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Imunologia II - Parte 2

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Imunologi� II - Pa�t� 2
Teste� conjugad��:
Imunocromatografi�:
→ Sua 1ª aplicação foi para pesquisa de HCG!
→ “Point-of-care”= testes rápidos.
→ Testes imunocromatográficos de fluxo lateral para
detecção de Ag e Ac em várias infecções.
Pode ser usado: soro diluído, sangue, saliva, urina,
fezes
Vantagens: qualitativo, rápido, barato, simples.
OBS: O teste Clearblue que dá uma estimativa de
semanas de gravidez a partir de valores de referência é
SEMI-QUANTITATIVO.
→ A linha de controle deve SEMPRE estar presente, se
não estiver pode descartar pois o teste está com
problema!!
Etapas:
Membrana de nitrocelulose: suporte onde vai ocorrer
a migração das moléculas. A amostra se junta com o
conjugado (que é o “oposto” da amostra, a
anti-amostra), que se por positiva vai seguir andando
até a linha de teste. O reagente de detecção é
marcado com corante coloidal, enzimas ou ouro
coloidal.
→ Nas linhas de teste está o que se procura do
paciente, podem ser anticorpos ou antígenos. O
conjugado sempre estará junto do corante. A
quantidade de amostra a ser colocada deve ser
respeitada!
Wester� Blo�in�:
Junção de eletroforese com ligação Ag-Ac. Serve para
identificar e mensurar a quantidade e massa molecular
de antígenos proteicos. Muito sensível e específico,
confirmatório de HIV!!!
Etapas:
Separação por eletroforese, amostra na cuba com gel.
1. Transferência: das proteínas, do gel para a
membrana.
2. Staining: soro do paciente + conjugado, se
tiver anticorpos o conjugado vai se ligar e
surgir cor.
3. Visualização: da presença ou ausência de cor.
Citometri� d� Flux�:
→ Contar, examinar e classificar tipos celulares /
partículas microscópicas diferentes por meio de
marcação por fluorescência.
→ Determina quantidade e tipos de células, fazendo
análise quantitativa e qualitativa:
● Tamanho
● Granularidade
● Linhagem tecidual
● Maturidade
● Diferencial leucocitário
● Partículas virais
● Fragmentos de DNA
● Bactérias
→ Células que serão analisadas são incubadas com
anticorpos monoclonais marcados com fluoróforos
(emissores de luz).
Etapas:
1. Sistema fluido: células inseridas e alinhadas em
fluxo;
2. Sistema óptico: fonte de luz, com informações
produzidas e detectadas;
3. Sistema eletrônico: informações ópticas detectadas
e convertidas em informações eletrônicas;
4. Sistema computacional: softwares específicos em
que as informações obtidas são analisadas e
processadas como os resultados da análise.
Setas Verdes: SSC - complexidade interna
Setas vermelhas: FSC - tamanho
Diagn�stic� d� Sífili�:
Períodos de evolução das doenças:
● Período de Incubação
● Período de Estado
● Período de Convalescença
Período de Incubação:
Tempo entre infecção e manifestação dos sintomas.
Fase que os MO necessitam para adquirir potencial
patogênico para provocar os efeitos nocivos. Mal-estar
geral + alterações inespecíficas. Duração variável: dias,
semanas, meses ou anos. Tentar prevenir as
consequências da doença antes que o microrganismo
alcance as fases finais de evolução.
Exemplos:
Gripe→ 24 a 72 horas
Raiva→ 3 semanas a 3 meses
AIDS→ anos
Período de Estado:
Quando começam a surgir as manifestações próprias
da doença e prolonga-se até que desapareçam.
Sintomas próprios se manifestam. Período que
evidencia problemas e lesões. MO se rendem ao
ataque do sistema imune, duração limitada e
previsível. Manifestações alcançam ponto máximo:
processo infeccioso começa a diminuir!
Período de Convalescença:
Destruição/neutralização dos MO leva ao
desaparecimento dos sintomas. Fase entre
desaparecimento da doença e estado de perfeita
saúde. Cada doença provoca uma convalescença
maior ou menor, muito variável dependendo do caso.
IgM +
IgG -
Infecção recente
IgM -
IgG +
Infecção tardia (impossível saber quanto
tempo, pode não ser tão tardia!), indica
que já teve contato com a doença/ainda
pode ter
IgM -
IgG -
Nunca teve contato com a doença e está
suscetível à contraí-la
Sífili�:
IST: infecção sexualmente transmissível
→ Causada pela espiroqueta gram (-) Treponema
pallidum. Muito virulenta: temmotilidade, aderência às
células, quimiotaxia.
→ Assintomático temporário: em algum momento o
hospedeiro VAI manifestar algum sintoma!!
→ Não é possível ser cultivado emmeios artificiais, e é
muito difícil de visualizar por ser muito pequeno!!
Sobrevive até 10 horas em superfícies úmidas, porém
resseca com sabão e desinfetantes.
→ NÃO EXISTE VACINA! A infecção já adquirida
alguma vez não protege, será infectado todas as vezes
igualmente!!
Transmissão:
Contato sexual: contágio maior nos estágios iniciais
Transplacentária: gestante passa para o feto
Transmissão no parto: contato do recém-nascido
com as lesões genitais
Transfusão sanguínea: triagem ineficaz das bolsas de
sangue.
→ Durante a evolução da doença, ocorrem períodos
com características clínicas, imunológicas e
histopatológicas distintas, intercalados por períodos
de latência (sem sintomas e sinais).
Sífilis latente recente:menos de 1 ano de evolução
Sífilis latente tardia: mais de 1 ano de evolução
Quando não é tratada, pode ser dividida em 3 fases:
1- Sífilis primária: lesão única e indolor no local de
entrada De 10 a 90 dias após infecção, pode
desaparecer sozinha de 2 a 6 semanas.
2- Sífilis secundária: caso a primária não seja tratada.
Afeta outras regiões da pele e trato gastrointestinal
(roséolas, lesões mucosas, linfadenopatia). De 2 a 6
meses da infecção. Fica latente caso não seja tratada.
Desaparece sozinha de 2 a 6 semanas.
3- Sífilis terciária: fase latente tardia. De 1 a 40 anos
após a infecção. Lesões destrutivas, inflamação e
destruição de tecidos e ossos. Quando não tratada:
● 35% progridem para cura espontânea;
● 35% permanecem em estado de latência por
toda vida;
● 30% progridem para sífilis terciária!
OBS: a infecção com Sífilis agrava muito a chance de
contrair HIV, devido às grandes lesões que facilitam a
entrada do vírus!! Acelera também a evolução do HIV
para AIDS.
Sífilis congênita precoce: manifesta antes dos 2 anos
de idade
Sífilis congênita tardia: manifesta após 2 anos de
idade
→ ALTA taxa de morbidade e mortalidade, 40% de
abortamento, óbito fetal e morte neonatal!!!!
Diagnóstico:
Depende de histórico, dados clínicos, detecção de
antígenos e anticorpos por testes. SEMPRE é feito por
2 etapas:
TRIAGEM + CONFIRMATÓRIO
→ Exames diretos:
● em campo escuro
● pesquisa direta do material corado
● NAAT
→ Testes imunológicos:
● treponêmicos
● não-treponêmicos.
Exame em campo escuro: pode ser realizado em
lesões primárias e secundárias da sífilis, em adultos ou
em crianças. Utiliza exsudato seroso das lesões ativas
(sem eritrócitos, tecidos ou microrganismos).
● Sensibilidade: 74% e 86%;
● Especificidade: até 97%
OBS: as espiroquetas do T. pallidum normalmente
apresentam 7 voltinhas! É maior que as outras.
Teste negativo: Lesão não é sifilítica, número de T.
pallidum na amostra é insuficiente para detecção,
lesão está próxima da cura natural, paciente recebeu
tratamento sistêmico ou tópico. O negativo não exclui
o diagnóstico!!!!
Pesquisa direta com material corado:
sensibilidade menor que o campo escuro. Pode ser:
Método Fontana-Tribondeau: coloração com nitrato
de prata (penetra na P.C, permitindo sua visualização).
Método de Burri: tinta da China (nanquim).
Método de coloração pelo Giemsa: cora
“palidamente”, difícil observação das espiroquetas.
Método de Levaduti: prata (cortes histológicos).
NAAT: O desempenho depende da amostra,
sensibilidade maior em exsudatos. Sensibilidade:
Sífilis primária: 72% a 95%
Sífilis secundária: 20% a 86%
→ Sensibilidade reduzida em biópsias de lesões (de
26% a 75%). Amostras de sangue total, soro e plasma
analisadas com NAAT são as que evidenciam a pior
sensibilidade da técnica, de 0 a 62%!
Teste� imunológic��:
Detecta anticorpos a partir de 7 a 10 dias do
surgimento da lesão. Período de incubação de 3 a 4
semanas. Podem ser treponêmicos ou
não-treponêmicos.
Não-treponêmicos:
Não é específico, mas é sensível. Podem ser:
Qualitativos: detecta se está presente ou não (usados
muito paratriagem)
Quantitativos: detecta quantidade de anticorpos
(título). Ajuda no monitoramento do tratamento, se
for efetivo o título vai diminuir!!
Floculação VDRL, RPR, USR, TRUST
Aglutinação Testes rápidos
Imunoenzimáticos ELISA
Imunocromatográficos Testes rápidos
VDRL: é muito utilizado como triagem pois é muito
rápido, sensível, aparece em todas as sífilis (primária,
secundária, latente e terciária) e também pode ser
feito com líquor!!!
→ Somente teste não treponêmico NÃO confirma a
infecção pelo T. pallidum e, portanto, não define o
diagnóstico de sífilis!
OBS: IgM e IgG → não específicos: resultados
falso-positivos!
Efeito pró-zona: excesso de anticorpos causam falsos
negativos!
→ É possível fazer apenas a titulação na amostra pura
e depois direto no 1:8 para economizar reagente! Se
der negativo, é negativo, se der positivo continua
fazendo.
Treponêmicos:
→ Detectam anticorpos contra antígenos do
Treponema pallidum. São qualitativos! Definem
ausência ou presença! Utilizam lisados completos ou
antígenos treponêmicos recombinantes. Detecção de
anticorpos específicos (geralmente IgM e IgG) contra
componentes celulares!
→ São os 1ºs a apresentar resultado reagente após a
infecção. Sífilis primária pode dar reagente para teste
treponêmico (confirmatório) + não reagente para teste
não treponêmico (triagem). São muito sensíveis e
ESPECÍFICOS, porém não servem para acompanhar
tratamentos!! 85% dos casos permanecem reagentes
durante toda a vida. 1% da população apresenta
falso-positivos para testes treponêmicos (doença de
Lyme).
Testes:
Imunofluorescência
indireta
FTA-abs
Hemaglutinação MHA-TP
Aglutinação de
partículas
TPPA
Imunoenzimáticos ELISA
Imunocromatografia Testes rápidos
Moleculares Amplificação de DNA (PCR)
FTA-abs: Um dos mais sensíveis e específicos. Ligação
dos anticorpos anti-Treponema pallidum presentes no
soro, ao antígeno fixado na lâmina. Revelação por uma
anti-Ig humana marcada com isotiocianato de
fluoresceína (FITC). A interação Ag-Ac é observada por
microscopia óptica com fluorescência.
MHA-TP: micro-hemaglutinação. Treponema pallidum
grudado em hemácias com anticorpos no poço que
irão ou não se ligar.
ELISA: indireto. No fundo o antígeno, depois um
anticorpo, depois mais um anticorpo conjugado com a
enzima que mostrará a reação.
Teste rápido: sensibilidade 94% e especificidade de
93%, são as mais baixas permitidas pelo ministério da
saúde! Por isso não são tão utilizados. Fita com
antígeno, soro do paciente diluído no poço (muito
parecido com teste rápido para gravidez).
Sífilis no pré-natal: Toda gestante deve ser testada
duas vezes para sífilis durante o pré-natal: no 1º e no
3º trimestre da gravidez. Parceiros sexuais também
devem ser testados. Obrigatória a realização de um
teste, treponêmico ou não, imediatamente após a
internação para o parto na maternidade, ou em caso
de abortamento.
Diagnóstico em gestante: testes treponêmicos rápidos
ou convencionais (ELISA, FTA-Abs, MHA-TP) ou não
treponêmicos (VDRL, RPR, TRUST).
OBS: Sífilis é uma doença de notificação
compulsória/obrigatória!!!
Abordagem clássica:
Teste não-treponêmico: negativo? libera. Positivo→
faz o treponêmico: positivo? libera. Negativo? faz mais
um confirmatório.
Abordagem reversa:
Teste treponêmico: negativo? libera. Positivo? faz o
não treponêmico: positivo? libera. Negativo? faz mais
um treponêmico.

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