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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (1)

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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Após longa tramitação no Congresso Nacional, foi aprovada a EC n° 45, de 8 de dezembro de 2004. Dentre várias alterações na estrutura do Poder Judiciário, houve um aumento considerável na competência da Justiça do Trabalho.
A Justiça do Trabalho julgava conflitos oriundos da relação entre empregados e empregadores e, excepcionalmente, as demandas decorrentes da relação de trabalho. 
O critério da competência da Justiça do Trabalho, que era eminentemente pessoal, ou seja, em razão das pessoas de trabalhadores e empregadores, passou a ser em razão de uma relação jurídica, que é a relação de trabalho.
O que é relação de emprego?
A relação de emprego, ou o vínculo empregatício, é um fato jurídico que se configura quando alguém (empregado ou empregada) presta serviço a uma outra pessoa, física ou jurídica (empregador ou empregadora), de forma subordinada, pessoal, não eventual e onerosa.
Destaca-se que a prestação de serviços tem que ser intuitu personae, ou seja, apenas aquela pessoa pode fazer, sendo a mesma insubstituível para aquela tarefa.
O que é relação de trabalho?
A relação de trabalho ocorre quando algum dos requisitos do art. 3º da CLT não são preenchidos, ou seja, basta que um, e apenas um, daqueles critérios não seja suprido para que tenhamos uma relação de trabalho.
Se a prestação dos serviços é eventual, temos a relação de trabalho; se a prestação de serviços não é sob dependência de empregador, temos a relação de trabalho; se para prestar aquele serviço não há o pagamento de salário, teremos a relação de trabalho; e por fim, se pessoa que prestar aquele serviço puder ser substituída, haverá a relação de trabalho.
Estágio Profissional
Trabalho Eventual
Trabalho Autônomo
Trabalho Temporário
Diarista
Trabalho Avulso
Trabalho Voluntário
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Observamos que a competência material da Justiça do Trabalho é extensa e não possui um rol taxativo, além de competências específicas elencadas no artigo mencionado, compete a esta justiça especializada a solução de todas as controvérsias decorrentes de relações de trabalho.
Podemos concluir que a competência material da Justiça do Trabalho ficou ainda mais extensa após sua ampliação dada pela EC/45 de 2004 e desde então houve questionamento entre juristas se isto não modificaria o objetivo primordial da Justiça do Trabalho, que sempre foi o de proteger ao trabalhador subordinado, hipossuficiente e presente em uma relação jurídica desigual.
Na prática, mesmo a Justiça Trabalhista passando a ter sua competência material estendida, trazendo mais serviço aos magistrados trabalhistas, em nada sofreu alterações em relação as soluções de conflitos.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO
A competência territorial leva em consideração o limite territorial da competência de cada órgão que compõe a Justiça do Trabalho.
A competência territorial é sempre relativa, pois prevista no interesse da parte, não podendo o juiz conhece-la de ofício. Caso não impugnada pelo reclamado no prazo de resposta, prorroga-se a competência.
Vejamos o art. 651, da CLT:
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Conforme podemos verificar, a competência territorial é determinada pelo local da prestação de serviços do reclamante. A finalidade teleológica da lei ao fixar competência pelo local da prestação de serviços consiste em facilitar o acesso do trabalhador à Justiça, pois no local da prestação de serviço, podemos presumir, que o empregado tem maiores possibilidades de produção de provas, trazendo suas testemunhas para depor, além de poder comparecer nas audiências sem maiores gastos com locomoção.
Desta forma, aplica-se competência territorial aos empregados brasileiros ou estrangeiros para o local de prestação de serviços. Quando o empregado tiver trabalhado em vários locais, a competência será para o último local de trabalho, nos casos em que o empregado trabalhe ao mesmo tempo em locais diferentes, cada um deles será competente.
Devemos ter cuidado, tendo em vista que as peculiaridades do caso concreto deverão ser analisadas, para a não aplicação do critério legal de fixação de competência territorial quando o mesmo representar um óbice de acesso ao Poder Judiciário.
Viajantes e Agentes: Sempre que houver no dissídio parte que seja agente ou viajante comercial, a competência será designada a vara de onde a empresa possua sede ou filial e é necessário que esteja o empregado subordinado a esta, para os casos em que não houver vara, será competência da vara de onde o empregado tenha domicílio ou a mais próxima. 
Empregado brasileiro que trabalhe no estrangeiro: Quando empregado brasileiro trabalhe no estrangeiro a competência das varas de trabalho se estenderá a dissídios que ocorram em sede ou filial no estrangeiro, desde que não exista convenção internacional dispondo em contrário.
Desta forma a ação trabalhista deverá ser ajuizada onde o empregador tenha sede no Brasil ou no local de contratação do empregado antes de ser designado ao exterior.
Empresas que promovem atividades em mais de um local: A CLT assegura aos empregados a opção de ajuizar reclamação trabalhista no foro de celebração de contrato ou no foro da prestação de serviço para aqueles que sejam contratadospor empresas que promovem atividades fora do local de celebração de contrato, como disciplinado em seu artigo 651, § 3º.
Lembre-se que a hipótese retratada no § 3º é para situações em que o trabalho seja em locais incertos, eventuais ou transitórios, por assim o empregador desenvolver seus trabalhos.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Quando falarmos em competência funcional da Justiça do Trabalho, estaremos nos referindo aos atos judiciais praticados pelos órgãos da Justiça Trabalhista e pelos juízes em um mesmo processo. Esses atos podem acontecer através de juízes que compõem mesmo órgão ou através de magistrados que fazem parte de diversos órgãos jurisdicionais, onde tramitam processos de primeira e segunda instância, por exemplo.
Juiz Titular da Vara do Trabalho: Positivado pelo artigo 659 da CLT, compete a ele presidir as audiências; executar as suas próprias decisões; dar posse ao diretor de secretaria e aos demais funcionários da secretaria; despachar as petições e os recursos interpostos pelas partes, fundamentando a decisão recorrida antes da remessa ao tribunal regional; conceder medida liminar, até decisão final do processo em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do art. 469 da CLT; conceder medida liminar até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
Desembargador Presidente do Tribunal Regional do Trabalho: Positivado pelo artigo 682 e 727, da CLT, compete a ele dar posse aos juízes titulares de varas e juízes substitutos e funcionários do próprio tribunal e conceder férias e licenças aos mesmos; presidir as sessões do tribunal; presidir as audiências de conciliação nos dissídios coletivos; executar suas próprias decisões e as proferidas pelo TRT; convocar suplentes dos juízes do tribunal, nos impedimentos destes; representar ao presidente do TST contra os juízes titulares que faltarem a três reuniões ou sessões consecutivas, sem motivo justificado; despachar os recursos interpostos pelas partes; requisitar às autoridades competentes, nos casos de dissídio coletivo, a força necessária, sempre que houver ameaça de perturbação da ordem; exercer correição, para tribunais não divididos em turmas; distribuir os feitos, designando os juízes que os devem relatar; designar, dentre os funcionários do TRT e das varas existentes em uma mesma localidade, o responsável pela função de distribuidor.
Tribunais Regionais do Trabalho: Possuem competência originária na solução de conflitos individuais ou coletivos, iniciados no próprio Tribunal. A instância para recurso será o Tribunal Superior do Trabalho, que decorre do duplo grau de jurisdição.
Tribunal Superior do Trabalho: Como já estudamos nas aulas anteriores, o TST possui Tribunal Pleno; Órgão Especial; Seção Especializada em Dissídios Coletivos; Seção Especializada em Dissídios Individuais, Turmas. Cada um possui competências distintas, definidas pelo Presidente do TST.
Juiz de Direito: É de responsabilidade dos juízes de direito administração da Justiça do Trabalho acrescida da jurisdição dos artigos 668 da CLT e 112 da CF, vejamos:
Art. 668 - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
COMPETÊNCIA EM FUNÇÃO DO VALOR DA CAUSA
A CLT não possui regras explícitas para determinar regras acerca do valor da causa na Justiça do Trabalho, dessa forma utilizaremos subsidiariamente os critérios elencados pelo Código de Processo Civil.
O valor da causa se refere ao pedido, demonstrando o bem lesado.
No direito trabalhista o valor da causa é utilizado para determinar o procedimento e se caberá ou não recurso.
O Direito Processual do Trabalha possui o procedimento ordinário, sumário e sumaríssimo. 
Procedimento Sumário: Este procedimento será aplicado para causas com valor igual ou inferior a dois salários-mínimos, não sendo permitido recurso, exceto se for o caso de matéria constitucional.
Procedimento Sumaríssimo: Este procedimento será aplicado para os conflitos individuais com valor de causa igual ou inferior a 40 salários-mínimos e não podem fazer parte deste processo as demandas em que forem partes Administração Pública direta, a autárquica e a fundacional.
Procedimento Ordinário: Este procedimento será aplicado para causas com valor que ultrapasse 40 (quarenta) salários mínimos, na data de seu ajuizamento.
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Quando dois órgãos jurisdicionais entram em conflito no tocante ao exercício de competência, dizemos que há conflito de competência, este acontecimento está positivado no artigo 66 do Código de Processo Civil.
Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
 Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
Desta forma, sabemos que o conflito se dá de forma positiva quando duas autoridades se declaram simultaneamente competentes julgar determinada matéria ou de forma negativa quando se declaram incompetentes para solucionar a lide.

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