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Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Setor de Anatomia Veterinária
SISTEMA GENITAL FEMININO
INTRODUÇÃO:
Os órgãos genitais femininos incluem as gônodas femininas pares, ou ovários, que produzem gametas femininos (oócitos) e hormônios; as tubas uterinas pares, que capturam os oócitos em sua liberação pelos ovários e os jogam para o útero; o útero, onde os óvulos fertilizados são retidos e nutridos até que o desenvolvimento pré-natal esteja completo; a vagina, que serve tanto como órgão copulador, como canal do parto; e o vestíbulo, que prolonga a vagina, abrindo-se externamente na vulva, mas que também atua como via urinária.
Alterações etárias incluem o crescimento e a maturação rápidos associados à puberdade e também à regressão que ocorre à medida que a capacidade de reprodução desaparece com o avanço da idade. Alterações funcionais incluem aquelas que são relativamente transitórias e tornam a suceder a cada ciclo reprodutor, assim como outras mais duráveis, estão associadas à prenhez e ao parto.
Mamíferos do sexo feminino em geral aceitam o macho apenas próximo à época de ovulação. Um período caracterizado por diversas alterações estruturais e excitabilidade geral, assim como características especiais de comportamento; o período é conhecido como “calor” ou “cio” em linguagem leiga e como “estro” mais tecnicamente. O estro torna a suceder com frequência variável, segundo um programa que é característico para cada espécie, embora sujeito a modificação ambiental. Em certos mamíferos silvestres, o período de reprodução está restrito a uma determinada parte do ano e a receptividade sexual, com as alterações estruturais e de comportamento concomitantes ocorre apenas uma vez (espécies monoéstricas) ou talvez várias vezes (espécies poliéstricas sazonais) neste período. Em outras espécies (realmente poliéstricas), o ciclo se repete durante todo o ano. A condição em que a receptividade da fêmea é contínua e não está ligada à ovulação ocorre apenas em mulheres e espécies primatas superiores. 
O ciclo estral se divide em várias fases. O proestro e o estro juntos representam a fase folicular, quando a condição reprodutora é determinada predominantemente pelos níveis crescentes de estrógeno na série de folículos ovarianos estão desenvolvendo-se rapidamente até a maturidade e a ruptura. Metaestro e diestro representam a fase lútea, quando a influência hormonal dominante é exercida pela progesterona, o hormônio produzido pelos corpos lúteos, as glândulas endócrinas transitórias que substituem os folículos rompidos.
Outros termos úteis dizem se uma fêmea pariu ou não. Animais que pariram são chamados paridos; aqueles que não pariram são nulíparos; uníparos e multíparos entendem essa terminologia de maneira óbvia. Tais termos, às vezes, são confundidos com outros que se referem ao número de filhotes habitualmente carregados pela fêmea grávida. Uma égua com seu (geralmente) único potro é monótoca; uma porca com sua ninhada de leitõezinhos é polítoca. A condição do filhote ao parto proporciona outro par de adjetivos contrastantes de utilidade ocasional. Os filhotes de espécies precoces são relativamente avançados e de várias maneiras capazes de prover a própria subsistência diretamente após o nascimento; os filhotes de espécies altriciais são inicialmente ligados ao ninho e totalmente dependente dos cuidados maternos. 
OVÁRIO
O ovário é um órgão glandular exócrino e endócrino, isto é, ele reproduz tanto oócitos (secreção exócrina) como hormônios ovarianos, principalmente estrogênios e progesterona (secreção endócrina). A estrutura do ovário normal varia grandemente com a espécie, idade e fase do ciclo sexual.
Situação:
Égua: estão situados na região sublombar, suspensos dentro da cavidade abdominal ao nível das asas ilíacas pelo ligamento suspensor do ovário, normalmente ventrais à quarta ou quinta vértebra lombar, dorso-laterais aos cornos uterinos e unidos a estes pelos ligamentos útero-ovário, mesovário e mesossalpinge.
Ruminantes: normalmente estão situados próximos ao centro da margem lateral da entrada pélvica, cranialmente à artéria ilíaca externa da fêmea não prenhe, mas podem estar mais cranialmente, especialmente nas fêmeas que já passaram por prenhez.
Cadela: estão situados comumente a uma curta distância (aproximadamente 1 a 2 cm) caudalmente ao polo caudal do rim correspondente, ou em contato com o mesmo, e assim situados opostamente à terceira ou quarta vértebra lombar, ou aproximadamente no meio da distância entre a última costela e a crista ilíaca.
Porca: podem estar situados na margem lateral da entrada pélvica ou próximos a ela, como na vaca; mas sua posição é bastante variável nos animais que tenham se reproduzido jovens, e podem estar apenas 2,5 a 5,0 cm caudalmente ao rim.
MORFOLOGIA EXTERNA
Égua: tem formato de feijão e são bem menores em comparação aos testículos no macho. O tamanho varia muito em diferentes animais e normalmente são maiores nos animais mais jovens do que nos idosos. Um ovário é muitas vezes maior do que o outro. O esquerdo ovula mais e a implantação ocorre mais no corno uterino direito. Apresenta na margem livre uma depressão estreita, a fossa de ovulação.
Vaca: são bem menores do que os da égua e possuem formato oval e são pontiagudos na extremidade uterina. O ovário direito é habitualmente maior que o esquerdo, visto que é fisiologicamente mais ativo.
Pequenos ruminantes: tem a forma amendoada.
Cadela: são pequenos, de contorno alongado, oval e achatado. Cada ovário está completamente oculto (na gata parcialmente) numa bolsa peritoneal (bolsa ovariana), que possui ventralmente uma abertura semelhante a uma fenda. As duas camadas que formam esta bolsa contém gordura e músculo liso. Elas se continuam até o corno uterino, constituindo o mesossalpinge e o mesovário. A superfície do ovário apresenta proeminências causadas por folículos projetantes. Não há um hilo evidente.
Porca: são cilíndricos, estão ocultos na bolsa ovariana, devido à grande extensão do mesossalpinge e possui um hilo distinto. A superfície comumente apresenta proeminências arredondadas, de modo que a glândula normalmente tenha uma aparência lobulada irregular; as projeções são grandes folículos e corpos lúteos.
Os ovários apresentam para descrição:
· Duas superfícies: medial e lateral;
· Duas margens: mesovárica e livre;
· Duas extremidades: tubárica e uterina.
Superfícies: são lisas e arredondadas.
Margem mesovárica: é convexa. Está circundada numa parte do ligamento largo denominada mesovário; os vasos e nervos atingem a glândula nesta margem.
Margem livre: é demarcada por uma incisura que conduz para uma depressão estreita, a fossa de ovulação. 
Extremidade tubárica: arredondada e está relacionada com a extremidade fimbriada da tuba uterina.
Extremidade uterina: é também arredondada e está ligada ao corno do útero pelos ligamentos útero-ovárico e mesovário.
Meios de fixação:
Mesovário: este é meso próprio do ovário. Ele limita por dentro a bolsa ovárica. Se prende na margem mesovárica e extremidade uterina do ovário e sobre a extremidade cranial do corno uterino correspondente.
Ligamento suspensor do ovário: este não é nada mais que a margem cranial, reforçada do ligamento largo. Ele se estende verticalmente desde a vértebra lombar, onde se prende não distante da extremidade caudal do rim até a extremidade cranial do ovário.
Ligamento útero-ovário (ligamento próprio do ovário): este ligamento se estende do ápice do corno uterino à extremidade uterina do ovário. Ele representa a porção correspondente, livre e espessada, da margem ventral do mesovário. Caudalmente ele se prende no corno uterino em comum com o mesossalpinge. Cranialmente, ele se dilata largamente sobre o ovário, do qual cobre a extremidade uterina.
Mesossalpinge: limita por fora a bolsa ovárica. Este é o meio de fixação principal para a tuba uterina e acessório para o ovário. Ele se prende, cranialmente, sobre a extremidade tubárica e parte adjacente da margem mesovárica do ovário. Caudalmente, ele se insere sobre o ápice do cornouterino.
Os ligamentos mesossalpinge, mesovário e o útero-ovário formam uma bolsa, a bolsa do ovário (bolsa ovárica), na qual se projeta o ovário. A bolsa pode ser rasa e incapaz de manter o ovário ou funda e tão envolvida pela fusão de superfícies serosas opostas que o ovário fica permanentemente preso. Em certas espécies domesticas (por exemplo, camundongo), a fusão é tão completa, que o espaço na bolsa não mais se comunica com a cavidade peritoneal. As paredes da bolsa podem conter tanto tecido adiposo que o ovário fica bem escondido.
Ligamento tubo-ovárico: é uma dependência do mesossalpinge, que dobra uma das fímbrias do infundíbulo da tuba e acompanha até a margem cranial da fossa de ovulação, onde se prende solidamente.
Relações:
Relaciona-se com o infundíbulo da tuba, com a tuba, as formações peritoneais vizinhas e as vísceras digestivas. Essas relações variam de um lado a outro e segundo o estado dos órgãos digestivos.
O ovário direito está em relação com a base do ceco e às vezes, com a 1ª parte do cólon maior (cólon ventral direito).
O ovário esquerdo toca muitas vezes na 3ª porção do cólon maior (cólon dorsal esquerdo). Todos os dois estão em contato de modo variável com as alças do jejuno-íleo e do cólon menor.
Estrutura:
É um órgão ovoide dividido num córtex externo e em uma medula interna. Na égua estas áreas estão invertidas, e o tecido cortical está limitado à fossa de ovulação, que é a única área coberta pelo epitélio cúbico superficial.
O córtex é a larga zona periférica que contém os folículos e os corpos lúteos. Ele é coberto por um baixo epitélio superficial cúbico. O estroma cortical é constituído por tecido conjuntivo frouxo. A túnica albugínea é uma espessa camada de tecido conjuntivo, localizada imediatamente abaixo do epitélio superficial. Ela é interrompida pelo crescimento dos folículos ovarianos e pelos corpos lúteos, podendo ser imperceptível durante a atividade ovariana aumentada. Nos roedores, na cadela e na gata, o estroma cortical contém células glandulares intersticiais.
Cada folículo contém um único ovócito; a rápida dilatação sofrida por aqueles folículos selecionados para atingir a maturidade naquele ciclo, se deve principalmente ao acúmulo de líquido, pelo qual os ovócitos dão removidos à ovulação.
A cavidade no interior de um folículo rompido, embora inicialmente possa encher-se de sangue, logo é ocupada pela proliferação das células que revestem o espaço. Isso produz um corpo sólido, conhecido como corpo lúteo, devido à sua cor amarela. Corpos lúteos são estruturas transitórias que crescem e desaparecem entre um período estral e o seguinte. Embora transitórios, são importantes como fonte de progesterona, exatamente como os folículos em maturação constituem a fonte de estrógeno. Os corpos lúteos acabam regredindo e são substituídos por cicatrizes de tecido conjuntivo frouxo e fibras musculares lisas que são contínuas com as do mesovário.
Tubas uterinas
As tubas uterinas são estreitas e, em geral muito sinuosas. Capturam os oócitos liberados pelos ovários e os conduzem para o útero; como também transportam os espermatozoides em sua subida, normalmente ocorre fertilização no interior das tubas.
A extremidade cranial livre toma o formato de um funil de paredes finas (infundíbulo), situado junto ao polo cranial do ovário. A margem livre do funil é denteada e as pontas (fímbrias) entram em contato com a superfície do ovário, quais às vezes aderem. Um pequeno óstio (abdominal) no fundo do funil leva à parte tubular mais longa, que é dividida em dois segmentos mais ou menos iguais. O proximal, conhecido com ampola, é seguido pelo ístimo, mais contorcido e mais estreito, mas é preciso admitir que a distinção entre esses segmentos não é igualmente óbvia em todas as espécies ou em todas as fases do ciclo. O istmo se une ao ápice do corno do útero na junção uterotubal (salpingouterina – óstio uterino da tuba), uma região de aspecto muito variável. A junção é gradativa em ruminantes e suínos, abrupta em equinos e carnívoros; aliás, na égua e em menor grau também na cadela e na gata, a parte terminal da tuba se lança no ápice do corno, dando origem a uma pequena papila perfurada pelo óstio (uterino) da tuba. Não se devem considerar em demasia essas diferenças, uma vez que, independentemente de seu aspecto, a junção sempre representa uma barreira renal, impedindo tanto a subida de espermatozoides como a descida de óvulos. A parede da tuba é constituída de túnicas serosa externa, muscular média e mucosa interna. A mucosa é pregueada longitudinalmente ao longo de toda a sua extensão, do infundíbulo ao ístmo; pregas secundárias e mesmo terciárias reduzem o lúmem da ampola a uma série de estreitas fendas ramificantes.
Situação: estendem-se do ápice dos cornos treinos até a extremidade tubárica dos ovários. Não estão, entretanto, em continuidade direta com os ovários, mas pelo contrário, estão parcialmente em contiguidade com e parcialmente inseridas neles.
Meios de fixação:
Ligamento tubo-ovárico: ao nível do infundíbulo da tuba uterina, muito curto, prende-se cranialmente na fossa de ovulação.
Em quase todo o restante de seu percurso é fixada pelo mesossalpinge que é o seu meso próprio.
Na sua terminação pela sua continuação com o útero onde penetra no corno uterino através do óstio uterino da tuba.
Relações: 
Ovários, cornos uterinos e formação da bolsa ovárica. Mantém contatos variáveis com a parede abdominal e as vísceras digestivas.
ÚTERO
O útero, o ventre no antigo idioma, é a parte dilatada onde os embriões permanecem e estabelecem um meio de troca fisiológica com a circulação sanguínea materna e são protegidos e nutridos até que estejam prontos para serem expelidos para o mundo exterior. É a parte que apresenta as diferenças específicas mais notáveis (embora as formas mais extremas não se verifiquem entre espécies domésticas). Essas diferenças encontram uma fácil explicação na maneira de formação das vias reprodutoras a partir de dois ductos paramesonéfricos que crescem caudalmente, para se encontrarem e se fundirem entre si com o seio urogenital mediano a divisão ventral da cloaca. Em algumas espécies, incluindo muitos roedores, a fusão dos ductos se limita às porções mais caudais que contribuem para a vagina; as partes mais craniais permanecem distintas e o útero consiste, assim, em canais pares que se abrem separadamente na vagina (útero duplo). Por outro lado, nas mulheres e na maioria dos outros primatas, a fusão é muito mais extensa e apenas as tubas uterinas permanecem pares; há um útero mediano, com uma luz simples, não dividida. Na variedade intermediária (útero bicórneo), encontrada em todas as principais espécies domésticas, o útero compreende uma parte mediana caudal, da qual cornos pares divergem cranialmente, prosseguindo como as tubas uterinas.
Os cornos variam muito em comprimento e é bastante surpreendente que tenham o comprimento máximo em espécies polítocas. Sua disposição também varia. São caracteristicamente enrolados em ruminantes, retos e divergentes em éguas e cadelas e dispostos em alças semelhantes às intestinais em porcas. O colo em geral situa-se na cavidade da pelve, interposto entre o reto e a vesícula urinária, mas o corpo e os cornos do útero tipicamente situam-se no abdome acima da massa dos intestinos.
Em todos os mamíferos domésticos, a parte mediana do útero apresenta dois segmentos. O segmento caudal de paredes muito espessas, o colo (cérvix), fornece um esfíncter que controla o acesso para a vagina. Uma parte do colo do útero (parte vaginal) em geral se projeta no lúmen da vagina, com a qual se comunica no óstio externo. O lúmen do colo (canal do colo do útero) é constituído de, e com frequência, quase ocluído por pregas mucosas; abre-se no corpo do útero, no óstio interno. O corpo em geral é um segmento pequeno nas espécies domésticas, embora as proporções variem; o maior é o da égua. A divisão do interior nem sempre é evidente externamente, uma vez que um septo interno pode dividir parcialmente um espaço aparentemente único.Embora a inspeção visual em geral não consiga revelar a extensão do colo, isto é, facilmente descoberto à palpação, pois é muito mais firme que as parte adjacentes.
Os cornos uterinos apresentam para descrição:
A) Duas faces lateral e medial, lisas e convexas;
B) Curvatura ventral-livre e convexa;
C) Curvatura dorsal-côncava - onde se insere o ligamento largo correspondente;
D) Ápice ou extremidade cranial - forma um fundo de saco hemiesferoide sobre o qual se implanta a terminação da tuba onde se prende o mesossalpinge, o ligamento útero-ovárico e mesovário;
E) Uma base ou extremidade caudal que se une com seu homólogo a um ângulo agudo e se continua com o corpo.
A parte mediana (corpo e cérvix) apresenta para descrição:
A) Face dorsal de onde se prende de cada lado o ligamento largo;
B) Face ventral lisa e livre;
C) Duas margens laterais espessas.
É chamado, às vezes, de fundo uterino a zona que corresponde a bifurcação dos cornos (uma base ou extremidade caudal).
Meios de fixação
Os ligamentos largos, as principais fixações das vias genitais femininas, são lâminas bilaterais que se originam por um prolongamento das paredes do teto do abdome e da pelve. A parte cranial de cada um, pende verticalmente e suspende o ovário, a tuba uterina e o corno do útero. A parte caudal passa mais horizontalmente, fixando-se ao lado do útero, ao colo e à parte cranial da vagina; as partes caudais direita e esquerda, com sua inclusão visceral, dividem assim a cavidade da pelve em espaços dorsal e ventral. Partes diferentes do ligamento largo obtém as designações já mencionadas (por exemplo, mesovário). Esses ligamentos são diferentes da maioria das pregas peritoneais, uma vez que as membranas serosas são mantidas separadas por quantidades consideráveis de tecido, principalmente musculatura lisa; isso às vezes torna difícil apontar o limite exato entre o útero e seus anexos. A musculatura permite que os ligamentos desemprenhem uma parte ativa no suporte e na disposição dos órgãos reprodutores, além de conduzir vasos e nervos.
A grande parte do ligamento largo que passa sobre o corno e o corpo do útero ajuda a dar o órgão o formato característico da espécie. As duas membranas serosas são amplamente separadas por tecido adiposo, onde se fixa ao colo em especial à vagina; a parte lateral da vagina, portanto, é retroperitoneal. Um cordão de tecido fibroso e musculatura lisa, o ligamento redondo do útero segue da ponta do corno do útero em direção (e na cadeia através) ao canal iguinal, sustentado por uma prega especial de peritônio desmembrada da superfície ventral do ligamento largo.
Ligamento útero-ovárico – já descrito – ligamento próprio do ovário.
Junção com a tuba uterina através do óstio uterino da tuba.
Relações:
O útero entra em contato:
Por seus cornos com diversas partes do intestino: base do ceco, partes direitas do cólon maior, cólon menor e jejuno-íleo. Estas vísceras comprimem muitas das vezes os cornos uterinos contra a parede sublombar e parte superior do flanco. Istmo da tuba e formações peritoneais vizinhas.
Por seu corpo: sua superfície dorsal relaciona-se com o reto e outras partes do intestino. Sua superfície ventral está em contato com a vesícula urinária e tem relações muito variáveis com diversas partes do intestino como as circunvoluções do jejuno-íleo e cólon menor como também com a flexura pélvica do cólon menor. Relaciona-se também com a vagina.
Estrutura: 
O útero possui revestimentos seroso, muscular e mucoso, que são conhecidos como perimétrio, miométrio e endométrio, respectivamente. O revestimento seroso atinge o útero por prolongamento do ligamento largo de sustentação (mesométrio). A musculatura de despõe em camadas longitudinal externa, frágil e circular, internas, mas espessas, que são separadas por um estrato muito vascularizado de tecido conjuntivo. Os tecidos, especialmente, a camada muscular externa, se estendem (com o paramétrio) pelos ligamentos largos de sustentação. Tecido conjuntivo denso se intercala com a musculatura do colo e o torna uma parte das vias muito inelástica na maioria das vezes.
O endométrio é espesso. Seu relevo superficial varia entre as espécies e é mais notável em ruminantes, nos quais inúmeras elevações permanentes (carúnculas) marcam os locais onde as membranas embrionárias de ficam firmemente durante a prenhez. Numerosas glândulas tubulares se abrem na superfície, que em geral é revestida por um simples epitélio colunar. A mucosa no interior do colo é proeminentemente modelada por pregas longitudinais e circulares, cuja interdigitação ajuda a fechar a passagem. Muco secretado por glândulas cervicais tamponam o canal na maior parte das vezes e, assim, ajuda a vedar o útero da vagina. A passagem é aberta apenas no estro e mediantemente antes, durante e por um curto período após o parto.
Carúnculas: nos ruminantes, espessamentos circunscritos da lâmina própria-submucosa-chamado de carúnculas estão presentes.
Elas são ricas em fibroblastos e possuem um extenso suprimento sanguíneo. 4 fileiras comais ou menos 15 carúnculas estão presentes no útero dos ruminantes. Elas mostram um formato de um domo na vaca e de uma taça (um domo com depressão central na ovelha). As carúnculas formam a parte interna do placentoma. Estas são áreas de contato íntimo entre tecidos placentários materno e fetal onde ocorre intercâmbio metabólico.
Diferenças entre as espécies
Carnívoros: O útero tem o corpo muito pequeno e cornos extremamente longos e estreitos. Os cornos são de diâmetro uniformes e quase retos e situam-se inteiramente dentro da cavidade abdominal. Eles saem do corpo na forma de um V no sentido de cada rim. O colo é muito curto e possui uma densa túnica muscular entre o útero e a vagina, mas o cérvix do útero é mais espesso do que a vagina. A túnica mucosa do útero possui largas glândulas uterinas e cristas tubulares curtas. Na gata, há pregas longitudinais radiais ou espiraladas.
Porca: o corpo tem aproximadamente 5 cm de comprimento. Os cornos são extremamente largos e flexuosos e são livremente móveis por causa da grande extensão dos ligamentos largos. Na fêmea não prenhe, eles estão dispostos em numerosos espirais e assumindo uma semelhança com o intestino delgado de paredes espessas. As extremidades dos cornos afunilam-se até a aproximadamente o diâmetro das tubas. O colo é notável pelo seu comprimento (10 cm) e pelo fato de que diretamente continua pela vagina sem qualquer projeção intravaginal. Quando cortado e exposto, pequenas proeminências arredondadas são observadas em seu interior. Algumas delas se encaixam e ocluem o canal cervical. São contínuas caudalmente com as pregas da túnica mucosa da vagina.
Vaca: o corpo só tem aproximadamente 3 a 4 cm de comprimento embora pareça maior. Esta falsa ideia é devido ao fato das paredes caudais dos cornos estarem unidos por tecido muscular e conjuntivo e possuem uma cobertura peritoneal comum.
Os cornos são mais extensos do que parecem exatamente e tem um comprimento de 25 a 40 cm. Afunilam-se gradativamente no sentido da extremidade livre, de modo que a junção com as tubas não é tão repentina como na égua. A parte livre do corno uterino curva-se a princípio ventral, cranial e lateralmente e a seguir dobra caudal e dorsalmente, formando um espiral, em determinando casos a curvatura se assemelha a letra S. A cérvix tem aproximadamente 10 cm de comprimento, sua parede é muito densa e pode ter aproximadamente 3 cm de espessura. Seu lúmen, ou canal cervical, é espiralado e normalmente está bem fechado e é difícil ser dilatado. Está claramente demarcado o corpo do útero e da vagina, de modo que os óstios externos e internos são, ambos, bastantes distintos. A túnica mucosa apresenta como características as carúnculas uterinas.
Os ligamentos largos não estão inseridos na região sublombar como na égua, mas à parte dorsal dos flancos, mais ou menos um palmo ventral ao nível da tuberosidade coxal.
VAGINA
O restante das vias femininas, embora às vezes, vagamente denominado vagina, consiste em duas partes. A parte cranial,vagina no sento estrito, é uma via puramente reprodutora, que vai do colo à entrada da uretra. A parte caudal, o vestíbulo, se estende do óstio uretral até a vulva externa e combina funções reprodutoras e urinárias. As duas partes juntas constituem o órgão copulador feminino e o canal do parto.
A vagina é um canal relativamente longo, de paredes finas, que é elástico em comprimento e largura. Ocupa uma posição mediana na cavidade da pelve relacionada ao reto dorsalmente e à vesícula urinária e à uretra ventralmente e lateralmente com a parede pélvica e os ureteres. É principalmente retroperitoneal, embora o peritônio cubra as partes craniais de ambas as superfícies dorsal e ventral em um grau variável. A incisão dessa parte da parede dorsal, manobra relativamente fácil de se efetuar de dentro da vagina em espécies maiores, constitui um processo conveniente para a cavidade peritoneal. A abordagem ventral correspondente é proibida pela presença de um plexo venoso que drena o útero e a vagina,
A musculatura vaginal, apesar de mais fraca, tem uma disposição semelhante à do útero. A mucosa é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado que reage-mais enfaticamente em algumas espécies que em outras, às alterações nos níveis hormonais durante o ciclo estral. As glândulas se restringem à parte cranial da vagina e umidade em qualquer outra parte indica difusão de outras áreas. A superfície é lisa mas pode formar-se pregas circulares e longitudinais quando as paredes do órgão inativo se dobram para dentro. A intrusão do colo na parte cranial da vagina reproduz o lúmen dessa parte a um recesso anular chamado fórnix vaginal.
A junção da vagina com o vestíbulo é supostamente marcada em animais virgens por uma prega mucosa transversa (hímen), mais desenvolvida na potranca e na porca nova, mas mesmo nessas raramente é muito proeminente, não resistindo ao coito. A região juncional é menos distensível do que as partes craniais e distais a ela. 
Meios de fixação
A vagina é fixada cranialmente pela sua junção com o colo do útero (cérvix) e pela parte caudal do ligamento largo do útero e caudalmente por sua continuação com o vestíbulo.
Diferença entre as espécies
Vaca: é um tanto mais larga e mais espaçosa do que a da égua. Na parede ventral da vagina, entre as túnicas muscular e mucosa, comumente há presente os dois ductos longitudinais do epoóforo (canais de Gartner). Abre-se caudalmente próximo ao óstio uretral externo.
*São remanescentes dos ductos mesonéfricos.
Cadela: é relativamente longa. É estreita cranialmente e não possui nenhum fórnix distinto. A túnica muscular é espessa e consiste essencialmente de fibras circulares. A mucosa forma pregas longitudinais. Os ductos do epoóforo (canais de Gartner) normalmente estão ausentes. 
Porca: é pequeno no calibre e tem uma espessa camada muscular que consiste em fibras circulares entre duas camadas de fibras longitudinais. A túnica mucosa é pregueada e unida à camada muscular. Ductos longitudinais do epoóforo (canais de Gartner), podem ser encontrados abrindo-se, cranialmente ao orifício uretral externo. 
VESTÍBULO E VULVA
O vestíbulo, muito mais curto que a vagina, situa-se principalmente, se não inteiramente atrás do arco isquiático, uma circunstância que lhe permite se inclinar ventralmente até sua abertura na vulva. A quantidade de “inclinação” é variável, tanto individual como especificamente. A flexão resultante do eixo da via genital deve ser considerada a introdução de espéculo vaginal ou outro instrumento.
As paredes do vestíbulo são menos elásticas do que as da vagina que se unem em repouso, reduzindo o lúmen a uma fenda vertical. A uretra se abre no assoalho, diretamente caudal a qualquer indicação de que pode ser de um hímen. Em alguns animais, como por exemplo, a cadela, a abertura uretral é elevada acima do nível geral do assoalho vestibular, em outros, como a vaca, está associada a um divertículo suburetral. Mais caudalmente, as paredes vestibulares são marcadas pelas entradas dos ductos de glândulas vestibulares. Em certas espécies (por exemplo a cadela), as glândulas são pequenas, porém numerosas, e os orifícios do ducto formam séries lineares; em outras (por exemplo a vaca), uma grande massa glandular de cada lado drena por um único ducto; em algumas espécies (por exemplo a ovelha), estão presentes glândulas vestibulares tanto menores como menores. Essas glândulas produzem uma secreção mucosa que lubrificam a passagem ao coito e ao parto. No estro, o odor da secreção tem efeito sexualmente estimulante sobre o macho. A parede vestibular é lateral de tecido erétil, conhecido como bulbo vestibular e é considerado como homólogo ao corpo esponjoso do pênis; é uma estrutura semelhante ao bulbo do pênis.
O vestíbulo se abre para o exterior na vulva. A abertura vulvar vertical é limitada por lábios, que se unem em comissuras dorsal e ventral. Exceto na égua, a comissura dorsal é arredondada, a ventral é pontiaguda e é elevada acima do nível da cútis circundante. Os lábios correspondem aos pequenos lábios (internos) da anatomia humana; os grandes lábios (externos) geralmente inexistem nas espécies domésticas. Entretanto, nos carnívoros, pregas mais laterais são algumas vezes aparentes e acredita-se que sejam homólogas aos grandes lábios da anatomia humana.
O clitóris, o homólogo feminino do pênis situa-se exatamente na comissura ventral. É formado de dois ramos, um corpo e uma glande, da mesma forma que seu homólogo masculino muito maior. 
Sem dissecção, apenas a glande é visível, onde se projeta no assoalho vestibular, parcialmente envolvida por uma prega mucosa constituindo um prepúcio.
Diferença entre as espécies
Equino: apresentam ventralmente no vestíbulo duas séries lineares de pequenas papilas que convergem no sentido da comissura ventral; elas marcam os orifícios dos ductos das glândulas vestibulares menores. Em cada lado da parede dorsal há um grupo de 8 a 10 proeminências maiores nas quais os ductos das glândulas vestibulares maiores abrem-se.
Ruminantes: as glândulas vestibulares maiores em números de duas, estão situadas nas paredes laterais do vestíbulo; as glândulas vestibulares menores ocorrem ao lado do sulco ventral mediano; na ovelha, as maiores são inconstantes e nas cabras estão ausentes. O clitóris tem pilares muito curtos e o corpo é flexuoso. Somente a extremidade pontiaguda da glande é visível na comissura ventral da vulva.
Carnívoros: as glândulas vestibulares maiores estão ausentes na cadela e na gata são pequenas e situam-se na parede lateral do vestíbulo; as menores, muitas vezes presente, abrem-se ventralmente em ambos os lados de uma crista mediana; os bulbos vestibulares são relativamente grandes e estão comumente unidos ventralmente por um tipo de ístmo na cadela; são ausentes na gata. O corpo do clitóris é largo e plano; não é de estrutura erétil, mas filtrado de gordura. A glande é grandemente composta de tecido erétil e situada numa grande fossa.
Porca: o clitóris é largo e flexuoso; sua glande forma uma pequena projeção pontiaguda sobre fossa do clitóris.
Vascularização
A irrigação sanguínea para os órgãos genitais femininas é oriunda de várias fontes. A artéria ovárica, um ramo direito da aorta, irriga, o ovário e se ramifica para a tuba uterina e parte cranial do corno do útero; o tipo de ramificação varia em detalhes. A artéria ovárica adota um curso extraordinariamente contorcido e, dependendo da espécie, fica mais ou menos bastante relacionada à veia ovárica. O ramo uterino se anastomosa com a artéria uterina no ligamento largo.
A artéria uterina se origina como um ramo indireto da artéria ilíaca interna (exceto na égua-ilíaca externa) e segue em frente no ligamento largo. Emite uma série de ramos anastomosante para o corpo e o corno do útero; as anastomoses mais craniais com a artéria ovárica, as mais caudais com a artéria vaginal. Forma-se, assim, uma arcada arterial seguindo o comprimento do útero e suprida a partir de ambas as extremidades. Existem discussões bastantes e inconclusivas da importância dessadisposição na determinação da abundância da irrigação sanguínea para diferentes partes do útero-e, portanto, para locais particulares de implantação no animal prenhe. Alguns acreditam que diferenças na pressão arterial prejudicam certos locais e que isso explica a situação dos animais raquíticos, tão comum em espécies polítocas. As partes mais caudais do trato são variavelmente irrigadas por ramos das artérias pudenda interna e vaginal.
As veias, amplamente satélites das artérias, não correspondem às suas companheiras em importância relativa. A veia ovárica plexiforme é relativamente muito maior e a veia uterina relativamente muito menor que a artéria acompanhante. Um plexo venoso proeminente e elaborado presente na face ventral do útero e da vagina drena ambos os órgãos permitindo que escape sangue por qualquer uma das veias pares ováricas, uterinas e vaginais. A íntima relação entre a artéria e a veia ovárica, mais bem observada que ruminantes e na porca, parece ser importante na promoção de troca hormonal da circulação arterial para a venosa.

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