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11 Mandado de segurança PDF

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1 
 
MANDADO DE SEGURANÇA - Lei n. 12.016/2009 – mandado de 
Segurança – individual e coletivo 
 
“Writ” – “Mandamus” 
 
Art. 5º, inciso LXIX da CF 
MS Individual - Previsto na CF de 1934 – Retirado da CF de 1937 - 
Reintegrado na CF de 1946 
MS Individual e Coletivo – CF/1988 
 
Conceito: Remédio constitucional e está devidamente regulamentado 
por norma infraconstitucional e se constitui em garantia fundamental e 
pela sua natureza visa a proteger de forma preventiva ou repressiva os 
danos causados aos direitos fundamentais. 
É uma ação constitucional de viés civil, independente da natureza do 
ato impugnado, seja ele administrativo, jurisdicional, criminal, eleitoral 
ou trabalhista. 
Possui por objetivo a “proteção de direitos líquidos e certos contra ato 
de autoridade ou de quem exerça funções públicas”. 
Artigo 1º da Lei n. 12.016/2009 prevê as hipóteses de cabimento do 
Mandado de Segurança: 
Art. 1º - Conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa 
física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455467/artigo-1-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
2 
 
de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem as funções que 
exerça. 
 
Direito líquido e certo - pode ser compreendido aquele que não exige 
dilação probatória para ser comprovado, podendo ser demonstrado 
de plano, mediante prova pré-constituída. Assim, trata-se de direito 
perfeitamente determinado, podendo ser exercido prontamente, uma 
vez que é incontestável. 
Vale dizer, o direito líquido e certo é um direito induvidoso, advindo de 
fatos que podem ser demonstrado através da apresentação de 
documentos inequívocos, sem necessidade de comprovação ulterior. 
Há que se observar que a apresentação da prova pré-constituída 
obrigatoriamente deverão acompanhar a peça exordial, em razão do 
princípio da celeridade estar presente no Mandado de Segurança, 
ressalvada a exceção trazida pelo artigo 6º, § 10 da LMS. 
O caput do artigo 1º da Lei n. 12.016/2009 determina o cabimento do 
Mandado de Segurança por exclusão, de modo que será cabido para 
questionar ato que não seja defendido por habeas corpus ou habeas 
data. 
Habeas Data - exibição de dados da Administração Pública por via 
jurisdicional se dá através de habeas data. 
Habeas Corpus - O meio processual adequado quando cerceada a 
liberdade de locomoção é o habeas corpus, no entanto se tal 
liberdade configura apenas um meio para a obtenção de outra 
pretensão é indiscutível a adequação do mandado de segurança. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455467/artigo-1-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
3 
 
Outro requisito imposto para o cabimento do mandado de segurança 
pelo artigo 1º é que este seja impetrado para impugnar prática de ato 
ou omissão por parte da autoridade que esteja eivado de ilegalidade 
ou abuso de poder. Ressalte-se que o mandado de segurança 
também terá cabimento no caso de ação ou omissão praticada por 
particular no exercício de função pública em decorrência de 
delegação. 
O caput do artigo 1º da Lei n. 12.016/2009 prevê, ainda que o 
mandado de segurança poderá ser impetrado antes ou depois da 
prática do ato ou omissão da autoridade que se pretende impugnar. 
No último caso estar-se-á diante do denominado Mandado de 
Segurança preventivo, oque exige a comprovação de risco objetivo e 
fundado de ilegalidade ou abuso de direito esteja na iminência de 
ocorrer. 
Por fim, o artigo 1º admite que o Mandado de Segurança seja 
impetrado tanto por pessoa fisica como por pessoa jurídica que 
busque a proteção de seu direito líquido e certo. 
Art. 1º - § 1o Equiparam-se às autoridades, para os 
efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos 
políticos e os administradores de entidades autárquicas, 
bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as 
pessoas naturais no exercício de atribuições do poder 
público, somente no que disser respeito a essas 
atribuições. 
O § 1º do artigo 1º da referida lei equipara os representantes ou órgãos 
de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, 
bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455467/artigo-1-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
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exercício de atribuições do poder público, somente no que disser 
respeito a essas atribuições, às autoridades. 
“Art. 1º - § 2o Não cabe mandado de segurança contra 
os atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, de sociedade de 
economia mista e de concessionárias de serviço 
público” 
No § 2º a lei expressamente determina o não cabimento do Mandado 
de Segurança contra ato de gestão comercial, de modo que seu 
cabimento será contra atos referentes às suas atribuições institucionais, 
conforme redação do artigo. 
Percebe-se que a lei inovou ao consagrar a distinção entre atos de 
império e os atos de gestão praticados pelos administradores de 
empresas públicas, de sociedade de economia mista e de 
concessionária de serviço público, seguindo entendimento do STJ. 
“Art. 1º - § 3o Quando o direito ameaçado ou violado 
couber a várias pessoas, qualquer delas poderá 
requerer o mandado de segurança”. 
O § 3º, artigo 1º, da lei em análise, no caso de se encontrar ameaçado 
ou violado direito de várias pessoas, qualquer delas poderá se valer do 
mandado de segurança. 
“Art. 2o Considerar-se-á federal a autoridade coatora se 
as consequências de ordem patrimonial do ato contra o 
qual se requer o mandado houverem de ser suportadas 
pela União ou entidade por ela controlada”. 
5 
 
O artigo 2º cumpre esclarecer que a entidade será considerada 
federal não apenas quando a União ou autarquia estiver em juízo, mas 
sempre que a autoridade coatora for vinculada a fundação federal, 
empresa pública federal ou sociedade de economia mista federal, 
independentemente de estas últimas serem prestadoras de serviço 
público ou exploradoras de atividade econômica. 
De acordo com o disposto no artigo 4º: 
Art. 4o Em caso de urgência, é permitido, observados os 
requisitos legais, impetrar mandado de segurança por 
telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de 
autenticidade comprovada. 
§ 1o Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a 
autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio 
que assegure a autenticidade do documento e a 
imediata ciência pela autoridade. 
§ 2o O texto original da petição deverá ser apresentado 
nos 5 (cinco) dias úteis seguintes. 
§ 3o Para os fins deste artigo, em se tratando de 
documento eletrônico, serão observadas as regras da 
Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 
 
O mandado de segurança poderá ser impetrado por telegrama, 
radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade 
comprovada em casos de urgência, desde que observados os 
requisitos legais elencados no artigo 1º. 
6 
 
Sob a mesma ótica, reza o § 1º que também o juiz poderá notificar a 
autoridade coatora por telegrama, radiograma ou outro meio que 
assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela 
autoridade em caso de urgência. Tanto na hipótese do caput deste 
artigo, como de seu § 1º, no prazo de cinco dias úteis deverá ser 
apresentado o texto original da petição. 
O artigo 5º trata das hipóteses em que não será concedido mandado 
de segurança: 
Art. 5o Não se concederámandado de segurança 
quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com 
efeito suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
Parágrafo único. (VETADO) 
 
O artigo 5º trata das hipóteses em que o mandado de segurança não 
será concedido como sucedâneo/substituto ao recurso originalmente 
cabível. 
Inciso I – esgotamento das vias ordinária de impugnação à decisão 
com a interposição de recurso administrativo se com efeito suspensivo, 
desnecessário será provocar o judiciário, vez que não existirá lesão ou 
grave ameaça ao direito que está sendo discutido 
administrativamente. Ausente o interesse de agir, ante a ausência de 
prejuízo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Msg/VEP-642-09.htm
7 
 
Inciso II - não será concedido contra decisão judicial da qual caiba 
recurso com efeito suspensivo, uma vez que, tal como ocorre na 
hipótese do inciso I, faltaria interesse de agir. 
Inciso III - Súmula 268 do STF – contra decisão judicial transitada em 
julgado cabe ação rescisória 
A petição inicial: 
- Requisitos dos artigos 319 e 320 do CPC; 
- Apresentação em 2 vias com os documentos que a instruírem a 
primeira reproduzidos na segunda; 
- Indicará além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta 
integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
Art. 6o - A petição inicial, que deverá preencher os 
requisitos estabelecidos pela lei processual, será 
apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que 
instruírem a primeira reproduzidos na segunda e 
indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica 
que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual 
exerce atribuições. 
§ 1o No caso em que o documento necessário à prova 
do alegado se ache em repartição ou estabelecimento 
público ou em poder de autoridade que se recuse a 
fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, 
preliminarmente, por ofício, a exibição desse 
documento em original ou em cópia autêntica e 
8 
 
marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 
(dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento 
para juntá-las à segunda via da petição. 
§ 2o Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira 
for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio 
instrumento da notificação. 
§ 3o Considera-se autoridade coatora aquela que 
tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a 
ordem para a sua prática; 
§ 4o (VETADO); 
§ 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos 
previstos pelo art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro 
de 1973 - Código de Processo Civil (art. 485 do 
CPC/2015); 
§ 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser 
renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão 
denegatória não lhe houver apreciado o mérito. 
Pelo novo código, esse prazo correrá em dias úteis, posto ser um prazo 
processual. 
Será denegado o mandado de segurança quando se amoldar aos 
dispositivos do art. 485, como indeferimento da inicial, processo 
negligenciado pelas partes por mais de um ano, perempção, 
litispendência ou coisa julgada etc. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Msg/VEP-642-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art267
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art267
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
9 
 
O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do 
prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver 
apreciado o mérito. 
No despacho da inicial, além da notificação do coator do conteúdo 
da inicial para prestar as informações dentro de 10 dias, o juiz ordenará 
que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da 
pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem 
documentos, para que, querendo, ingresse no feito. 
O Juiz poderá, ainda, determinar se suspenda o ato que deu motivo 
ao pedido, desde que haja fundamento relevante e do ato 
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja 
finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, 
fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à 
pessoa jurídica. 
Se a liminar for concedida ou denegada, caberá agravo, conforme art. 
1.015 do novo Código. 
Não será concedida medida liminar que tenha por objeto: (i) a 
compensação de créditos tributários, (ii) a entrega de mercadorias e 
bens provenientes do exterior, (iii) a reclassificação ou equiparação de 
servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de 
vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, 
persistirão até a prolação da sentença e, quando deferida, o processo 
terá prioridade para julgamento. 
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
10 
 
I - que se notifique o coator do conteúdo da petição 
inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as 
cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 
(dez) dias, preste as informações; 
II - que se dê ciência do feito ao órgão de 
representação judicial da pessoa jurídica interessada, 
enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para 
que, querendo, ingresse no feito; 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, 
quando houver fundamento relevante e do ato 
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso 
seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do 
impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo 
de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
§ 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder 
ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, 
observado o disposto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro 
de 1973 - Código de Processo Civil. (Art; 1015 do 
CPC/2015) 
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por 
objeto a compensação de créditos tributários, a entrega 
de mercadorias e bens provenientes do exterior, a 
reclassificação ou equiparação de servidores públicos e 
a concessão de aumento ou a extensão de vantagens 
ou pagamento de qualquer natureza. 
§ 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou 
cassada, persistirão até a prolação da sentença. § 4o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
11 
 
Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade 
para julgamento. 
§ 5o As vedações relacionadas com a concessão de 
liminares previstas neste artigo se estendem à tutela 
antecipada a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei no 
5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
(Arts. 294 e 300 e 311 e 498 do CPC/2015). 
Art. 8o Será decretada a perempção ou caducidade da 
medida liminar ex officio ou a requerimento do Ministério 
Público quando, concedida a medida, o impetrante 
criar obstáculo ao normal andamento do processo ou 
deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os 
atos e as diligências que lhe cumprirem. 
Art. 9o As autoridades administrativas, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas da notificação da medida 
liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se 
acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou 
a quem tiver a representação judicial da União, do 
Estado, do Município ou da entidade apontada como 
coatora cópia autenticada do mandado notificatório, 
assim como indicações e elementos outros necessários 
às providências a serem tomadas para a eventual 
suspensão da medida e defesa do ato apontado como 
ilegal ou abusivo de poder. 
 
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança 
extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art273
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art273
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10691084/artigo-461-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
12 
 
contados da ciência, pelo interessado, do ato 
impugnado. 
Prazo 120 dias - A inicial será desde logo indeferida, por decisão 
motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe 
faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal 
para a impetração. Do indeferimento cabe apelação, na primeira 
instância, e agravo, quando julgado originariamente nos tribunais. 
Com a nova disposição do Código atual, que trata da contagem em 
dias úteis dos prazos processuais, tem surgido divergência de 
entendimento sobre ser processual o prazo de 120 (cento e vinte) dias 
para impetração do mandado – não se aplica 
Dias corridos – regra de contagem do prazo decadencial - 
classificação de Chiovenda, que em analogia ao direito civil, 
“encontrou a natureza jurídica do direito de ação” na classe dos 
direitos potestativos. E exatamente por estarem, no âmbito do direito 
civil, os direitos potestativos vinculados sempre a prazos decadenciais, 
a doutrina brasileira passou a qualificar como decadenciais também 
os prazos estabelecidos pela lei processual, para a propositura de 
determinadas demandas, como o mandado de segurança. 
Assim, o prazo do mandado não seria processual, devendo ser 
contado, portanto, em dias corridos. 
Entretanto, há entendimento de que seria sim um ato processual da 
parte, uma vez que o mandado de segurança (dai contar-se-ia em 
dias uteis, na regra do CPC/2015), não importa se é previsto 
pela Constituição ou pela Lei Federal, nada mais é do que um 
procedimento legal, uma técnica processual diferenciada. E 
exatamente por este motivo, possui requisitos de admissibilidade 
diferenciados, dentre os quais prazo para sua utilização, assim como o 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
13 
 
possuem outros procedimentos especiais, como as ações possessórias, 
por exemplo. 
Não se admite o ingresso de litisconsorte ativo após o despacho da 
petição inicial. 
Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão 
motivada, quando não for o caso de mandado de 
segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou 
quando decorrido o prazo legal para a impetração. 
§ 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro 
grau caberá apelação e, quando a competência para 
o julgamento do mandado de segurança couber 
originariamente a um dos tribunais, do ato do relator 
caberá agravo para o órgão competente do tribunal 
que integre. 
§ 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido 
após o despacho da petição inicial. 
 
 
Após o termo final do prazo de 10 dias para que a autoridade coatora 
preste informações (Lei 12.016/2009 art. 7º, I), o Ministério Público 
deverá opinar, também no prazo de 10 dias, contudo, se nesse prazo 
não haver manifestação do órgão ministerial, os autos deverão ir 
conclusos ao Juiz para proferir a decisão, no prazo de 30, dias nos 
termos do artigo 12 parágrafo único da Lei 12.016/2009: 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455085/artigo-7-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455071/inciso-i-do-artigo-7-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454798/artigo-12-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454782/par%C3%A1grafo-1-artigo-12-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
14 
 
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do do art. 
7odesta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério 
Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 
10 (dez) dias. 
Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério 
Público, os autos serão conclusos ao juiz, para a 
decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida 
em 30 (trinta) dias. 
 
Após a concessão da segurança (julgamento do MS acolhendo o 
pedido do impetrante), deverá o juiz expedir ofício, através de oficial 
do juízo, ou por meio do correio, mediante correspondência com aviso 
de recebimento, o inteiro teor da sentença para a autoridade coatora 
e também à pessoa jurídica interessada (art. 13, caput, 
Lei 12.016/2009). Em situações de urgência, o juiz poderá enviar a 
sentença, por telegrama, radiograma, ou qualquer outro meio que 
garanta a autenticidade do documento e a rápida ciência pela 
autoridade (art. 13, parágrafo único e art. 4º, Lei 12.016/2009). 
Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em 
ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, 
mediante correspondência com aviso de recebimento, 
o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à 
pessoa jurídica interessada. Parágrafo único. Em caso de 
urgência, poderá o juiz observar o disposto no art. 4º 
desta Lei. 
Da sentença que denegar (não acolher o pedido do impetrante) ou 
conceder (acolher o pedido do impetrante) a segurança caberá 
recurso de apelação (art. 14, caput, Lei 12.016/2009). 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454762/artigo-13-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454762/artigo-13-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454748/par%C3%A1grafo-1-artigo-13-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455337/artigo-4-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454730/artigo-14-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
15 
 
Ainda em caso de concessão da segurança, a sentença, 
obrigatoriamente, estará sujeita ao duplo grau de jurisdição (art. 14, § 
1º, Lei 12.016/2009). 
Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o 
mandado, cabe apelação. 
§ 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita 
obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. 
§ 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de 
recorrer. 
§ 3o A sentença que conceder o mandado de 
segurança pode ser executada provisoriamente, salvo 
nos casos em que for vedada a concessão da medida 
liminar. 
§ 4o O pagamento de vencimentos e vantagens 
pecuniárias assegurados em sentença concessiva de 
mandado de segurança a servidor público da 
administração direta ou autárquica federal, estadual e 
municipal somente será efetuado relativamente às 
prestações que se vencerem a contar da data do 
ajuizamento da inicial. 
O artigo 15 e seus parágrafos da LMS, definem que o Presidente do 
Tribunal competente para o conhecimento do recurso interposto 
poderá suspender os efeitos da decisão liminar, quando requerido pela 
pessoa jurídica interessada, ou pelo Ministério Público, “para evitar 
grave lesão à ordem, à saúde, à segurança, a economia públicas” 
(art. 15, caput, Lei 12.016/2009), dessa decisão caberá agravo, o qual 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454730/artigo-14-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454710/par%C3%A1grafo-1-artigo-14-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454635/artigo-15-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
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haverá julgamento na próxima sessão após sua interposição, o prazo é 
de 5 dias. Sobreesse ponto, traz a súmula 626 do Superior Tribunal 
Federal que vigorará a suspensão da liminar até o trânsito em julgado 
da concessão definitiva de segurança, salvo determinação contrária a 
decisão: “626. A suspensão da liminar em mandado de segurança, 
salvo determinação em contrário da decisão que a deferir, vigorará 
até o trânsito em julgado da decisão definitiva da concessão de 
segurança ou, havendo recurso, até a sua manutenção pelo Supremo 
Tribunal Federal, desde que o objeto da liminar deferida coincida, total 
ou parcialmente, com o da impetração”. 
Nos casos em que o Tribunal tiver competência originária para o 
recebimento do mandado de segurança, a instrução caberá ao 
relator, e a defesa é garantida, também, a sustentação oral (art. 16, 
caput, Lei 12.016/2009), da decisão dada pelo relator caberá agravo 
interno conforme dispõe o parágrafo único do artigo 16, da 
Lei 12.016/2009, a cerca disso também leciona o artigo 1.021 do 
atual Código de Processo Civil (Lei n 13.105/2015): “Art. 1.021. Contra 
decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo 
órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento as regras do 
regimento interno do tribunal”. 
O art. 18 da Lei 12.019/2009 traz a previsão do cabimento de recursos 
especial e extraordinário, em face das decisões proferidas em única 
instância no mandado de segurança. 
Regulamentando o disposto na CF/1988, nos 
arts. 102, III e 105, III. Além disso, dispôs sobre o cabimento de recurso 
ordinário contra as decisões que denegam a ordem pleiteada, o que 
também encontra previsão no texto 
constitucional (arts. 102, II e 105, II da CRFB/1988). 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454546/artigo-16-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
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http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454533/par%C3%A1grafo-1-artigo-16-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454546/artigo-16-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622431/artigo-1021-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818717/lei-12019-09
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10688723/artigo-102-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10687838/inciso-iii-do-artigo-102-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10685354/artigo-105-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684673/inciso-iii-do-artigo-105-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10688723/artigo-102-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10687969/inciso-ii-do-artigo-102-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10685354/artigo-105-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684866/inciso-ii-do-artigo-105-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
17 
 
“Art. 18. Das decisões em mandado de segurança 
proferidas em única instância pelos tribunais cabe 
recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente 
previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for 
denegada”. 
 “Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar 
mandado de segurança, sem decidir o mérito, não 
impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os 
seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais”. 
 
Mandado de segurança coletivo, o art. 21 da lei 12.019/2009 
regulamenta a previsão constitucional do art. 5º, LXX. 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por partido político com representação no 
Congresso Nacional, na defesa de seus interesses 
legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa 
de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, 
dos seus membros ou associados, na forma dos seus 
estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, 
dispensada, para tanto, autorização especial. 
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado 
de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que seja 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818717/lei-12019-09
18 
 
titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou 
com a parte contrária por uma relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para 
efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da 
atividade ou situação específica da totalidade ou de 
parte dos associados ou membros do impetrante. 
Admite-se expressamente o uso de mandado de segurança por 
partido político com representação no Congresso Nacional, 
organização sindical, entidade de classe ou por associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, 
em defesa dos direitos da totalidade ou parte de seus membros ou 
associados. 
Assim, o mandado de segurança também está destinado a tutela dos 
direitos coletivo, e deverá ser impetrado na defesa de interesse de 
uma categoria, classe ou grupo, independentemente da autorização 
dos associados. 
Neste sentido a Súmula 629 do Supremo Tribunal Federal, prevê que “a 
impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de 
classe em favor dos associados independe da autorização destes.” 
Trata-se aqui de uma substituição processual, bastando a previsão em 
lei para que seja exercitada. 
Legitimidade ativa - Súmula 630 do Supremo Tribunal Federal, que diz: 
“a entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança 
ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da 
respectiva categoria”. 
19 
 
Nas ações coletivas, a coisa julgada limita-se aos membros do grupo 
ou categoria substituídos pelo impetrante, é o que determina o art. 22 
da lei 12.019/2009. 
Ou seja, evita-se a atribuição de efeito erga omnes às decisões em 
mandado de segurança coletivo. 
IMPORTANTE - O § 1º do art. 22 da lei 12.019/2009 determina que não 
há litispendência entre as ações individuais. No entanto, os efeitos da 
coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual, se este 
não requerer a desistência de seu mandado de segurança individual, 
no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência comprovada da 
impetração da segurança coletiva. 
 
Os honorários de sucumbência nas ações de mandado de segurança 
sempre foram negados aos advogados, tomando como fundamento a 
súmula nº 512 editada do Supremo Tribunal Federal (STF) “Não cabe 
condenação em honorários de advogado na ação de mandado de 
segurança”. 
Entretanto, o Estatuto da OAB dispõe em sentido contrário, garantindo 
aos advogados sem distinção à modalidade de ação na qual tais 
serviços foram prestados: “Art. 22: A prestação de serviço profissiona l 
assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, 
aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência”. 
Destarte, o novo código de Processo Civil prevê o cabimento de 
honorários sucumbenciais nas três fases distintas do processo: fase de 
conhecimento, fase recursale fase de cumprimento, conforme artigo 
85, parágrafo 1º: “Art. 85, § 1º: São devidos honorários advocatícios na 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818717/lei-12019-09
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818717/lei-12019-09
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
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reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, 
na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos”. 
Frisa-se, que o mandado de segurança é regido pela Lei 
nº 12.016/2009 e segue um rito especial até fase de conhecimento. 
Depois de proferida a sentença de primeiro grau ou acórdão (ação 
de competência originária dos Tribunais), as fases seguintes, como a 
recursal e o cumprimento são regidas pelo novo código de Processo 
Civil que permitem a admissibilidade dos honorários, até mesmo nas 
ações de mandado de segurança. 
Justificava- se o não cabimento de honorários nos mandados de 
segurança em razão da parte impetrada ser a autoridade coatora 
(pessoa física) pertencente ou vinculada a um ente público (pessoa 
jurídica) que praticou ato ou omissão do objeto, não devendo 
responder, com seu próprio patrimônio, pelas despesas de honorários 
de sucumbência, pois havia praticado o ato em nome do ente público 
que representa. O pressuposto de pagamento dos honorários também 
desaparecia nas fases de recurso e de cumprimento, pois a 
legitimidade recursal e de cumprimento de sentença passa a ser do 
ente público a que pertence a autoridade impetrada. Destarte, o ente 
público participa de toda a instrução, e é quem responderá 
efetivamente pela execução de parcelas que porventura tenham sido 
deferidas. 
Diante da vigência do CPC/2015, a súmula do STF torna-se sem efeito. 
Os honorários de sucumbência em mandado de segurança, nas fases 
de recurso e de cumprimento, atendem ao princípio genérico dos ônus 
da sucumbência: se vencedor o impetrante, serão devidos honorários 
pelo ente público interessado; se vencido o impetrante, esse 
responderá pela sucumbência em favor dos advogados do ente 
público. É o que preceitua o artigo 85, § 19, CPC/2015: “Os advogados 
públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei”. 
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895767/artigo-85-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895700/par%C3%A1grafo-19-artigo-85-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
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Sobre o art. 26, a Lei nº 12.016/09 prevê: 
Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento 
das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das 
sanções administrativas e da aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril 
de 1950, quando cabíveis. 
O tipo penal abordado no artigo supracitado configura-se quando a 
autoridade a que é dirigida a ordem não a cumpri. “Art. 330, CP/1940 
Desobediência: Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa”. Ademais, 
esclarece outras punições de natureza civil, penal e administrativa 
diante do descumprimento de ordens emanadas. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454259/artigo-26-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art330
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art330
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1079.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1079.htm
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10597531/artigo-330-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40

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