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Antibioticoterapia para Infecções de Pele e Partes Moles

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Infecções de Pele e Partes Moles 1
Infecções de Pele e Partes 
Moles
Data de Criação
Fonte Curso de Antibióticos TdC
Infecções Não Purulentas X Infecções 
Purulentas
Não Purulentas
Erisipela
Restrito às camadas superficiais, bem delimitado
Celulite
Planos mais profundos, margens mal delimitadas, maior acometimento 
sistêmico
Impetigo
Purulentas
Carbúnculo
Furúnculo
Abscessos subcutâneos
Piomiosite
Infecções profundas/necrotizantes
Acometem a fáscia muscular e planos mais profundos
Maior disseminação
Casos graves, acometimento sistêmico
Fasciíte necrosante (ou gangrena de Fournier se na região perineal)
Piogangrena gasosa
@05/07/2023
Infecções de Pele e Partes Moles 2
Cocos Gram Positivos
Principais agentes de infecções de pele e partes moles: 
Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes
Staphylococcus
Aureus: cocos gram-positivos agrupados em cachos
Colonizador da pele
Infecções de pele partes moles, pneumonia, associadas a dispositivos 
invasivos
Muito associado a infecções nosocomiais
Saprophyticus: associado a ITU
Epidermidis: agente causador de endocardite infecciosa, associado à 
contaminação quando cresce em culturas
Lugdunensis: incluído recentemente como agente causador de endocardite 
infecciosa, se comporta clinicamente como um aureus
Streptococcus
Pyogenes ou beta-hemolítico do grupo A (GBS): cocos gram-positivos em 
cadeia (juntamente aos Enterococcus)
Pele e partes moles, faringoamigdalite
Pneumoniae (pneumococo): principal agente causador de pneumonia
Viridans: agente causador de endocardite infecciosa
Situações Especiais
Condições do paciente:
Cirrose: bacilos Gram negativos
Imunossupressão (onco-hematológicos ou altas doses de corticoterapia): 
Pseudomonas
Mecanismo de lesão:
Infecções de Pele e Partes Moles 3
Mordeduras (material suplementar)
Lesões aquáticas: micobactérias
Beta-Lactâmicos
Penicilinas, Cefalosporinas, Carbapenêmicos, Monobactâmicos
Efeitos Adversos
TGI (mais comum): dispepsia, diarreia, náuseas, vômitos
Farmacodermias: rash cutâneo, reações anafiláticas, Síndrome de Stevens-
Johnsons (SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET), Síndrome DRESS
Nefrite intersticial aguda (NIA)
Penicilinas
Naturais
Penicilina benzatina 
Mantém ação contra os Streptococcus (faringoamigdalite)
Tratamento de infecção por espiroquetas (sífilis e leptospirose)
Sintéticas (ou Aminopenicilinas)
Amoxicilina e Ampicilina
Mesmo espectro de ação das penicilinas naturais + alguns Gram negativos + 
infecção por Listeria
Staphylococcus comumente são resistentes às penicilinas (tanto naturais quanto 
sintéticas) devido à produção de penicilinases (uma tipo de betalactamase)
Penicilinas Anti-Estafilocócicas
No Brasil, a Meticilina foi substituída pela Oxacilina
MSSA: Saphylococcus aureus sensível à meticilina (Oxa-S)
MRSA: Staphylocuccus aureus resistente à meticilina (Oxa-R)
São resistentes a TODOS os beta-lactâmicos 
Infecções de Pele e Partes Moles 4
Também não adianta associar inibidor de bata-lactamase
Exceção: cefalosporinas de 5ª geração (ceftaroline)
Cefalosporinas
Ao longo das gerações, ganha-se cobertura para Gram negativos e perde-se um 
pouco de força para Gram positivos
1ª Geração
Cefalexina (VO), Cefazolina (EV), Cefadroxila (VO)
Gram-positivos (ação semelhante às penicilinas): Saphylococcus aureus e 
pyogenes, Streptococcus pneumoniae
Gram-negativos: E. coli, Proteus, Shigella
Outras cefalosporinas:
2ª geração: Cefuroxima
3ª geração: Ceftriaxona e Ceftazidima
4ª geração: Cefepime
5ª geração: Ceftaroline
Caso 1
Homem de 45 anos de idade, obeso, com dor em membro 
inferior direito há 02 dias, próximo à região tibial, contendo 
hiperemia, edema e calor local. Histórico de queda e trauma no 
local há 5 dias.
Tratamento empírico: cefalosporina de 1ª geração (Cefalexina ou Cefadroxila VO)
Tempo de tratamento: 5 dias
Ao término do 5º dia, a lesão pode não estar 100% resolvida, sem que isso 
signifique que a infecção não está 100% tratada
Lesões de pele demoram para melhorar ou deixam sequelas, sem que isso 
signifique que o tratamento deve ser prolongado
Infecções de Pele e Partes Moles 5
Caso 2
Mulher de 27 anos, jogadora de vôlei, há 3 dias com dor na coxa 
esquerda, abaulamento de 9 cm na região. Alérgica à penicilina.
A drenagem é o principal tratamento para as infecções purulentas
Indicações de antibioticoterapia adjuvante: coleções > 5 cm ou sinais de gravidade 
(sintomas sistêmicos ou leucocitose)
Infecções Purulentas
Aumenta a chance de infecção por Staphylococcus aureus e aumento da incidência 
de infecção por MRSA ou Oxa-R
MRSA Nosocomial (HA-MSRA)
Pressão seletiva, alta resistência a outros antibióticos além dos beta-lactâmicos
Fatores de risco: hospitalização recente, dialítico com contato frequente com 
serviço de saúde, uso recente de antibioticoterapia, dispositivo intravascular
MRSA da Comunidade (CA-MRSA)
Não sofre as pressões seletivas sofridas pelo HA-MRSA, preservando 
sensibilidade para outros grupos de antimicrobianos. 
Mais virulento (infecções invasivas ou mais graves), mas menor resistência a 
não beta-lactâmicos
Fatores de risco: infecções de pele e partes moles purulentas, pacientes jovens, 
histórico de aglomerações (praticantes de esportes coletivos, população 
carcerária, alojamentos militares), usuários de drogas endovenosas
Quando cobrir empiricamente: imunossuprimidos, acometimento extenso, 
toxicidade sistêmica, fatores de risco acima, dificuldade de acesso ao serviço de 
saúde para reavaliação
Clindamicina, Sulfametoxazol-trimetropima e Doxaciclina
Clindamicina
Infecções de Pele e Partes Moles 6
Classe farmacológica: lincosaminas
Cobertura: maioria dos Gram positivos (incluindo CA-MRSA) e anaeróbios 
(infecções pulmonares e intra-abdominais)
Boa penetração óssea e em abscessos
Indicada também em infecções invasivas por Streptococcus: fasciíte necrotizante, 
síndrome do choque tóxico (efeito anti-toxinas)
Importante variação de indicação posológica
Para infecções de pele: 300 mg 6/6h
Boa opção para alérgicos aos beta-lactâmicos
Efeitos Adversos
Alta taxa de diarreia (até 20%)
Alta relação com infecção por Clostridioides difficile (colite pseudomembranosa) 
Infecções Graves
Planos profundos (fasciíte necrotisante, piogangrena gasosa)
Falha no tratamento oral
Disfunção orgânica ou critérios para sepse
Imunocomprometidos (SIDA, transplantados, tratamento quimioterápicos)
Aumento do risco de gram-negativos, anaeróbios e infecções polimicrobianas → 
tratamento empírico de alto espectro
Recomenda-se a cobertura empírica para MRSA
Vancomicina e Teicoplanina
Classe farmacológica: glicopeptídeos
Ação contra Gram positivos incluindo MRSA e Enterococcus, Streptococcus 
pneumoniae resistente à penicilina, anaeróbios como Clostridioides difficile (via oral)
Efeitos Adversos
Reações infusionais: síndrome da infusão da vancomicina (antes conhecida 
como síndrome do homem vermelho)
Infecções de Pele e Partes Moles 7
Pode ser confundia com reação alérgica, mas não é anafilaxia
Ocorre durante a infusão, geralmente benigna (não contraindica o uso da 
droga)
Se dúvida, prosseguir com manejo de anafilaxia (potencialmente fatal)
Toxicidade sistêmica:
Ototoxicidade: mais importante diante do uso concomitante de outros 
antibióticos ototóxicos (especialmente aminoglicosídeos)
Nefrotoxicidade: mais relacionada à níveis supraterapêuticos → dosagem 
seriada de vancocinemia sérica
Teicoplanina está menos relacionada do que a vancomicina
Daptomicina
Classe farmacológica: lipopeptídeos
Espectro de ação: Gram positivos (incluindo MRSA), Streptococcus pneumoniae e 
Enterococcus resistente à vancomicina (VRE)
Não pode ser utilizada em infecções pulmonares (é inativada pelo surfactante)
Efeitos Adversos
Miopatia (dor muscular ou fraqueza)
Dosagem seriada de CPK em esquemas prolongados
Pneumonite eosinofílica
Linezolida
Classe farmacológica: Oxazolidinona
Espectro de ação: Gram positivos (incluindo MRSA), Streptococcus pneumoniae e 
Enterococcus resistente àvancomicina (VRE)
Indicada também em infecções invasivas por Streptococcus: fasciíte necrotizante, 
síndrome do choque tóxico (efeito anti-toxinas)
Efeitos Adversos
Mielotoxicidade (principalmente uso prolongado)
Neuropatia periférica (parestesia, perda de propriocepção) se uso prolongado
Infecções de Pele e Partes Moles 8
Acidose láctica 
Indução de síndrome serotoninérgica quando uso conjunto com ISRS
Ceftaroline
Classe farmacológica: cefalosporina de 5ª geração
Excelente ação anti-Staphylo, principalmente MRSA (exceção)
Caso 3
Paciente de 56 anos, diabético em uso de Metformina e 
Empagliflozina, trazido por sonolência e confusão mental. Febril 
à admissão. Histórico de tratamento de balanopostite há 2 
semanas, sem melhora, apresentando lesões em região perineal 
há cerca de 3 dias.
Em infecções profundas, a conduta principal é a avaliação cirúrgica para possível 
limpeza e debridamento
Terapia empírica de amplo espectro: 
Gram positivo incluindo MRSA: Vancomicina ou Linezolina ou Daptomicina
Gram negativos + anaeróbios: Piperacilina + Tazobactam (penicilina com 
inibidor de beta-lactamase) ou carbapenêmico (Meropenem)

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