do Pedágio de 100%, você vai multiplicar o salário de benefício X a 
alíquota de 100% (que é a alíquota fixa desta regra), as outras regras de 
aposentadorias tem um coeficiente que varia de acordo com o tempo de contribuição. 
 
3.6.1 Cálculo de RMI na regra do direito adquirido: 
Se você verificou que o cliente tem direito adquirido (regra antes da EC 103), calcule 
qual é valor da RMI desta aposentadoria. 
 
33 
 
33 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
 
3.6.2 Cálculos de estimativa da Renda Mensal Inicial após a EC nº 103: 
Agora é a hora de trabalharmos em cima de estimativas! 
Se o cliente já preencheu requisitos para se aposentar com base em uma regra de 
transição, você pode calcular o valor exato da renda mensal inicial dele, todavia, se ele 
ainda vai preencher os requisitos (maioria dos casos), vamos trabalhar com estimativas 
de RMI. 
Sabemos que não dá para mensurar o valor exato de uma aposentadoria com base em 
uma data futura, especialmente porque -infelizmente- não é possível adivinhar os 
índices exatos de reajuste a incidir sobre cada salário de contribuição, da época em que 
serão preenchidos os requisitos, mas podemos presumir um valor muito próximo da 
realidade. 
Já temos algumas informações com exatidão, são elas: 
- As datas que o cliente pode se aposentar 
- Os salários de contribuição atualizados 
- A regra de cálculo para cada modalidade de aposentadoria (coeficiente a ser 
aplicado) 
 
A partir de então, podemos calcular a estimativa da RMI futura, e existem três formas 
para este cálculo: 
• 1º e mais simples: Você pode pegar o salário de benefício calculado até o dia do 
planejamento (com base nos índices de atualização do mês que passou), e multiplicar 
este valor pela alíquota de cada regra de aposentadoria futura, maslembre-se de 
orientar o cliente, que você está estimando os valores da RMI com base na média de 
contribuição atual (então, pela lógica, você está considerando que a média de 
contribuição dele não irá mudar, merecendo atenção se o cliente tem planos de 
contribuir sobre um valor maior ou menor do que a média) 
• 2º: Você pode usar o excel para calcular a RMI futura, para isso, você usa o 
cálculo do salário de benefício calculado até o dia do planejamento (com base nos 
índices de atualização do mês que passou), e inclui no cálculo, os salários de 
contribuição futuros (se for mínimo, se for teto, se for a remuneração atual do 
empregado, etc), e aplica um reajuste de 4% ao ano (esta porcentagem é só uma 
sugestão minha), assim, você terá uma média futura aproximada, mas lembre-se que 
os índices de atualização dos salários irão variar. 
Aí depois você só aplica o coeficiente nestas médias apuradas e chega ao valor da RMI. 
• 3º para quem tem programa de cálculos que calcula RMI futura: Você pode usar 
um programa de cálculos que faz o cálculo da RMI futura, ele atualiza os salários de 
contribuição futuros e passados, com base em uma estimativa de variação do INPC 
(não é porque é um programa de cálculo que o valor necessariamente será este, como 
eu já falei, é impossível presumir a variação exata do INPC no futuro, e ela reflete 
diretamente na atuação dos salários de contribuição e, obviamente, no cálculo da RMI, 
também se tratando de uma estimativa) 
NÃO ESQUECER: 
• que a EC nº 103 permite a exclusão de salários de contribuição que impliquem 
em prejuízo da RMI (§6º, art. 26 da EC nº 103), então, se o cliente tem tempo de 
contribuição sobrando na contagem, avalie a exclusão dos menores salários, para ver 
se geraria um impacto positivo na RMI. 
 
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34 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
• que, em se tratando de segurado facultativo/individual, sempre avalie se a 
alíquota e o salário de contribuição futuro. Por exemplo: se você está planejamento 
uma aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, você pode orientar o 
cliente a contribuir pela alíquota simplificada. Outro exemplo: se é segurado 
facultativo, e ele já tem tempo para se aposentar, e apenas vai contribuir para 
manutenção da qualidade de segurado (benefícios não programáveis), ele não precisa 
contribuir sobre salários significativos, pois pode excluir estes salários de contribuição 
extras da conta da RMI (avalie cada caso, com suas particularidades). 
• Calcular a RMI de todas as regras que você verificou as datas alcançadas. 
 
Aproveite que você está calculando a média de contribuição e verifique se valeria a 
pena a revisão da vida toda para este cliente -> já engatilha serviço de revisão. 
Também analise se tem contribuições concomitantes e cuide se o INSS irá somá-las na 
hora da concessão. 
 
3.6.3 Análise de existência de contribuições/carência sobrando para possível 
exclusão 
O art. 26, §6º da EC nº 103 permite a exclusão de salários de contribuição, o que é 
aplicável em regras de transição ou regras para filiados após 13/11/2019 (exceção da 
aposentadoria por idade e tempo da pessoa com deficiência),mas atentem-se que essa 
exclusão será para todos os fins: 
 
§ 6º Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução 
do valor do benefício, desde que mantido o tempo mínimo de contribuição 
exigido, vedada a utilização do tempo excluído para qualquer finalidade, inclusive 
para o acréscimo a que se referem os §§ 2º e 5º, para a averbação em outro 
regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos de inatividade das 
atividades de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal. 
 
Verifique se o cliente tem tempo de contribuição e carência sobrando, e comece a 
projetar se vale a pena excluir os menores salários de contribuição para tentar elevar o 
salário de benefício, deixe pelo menos 108 contribuições de 07/1994 até a DER, se o 
segurado for filiado até 07/1994, para não ter prejuízo pela aplicação do divisor 
mínimo. 
 
5 passos para analisar de vale a pena excluir salários (de 14/11/2019 até 
04/05/2022): 
1.Contabilize carência e tempo de contribuição antes de 07/1994 
2.Contabilize quantos meses de carência e contribuição vão faltar para a regra de 
aposentadoria que você está avaliando e selecione as maiores contribuições neste 
número de contribuição e carência que você calculou como faltante 
3.Calcule a média destas maiores contribuições 
4.Calcule o coeficiente da aposentadorias excluindo tudo o que sobrou e não excluindo 
5. Compare as RMI excluindo ou não excluindo 
 
Aqui fomos ao extremo, tiramos tudo o que estava sobrando, mas você pode ir 
simulando por partes: exclua apenas 1 ano, depois mais 1, assim por diante. Até 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
 
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35 PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Advogada Júlia Batista. 
porque, como o coeficiente muda de acordo com o tempo de contribuição, é sempre 
interessante avaliar todas as possibilidades. 
Lembre-se que a maioria das regras de cálculo após a reforma, geram adicional de 2% 
no coeficiente a cada ano de contribuição, portanto, sempre que você excluir um ano, 
você pode estar perdendo 2% adicionais do coeficiente, então o aumento da média tem 
que compensar essa diferença. 
 
Alguns programas de cálculos já estão adaptados para estas simulações. 
 
 
3.7 CÁLCULO DO INVESTIMENTO: 
 
3.7.1 Cálculo do investimento sobre parcelas passadas (até 10/1996 e após): 
Se você quer recolher algum período de contribuição como contribuinte individual (ou 
rural para usar na aposentadoria por tempo de contribuição), lembre-se que este 
período conta como tempo de contribuição mas não como carência, a não ser que seja 
o caso do art. 27, II da Lei 8.213/91). 
Sempre avalie se é preciso comprovar a atividade antes de indenizá-la (veja alguns 
casos que você PRECISA comprovar a atividade: o atraso é maior que 5 anos, o atraso 
é menor que 5 anos mas você nunca contribuiu como contribuinte individual, você 
quer pagar em atraso um período anterior ao primeiro recolhimento em dia na 
categoria, art. 124 do Decreto 3.048/99). 
Se o caso permite pagar contribuições, do qual ainda não decorreram mais de 5 anos, 
você pode calcular direto no site da Receita Federal: 
(http://sal.receita.fazenda.gov.br/PortalSalInternet/faces/pages/index.xhtml). 
O contribuinte pode escolher sobre qual valor quer contribuir, mas lembre-se que, ao 
pagar o INSS em atraso, você transmitirá informações para a Receita Federal em 
relação à renda, nesse caso, o Imposto de Renda dos últimos 5 anos precisa ser 
compatível com a quantia de INSS que será pago em atraso. 
Mas, se você vai indenizar um período decadente (decorridos mais de 5 anos), saiba 
que existe uma forma correta de calcular o valor desta indenização, você vai precisar 
calcular 20% sobre a média das 80% maiores contribuições, e sobre este valor, o cliente 
pagará 0,5% ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao percentual máximo de 
50%, e multa de 10%, para cada mês decadente que queira utilizar como tempo de 
contribuição, conforme determina o art. 45-A da Lei 8.212/91. 
Importante: Atualização do Decreto 10.410 art. 289, §8º-A, determina que o INSS não 
aplique mais a incidência de juris e multas no período antes de 14/10/1996, portanto, 
se você tiver que indenizar algum período, dê prioridade para períodos anteriores a 
10/1996 (vai ser mais barato). 
 
3.7.2. Desindexação 
Quando houve indenização de contribuições, na hora de avaliar qual o salário de 
contribuição será incluído no período básico do cálculo em relação a estes meses 
indenizados, observar o §7º-A do art. 216 do Decreto 3.0418 atualizado pelo Decreto 
10.410, determina que: 
 
http://sal.receita.fazenda.gov.br/PortalSalInternet/faces/pages/index.xhtml
 
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