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→ Arts. 472 a 480, CC. Extinção pelo cumprimento: A forma normal de extinção está presente, por exemplo, quando é pago o preço em obrigação instantânea; quando são pagas todas as parcelas em obrigação de trato sucessivo a ensejar o fim da obrigação; quando a coisa é entregue conforme pactuado; quando na obrigação de não fazer o ato não é praticado, entre outros casos possíveis. Extinção sem cumprimento: Algumas vezes o contrato se extingue sem ter alcançado o seu fim, ou seja, sem que as obrigações tenham sido cumpridas. Várias causas acarretam essa extinção anormal. ● causas anteriores ou contemporâneas; ● causas supervenientes; Fatos Anteriores ou Contemporâneos a. Teoria das nulidades b. Cláusula resolutiva c. Direito de arrependimento Teoria das Nulidades → Ausência dos pressupostos subjetivos, objetivos e ou formais; → Divide-se em nulidade absoluta ou relativa (anulabilidade); Nulidade absoluta (art. 166 do CC): ● ausência de elemento essencial do ato; ● pode ser pronunciada por requerimento de qualquer interessado e de ofício pelo juiz (art. 186 do CC); ● não pode ser confirmado pelas partes nem convalesce pelo tempo (art. 169 do CC); Nulidade relativa (art. 171 do CC) ● vício da manifestação de vontade; ● só pode ser pronunciada por requerimento dos interessados (art. 177 do CC); ● pode ser confirmado pelas partes ou pelo decurso do prazo decadencial (arts. 178 e 179 do CC); Efeitos ex tunc das nulidades: Art. 182, CC: “Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente”. Cláusula resolutiva: Expressa: convencionada pelas partes; Tácita: art. 475 do Código Civil; → Ambas devem ser declaradas judicialmente, mas a cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito, ao passo que a tácita se opera com a sentença (art. 474 do CC); → O adimplemento substancial impede a resolução do contrato; A eficácia da cláusula resolutiva não depende de prévia notificação da parte inadimplente, salvo em se tratando de promessa de compra e venda de imóvel, alienação fiduciária e arrendamento mercantil, em que o devedor deve ser notificado para purgar a mora em 15 dias. Direito de arrependimento → Depende de previsão expressa no contrato; → Sujeita a parte à perda ou devolução em dobro do sinal (arras, artigo 420 do CC); → Art. 49, CDC: devolução do produto adquirido fora do estabelecimento comercial até sete dias; Extinção por fatos Posteriores a Celebração ● Resolução; ● Resilição; ● Morte; ● Rescisão; Resolução → Resolução é um remédio concedido à parte para romper o vínculo contratual mediante ação judicial; a. inadimplemento voluntário; b. inadimplemento involuntário; c. onerosidade excessiva; Resolução por inadimplemento voluntário (culposo): ● Sujeita a parte inadimplente ao pagamento de perdas e danos e à cláusula penal (art. 475 do CC); ● É cabível apenas em casos de descumprimento sério e grave das obrigações contratuais; ● Gera efeitos ex tunc, salvo em se tratando de obrigação de trato sucessivo, em que produz efeitos ex nunc (ex: prestação de serviço e locação); ● Exceção de contrato não cumprido (art. 476 do CC); OBS: cláusula solve et repete ● Garantia de execução da obrigação a prazo (art. 477 do CC); Resolução por inadimplemento involuntário: → A resolução pode decorrer também de fato não imputável às partes, como sucede nas hipóteses de ação de terceiro ou de acontecimentos inevitáveis, alheios à vontade dos contratantes, denominados caso fortuito ou força maior, que impossibilitam o cumprimento da obrigação; ● A impossibilidade deve ser objetiva, total e definitiva; ● O inadimplente não responde por perdas e danos, salvo se expressamente se obrigou pelo caso fortuito/força maior ou se estiver em mora (arts. 393 e 399 do CC); Resolução por onerosidade excessiva: ● Pacta sunt servanda X rebus sic standibus (teoria da imprevisão); Art. 478, CC: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Requisitos: a. contrato comutativo de execução diferida ou de trato sucessivo; b. fato extraordinário e imprevisível; c. considerável alteração na situação de fato; d. nexo causal entre o evento superveniente e a onerosidade excessiva; ● A resolução pode ser evitada mediante alteração das prestações (arts. 479 e 480 do CC); Resilição → É a extinção do contrato pela manifestação de vontade. Pode ser: → unilateral (eg. denúncia, revogação, renúncia); → bilateral (distrato); → A resilição não deriva de inadimplemento contratual, mas unicamente de uma manifestação de vontade. → Produz efeitos ex nunc e não depende de pronunciamento judicial; Art. 473, CC: A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. → A resilição bilateral denomina-se distrato, que é o acordo de vontades que tem por fim extinguir um contrato anteriormente celebrado; Art. 472, CC: O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Morte → A dissolução do contrato pelo óbito do contratante se dá apenas nos casos de obrigações personalíssimas (intuitu personae). → Trata-se de resilição convencional tácita. Rescisão → É termo usado genericamente como sinônimo de resolução e resilição; → Todavia, também é entendida apenas como a dissolução do contrato nas hipóteses de lesão e estado de perigo (art. 156 e 157 do CC);
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