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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Juliana Padilha
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade apresentará os impactos motivados pela demo-
cratização da internet e o avanço das tecnologias. Essas inovações 
acarretaram em diversas mudanças, dentre elas, o acesso mais fácil 
às informações. Consequentemente, tal fato tornou os consumidores 
mais exigentes. Dessa forma, houve a necessidade de que as empre-
sas inovassem de modo a atender às expectativas desse novo consu-
midor e também para se manterem competitivas no mercado. Então, 
as organizações perceberam que era hora de adotar a transformação 
digital, que é uma estratégia que combina a tecnologia com os negó-
cios em uma abordagem centrada no cliente. Para realizar a transfor-
mação digital, as empresas também podem contar com as algumas 
tecnologias, como: Business Intelligence (BI), Big Data, Inteligência 
Artificial, Realidade Virtual e Aumentada, Computação em Nuvem, 
Marketing Digital, Automação em Marketing etc. 
Inovação. Transformação Digital. Business Intelligence. Big Data.
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 CAPÍTULO 01
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E AUTOMAÇÃO DE MARKETING
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Era Digital _____________________________________________________
O que é Big Data? ______________________________________________
Digitalização, Digitização e Transformação Digital ________________
 CAPÍTULO 02
BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA: SEUS IMPACTOS NAS OR-
GANIZAÇÕES
O que é Business Intelligence (BI)? _____________________________ 35
30Recapitulando ________________________________________________
26Como a Transformação Digital pode afetar sua carreira? ________
Recapitulando _________________________________________________ 57
 CAPÍTULO 03
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OS BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO DE 
MARKETING
Inteligência Artificial __________________________________________ 62
Realidade Virtual ______________________________________________ 66
Marketing Digital ______________________________________________ 73
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Recapitulando __________________________________________________
Considerações Finais ____________________________________________
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Fechando a Unidade ____________________________________________ 84
Referências _____________________________________________________ 87
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O surgimento e o avanço de novas tecnologias foram incentiva-
dos, principalmente, pelo fato de a internet se tornar mais acessível às pes-
soas, o que provocou muitas mudanças nos hábitos delas, como mais faci-
lidade para comunicarem-se, facilidade de acesso às informações, dentre 
outros. Mas, esse bônus tornou os consumidores mais exigentes, fazendo 
com que as organizações fossem obrigadas a se renovarem por meio de 
tecnologias digitais para atenderem às expectativas dos consumidores e 
também se manterem competitivas no mercado. Para isso, elas percebem 
que deveriam adotar a seguinte estratégia: a transformação digital. 
A transformação digital combina a tecnologia digital com os ne-
gócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é centrada 
no cliente (customer-centric). A transformação digital pode ser aplicada 
em todos os negócios, sendo que o seu diferencial está na automatiza-
ção dos processos, conhecimentos, documentos etc. 
Um exemplo de uma empresa que se reinventou, ou seja, mudou 
a forma de como seus negócios eram feitos é a Netflix. Ela iniciou o seu 
negócio dealuguel de vídeos com mídias físicas (CD/DVD). Com passar 
dos anos, a Netflix percebeu a necessidade de inovar para continuar “viva” 
no mercado. Dessa forma, ela passou a fornecer streaming de vídeos por 
assinatura. Além da inovação na prestação de serviços, a Netflix também 
utiliza os dados fornecidos pelos seus usuários para realizar recomenda-
ções a eles sobre filmes, séries, documentários etc. Esse sistema de re-
comendação de conteúdo foi impulsionado pela Inteligência Artificial (IA). 
No decorrer desta unidade, serão descritas principais tecnolo-
gias que contribuem para a transformação digital, sendo elas: o Business 
Intelligence (BI), Big Data, Inteligência Artificial (IA), Realidade Virtual e 
Automação do Marketing. Essas tecnologias contribuem não só para me-
lhorar a gestão das organizações, mas, para aumentar a produtividade, 
os lucros e também aperfeiçoar o relacionamento com seus clientes. 
Além de mudanças nas empresas, a inovação digital também 
foi a responsável por promover alterações nas profissões, isto é, atuali-
zações de umas e o surgimento de outras novas, como a de professor 
on-line, influenciador digital, gestor de mídias sociais, profissionais de 
marketing digital etc. 
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ERA DIGITAL
Atualmente, estamos vivenciando um período marcado pela 
alta disseminação de informações, o qual é conhecido como “era di-
gital”. Ela teve a internet como a maior propulsora, pois foi ela quem 
permitiu às pessoas obterem acesso rápido e fácil às informações e, 
consequentemente, conhecimentos sobre diversos assuntos. Desse 
modo, a internet veio para democratizar a publicação e a busca por 
informações, pois, agora, todos podem divulgar seus conhecimentos 
na rede e torná-los imediatamente disponíveis para qualquer pessoa 
do mundo. Outra grande vantagem da internet é a flexibilização que 
ela oferece às pessoas, que podem visualizar somente as informações 
(conteúdos) que lhes são relevantes. (GARCIA, 2020). 
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E
AUTOMAÇÃO DE MARKETING
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Contudo, a facilidade de acesso às informações tornou os con-
sumidores mais exigentes, pois eles não aceitam mais produtos padro-
nizados, ou seja, demandam mais personalização por meio do uso de 
tecnologias de ponta. Tal fato se deu graças à era digital, que permi-
tiu a esses consumidores conhecerem os produtos de outros estados, 
países, enfim, do mundo. Consequentemente, esses consumidores se 
tornaram mais exigentes e estão cada vez mais requisitando que as 
empresas locais forneçam soluções digitais com mais qualidade e cus-
tomizadas. Logo, a empresas tiveram que se modificar para atender a 
essa nova demanda de clientes. A essas empresas dá-se o nome de 
incumbentes ou tradicionais (GARCIA, 2020).
As empresas tradicionais, normalmente, pelo fato de já opera-
rem no mercado há bastante tempo, não possuem modelos de negó-
cios adequados para abordar os atuais consumidores. Portanto, existe 
a necessidade de que elas se renovem por meio do uso de tecnologias 
digitais – com estratégias de transformação digital – para, assim, se 
manterem competitivas no mercado. 
A transformação digital combina a tecnologia digital com os 
negócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é a cen-
trada no cliente (customer-centric) (GARCIA, 2020). Essa abordagem 
consiste em colocar o cliente como o centro de todo o planejamento es-
tratégico da empresa, ou seja, todas as ações, processos e decisões da 
organização são tomadas de forma a afetar positivamente a experiência 
do cliente (consumidor) (MACHADO , acesso em: 04/02/2021).
Opondo-se às empresas tradicionais, existem as empresas 
entrantes (em geral, são representadas pelas startups). Essas empre-
sas utilizam o máximo possível da tecnologia digital em seus produtos, 
serviços e processos operacionais para oferecer produtos/serviços per-
sonalizados e de alta qualidade, pois são o anseio dos consumidores 
da era digital. Além disso, é essencial que a empresa adote o modelo 
de negócios customer-centric para, dessa forma, entregar uma melhor 
experiência ao seu cliente (GARCIA, 2020).
DIGITALIZAÇÃO, DIGITIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Para facilitar a compreensão sobre esse termo – transforma-
ção digital – é fundamental saber a distinção entre os três conceitos 
apresentados a seguir (GARCIA, 2020): 
• Digitalização: trata-se de uma modificação na forma como 
as informações se apresentam, ou seja, as informações analógicas 
(físicas) são transformadas em digitais. Por exemplo: considere que a 
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empresa X armazena documentos relativos a seus clientes em pastas 
sanfonadas, em que cada divisória representa uma letra do alfabeto. 
Quando algum colaborador digita todas as informações desses clientes 
em um sistema CRM (Customer Relationship Management), logo, eles 
dados deixarão de existir fisicamente (em forma de papel) e passarão 
para uma forma digital (GARCIA, 2020).
• Digitização: consiste na alteração da forma como a organiza-
ção realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacionais 
da empresa, transformando-os em digital. Por exemplo: considere que a 
empresa Y organiza o seu processo não digital de pagamento a fornece-
dores em uma pasta sanfonada em que cada divisória representa um dia 
do mês. Dessa forma, o colaborador responsável pelo financeiro deverá 
verificar todos os dias essa pasta a fim de saber se há contas (boletos) 
a serem pagas nesse dia. Ao localizá-las ele deverá acessar o internet 
banking e realizar os pagamentos. Já em um processo totalmente digital, 
o pagamento aos fornecedores, é automatizado, então, as contas (bole-
tos) são inseridas em um sistema que avisará ao colaborador sempre que 
houver uma conta a ser paga naquele dia. Dessa forma, torna-se des-
necessária a existência da pasta sanfonada e muito menos a checagem 
manual e diária que seria feita pelo colaborador (GARCIA, 2020).
• Transformação digital: de acordo com os autores Schallmo e 
Williams (2018), esse termo possui diversas definições, não havendo, 
assim, uma única definição para transformação digital. Logo, diversas 
definições foram propostas por diferentes autores, as quais são apre-
sentadas no Quadro 1.
Quadro 1 – Definições do Termo Transformação Digital.
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Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
De acordo com Garcia (2020), a transformação digital obriga as 
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organizações adotarem uma abordagem de negócios customer-centric, 
pois são esses atuais consumidores que solicitam cada vez mais produ-
tos tecnologicamente avançados. Dessa forma, as empresas devem-se 
manter atualizadas em relação aos avanços tecnológicos para que os 
seus produtos/serviços e processos sejam melhorados de acordo com 
a mais avançada tecnologia disponível no momento. 
No entanto, não é apenas a adoção de estratégias centradas 
no cliente e o uso de tecnologias, que faz a transformação digital acon-
tecer. A empresa deve passar por uma mudança brusca, como a mi-
gração dos processos manuais para os processos digitais, que deve 
ocorrer primeiramente nos departamentos tradicionalmente centrais: 
administrativos, comercial, financeiro e de recursos humanos. Os pro-
cessos digitais são automatizados e, consequentemente, tornam-se 
mais eficientes. Além disso, o uso das tecnologias digitais, proporciona 
um ambiente de trabalho maiscolaborativo, entusiasmante e inovador. 
Geralmente, esse novo ambiente produz processos e produtos revolu-
cionários, e permite ampliações na produtividade (GARCIA, 2020).
Pelas informações apresentadas anteriormente, percebe-se que 
o processo de transformação digital não é tão simples, pois em um pri-
meiro momento, pode-se induzir ao pensamento errôneo de que, uma 
organização, que cria uma fanpage ou então um blog corporativo já está 
investindo em transformação digital. No entanto, o processo é bem mais 
complexo que parece, pois deverá haver uma mudança estrutural nas 
empresas, que para tal, a tecnologia terá um papel estratégico central. 
Portanto, consumirá muito tempo e recursos. No entanto, a boa notícia é, 
que esse processo pode ser implantado por qualquer organização e inde-
pendente do seu tamanho. Já que a transformação digital não se resume 
a quem tem mais dinheiro para investir; e sim representa um desafio para 
a gestão da empresa que para a tecnologia (RABELO, 2020).
A Figura 1, apresentada a seguir, ilustra bem a dependência 
entre digitização, digitalização e transformação digital. Conforme obser-
va-se, a digitização muda os processos que dependem da digitalização, 
que modifica as informações, pois só é possível tornar os processos di-
gitais se todas as informações também forem digitais. Da mesma forma, 
a transformação digital, que é a responsável por alterar a experiência 
de uso dos consumidores, por sua vez, depende da digitização e da 
digitalização (GARCIA, 2020).
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Figura 1 – Relação de Dependência entre Transformação Digital, Digitização 
e Digitalização.
Fonte: Adaptação de Garcia, 2020.
Assunto: O que é Customer-centric?
Link do assunto: https://blog.deskmanager.com.br/custo-
mer-centric/ e também no link: https://www.zendesk.com.br/blog/
customer-centric/
Vídeo sobre o assunto: O que é Transformação Digital?
Este vídeo oferece uma explicação bem clara sobre o que 
é o processo de transformação digital nas empresas.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Yse-
VMhprKMQ 
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Pilares e Etapas da Transformação Digital
De acordo com a FIA (2018), os pilares da transformação di-
gital são: 
• Foco no consumidor – como hoje em dia é bem mais fácil 
compreender os desejos e as preferências dos consumidores, é essen-
cial que a empresa utilize essas informações para todo o trabalho dela. 
• Feedbacks constantes – atualmente, é bem mais simples 
para a empresa obter feedbacks sobre seus produtos/serviços e corrigir 
as falhas para que ele possa ser melhorado.
• Entregas mais ágeis – os processos de produção, lançamen-
to, feedbacks e correção devem ocorrer o mais breve possível e com a 
máxima eficiência.
• Adaptação as mudanças – pelo fato dos contextos alterarem-
-se rapidamente, as entregas dos produtos da empresa precisam ser 
ágeis. Por esse motivo, ela precisa ter resiliência e também capacidade 
de flexibilizar seus processos. 
Além desses quatro pilares, há também algumas etapas que 
viabilizam o processo de transformação digital, que são (HPE , acesso 
em: 08/02/2021):
• Criar um plano que funcione para os negócios – o primeiro 
passo é a criação de um plano para que a empresa saiba o quanto 
ela quer evoluir e quais tecnologias ela deverá adotar para implantar a 
transformação digital.
• Proporcionar aos colaboradores a chance de usar e domi-
nar tecnologias emergentes – esse segundo passo é um pouco mais 
complexo, pois nos modelos de negócios tradicionais bastava que os 
colaboradores aprendessem a usar determinados sistemas e continu-
assem a usá-los por muitos anos. Já no processo de transformação 
digital, é necessário que os colaboradores concordem que os processos 
utilizados para executar suas tarefas passem por mudanças (adoção de 
novas tecnologias) para tornar o trabalho mais eficiente. 
• Desistir das tecnologias legadas – geralmente, as organizações 
têm um gasto alto para manter tecnologias antigas, mesmo elas não ofer-
tando a experiência digital exigida pelo mercado. Tal fato ocorre, pois, a atu-
alização de tecnologias legadas pode ser muito complicada e cara. Além 
disso, depender dessas tecnologias afeta a empresa como um todo porquê 
consome recursos que poderiam ser aplicados em tecnologias mais fáceis 
de serem utilizadas e, além do mais, oferecer uma melhor experiência ao 
cliente e/ou administrar para analisar os dados mais rapidamente.
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A Importância da Transformação Digital
Segundo a FIA (2018, s/p.), a “transformação digital é importante 
porque torna a empresa mais inovadora, ágil, resiliente e flexível para en-
carar as dificuldades do mundo VUCA ”. Além disso, de acordo com Garcia 
(2020, p. 239), a McKinsey & Company , que é uma empresa de consultoria 
de gestão, realizou algumas análises qualitativas para avaliar a importância 
da transformação digital. Por essas análises, concluiu-se que “as empresas 
que utilizam estratégias customer-centric possuem clientes que consomem 
mais e que desenvolvem mais fidelidade aos seus produtos”.
Além da pesquisa apresentada pela McKinsey, existem outras 
que reforçam a importância da transformação digital nas organizações, 
que são (SITEWARE, 2020):
• A pesquisa da Sirus Decison relata que 67% das compras 
ocorrem em ambiente virtual;
• Já a pesquisa do Economist Intelligent Unit descreve que 
69% das pequenas e médias empresas no Brasil acreditam que o uso 
da tecnologia tornará o seu negócio mais eficiente;
• O estudo feito pela Gartner Research aponta que 74% das orga-
nizações observaram uma melhoria significativa na experiência do cliente 
após a adoção da transformação digital, pois houve um aumento de 40% 
na satisfação dos clientes e de 38% na retenção deles. Além disso, nes-
se estudo também foi observado que a produtividade dos colaboradores 
aumentou em 39%, consequentemente, elevou a receita da empresa em 
37%. Em torno de 69% das empresas consultadas creem ter aperfeiçoado 
a sua diferenciação competitiva após implantar a transformação digital.
Assunto: Mundo VUCA
Link do assunto: https://www.ieepeducacao.com.br/mun-
do-vuca/ e também no link: https://hsmuniversity.com.br/blog/
mundo-vuca/
Principais Tecnologias da Transformação Digital
Para se adequar às cobranças impostas pela transformação 
digital, é fundamental que as empresas conheçam as tecnologias que 
permitem a criação de novos modelos de negócios e que vêm sendo 
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usadas na transformação digital (ANDRADE, 2020). São elas:
i. Big Data trata-se de uma área que contém um conjunto de técni-
cas de como tratar, analisar e obter informações a partir de grandes quanti-
dades de dados para que gerem resultados relevantes (SACOMANO et al, 
2018). A Figura 2, a seguir, ilustra os cinco Vs que compõem o Big Data.
Figura 2 – Os cinco Vs do Big Data.
Fonte: Neoway , acesso em: 09/02/2021. 
ii. Business Intelligence (BI) ou Inteligência de Negócio consiste 
no processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitora-
mento de informações que oferecem suporte à gestão de negócios. O obje-
tivo do BI é transformar os dados disponibilizados por determinada empre-
sa em inteligência para a tomada de decisão. Para as empresas atingirem 
bons níveis de maturidade com o BI, elas devem ter uma cultura voltada 
para o Data-driven , isto é, as decisões devem ser tomadas com base na 
inteligência obtida na análise dos dados, que devem estar sempre disponí-
veis e atualizados para os gestores. A Figura 3 ilustra um dashboard, que é 
um painel visual sobre um determinado conjunto de informações. Estere-
curso é usado para auxiliar a tomada de decisão dos gestores da empresa.
Figura 3 – Exemplo de um Dasboard para Análise de Compras.
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Fonte: Microsoft , acesso em: 09/02/2021.
iii. Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) consiste em ob-
jetos físicos capazes de transmitir dados através da internet, conforme 
exemplifica a Figura 4. Por exemplo, considere um sensor de temperatura 
de um forno industrial que transmite o valor da temperatura pela internet 
para uma central, que poderia ser acessada remotamente pela internet.
Figura 4 – Objetos conectados simbolizando a Internet das Coisas. 
Fonte: Pixabay , 2021.
• Computação em Nuvem (Cloud Computing): recebe esse 
nome por seus dados e aplicações estarem armazenados em servido-
res que estão em localidades distintas, podendo até estar em diferentes 
países. A computação em nuvem recebeu esse nome, pois, frequente-
mente, é representada por uma nuvem, como exemplifica a Figura 5. 
A computação em nuvem permite que dados/informações possam ser 
acessados de forma fácil e de qualquer parte em que existe acesso à in-
ternet. Devido aos benefícios proporcionados por essa tecnologia, está 
se tornando cada vez mais comum o uso de softwares na nuvem, como 
o Google Drive, OneDrive, iCloud e Dropbox.
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Figura 5 – Computadores conectados a computação em nuvem.
Fonte: Pixabay , 2021.
Vídeo sobre o Assunto: O que é computação em nuvem?
O vídeo apresenta uma explicação de porque a computa-
ção em nuvem se tornou uma tendência.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9b04C-
Qozjdw 
• Realidade Virtual: é definida como um conjunto de hardwa-
res, como óculos e luvas sensíveis a movimentos, que permitem dar a 
sensação de uma realidade que não existe no local (SACOMANO et al, 
2018) – uma realidade virtual – conforme exemplifica a Figura 6. Como 
exemplo de utilização de realidade virtual, pode-se citar: os jogos, simu-
lação e treino de pilotos de avião, projetos de arquitetura e urbanismo, 
treinamento de militares; na medicina, treinamento cirúrgico e tratamen-
to de transtornos e fobias, dentre outros.
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Vídeo sobre o Assunto: Benefícios da Realidade Virtual no 
Setor da Saúde. 
O vídeo demonstra o treinamento por meio da realidade 
virtual de médicos para a realização de cirurgias.
Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM 
Figura 6 – Óculos de realidade virtual que dá a sensação de imersão visual e 
auditiva em um jogo.
Fonte: VirZOOM , 2016.
i. Realidade Aumentada: é também denominada de realidade 
ampliada. Ela possibilita a interação entre ambientes virtuais e o mundo 
físico. Cintra cita um exemplo dessa tecnologia que foi criada por um 
laboratório de exames do Brasil. Através do uso de óculos de realidade 
aumentada para que crianças, durante a vacinação, sejam imergidas 
em um vídeo animado de uma história interativa que transforma a crian-
ça em um super-herói. Um outro exemplo é do jogo Pokémon Go que 
viralizou em 2016. A Figura 7 exemplifica uma tela desse jogo.
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Figura 7 – Tela do jogo Pokémon Go que combina a geolocalização com a 
realidade aumentada.
Fonte: Agrela, 2016.
ii. Inteligência Artificial: tem por objetivo utilizar dispositivos ou 
métodos computacionais que procedam similarmente à capacidade de 
raciocínio de seres humanos. Dessa forma, além de ser empregada 
para controlar o processo de produção, também poderá ser utilizada 
para oferecer sugestões às distintas necessidades de tomada de deci-
sões (SACOMANO et al, 2018).
Vídeo sobre o assunto: O que é Inteligência Artificial (IA)?
O vídeo define e apresenta, resumidamente, conceitos re-
lacionados a IA.
Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM
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Figura 8 - O robô, Pepper, desenvolvido pela Softbank Robotics com a capa-
cidade de compreender as emoções humanas.
Fonte: Gomes, 2016.
iii. Aprendizado de Máquina (Machine Learning): é atualmente 
bastante usado em chatbots, que são robôs que substituem a ação huma-
na para realizar atendimentos às pessoas (clientes), ou seja, automatizam 
as repostas ao usuário de forma que as pessoas pensem que estão con-
versando com outra pessoa, e não com um software (ANDRADE, 2020).
Figura 9 – Exemplificação de um atendimento realizado por chatbots.
Fonte: Renault, 2018. 
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iv. Automação em Marketing: é uma abordagem utilizada para 
facilitar o trabalho da equipe de marketing, pois otimiza os processos 
diários na análise de dados e personaliza os atendimentos e serviços 
prestados aos clientes (RABELO, 2020).
Assunto: Aplicação da Inteligência Artificial nas Indústrias
Link do assunto: https://blog.gs1br.org/inteligencia-artifi-
cial-nas-industrias/ 
COMO A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL PODE AFETAR SUA CARREI-
RA?
Conforme mencionado anteriormente, a transformação digital tra-
ta-se de um processo de implantação de tecnologias dentro das organiza-
ções, que serve para otimizar os processos, aumentar a produtividade e, 
consequentemente, os lucros e também para entregar o melhor produto/
serviço aos seus clientes. É por isso que, para uma organização realmen-
te vivenciar a transformação digital, faz-se necessário alterar toda a sua 
cultura, incorporando novas formas de pensar e agir. No entanto, a trans-
formação digital trouxe medo aos profissionais, pois estes receiam serem 
substituídos, ou seja, perderem o seu espaço no mercado de trabalho. 
De acordo com Cortizo (2018, s/p.): “não dá mais para enxer-
gar os recursos tecnológicos como um bicho de sete cabeças ou como 
uma ameaça ao seu trabalho”. Os avanços tecnológicos precisam ser 
vistos como aliados, isto é, como um meio de ajudar os profissionais a 
desempenharem suas funções de forma mais assertiva e produtiva. 
É importante que o profissional tenha a consciência de que, por 
mais que pense que a sua profissão esteja distante da transformação 
digital, alguma coisa está mudando ou já mudou! Sendo assim, em al-
gum momento, é certo que haverá a necessidade de se adaptar se não 
quiser se tornar um profissional obsoleto. Basta observar o mundo, to-
dos os negócios estão mudando, independentemente do ramo. É cada 
vez mais crescente a utilização de automatização dos processos, digi-
talização dos documentos e conhecimentos, dentre outros. Um modelo 
de negócios que cresceu bastante nos últimos anos, principalmente du-
rante a restrição de circulação provocada pela pandemia do Covid-19, 
são os negócios on-line. Assim como a transformação digital provoca 
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mudanças nos negócios, também ocorrem mudanças nas profissões e 
até a extinção de algumas, como a do datilógrafo. No entanto, a trans-
formação digital é igualmente responsável pelo surgimento de novas 
profissões, as quais serão detalhadas na Seção 1.3.1. 
Carreiras Digitais
Como já comentado, a transformação digital mudou a forma 
como as organizações eram geridas e também houve uma extinção de 
algumas profissões, como as de telefonista, telegrafista, vendedor de 
enciclopédias. Mas, por outro lado, houve o surgimento de novas car-
reiras, como a de influenciador digital, profissional de marketing on-line, 
gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras. 
O surgimento de novas carreiras induz, erroneamente,ao pen-
samento que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir 
a mão de obra dos profissionais. Mas, não é verdade! Ela veio, sim, 
para mudar as exigências de um mercado que está cada vez mais tec-
nológico e competitivo. Como já se observa, conhecimentos e habilida-
des em determinadas tecnologias já deixaram de ser diferenciais e se 
tornaram aptidões obrigatórias.
De acordo com LEANDRO (2020, s/p.), para escolher uma car-
reira digital, deve-se fazer as seguintes perguntas: 
1. “O que eu sou bom em fazer”?
2. “O que o mundo precisa”?
3. “O que eu gosto”?
4. “O que as pessoas pagariam para eu fazer”?
Após responder essas questões, será possível identificar qual 
área poderá seguir e, consequentemente, haverá mais chances de su-
cesso. O próximo passo é estudar muito para melhorar as habilidades 
e competências por meio de cursos e/ou graduações. É muito impor-
tante conseguir acompanhar todas as mudanças, manter-se atualizado 
e saber aplicar o conhecimento no quotidiano para, assim, se destacar 
na área em que está atuando. Além disso, é também importante que o 
profissional se disponha a mudar e a otimizar os processos existentes 
na organização em que trabalha de forma a obter melhores resultados.
 
Assunto: Carreiras Digitais
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Links do assunto: https://canaltech.com.br/carreira/carrei-
ras-digitais-minha-profissao-vai-morrer/; https://www.jornalconta-
bil.com.br/carreiras-digitais-minha-profissao-vai-morrer-2/ ; https://
www.infomoney.com.br/carreira/estas-10-profissoes-devem-desa-
parecer-como-nao-perder-a-vaga-para-um-robo/ e também no link: 
https://folhadirigida.com.br/blog/carreiras-digitais-preparar/ 
Carreiras Digitais mais Promissoras
Segundo LEANDRO (2020, s/p.), o CEO da Gama Academy, 
Guilherme Junqueira, afirmou que as carreiras digitais que devem se 
destacar nos próximos anos são as que estão associadas aos seguintes 
setores: vendas; marketing digital; programação e design UX/UI. Tais 
mudanças não se dão apenas pelo avanço da tecnologia; a mudança de 
comportamento das gerações atuais também contribui para que deter-
minadas áreas, especialmente as que envolvem meios digitais, tenham 
mais destaques no mercado. De acordo com Digital House (Acesso 
em: 25/02/2021), as profissões do futuro tendem a ser: 
• Professores on-line: atualmente, o uso de tecnologias digitais 
na educação é uma realidade necessária, principalmente no período 
da pandemia. Portanto, é preciso se capacitar e se adaptar às novas 
tendências desse mercado.
• Desenvolvedores de softwares: são profissionais responsá-
veis por criar, analisar e realizar manutenção em softwares. A perspec-
tiva é que, com o avançar da tecnologia, os sistemas estejam cada vez 
mais presentes no mercado de trabalho.
• Analista de Big Data: nos dias de hoje, é a profissão que está 
no ranking das carreiras mais promissoras. Pois, atualmente, as pes-
soas consomem muitos dados oriundos da internet (principalmente de 
mídias sociais) e a função desse profissional é analisar e compreender 
essas informações para ajudar os gestores das empresas a tomarem 
decisões mais rápidas e certeiras. 
• Social Media: é o profissional responsável por administrar as 
redes sociais das empresas, tendo em vista que hoje em dia é uma neces-
sidade para qualquer organização que almeja se consolidar no mercado. 
• Experiência do Cliente: trata-se do profissional que tem como 
objetivo garantir que a relação entre a empresa e os seus clientes seja 
a melhor possível.
• UX Design: assim como há um profissional para garantir um 
bom relacionamento entre consumidores e empresas, também há o 
profissional que visa assegurar que o site e/ou aplicativo da empresa 
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possui um design agradável que atenda todas as expectativas e neces-
sidades do cliente (usuário).
• Profissionais de Marketing Digital: a popularização da internet 
e das mídias sociais fez com que as empresas passassem a necessitar 
de uma assessoria na área de marketing digital para criarem anúncios 
publicitários no Google, Facebook, dentre outros para os mais diversos 
fins, como venda de produtos/serviços, download de algum aplicativo etc. 
• Segurança da Informação: essa profissão surgiu e vem se 
tornando cada vez mais necessária devido ao avanço da transformação 
digital, pois, com mais pessoas usando sistemas, principalmente, os 
sistemas que são on-line (internet banking, e-commerce, etc.) fez-se 
necessária a criação de soluções para prevenir ataques de hackers, de 
malware, identificar vulnerabilidades, dentre outros.
Além dessas profissões, há uma que gera dúvidas: pode ou não 
ser considerada uma profissão a de influenciadores digitais (digital influen-
cer)? De acordo com Mazzuchello (2020, s/p.): “Sim, digital influencer é 
profissão, nos Estado Unidos já é regulamentada”. Já no Brasil, existem 
projetos para regulamentar essa profissão, mas, até o presente momento, 
não foram aprovados. Por isso, é recomendado que seja feito um contrato 
de prestação de serviços ou de parceria de divulgação, participação em 
eventos/fotos, em que estejam descritas questões relacionadas ao uso de 
imagem, nome, voz, dentre outros pontos (CALDART, 2019). 
Os influenciadores são pessoas que atuam em diversas plata-
formas distintas, como Instagram, Facebook, YouTube, dentre outras. 
Como o próprio nome diz, o objetivo desses profissionais é influenciar 
outras pessoas para comprar determinados produtos ou serviços, ou 
então transmitir sobre o que pensa, o que faz no dia a dia, refletir sobre 
determinados assuntos. 
Atualmente, esses profissionais possuem um papel importante 
na sociedade, pois, conforme as pessoas começam a “ganhar” confian-
ça em um determinado influenciador digital, a tendência é que essas 
pessoas comecem a se interessar pelos produtos e/ou serviços que são 
supostamente utilizados pelo(s) influenciador(es) digital(is). 
Assunto: Profissões do Futuro
Link do assunto: https://www.estagiotrainee.com/profisso-
es-futuro
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Sertãozinho-SP Pro-
va: Auxiliar Legislativo - Informática Nível: Médio.
Leia o texto para responder à questão.
Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas ca-
pacidades digitais. Os brasileiros estão otimistas com o impacto 
da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as 
suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de traba-
lho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada 
por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mon-
days. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem 
empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e 
87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.
Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a rea-
lidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habilidades 
mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências 
digitais desejadas por empregadores, de acordo com lista do Linke-
dIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há 
cinco anos. Esse cenário descrito pela pesquisa é um retrato de que 
a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas 
não viram isso acontecer”, diz Leandro Herrera, fundador da Tera.
(Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018. https://epocanego-
cios.globo.com. Adaptado).
Assinale a alternativa em que, vistos no contexto, os enunciados 
separados por barra estão relacionados pela ideia de causa e con-
sequência, nessa ordem.
a) Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital 
em suas carreiras, / mas superestimam as suas capacidades digitais…(1º parágrafo).
b) … mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada 
das novas tecnologias no trabalho / e 87% estão confiantes de que vão 
se adaptar à nova realidade. (1º parágrafo).
c) Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas, 
/ 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas 
por empregadores… (2º parágrafo).
d) … 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas 
por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. / “A lista 
traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. (2º parágrafo).
e) … a renovação das competências aconteceu rápido demais. / As 
pessoas não viram isso acontecer… (2º parágrafo).
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QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: CAU-MT Prova: Assistente Admi-
nistrativo Nível: Médio.
A computação em nuvem é uma área recente da computação e tra-
balha com a transferência de informação e o acesso de arquivos a 
distância. Acerca da computação em nuvem, assinale a alternativa 
correta.
a) A computação em nuvem permite que a preocupação com segurança 
deixe de existir.
b) Existem empresas especializadas em disponibilizar serviços em nu-
vem.
c) A computação em nuvem permite o armazenamento de dados com 
capacidade infinita, sem alterar o valor cobrado pelo serviço.
d) A qualidade de serviços de computação em nuvem não depende da 
qualidade da conexão.
e) Não existem softwares para serem instalados localmente, tendo em 
vista que a computação em nuvem visa à descentralização geográfica.
QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Solânea-PB Prova: 
Professor-Português Nível: Difícil.
A “Era da informação” refere-se ao período no qual a informação 
tornou-se moeda corrente e valiosa no mundo [...]. Após a inter-
net e as novas tecnologias digitais, a “Era da Informação” tem se 
transformado, pois, o valor atribuído à informação tem passado, 
gradativamente para a interface [...]. Por isso, talvez a forma mais 
apropriada de referirmo-nos à era atual seja como “Era da Inter-
face” ou “Era Digital”. (GABRIEL, Martha. Educ@r a (r)evolução 
digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 109).
Em razão do exposto, analise as proposições:
I. O professor da “Era Digital” deve atuar como uma porta que, 
apesar de estar fixa e limitada no mesmo lugar, abre-se aos alunos 
para que a atravessem e atinjam o mundo sem limitações.
II. O papel do professor deve ser focado em informação com o ob-
jetivo de esgotar os conteúdos, funcionando como uma janela pré-
-programada pela qual os alunos veem o mundo. 
III. A tecnologia, hoje, permite e favorece a colaboração, consubstan-
ciando oportunidades de melhores resultados para um trabalho pe-
dagógico que está se modificando e requer novos modos de atuação.
É VERDADE o que se afirma apenas em:
a) III apenas.
b) II e III.
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c) I apenas.
d) II apenas.
e) I e III.
QUESTÃO 4
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Betim - 
MG Prova: Técnico de Biblioteca Nível: Médio.
Na Era Digital, os meios tecnológicos podem ser utilizados para 
fins incalculáveis, atingindo os índices máximos de desenvolvi-
mento em menores períodos de tempo. Quanto mais se investir em 
meios ágeis de informação, melhores serão os resultados obtidos, 
por isso a era da informatização foi uma alavanca de evolução. 
Para os profissionais da informação que selecionam, organizam, 
recuperam e disseminam a informação, as mudanças vieram como:
a) habilidade na conservação física dos documentos.
b) técnica de catalogação de livros.
c) referências bibliográficas.
d) capacidade de interagir em redes de computadores.
e) desenvolvimento da montagem de hardwares.
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: BRB Prova: Escriturário Nível: Médio.
Acerca da Internet das Coisas, assinale a alternativa correta.
a) Internet das Coisas é uma forma mais econômica de acesso à inter-
net, a qual permite que dispositivos como geladeiras ofereçam internet 
a celulares e computadores de usuários, dispensando a necessidade de 
aquisição de roteadores ADSL à parte.
b) Como exemplo de Internet das Coisas, é correto citar um dispositivo 
que mede a temperatura ambiente interna de um escritório e envia essa 
informação pela internet.
c) Um exemplo de Internet das Coisas é o bitcoin, que é uma moeda virtual 
e iniciou a era da Internet das Moedas, com bancos virtuais sem agências.
d) A Internet das Coisas opera separadamente da Internet das Pessoas 
e, por isso, não é possível enviar os dados coletados por dispositivos 
conectados à Internet das Coisas para a nuvem.
e) A Internet das Coisas tem grande aplicação em ambientes domésti-
cos e escritórios, mas pouca em ambientes industriais.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Alguns anos atrás, já eram discutidas as possíveis mudanças que o 
avanço da tecnologia causaria na gestão das empresas e em algumas 
profissões; isso já se tornou realidade! Houve o aparecimento de novas 
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carreiras como a de influenciador digital, profissional de marketing on-li-
ne, gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras. 
Com o surgimento de novas carreiras, pode-se induzir ao pensamento 
errôneo, que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir 
profissões. Mas, não é verdade! Ele veio para mudar as exigências de 
um mercado, que está cada vez mais tecnológico e competitivo.
Sobre o enunciado acima, discorra sobre como se preparar profissional-
mente para lidar com os efeitos da transformação digital nas profissões?
TREINO INÉDITO
Com relação à transformação digital, assinale a alternativa correta.
a) A transformação digital combina a tecnologia digital com os negócios, em 
conjunto com a abordagem de negócios denominada de customer-centric.
b) A transformação digital refere-se a todas as ações, processos e deci-
sões da organização que são tomados de forma a afetar positivamente 
a experiência do cliente.
c) As empresas tradicionais utilizam o máximo possível da tecnologia 
digital em seus produtos, serviços e processos operacionais para ofe-
recer produtos/serviços personalizados e de alta qualidade, pois são o 
anseio dos consumidores da era digital. 
d) Digitização trata-se de uma modificação na forma como as informa-
ções se apresentam, ou seja, as informações analógicas (físicas) são 
transformadas em digitais. 
e) Digitalização consiste na alteração da forma pela qual a organização 
realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacionais da 
empresa, transformando-os em digitais.
NA MÍDIA
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É ‘PRIORIDADE MÁXIMA’ PARA 23% 
DAS EMPRESAS 
Uma pesquisa realizada por CESAR, um dos maiores centros de inovação 
do país, apontou que a pandemia do novo Coronavírus mudou drastica-
mente a forma de trabalhar. De acordo com a pesquisa de CESAR, 23% 
das organizações pontuam que a transformação digital se tornou uma prio-
ridade no planejamento estratégico, independente do porte de seus negó-
cios, o que representa um aumento de 7,3% em relação ao ano de 2019.
Após quase um ano de isolamento social provocado pela pandemia, CE-
SAR avaliou a maturidade digital das organizações, ou seja, investigou 
– por meio de uma pesquisa denominada de Índice CESAR de Transfor-
mação Digital (ICTd) – os efeitos da pandemia em oito aspectos: Cultura 
& Pessoas, Consumidores, Concorrentes, Inovação, Processos, Modelo 
de Negócios, Dados & Ambiente Regulatório e Tecnologias Habilitadoras. 
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Essa pesquisa avaliou 418 organizações dos mais diversos setores, como 
os de serviços, consultoria, financeiro e tecnologia. Por essa pesquisafoi 
observado que 50% dos participantes asseguraram que sua empresa foi 
impactada pela pandemia e que precisaram reinventá-la para sobreviver. 
No entanto, a aceleração do processo de transformação digital foi pro-
pensa para cerca de 73% dos participantes investirem em inovação. 
Fonte: Exame
Data: 04 de fevereiro de 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://exame.com/inovacao/transformacao-di-
gital-e-prioridade-maxima-para-23-das-empresas/ 
NA PRÁTICA
Um grande exemplo de transformação digital no Brasil é o da varejista 
Magazine Luiza, que passou a utilizar a estratégia omnichannel. Essa 
estratégia consiste em convergir ações realizadas por uma organização 
em todos os seus canais, que podem ser: loja física, loja virtual, redes 
sociais, blog, chat, telefone, aplicativo. Dessa forma, o cliente consegue 
acessar a empresa tanto on-line quanto off-line, permitindo a livre esco-
lha de compra do cliente. 
A Magazine Luiza, após adotar o omnichannel, teve um aumento de 
241% em suas vendas através dos canais digitais e 51% nas lojas físicas 
nos anos de 2015 a 2018. Certamente, o investimento em tecnologias 
foi o grande propulsor desse crescimento, pois permitiu a otimização da 
experiência de compra dos clientes e, consequentemente, impulsionou 
as vendas no e-commerce. Além disso, houve uma integração de todos 
os setores da loja o que propiciou um atendimento mais eficiente e coeso. 
Um outro exemplo de transformação digital é o adotado pela empre-
sa Taco Bell, uma cadeia de fast-food norte americana. Essa empresa 
adotou a estratégia de geomarketing, que se baseia na geolocalização 
para otimizar a experiência dos seus consumidores. Por meio dessa 
tecnologia é possível os clientes retirarem seus pedidos ao entrarem na 
loja. O funcionamento se dá da seguinte forma: os clientes do Taco Bell 
realizam o pedido pelo aplicativo da empresa e, com base na geolocali-
zação do cliente, é informado à cozinha o momento em que ele está se 
aproximando do fast-food. Dessa forma, o cliente pega o pedido assim 
que entra na loja e sem ter que esperar por isso.
Fonte: MAPLINK. 2020. Exemplos de Transformação Digital: sua em-
presa está pronta? Disponível em: < https://maplink.global/blog/exem-
plos-transformacao-digital/ >. Acesso em: 22/02/2021.
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O QUE É BUSINESS INTELLIGENCE (BI)?
Business Intelligence (BI) significa inteligência de negócios ou 
inteligência empresarial. O BI consiste em um conceito concebido em 
meados de 1989 pelo Gartner Group, que é um Instituto de Pesquisa e 
Análise do Setor de Tecnologia da Informação. De acordo com Garcia 
(2020, s/p.), BI trata-se de um “processo que envolve o uso de tecno-
logias para coletar, armazenar, analisar e compartilhar informações que 
serão bases para a gestão de um negócio”. Já Saraiva (2018, p. 135), 
define BI como “um conjunto de soluções que envolvem aplicações, ban-
co de dados, metodologias, arquiteturas e ferramentas que permitem a 
transformação de dados brutos em informações gerenciais”. Em suma, é 
uma ferramenta que serve para tomada de decisões a partir de dados his-
BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA:
SEUS IMPACTOS NAS ORGANIZAÇÕES
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tóricos e atuais sobre o movimento e o desempenho das organizações.
É importante ressaltar que, na teoria, o BI é voltado para os da-
dos produzidos dentro da empresa, estruturados em tabelas de banco 
de dados relacionais do seu sistema Integrado de Gestão Empresarial 
(Enterprise Resource Planning - ERP) ou outros sistemas específicos 
(MACHADO, 2018). A finalidade do BI é converter o volume de dados 
em informações importantes para o negócio, que são obtidas por meio 
de relatórios analíticos. Resumindo, o objetivo é sempre extrair a “inteli-
gência” dos dados; quanto maior o volume, menor é a capacidade ana-
lítica sobre uma massa de dados, conforme pode ser observado na Fi-
gura 10. (GARCIA, M., 2020). Por exemplo, o BI permite tomar decisões 
com base em estatísticas adquiridas a partir de dados históricos, como: 
1. Quantas reclamações de clientes tem-se por semana?
2. Qual a frequência e quantidade de produtos que são devol-
vidos por causa de defeitos? 
3. Quantos clientes existem em determinado estado/cidade? 
Os Sistemas SIG e o EIS proporcionaram base ao BI, pois eles 
apresentam relatórios dinâmicos, prognósticos e previsões, análises de 
tendências, dentre outros. Atualmente, as ferramentas de BI utilizam a in-
teligência artificial (IA) para a realização de análises. Essas ferramentas 
oferecem vários benefícios às empresas, dentre eles: a geração de relató-
rios mais ágeis e precisos; melhorias para a tomada de decisões, das es-
tratégias e dos planos; eficiência nos processos; economia de custos etc. 
Esses benefícios oferecidos às organizações facilitam a vida 
dos gestores no planejamento e a tomada de decisão. É por isso que 
muitos gestores não hesitam em implantar o BI, apesar do alto custo de 
investimento (SARAIVA, 2018). 
Figura 10 – Proposito do BI.
Fonte: Garcia, M., 2020.
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Por outro lado, as organizações que não implantam correta-
mente o BI podem sofrer desvantagens competitivas. Para evitar esse 
obstáculo, é necessário que as empresas enfrentem os desafios que 
são impostos pelas tendências do mercado e que compreendam as 
funcionalidades que o BI pode oferecer e, por último, acate as práticas 
sugeridas pelo mercado (SARAIVA, 2018). 
Vídeo sobre o assunto: Business Intelligence (BI) na Prática.
Este vídeo apresenta um exemplo prático da aplicação da 
tecnologia BI de uma forma sucinta e bem objetiva.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EYtr-
-63MSTA
Arquitetura de BI
A arquitetura BI não possui uma estrutura bem definida, portan-
to, ela pode ser implementada de várias maneiras. Uma arquitetura BI 
inclui diversos componentes, desde servidores de alto desempenho a 
sistemas inteligentes, que facilitam a transformação de dados brutos em 
informações privilegiadas para os colaboradores, no entanto, de acordo 
com o nível hierárquico que cada um possui na organização. Segundo 
Saraiva (2018), um modelo de arquitetura básica de BI pode ser base-
ado em três divisões:
• Dados brutos: consistem na extração de dados dos mais di-
versos bancos de dados da empresa, inclusive de sistemas legados 
(sistemas antigos).
• Informações: incide na transformação dos dados em informa-
ções relevantes de acordo com os objetivos e interesses do negócio, 
tendo em vista a implementação de Data Marts (repositório de dados) 
particularizados.
• Conhecimento: refere-se à produção de conhecimento nos 
diversos níveis da empresa, baseando-se na análise das informações 
disponibilizadas aos usuários.
Além dessas três divisões da arquitetura BI, existem muitas 
tecnologias que podem ser utilizadas para a criação de uma solução BI, 
dentre elas: 
• Data Warehouse: de acordo com Saraiva (2018, p. 138), um 
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Data Wharehouse é definido como um repositório de dados, ou seja, um 
Data Mart que “armazena as informações oriundas dos diversos sistemas 
de uma organização”. A Figura 11 auxilia na compreensão da diferença 
entre Data Warehouse e Data Mart. Já a Oracle (Acesso em: 09/02/2021, 
s/p.) define um Data Wharehouse como “um tipo de sistema de gerencia-
mento de dados projetado para ativar e fornecer suporte às atividades de 
Business Intelligence”, principalmente para análises avançadas.
Figura 11 – Diferenciação entre Data Marts e Data Warehouses.
Fonte:Elaborado pela autora, 2021.
• Data Mart: trata-se de uma base de dados, que é a menor 
versão do Data Warehouse, visto que ela armazena apenas os dados 
de uma determinada área de negócio da empresa. Normalmente, os 
Data Marts são construídos e geridos somente por um departamento 
da organização. Dessa forma, os dados para essa base de dados são 
obtidos apenas de um pequeno número de fontes, como sistemas ope-
racionais internos, um repositório de dados centralizado ou fontes exter-
nas. Como os Data Marts são bem menores e menos complexos que os 
Data Warehouses, eles são mais fáceis de construir e manter (NAEEM, 
2021). Como exemplo de Data Mart, pode-se citar: os dados do depar-
tamento financeiro, que são as informações condensadas de vendas 
por clientes e segmentos de mercado. Segundo Naeem (2021, s/p.), um 
Data Mart possibilita “um acesso mais rápido aos dados, recuperando 
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um conjunto específico de dados para BI e relatórios”. E, consequente-
mente, ajuda a apressar os processos de negócios. A Figura 11 exem-
plifica três diferentes tipos de Data Marts: vendas, compras e clientes.
• Data Mining (Mineração de Dados): segundo Gaidargi (2019, 
s/p.), Data Mining é “um processo usado para extrair dados utilizáveis de 
um conjunto maior de dados brutos. Isso implica na análise de padrões de 
dados em grandes lotes usando um ou mais softwares”. Já na definição 
apresentada por Guimarães (2016, s/p.), o Data Mining “refere-se à extra-
ção de conhecimento ou mineração de grandes quantidades de dados”. 
O termo “mineração de dados” surgiu a partir da analogia da mineração 
de minérios, que são retirados das rochas, como os grandes volumes de 
dados que existem nos dias de hoje (GUIMARÃES, 2016). A mineração de 
dados pode ser empregada para (GAIDARGI, 2019): (I) predições automá-
ticas de padrões com base na análise de tendência e de comportamento; 
(II) previsões baseadas em prováveis resultados e (III) análise de grandes 
conjuntos de dados (banco de dados): do passado (exploração de dados) 
e predição do futuro, o que é feito por meio de modelos estatísticos. 
Como já mencionado, a mineração de dados é um processo 
para detectar padrões relevantes do banco de dados. Por exemplo, por 
meio de análises de padrões, é possível obter a indicação de que clien-
tes que possuem uma renda mensal de um salário mínimo têm maior 
probabilidade de serem inadimplentes em compras parceladas. Assim, 
esses dados ajudarão o gestor responsável a criar uma estratégia de 
empréstimo mais eficiente para futuros clientes e, consequentemente, 
promover a diminuição da inadimplência (GAIDARGI, 2019). A Figura 
12 exemplifica o processo de mineração de dados, que é denominado 
de KDD (Knowledge Discovery in Database, traduzido como Descober-
ta de Conhecimento em Banco de Dados). É importante salientar que 
os termos KDD e Data Mining, costumeiramente, são utilizados, ou seja, 
percebidos como sinônimos. No entanto, conforme visualiza-se na Fi-
gura 12, o KDD abrange todas as etapas para a descoberta do conhe-
cimento, já o Data Mining é apenas de uma etapa do processo KDD. 
A mineração de dados pode ser aplicada em diversas áreas, como: 
(I) marketing, que serve para descobrir as preferências do consumidor; (II) 
controle de processos, que auxilia no planejamento; (III) transporte para 
auxiliar a determinar distribuições de produtos; (IV) telecomunicações, que 
serve para ajudar a determinar melhorias do serviço conforme o consumo; 
(V) computação para medir o desempenho dos Sistemas de Gerenciamen-
to de Banco de Dados (SGBD) e, principalmente, (VI) Web, que ajuda a 
determinar os perfis de usuários em redes sociais, comércio eletrônico etc.
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Figura 12 – Estágios do Processo KDD.
Fonte: Guimarães, 2016 apud Fayyad, 1996.
• OLAP (Online Analytical Processing ou Processamento Analítico 
On-line) Segundo a Microsoft (Acesso em: 11/02/2021), é “uma tecnologia 
que é usada para organizar grandes bancos de dados empresariais e ofe-
recer suporte à Business Intelligence”. Os bancos de dados (BD) OLAPs 
são armazenados e organizados hierarquicamente em cubos, ao invés de 
tabelas (como os BD relacionais utilizam). Cada cubo é organizado e pro-
jetado para se adequar à maneira como o usuário almeja recuperar e ana-
lisar dados, desse modo, torna-se mais fácil criar e utilizar os relatórios de 
tabelas e de gráficos dinâmicos (MICROSOFT , acesso em: 11/02/2021) 
como, por exemplo, exibição de totais de vendas por regiões do Brasil. 
É por isso que grande parte das ferramentas de BI possuem re-
cursos de Processamento Analítico On-line (OLAP), normalmente, elas 
também são denominadas de ferramentas OLAP. Essas ferramentas 
são muito importantes em uma organização, pois elas permitem aos 
seus usuários personalizar a forma como as informações úteis serão 
apresentadas para, assim, gerarem relatórios capazes de responder às 
questões gerenciais facilitando, consequentemente, a tomada de de-
cisão (ARAÚJO, 2007). Existem inúmeras ferramentas OLAP, dentre 
elas: Microsoft Power BI, Tableau e ThoughtSpot.
Assunto: Processamento Analítico On-line (OLAP)
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Link do assunto: https://support.microsoft.com/pt-br/
office/vis%C3%A3o-geral-do-processamento-anal%C3%ADti-
co-online-olap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6; https://
transformacaodigital.com/dados/tudo-o-que-voce-precisa-saber-so-
bre-analises-olap/ e também no link https://www.mxm.com.br/blog/
conheca-alguns-tipos-de-ferramentas-de-business-intelligence/ 
• Processo ETL (Extract, Transform, Load): trata-se de um pro-
cesso mais decisivo e o mais lento da construção de um Data Warehouse/
Data Mart. O ETL é composto de três fases, conforme se vê na Figura 13. 
1) Extração (Extract): consiste na primeira fase, cuja função é 
extrair dados brutos de diferentes fontes de dados, ou seja, de diver-
sos sistemas de uma organização (SARAIVA, 2018). Posteriormente, 
os dados capturados serão transformados para um único formato para 
o tratamento adequado.
Figura 13 – Funcionamento do Processo ETL
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
2) Transformação (Transform): é a segunda fase. É nessa fase, 
que é feito o descarte dos dados insignificantes, ou seja, a limpeza dos 
dados. Em seguida, é feita a padronização dos dados com relação ao ta-
manho, tipo etc.; isto é, ocorre a substituição de caracteres estranhos, a 
correção de erros de digitação, a padronização de unidades de medidas e 
casas decimais dentre outros. Em suma, os dados passam por uma mu-
dança de acordo com as regras de negócio para, assim, serem analisadas.
3) Carregamento (Load), ou simplesmente carga, é a última 
fase, que tem a função de carregar os dados tratados na etapa anterior 
(transformação) para Data Warehouse/Data Mart (SARAIVA, 2018).
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O processo ETL pode ser aplicado (UCOMMERCE , acesso 
em: 15/02/2021) para: (I) a migração de dados de sistemas legados 
para outros mais modernos; (II) a consolidação dos dados de fusões de 
organizações; (III) a coleta e união de dados de fornecedores/parceiros 
externos; (IV) a integração de dados de diversos sistemas; e (V) a cons-
trução de Data Warehouse. 
Assunto: ETL
Link do assunto: https://www.cetax.com.br/blog/etl-extrac-
t-transform-load/ ; https://ucommerce.com.br/o-que-e-etl/ e tam-
bém no link: https://www.sas.com/en_us/insights/data-manage-
ment/what-is-etl.html 
Ferramentas de Business Intelligence
Apesar de o BI poder ser feito somente com um conjunto de 
planilhas do Excel; existem ferramentas mais sofisticadas para a inte-
gração e análise dedados, que são as ferramentas de BI. Essas ferra-
mentas são desenvolvidas para oferecer aos seus usuários algumas 
funcionalidades, dentre elas, pode-se citar (GARCIA, M, 2020):
• KPI (Key Performance Indicators): são os indicadores de desem-
penho, que servem para medir como está o comportamento da empresa.
• Dashboard: são os painéis visuais com os resumos das infor-
mações da empresa. Os dashboards podem ser separados por assunto 
ou por departamento e, normalmente, são acessados por meio de na-
vegadores web.
Conforme já mencionado, existem diversas ferramentas de BI, 
que podem tornar difícil escolher uma ferramenta em detrimento de ou-
tra. Um bom parâmetro para escolha de uma ferramenta pode ser o Qua-
drante Mágico do Gartner (Figura 14) que, segundo Schemes (2020), 
consiste em “uma representação gráfica das atividades do mercado tec-
nológico”. Por esse quadrante, é possível visualizar as características e 
funcionalidades das ferramentas pesquisadas e avaliadas pelo Gartner 
Group. O Gartner divulga uma lista (anualmente) das empresas que 
desenvolvem as melhores soluções tecnológicas e também de estraté-
gias de vendas, de marketing, de posicionamento geográfico etc. Logo, 
as organizações estarem incluídas no quadrante mágico constitui um 
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prestígio, porque elas ganham uma grande credibilidade e visibilidade 
no mercado (SCHEMES, 2020). O Quadrante Mágico do Gartner está 
dividido em quatro partes, como se vê na Figura 14, que são:
• Leaders (Líderes): de acordo com Schemes (2020), são as 
“companhias que podem direcionar os rumos do mercado. Suas ações 
são muito relevantes e geralmente são copiadas por concorrentes”. As 
ferramentas contidas nesse quadrante evidenciam uma grande compre-
ensão das necessidades do mercado, consequentemente, os clientes 
tendem a estar mais satisfeitos com as soluções apresentadas pelas 
empresas contidas nesse quadrante (SCHEMES, 2020). 
• Challengers (Desafiantes): segundo Schemes (2020), as or-
ganizações presentes nesse quadrante são “caracterizadas pela ca-
pacidade de executar suas estratégias. Contudo, não contam com um 
planejamento capaz de manter uma proposta de valor para os seus 
clientes e pecam na inovação”. Entretanto, como essas ferramentas es-
tão logo atrás das ferramentas líderes, elas possuem grandes chances 
de evoluir para o quadrante “Leaders”, uma vez que desenvolvam me-
lhor sua visão de negócios (SCHEMES, 2020). 
• Visionaries (Visionários): as organizações presentes nesse 
quadrante possuem uma visão de desenvolvimento do mercado, que 
está compatível com os critérios do Gartner, ou seja, já apresentam alta 
taxa de inovação e potencial para a expansão. Contudo, elas aparentam 
algumas dificuldades na execução do plano de evolução. Comumente, 
essas empresas são compradas por outras maiores que anseiam por ino-
var seus serviços (SCHEMES, 2020) e também diminuir a concorrência.
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Figura 14 – O Quadrante Mágico da Gartner.
Fonte: Qlik , acesso em: 12/02/2021
• Niche Players (Competidores de Nicho): trata-se de empresas 
que possuem bons resultados em determinados nichos, porém, elas 
enfrentam limitações para expandir. Normalmente, essa barreira ocorre 
por falta de inovação, o que dificulta a competição com os concorrentes 
(SCHEMES, 2020).
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Assunto: Como funciona o Quadrante Mágico de Gartner?
Link do assunto: https://conteudo.movidesk.com/quadran-
te-magico-gartner/#:~:text=Competidores%20de%20nicho%20
(Niche%20players,atuar%20com%20uma%20abrang%C3%AAn-
cia%20maior. 
Conforme visto anteriormente, as ferramentas classificadas 
como “Leaders” são as mais bem avaliadas pelo Gartner. Dessa forma, 
optou-se por apresentar mais informações somente sobre as ferramen-
tas contidas nesse quadrante, sendo elas:
• Microsoft Power BI: é definido por Scardina e Horwitz (Acesso 
em: 12/02/2021, s/p., tradução nossa ) como uma “plataforma de Busi-
ness Intelligence que fornece aos usuários de negócios não técnicos, 
ferramentas para agregar, analisar, visualizar e compartilhar dados”. Os 
principais componentes do ecossistema Power BI são: 
- Power BI Desktop: é um aplicativo gratuito que pode ser ins-
talado no computador desktop, que permite conectar seus dados, trans-
formá-los e visualizá-los. No geral, a interface do Power BI Desktop é 
bastante intuitiva para os usuários do Microsoft Excel, conforme obser-
va-se na Figura 15. É por isso que, geralmente, ela requerer pouco trei-
namento para ser utilizada. Essa ferramenta é mais comumente utiliza-
da para: (I) conectar aos dados, (II) transformar e limpar os dados para 
assim criar um modelo de dados; (III) criar representações visuais dos 
dados, por exemplo, por meio de gráficos; (IV) criar relatórios que são 
conjuntos de representações visuais em uma ou mais páginas; (V) com-
partilhamento de relatórios com outras pessoas (MICROSOFT , 2020).
- Power BI Service: é o software como serviço (SaaS) baseado 
na nuvem;
- Dispositivos Móveis do Power BI: é um software para disposi-
tivos móveis, como tablets e smartphones. Funciona no sistema opera-
cional Android e iOS; 
- Power BI Report Server: que consiste em uma solução para a 
geração de relatórios de BI em servidor local.
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Figura 15- Dashboard no Power BI Desktop.
Fonte: Microsoft ., 2020.
Assunto: Como usar o Power BI
Link do assunto: https://docs.microsoft.com/pt-br/power-
-bi/fundamentals/desktop-what-is-desktop e também no link: ht-
tps://docs.microsoft.com/pt-br/power-bi/fundamentals/desktop-
-getting-started
• Tableau: trata-se de uma plataforma de análise de dados que 
facilita ao usuário a exploração, o gerenciamento de dados e também 
torná-los mais acessíveis às pessoas através da visualização dos da-
dos. A Tableau foi criada em 2003 como um projeto de Ciência da Com-
putação na Universidade Stanford. Em 2019, essa ferramenta foi adqui-
rida pela empresa Salesforce. Os principais produtos que compõem a 
ferramenta Tableau são (FIVEACTS, 2020): 
- Tableau Desktop: que é uma ferramenta que possibilita a cria-
ção de painéis interativos para a construção de análises dos dados que 
apoiarão a tomada de decisão. A Figura 16 ilustra um dashboard feito 
na Ferramenta Tableau Desktop; 
- Tableau Server: trata-se de um portal para o compartilhamen-
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to das análises, ou seja, possibilita que os dados sejam acessados a 
partir de diversos dispositivos com total interatividade, garantindo, além 
disso, a mesma performance e segurança; 
- Tableau On-line: é a versão em nuvem da ferramenta Tableau;
- Tableau Mobile: trata-se de uma versão disponível para dispo-
sitivos que utilizam os sistemas operacionais Android e iOS.
Figura 16 - Tela de Dashboard no Tableau.
Fonte: Tableau , acesso em: 12/02/2021.
Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Tableau
Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos 
recursos do Tableau.
Link do Video: https://www.tableau.com/pt-br/products/
desktop#video 
• Qlik Sense: é definido pela empresa também de nome Qlik 
Sense (Acesso em: 16/02/2021, s/p.) como uma “plataforma completa 
de análise de dados que estabelece o benchmark para uma nova ge-
ração de analytics”. Essa ferramenta possibilita a criação rápida de vi-
sualizações de dashboards muito mais intuitivos e simples, facilitando a 
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exploração dos dados etc.A Figura 17 ilustra um dashboard construído 
na Ferramenta Qlik Sense.
Figura 17 - Tela de Dashboard no Qlik Sense.
Fonte: Qlik , acesso em: 16/02/2021.
Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Qlik Sense
Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos 
recursos do Qlik.
Link do Video: https://www.in1.com.br/solucoes/qlik-sense 
• ThoughtSpot: é definido pela empresa ThoughtSpot (Acesso 
em: 16/02/2021, s/p, tradução nossa ) como “uma plataforma de Business 
Intelligence e Big Data Analytics que ajuda o usuário a explorar, analisar 
e compartilhar dados analíticos de negócios em tempo real facilmente”. 
A Figura 18 ilustra um dashboard elaborado na Ferramenta ThoughSpot.
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Figura 18 - Tela de Dasboard no ThoughSpot.
Fonte: ThoughtSpot , acesso em: 16/02/2021.
Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Thou-
ghtSpot
Os vídeos contidos no link apresentam brevemente os 
principais recursos dessa ferramenta.
Link do Video: https://www.thoughtspot.com/thoughtspo-
t-5-0-searchiq 
O QUE É BIG DATA?
O termo Big Data significa “grandes dados” e foi definido no 
início dos anos 2000 pelo Gartner Group (acesso: 06/02/2021, s/p., 
tradução nossa ) como “ativos de alto volume, velocidade e varieda-
de de informação que exigem custo-benefício, de formar inovadoras de 
processamento de informações para maior visibilidade e tomada de de-
cisão”. Portanto, conclui-se que o termo Big Data descreve um grande 
volume de dados, sejam eles estruturado ou não, mas que impactam no 
dia a dia dos negócios de qualquer organização (MACHADO, 2018). De 
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acordo com Córdova Júnior (2018), os dados podem ser classificados 
em: dados estruturados, não estruturados e semiestruturados. A Figura 
19 exemplifica a ideia por trás de cada tipo de classificação desses da-
dos e, a seguir, eles são conceituados.
• Dados estruturados: referem-se aos dados que possuem for-
mato e comprimento definidos, como: números e datas. Eles obedecem a 
uma estrutura que foi projetada previamente e também uma representação 
homogênea. Como exemplo de dados estruturados tem-se o banco de da-
dos (BD), pois neles os dados são estruturados conforme o esquema, que 
aponta como as entidades do BD se relacionam entre si, abrangendo as ta-
belas e seus respectivos atributos (campos) e os tipos (formato dos dados).
Figura 19 – Diferenças entre os Tipos de Dados: Estruturados, Não estrutura-
dos e Semiestruturados.
Fonte: Monteiro, acesso em: 22/02/2021.
• Dados não estruturados: trata-se dos dados que não adotam 
um formato específico, como os que encontramos em imagens, vídeos 
etc. É estimado que aproximadamente 80% dos dados gerados no mun-
do são dados não estruturados. Como exemplo desse tipo de dados, po-
de-se citar: as postagens de redes sociais, ou seja, os “sentimentos” que 
são as opiniões emitidas sobre produtos, marcas, política etc. As opiniões 
dos usuários das redes sociais são dadas através de posts/mensagens. 
Analisar esses tipos de dados facilita a descoberta de dados, que fre-
quentemente ocorre em tempo real; o que, hipoteticamente, não seriam 
conhecidos apenas analisando-se relatórios diários e rotineiros sobre da-
dos existentes e produzidos em uma empresa (MACHADO, 2018).
• Dados semiestruturados: esse tipo de dado é definido como 
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o meio termo entre os tipos de dados conceituados anteriormente. Essa 
estrutura é mais flexível, pois facilita o controle pelo fato de possuir um 
pouco de estrutura e também permitir uma maior flexibilidade. Como 
exemplo desse tipo de dados, pode-se citar: os arquivos XML (eXtensib-
le Markup Language), JSON (Javascript Object Notation), dentre outros.
Assunto: Esquema de Banco de Dados
Link do assunto: https://www.lucidchart.com/pages/pt/o-
-que-e-um-esquema-de-banco-de-dados e também no link: http://
www.bosontreinamentos.com.br/bancos-de-dados/qual-a-diferen-
ca-entre-esquema-e-banco-de-dados/ 
Assunto: O que é XML?
Link do assunto: https://canaltech.com.br/software/xml-o-
-que-e/ 
Assunto: O que é JSON?
Links do assunto: https://www.treinaweb.com.br/blog/o-
-que-e-json/ 
Os Cinco Vs do Big Data
A Figura 20 ilustra todos os 5 Vs do Big Data, que são conside-
rados os seus pilares. São eles: volume, velocidade, valor, veracidade e 
variedade. Nos próximos parágrafos será apresentada uma breve des-
crição sobre cada um deles. 
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Figura 20 – Os 5 Vs que formam o pilar do Big Data
Fonte: Elaborado pela autora, 2020. 
O volume refere-se à quantidade de informações armazena-
das. Atualmente, é possível armazenar um grande volume diário de da-
dos, como e-mails, transações bancárias, interação em redes sociais e 
tráfego de linhas telefônicas (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
O volume de dados gerado diariamente é bem grande. Por 
exemplo, o Facebook armazena cerca de 50 petabytes de informa-
ções produzidas pelos seus usuários. 
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: https://www.
cetax.com.br/blog/big-data/
A velocidade se refere à rapidez com que os dados são cria-
dos, o que geralmente atinge uma velocidade bem alta e, por isso, de-
vem ser tratados em tempo real ou quase real, pois a agilidade com a 
qual se adquire as informações é uma vantagem competitiva das em-
presas, já que cada vez mais elas necessitam de dados atualizados 
sobre os seus negócios (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018). A velocidade pode 
restringir a operação de muitos negócios como, por exemplo, quando 
utilizamos um cartão de crédito para pagar uma compra, se a aprova-
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ção não ocorrer em segundos, poderá ocorrer a desistência da compra 
ou então optar-se por outro meio de pagamento, como dinheiro. Caso 
a escolha tenha sido pagamento em dinheiro, a operadora do cartão 
de crédito deixará de obter o seu lucro devido à falha na velocidade de 
transmissão e análise dos dados do comprador (cliente). 
Já a variedade refere-se à grande diversidade dos dados ge-
rados na atualidade (MACHADO, 2018). Atualmente, os dados não são 
mais sempre estruturados, como nos dos bancos de dados relacionais, 
que são aqueles que adotam tabelas para representar os dados. Essa 
mudança se deu devido à grande variedade de dados, como: documen-
tos de texto, dados de e-mail, vídeos, áudios, transações financeiras 
e até uma “curtida” em uma rede social, tornando mais difícil a análise 
desses dados (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018). 
A veracidade está relacionada à necessidade de garantir que 
os dados coletados são autênticos e verdadeiros, pelo menos naquele 
momento da coleta (MACHADO, 2018). Só assim se obterá dados con-
fiáveis, ou seja, de acordo com a realidade. O conceito de veracidade 
está acoplado ao conceito de velocidade, que se dá devido à necessi-
dade de constantes análises em tempo real, pois dados do passado não 
podem ser considerados dados verdadeiros para o momento da análise 
(CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
E, por fim, o valor é considerado o “V” mais importante, pois é 
quando acontece a validação para averiguar se o dado tem valor, isto é, 
atende aos requisitos conforme os negócios da organização (MACHA-
DO, 2018).
Vídeo sobre o assunto: O Big Data, um grande banco de 
dados, é o tema do ‘Em Movimento’.
Este vídeo apresenta uma reportagem que mostra o que é 
Big Data e onde eles são aplicados.
Link do Vídeo: https://g1.globo.com/globonews/jornal-glo-
bonews-edicao-das-16/video/o-big-data-um-grande-banco-de-da-
dos-e-o-tema-do-em-movimento-7875861.ghtml
Análise de Dados
A análise de dados (Data

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