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CROMATOGRAFIA COM ÊNFASE EM CLAE: APLICAÇÕES PRÁTICAS HISTÓRICO: SÉCULO XX: século da cromatografia ♦ Utilização descrita em textos antigos, gregos e egípcios ♦ Michael Tswett (1872-1919) ♦ 1903 1906: “cromatografia” ♦ Martin & Synge cromatografia de partição CROMATOGRAFIA: Técnica de separação (física/química) na qual os componentes a serem separados são distribuídos entre 2 fases: sendo uma fixa e de grande área superficial, denominada “fase estacionária”, e outra, denominada fase móvel, um fluido que percola através da fase estacionária SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA Substâncias têm afinidades diferentes com a fase estacionária e com a fase móvel. Fase móvel percola a fase estacionária separação ♦ Fase Estacionária: adsorção do soluto ♦ Fase Móvel: dessorção do soluto da F.E. Eluição do analíto TIPOS DE CROMATOGRAFIA: Lanças, F.M. Cromatografia em fase gasosa, 1993 (com modificações) DEFINIÇÕES GERAIS: ADSORÇÃO Os compostos são retidos na fase estacionária (polaridade) por um período de tempo (tempo de retenção – TR) até que a passagem constante da fase móvel seja capaz de retirar gradativamente, cada um desses compostos. PARTIÇÃO Os compostos passam por uma distribuição (solubilidade) entre a fase móvel e a estacionária, que é colocada na coluna na forma de um filme em um suporte sólido hidrofílico. DEFINIÇÕES GERAIS: FATOR DE RETENÇÃO (k): razão entre a massa do soluto presente na FM e na FE. ♦ Quanto maior o k , maior o tempo de retenção na coluna. ♦ Juntamente com o fluxo, determina o TR do pico. SELETIVIDADE (α): relação entre o tempo que 2 solutos passam na fase líquida. ♦ Mede a capacidade de separação entre 2 picos e é alterada com a troca do solvente da FM, pH, FE e temperatura. α DEFINIÇÕES GERAIS: EFICIÊNCIA DA COLUNA: Número de pratos teóricos (N): número de distribuição de equilíbrio entre a fase móvel e a estacionária. ♦ Quanto maior o nº de N, mais eficiente a coluna. RESOLUÇÃO: Medida quantitativa da separação de 2 picos consecutivos, determinada pela distância entre os TRs e a largura da base dos picos. DEFINIÇÕES GERAIS: Rs = t wb2 N = 16 TR 2 wb α = TR (B) TR (A) A B * HIGH RESOLUTION GAS CHROMATOGRAPHY (HRGC) Cromatografia Gasosa de Alta Resolução (CG). Fase móvel é um gás. Fase estacionária: sólida ou líquida. Mecanismo de separação: CGS: tubo percolado com um sólido adsorção CGL: suporte sólido revestido por um líquido partição CROMATOGRAFIA GASOSA (CG): Vantagens da técnica: ♦ resolução ♦ velocidade em análise ♦ sensibilidade ♦ exatidão (repetibilidade excelente) Limitações: ♦ amostra deve ser volátil (gás, líquido ou sólido) ♦ amostras sujas requerem limpeza ♦ uso de outro instrumento para confirmação de identidade ♦ treinamento e experiência CROMATOGRAFIA GASOSA (CG): Escolhas para uma boa utilização da técnica: ♦ Detector (seletivo ou universal) ♦ Coluna (recheio, espessura, comprimento) ♦ Gás de arraste ♦ Introdução da amostra ♦ Controle da temperatura (injeção, coluna e detector) ♦ Quantificação Cilindro do gás de arraste Controle de fluxo Injetor Coluna Detector Registrador Forno DETECTORES GC: CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS: ♦ Alta sensibilidade ♦ Resposta/detecção adequada a amostra ♦ Linearidade ♦ Ruído baixo ♦ Quantidade mínima detectada DETECTORES GC: Principais detectores em CG: ♦ Detector por Condutividade Térmica (TCD): Universal. ♦ Detector por Ionização de Chama (FID): Orgânicos. ♦ Detector por Captura de Elétrons (ECD): Orgânicos com capacidade de capturar elétrons. COLUNAS GC: Empacotadas: maior quantidade de amostra injetada; menor resolução e pratos teóricos. Capilares: menor quantidade de amostra; maior resolução e pratos teóricos. Quanto maior o comprimento, maior a resolução e eficiência (mas também, o custo, o TR, a pressão...). Quanto menor o diâmetro, maior a eficiência. Uso adequado de temperatura. COLUNAS GC: Gás-sólido: (recheio de sílica gel, carvão ativado, aluminosilicato sintético): Adsorção interação entre o analíto e FE, na interface com o gás de arraste (FM); quanto maior a afinidade da amostra pela FE, maior o tempo de adsorção. Gás-líquido: (recheio é um sólido recoberto com um líquido de alto ponto de ebulição) Partição quanto mais similares forem a fase líquida e a amostra, mais simples e eficiente será a separação. GÁS DE ARRASTE: Fase móvel. Não interagir com a fase estacionária ou com a amostra. Baixo custo. Elevado grau de pureza. Ser adequado ao detector utilizado. Fluxo do gás de arraste irá influenciar na eficiência da coluna. INTRODUÇÃO DA AMOSTRA: Uma introdução ou injeção de amostra eficiente deve permitir que quantidades controladas cheguem até a coluna, constituindo uma composição idêntica ou pelo menos representativa da amostra. Não existe uma forma universal de injeção que atenda a todas as demandas. A escolha depende da coluna utilizada, das condições operacionais, da T°C e das características da amostra. INTRODUÇÃO DA AMOSTRA: SPLIT: amostra vaporiza no pórtico de injeção e uma porção é introduzida na coluna. SPLITLESS: sem divisão da amostra. ON COLUMN: diretamente na coluna ♦ Cold on column: amostra depositada à frio na coluna dentro do forno. ♦ PTV (Programação de Temperatura Variável): permite a injeção de amostras líquidas em colunas capilares ANÁLISE QUALITIVA: Tempo de retenção: característico do composto, mas não exclusivo dele. TR varia com a coluna, fluxo do gás de arraste, fase líquida, temperatura da coluna. Identificação por fortificação. Sistemas acoplados “on-line” ou “off-line” (Ex: GC-MS). ANÁLISE QUANTITATIVA: Normalização da área simples Normalização da área corrigida Padrão externo: curva de calibração Padrão interno: curva de calibração com adição de padrão interno a cada ponto da curva. Massa A (%) = área A x 100 área total Massa A (%) = área A / FC x 100 área total / FC Fator de correção: massa / área SHIMADZU - LANA: SHIMADZU - LANA: CROMATOGRAMA: Lanças, F.M. Cromatografia em fase gasosa, 1993 THIN LAYER CHROMATOGRAPHY (TLC) Cromatografia em camada delgada (CCD) - Aplicação da amostra em papel recoberto por sílica; - Aplicação de concentrações de padrões analíticos; - Desenvolvimento da placa em sistemas de solvente; - Comparação visual entre o desenvolvimento dos padrões e da amostra (distância e intensidade). THIN LAYER CHROMATOGRAPHY (TLC) THIN LAYER CHROMATOGRAPHY (TLC) THIN LAYER CHROMATOGRAPHY (TLC) HIGH PERFORMANCE LIQUID CHROMATOGRAPHY (HPLC) Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). CLAE: Separação de substâncias em uma mistura, proporcionada pela impulsão de um solvente a fluxo constante e elevada pressão, através de uma coluna na qual essa mistura é seletivamente separada. CLASSIFICAÇÃO: Quantidade de Amostra Mecanismo de separação Fase Estacionária Quantidade de amostra: Cromatografia em escala preparativa (>1g) Cromatografia em escala semi-preparativa (µg – g) Cromatografia analítica (pg - µg) Mecanismo de Separação: Cromatografia líquida de adsorção (Líquido-sólido): adsorção sobre superfície polar. Cromatografia de partição líquido-líquido Líquido-líquido em Fase ligada: partição (FE e FM). Troca iônica: adsorção reversível de íons. Exclusão: poros internos separam partículas por tamanho. Fase Estacionária: Fase Normal: FE polar, FM apolar. Fase Reversa: FE apolar, FM polar. ELUIÇÃO 4 PASSOS: - Introdução da amostra - Interação entre a amostra, FE e FM - Remoção de interferentes - Eluição do analíto TIPOS DE ELUIÇÃO: ISOCRÁTICA - proporção entre os solventes utilizados na fase móvel é constantedurante a eluição. GRADIENTE - a proporção entre os solventes utilizados varia gradualmente durante a eluição. PRIMEIROS PASSOS ANALÍTO???? Escolha do tipo de coluna Modo de detecção Escolha da Fase Móvel Otimização de parâmetros para cromatografia Validar o método ANALÍTO: Colunas As características do analíto determinam quais as escolhas acertadas quanto ao tipo de equipamento utilizado e suas configurações RESULTADOS AMOSTRA APOLAR AMOSTRA POLAR COLUNA DE FASE NORMAL COLUNA DE FASE REVERSA Recheio é polar Recheio é apolar ANALÍTO: Detecção DETECÇÃO: O analíto apresenta fluorescência natural ou pode ser derivatizado? DETECTOR DE FLUORESCÊNCIA O analíto absorve a luz branca? DETECTOR UV, UV-VIS ou PDA UV-Vis OUTROS DETECTORES: Detector de índice de refração: diferença de refração entre o solvente e o soluto. Detector eletroquímico: oxidação ou redução de um composto. Espectrometria de massas: combinação de processos de ionização, fragmentação e separação iônica. DETECTORES: Seletivos: UV fixo e variável, fluorescência Universais: IR e MS UV, fluorescência e MS podem utilizar eluição gradiente, o IR não. Quantidade Mínima Detectada: ♦ UV: ng ♦ IR: µg ♦ Fluorescência: pg ♦ MS: ng-pg ESCOLHA DA FASE MÓVEL CONSIDERAÇÕES GERAIS: Alto grau de pureza Força do solvente Polaridade Seletividade Polaridade ou Força: determina por quanto tempo os eluentes são retidos (TR) Seletividade: retenção relativa pode afetar o formato dos picos ESCOLHA DA FASE MÓVEL Modo de eluição? Tempo de retenção? Presença de interferentes? Resolução de picos. Linha de base. Repetibilidade. FASE MÓVEL Nem todos os solventes podem ser utilizados em conjunto! - Podem interagir quimicamente; - Viscosidade (pressão); - Alta pressão de vapor (bolhas); - Interferir na detecção do analíto; - Filtrados e degaseificados. COMPONENTES HPLC: SHIMADZU INICIANDO: Purga Acionar a bomba / subir fluxo OPERANDO: AGILENT 1100 - LANA: SOFTWARE: MÉTODO: A amostra é solúvel? É possível analisá-la por HPLC? Se sim, qual o detector? Qual o modo da coluna? Qual a coluna? FE, comprimento, diâmetro, etc. FM? Polaridade, pH, força iônica. A amostra é solúvel? Desejável: 1% solução em solvente fraco. Tente hexano, MeOH ou água. Ácido ou básico (sal?)? 0,01 N HAc – pH ~ 3,4 0,5 N NH4OH – pH ~ 10,6 Alguns polímeros precisam ser aquecidos. Ex: polietileno-tolueno (120°C) Qual detector? Se a amostra pode ser analisada por HPLC (consulte a literatura, busque informações sobre a amostra), o próximo passo é definir qual o detector. UV-Vis é a primeira escolha. LC/MS – é a melhor escolha. Fluorescência – apenas se houver o conhecimento prévio de que é apropriado para a amostra. IR – quando não houver informação suficiente sobre a amostra universal, mas pouco sensível. Que tipo de coluna? Lanças, F.M. Cromatografia líquida moderna, 2009 – com modificações Qual a coluna? Se solúvel em hexano, a amostra não é polar: - Sílica gel - Alumina - Ciano Se solúvel em MeOH: - RP-18 ou ODS - RP-8 - Fenil Qual a coluna? Comprimento: - Começar com 15 cm, 5mm - Maior comprimento, maior TR Diâmetro da partícula: - 10 e 5 µm Diâmetro interno: - 4 mm ~ 1mL/min. - 2 mm ~ 250µL/min. Fase Móvel: Começar com solvente forte, fluxo rápido. - Obtenha os picos; - Reduza a força do solvente, se necessário. Meça os picos eluídos e otimize a seletividade. Aumente o N: fluxo mais lento, menos amostra, maior T°C, comprimento maior, partículas menores. TROUBLESHOOTING DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS: ALARGAMENTO DOS PICOS: - TR alto - Viscosidade da FM muito alta - Eficiência pobre da coluna - Eluição de analítos de injeções anteriores - Dispersão do pico na válvula de injeção - Coluna com grande volume extra - Volume da cela do detector muito grande DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS: PICOS FANTASMAS: - Contaminação - Eluição posterior de analítos retidos - Água contaminada em FR - Interferentes desconhecidos na amostra Branco? Padrão? DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS: Formação de cauda frontal: - Formação de caminhos preferenciais - Sobrecarga da coluna - Cauda lateral: TR elevado, degradação coluna, volume morto DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS: Sobreposição de picos: - Frit entupido - Co-eluição de interferentes (corrida atual ou anterior) - Sobrecarga da coluna (uso ou volume) DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS: Mudanças no tempo de retenção: - Contaminantes - Tempo de condicionamento insuficiente - Poucas injeções anteriores (sítios ativos) - Mistura inadequada da FM ou evaporação seletiva - Temperatura variável da coluna - Sobrecarga da coluna com amostra - Fluxo instável - Degradação da coluna DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS: Pressão alta: - Entupimento - Viscosidade muito alta da FM - Crescimento de microorganismos - Precipitação de sais - Adsorção irreversível na coluna Pressão baixa: - Vazamentos - Válvula de purga aberta ou com vazamento ANÁLISE QUALITIVA: Tempo de retenção: característico do composto, mas não exclusivo dele. TR varia com a coluna, fase móvel e temperatura. Identificação por fortificação. PDA: mais informações sobre o composto. Sistemas acoplados “on-line” ou “off-line” (Ex: LC-MS). ANÁLISE QUANTITATIVA: Normalização da área simples Normalização da área corrigida Padrão externo: curva de calibração Padrão interno: curva de calibração com adição de padrão interno a cada ponto da curva. Massa A (%) = área A x 100 área total Massa A (%) = área A / FC x 100 área total / FC Fator de correção: massa / área VALIDAÇÃO: Instrumento - Check-list do aparelho - Testes nos módulos Método - Definir os parâmetros da validação objetivo da análise - Exatidão e precisão - Sensibilidade - LD e LQ - Linearidade - Recuperação - ... ALGUMAS APLICAÇÕES PRÁTICAS: AFLATOXINAS DERIVADOS DE PURINAS ÉSTERES DE FORBOL AFM1 EM FLUIDOS BIOLÓGICOS: AFM1 EM FLUIDOS BIOLÓGICOS: Parâmetros cromatográficos: - CLAE (Shimadzu) - Extração com colunas de imunoafinidade - Fase reversa, C18, 250 x 4,6mm, 3 µm (Phenomenex) - Fase móvel: ACN:H2O (75:25, v/v), isocrática - Detector de fluorescência - Volume de Injeção de 100 µL (manual) - Quantificação em ppt - Tempo de retenção e derivatização para qualificação AFM1 EM FLUIDOS BIOLÓGICOS: AFM1 em urina Amostra derivatizada – confirmação AFM1 DERIVADOS DE PURINAS: Parâmetros cromatográficos: - CLAE (Agilent 1100) - Alantoína, creatinina, ácido úrico, hipoxantina e xantina - Diluição / centrifugação - Fase reversa, C18, 250 x 4,6mm (Zorbax) - FM - tampão A: NH4H2PO4 0,0025 M e tampão B (tampão A:MeOH, 19:1) - Detector: Arranjo de fotodiodos - Volume de Injeção de 20uL (automática) - Quantificação em ppb - Qualificação por comparação espectral DERIVADOS DE PURINAS: ALANTOÍNA CREATININA ÃC. ÚRICO HIPOXANTINA XANTINA OXIPURINOL ÉSTERES DE FORBOL: Parâmetros cromatográficos: - CLAE (Agilent 1100) - Extração por solvente / centrifugação - Fase reversa, C18, 250 x 4,6mm (Zorbax) - FM – ACN, tampão B (1,75mL de ácido ortofosfórico, 85%) e THF (eluição gradiente) - Detector: Arranjo de fotodiodos - Volume de Injeção de 20uL (automática) - Quantificação em ppb - Qualificação por comparação espectral ÉSTERES DE FORBOL: FORBOL - TPA Considerações Finais: SÉCULO XXI: UPLC ou U-HPLC LC-MS Cromatografia Multidimensional (LC-LC ou LC/LC, idem CG) Cromatografia Abrangente (LCxLC ou CGxCG) min 0 5 10 15 20 25 mAU 0 50 100 150 200 250 DAD1 E, Sig=284,8 Ref=360,100 (LANA\CURVA TPA 1\250PPM 22ABRIL 2 F_OTIMIZADO.D) 3.048 17.789 21.528 21.713 21.785 24.143 26.775 26.850 26.904 nm 225 250 275 300 325 350 mAU 0 10 20 30 40 50 *DAD1, 17.787(63.9 mAU, - ) Ref=17.600 & 18.067 of 250PPM 22ABRIL 2 F_OTIMIZADO.D nm 225 250 275 300 325 350 mAU 0 10 20 30 40 50 DAD1, 17.600 (4.4 mAU, - ) of 250PPM 22ABRIL 2 F_OTIMIZADO.D DAD1, 18.067 (4.6 mAU, - ) of 250PPM 22ABRIL 2 F_OTIMIZADO.D DAD1, 17.787 (67.2 mAU, - ) of 250PPM 22ABRIL 2 F_OTIMIZADO.D
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