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ATIVIDADE AVALIATIVA Nome do aluno: Adriana Gouveia Neves Disciplina: Saúde da Criança I CASO CLÍNICO Carla, sexo feminino, 37 anos, casada, trabalha como segurança, G2, PN1, PC1, deu à luz Joaquim, na maternidade da cidade onde reside, idade gestacional de 36 semanas e 3 dias. História obstétrica e ginecológica: hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia na gravidez anterior (há 02 anos) com feto natimorto (IG de 29 semanas). Uso de anticoncepcional oral por 10 anos, menarca aos 12 anos, sexarca aos 17, último preventivo com resultado normal há 2 anos. História familiar: Mãe e pai hipertensos, com óbito paterno por AVC. Gestação atual: segunda gestação, realizou acompanhamento pré-natal na UBS, sorologias negativas, apresentou hipertensão gestacional com controle medicamentoso e pré- eclâmpsia. Tipagem sanguínea: O (negativo). Na avaliação do bem-estar fetal realizada com 36 semanas e 3 dias de IG, feto apresentou sinais de sofrimento fetal. Gestante encaminhada para realização de cesárea de emergência. Durante o parto, mãe permaneceu com PA controlada em 140/90mmHg. Líquido amniótico meconial, RN nasceu sem choro, apresentando flacidez muscular, sem resposta a estimulação. Realizados procedimentos iniciais de estabilização em sala de parto, entretanto RN não apresentou movimentos respiratórios FC< 100 bpm, sendo necessária a reanimação neonatal. Após estabilização do quadro, RN respirando com auxílio cânula nasal e 02 em baixa concentração. Permaneceu sob observação na UTI por 48 horas, e foi transferido para alojamento conjunto ventilado em ar ambiente. Na avaliação da amamentação, RN e mãe apresentaram dificuldade na pega ao seio e na adaptação do posicionamento adequado. O enfermeiro do alojamento conjunto realizou o exame físico detalhado da criança e observou icterícia neonatal apresentada nas primeiras 24 horas de vida em zona 3. Tipagem sanguínea O (positivo). Baseado no caso descrito acima o grupo deve realizar as atividades a seguir: 1) Construir um mapa mental sobre icterícia neonatal e os cuidados de enfermagem em fototerapia. Faculdade Multivix - Aluno Adriana Gouveia Neves - Mapa Conceitual Icterícia Neonatal e Cuidados de Enfermagem em Fototerapia | Referência: SILVA, Maria Aparecida. Icterícia Neonatal e Cuidados de Enfermagem: Uma Abordagem Prática. 2. ed. São Paulo: Editora ARTMED, 2010. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM FOTOTERAPIA Definição Causas da Icterícia Neonatal Monitoramento Avaliação Verificar a temperatura corporal regularmente. Acúmulo de bilirrubina no sangue, causando coloração amarelada na pele e nos olhos do recém-nascido. Educação dos Pais Hidratação Avaliar sinais de desconforto, como choro excessivo ou irritabilidade. Observar a frequência e características das evacuações e urina. Orientar sobre a importância da fototerapia e os cuidados necessários. Explicar sinais de alerta e quando buscar assistência médica. Oferecer alimentação frequente para prevenir a desidratação. Monitorar o ganho de peso do recém-nascido. Proteção da Pele Monitoramento dos Olhos Preparação Verificar intensidade da icterícia. Avaliar condição geral do recém- nascido. Realizar cuidados com a pele, como limpeza suave e hidratação. Proteger áreas sensíveis da pele da exposição direta à luz. Monitorar níveis de bilirrubina no sangue. Proteger os olhos do bebê com óculos ou gaze úmida. Observar sinais de irritação ou inflamação ocular. Posicionamento Posicionar o bebê de forma a permitir a exposição máxima à luz. Mudar a posição periodicamente para evitar áreas de pressão. Expor o bebê à luz azul ou branca. Proteger olhos e genitália com coberturas adequadas. ICTERÍCIA NEONATAL Hiperbilirrubinemia fisiológica: Normal e autolimitada. Icterícia patológica: Causada por fatores como incompatibilidade sanguínea, infecções, doenças metabólicas, entre outros. Remover vestimentas e acessórios que possam bloquear a luz. 2) Realizar 2 diagnósticos de enfermagem baseados no caso exposto, e relacione 4 intervenções (cuidados de enfermagem) para cada diagnóstico. Separar os problemas do caso e identificar os domínios que se relacionam a categoria. Diagnóstico de Enfermagem 1: Risco de Lesão Relacionado à Hipertensão Gestacional e Pré-eclâmpsia. - Monitorar regularmente os sinais vitais da mãe, incluindo pressão arterial, pulso e frequência respiratória. - Avaliar a presença de edema, especialmente em membros inferiores, e monitorar o ganho de peso da gestante. - Orientar a gestante sobre a importância de repousar adequadamente e evitar atividades extenuantes. - Educar a gestante sobre os sinais e sintomas de pré-eclâmpsia e hipertensão gestacional, incentivando-a a relatar qualquer alteração ao profissional de saúde. Diagnóstico de Enfermagem 2: Dificuldade na Amamentação Relacionada a Dificuldade na Pega ao Seio e Posicionamento Inadequado. - Realizar avaliação da pega ao seio e posicionamento da mãe e do recém-nascido durante as mamadas. - Orientar a mãe sobre técnicas adequadas de amamentação, incluindo posicionamento correto do bebê e ajuda na obtenção de uma pega eficaz. - Fornecer suporte emocional e encorajamento à mãe durante o processo de amamentação, ajudando-a a se sentir confiante e relaxada. - Monitorar a ingestão de líquidos e a produção de urina do recém-nascido para avaliar a eficácia da amamentação e a hidratação adequada. Domínios relacionados aos diagnósticos de enfermagem: - Domínio de Promoção da Saúde: Risco de Lesão. - Domínio de Nutrição: Dificuldade na Amamentação. É importante destacar que os diagnósticos de enfermagem e as intervenções mencionadas são apenas sugestões com base no caso descrito. A avaliação e o planejamento de cuidados devem ser realizados por profissionais de saúde capacitados, levando em consideração as características individuais do paciente e as diretrizes clínicas específicas. 3) Explique a diferença entre icterícia fisiológica e patológica. Identifique no caso clínico o tipo de icterícia e a provável causa(s). A icterícia é a coloração amarelada da pele e da parte branca dos olhos, causada pelo acúmulo de bilirrubina no organismo. A bilirrubina é uma substância produzida durante o processo de degradação dos glóbulos vermelhos no fígado. Quando o fígado não consegue processar adequadamente a bilirrubina, ocorre o acúmulo dessa substância, resultando na icterícia. A icterícia pode ser classificada em dois tipos: fisiológica e patológica. Icterícia fisiológica: É o tipo mais comum e normalmente ocorre em recém-nascidos saudáveis. A icterícia fisiológica surge após as primeiras 24 horas de vida e geralmente atinge seu pico entre o segundo e o quarto dia de vida. Ela é causada pela imaturidade do fígado do recém-nascido, que ainda não consegue processar a bilirrubina de forma eficiente. A icterícia fisiológica tende a desaparecer espontaneamente dentro de uma a duas semanas, sem causar danos ao bebê. Icterícia patológica: É menos comum e ocorre devido a um problema subjacente que interfere no processamento normal da bilirrubina. Pode ser causada por uma série de condições, como incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o bebê, doenças do fígado, infecções, obstrução das vias biliares ou outros distúrbios metabólicos. A icterícia patológica geralmente se manifesta nas primeiras 24 horas de vida e pode apresentar níveis mais elevados de bilirrubina. Ela requer investigação e tratamento adequados, pois pode representar um risco para a saúde do recém-nascido. No caso clínico apresentado, a icterícia neonatal foi observada nas primeiras 24 horas de vida em zona 3. Considerando o tempo de aparecimento e a localização da icterícia, é possível inferir que se trata de uma icterícia patológica. A causa provável da icterícia neonatal nesse caso pode estar relacionadaà hemólise dos glóbulos vermelhos, uma vez que o bebê apresentou sinais de sofrimento fetal e líquido amniótico meconial, além de ter tipagem sanguínea O (positivo). No entanto, um diagnóstico preciso e o tratamento adequado devem ser realizados por profissionais de saúde com base em avaliações clínicas e exames complementares.
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