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Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 1 de 17 TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 – LIVRO DO NILSON) 0. CONSIDERAÇÕES INICIAIS SÉRIES DE FOURIER: descrevem funções periódicas no domínio da freqüência (amplitude e fase). TRANSFORMADA DE FOURIER: estende esta descrição para funções não periódicas. Qual a necessidade da TF se já foi estudada a Transformada de Laplace (TL), que na verdade faz o mesmo? • A Transformada de Fourier (TF) não é uma nova transformada, mas sim um caso especial da Transformada de Laplace bilateral (limite inferior é menos infinito e não zero), onde a parte real da freqüência complexa s é nula. • A TL unilateral é utilizada para determinar a resposta de circuitos elétricos lineares a uma perturbação que ocorre, após estabelecidas as condições iniciais. { } 0 ( ) ( ) ( ) stf t F s f t e dt +∞ −= = ∫_ (1) • A TF pode ser interpretada como caso limite da Série de Fourier quando o período T tende para infinito. 1. DEFINIÇÃO DA TRANSFORMADA DE FOURIER Considere inicialmente a forma exponencial da Série de Fourier dada por 0 0 0 0 0 2 2 ( ) 1 1( ) ( ) j n t n n t T T j n t j n t n t T f t C e C f t e dt f t e dt T T ω ω ω +∞ ∆ =−∞ + − ∆ − ∆ − ⎧ =⎪ ⎪ ⎨ ⎪ = = ⎪⎩ ∑ ∫ ∫ (2) onde considerou-se t0 = -T/2 na equação (2) anterior. Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 2 de 17 Para transformar uma função periódica numa função aperiódica, basta fazer o período T da função periódica tender a infinito. A distância entre as freqüências harmônicas ∆ω é dada por ( ) 0 0 0 21n n T πω ω ω ω∆ = + − = = (3) Nota-se pois que à medida que o período T aumenta, a distância entre as freqüências harmônicas torna-se cada vez menor. No limite quando T tende a infinito não existe mais distância entre as freqüências harmônicas e desta forma a freqüência é contínua. Pela equação (3) tem-se que 01 2 2T ω ω π π ∆ = = (4) Desta forma, quando T tende a infinito, tem-se que 0 1 2 ( ) d T n frequência contínua ω π ω ω ⎧ →⎪ ⎨ ⎪ →⎩ (5) De acordo com a primeira das equações (2) os coeficientes Cn também variam inversamente com o período T. Quando T tende a infinito, estes coeficientes tendem a zero. No entanto, de (2) vem que 0 2 2 ( ) T j n t n T C T f t e dtω− ∆ − = ∫ Desta forma, quando T tende a infinito ( ) j tnC T f t e dt ω +∞ − −∞ → ∫ (6) Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 3 de 17 A integral presente na equação (6) é conhecida como Transformada de Fourier da função f(t) e é representada por { }( ) ( ) ( ) ( ) j tf t F F j f t e dtωω ω +∞ − −∞ = = = ∫Y (7) A Transformada Inversa de Fourier é obtida explicitamente investigando o comportamento da primeira das equações (2) quando T tende a infinito. Assim ( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 1( ) 1 2 2 j n t j n t n n n n j n t j n t n n n n f t C e C T e T C T e C T e ω ω ω ωω ω π π +∞ +∞ ∆ ∆ =−∞ =−∞ +∞ +∞ ∆ ∆ =−∞ =−∞ = = ⋅ = ∆ = ⋅ = ⋅ ∆ ∑ ∑ ∑ ∑ (8) No limite, quando T tende a infinito, a freqüência harmônica nω0 se torna a freqüência contínua ω, o somatório se torna uma integral e a equação (8) pode ser escrita como 1( ) ( ) 2 j tf t F e dωω ω π +∞ −∞ = ∫ (9) Exemplo – Determinar a TF do pulso da figura abaixo ( ) ( ) ( ) 22 2 2 2 2 ( ) j t j t m m j jm eF V e dt V j V e e j ττ ω ω τ τ ωτ ωτ ω ω ω ++ − − − − − ⎡ ⎤ = = =⎢ ⎥−⎣ ⎦ = − − ∫ (10) −τ /2 τ /2 Vm t Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 4 de 17 Como cos sen 2sen cos sen j b jb jb jb e b j b e e j b e b j b − −⎧ = −⎪ ⇒ − = −⎨ = +⎪⎩ Logo ( ) ( ) ( )sen 2( ) 2sen 2 2 m m VF j V j ωτ ω ωτ τ ω ωτ = − =⎡ ⎤⎣ ⎦− (11) Lembrar que para a mesma função , suposta periódica ( )0 0 sen 2 2 m n nVC T n ω ττ ω τ = (12) Traçando o gráfico para as funções F(ω) em (11) e Cn em (12) percebe-se que quando a função periódica passa a ser aperiódica, o espectro de freqüência que inicialmente é discreto, passa a ser contínuo. No entanto, o leitor pode perceber que em todos os casos a forma de onda é a mesma. −τ /2 τ /2 Vm t T−τ /2 T+τ /2 Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 5 de 17 2. CONVERGÊNCIA DA INTEGRAL DE FOURIER Para que uma função possua a Transformada de Fourier, basta que a integral de Fourier seja convergente, ou seja, basta que a equação (7) tenha um valor finito. Em geral, funções f(t) que são bem comportadas e que diferem de zero em um intervalo de tempo finito vão possuir Transformada de Fourier. NOTA: função bem comportada é uma função contínua e limitada em todos os pontos de seu domínio. Se f(t) é diferente de zero em um intervalo de tempo infinito, a convergência da integral de Fourier depende do comportamento de f(t) quando t tende a infinito. Assim, vai existir a Transformada de Fourier se uma das condições de Dirichlet for atendida, ou seja, se existir. Exemplo – Determinar a TF da função mostrada abaixo. ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] 0 0 0 0 ( ) ( ) 1 0 j t a t j t a j t a j t a j t F f t e dt K e e dt eK e dt K a j K K Ke a j a j a j ω ω ω ω ω ω ω ω ω ω +∞ +∞ − − − −∞ +∞+∞ − + − + − + +∞ = = = ⎡ ⎤ = = =⎢ ⎥− +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= = − =⎣ ⎦+ + + ∫ ∫ ∫ (13) ( )f t dt +∞ −∞ ∫ K e-at K t Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 6 de 17 NOTAS: Existem muitas funções de interesse prático que a integral de Fourier não converge. Por exemplo: (a) f(t) = K (constante) (b) f(t) = K senωt (senóide) (c) f(t) = K u(t) (degráu) Nestes casos utiliza-se um subterfúgio matemático para cálculo das Transformadas de Fourier destas funções, descrito a seguir: 1) Criar uma função de aproximação que possua Transformada de Fourier e que possa se tornar arbitrariamente próxima da função de interesse; 2) Calcular a TF desta função de aproximação; 3) Calcular o limite da TF obtida quando a função de aproximação tende para a função de interesse. Exemplo – Determinar a TF da função f(t) = A (constante). A integral de Fourier de f(t) = A não converge, logo esta função não possui a princípio uma Transformada de Fourier. Para cálculo da TF deve ser aplicado o subterfúgio matemático apresentado anteriormente. 1) Criar a função de aproximação; ( ) 0 ( ) ; 0 ( ) 0 t t t f t Ae para t f t Ae f t Ae para t ε ε ε ε− − ⎧ = − ∞ < <⎪= > ⇒ ⎨ = < < +∞⎪⎩ (14) 1tAe ε− A t 2tAe ε− 1tAeε 2tAeε 2 1ε ε< Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 7 de 17 2) Calcular a TF desta função de aproximação; ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 0 0 ( ) 1 0 0 1 1 1 2 t j t t j t j t j t j t j t j t F Ae e dt Ae e dt A e dt e e dt e eA j j A j j A j j ε ω ε ω ε ω ε ω ω ε ω ε ω ω ε ω ε ω ε ω ε ω ε ω ε ω +∞ − − − −∞ +∞ − − + − + − −∞ +∞− − + − + −∞ = + = ⎡ ⎤ = + =⎢ ⎥ ⎣ ⎦ ⎧ ⎫⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎪ ⎪= + =⎨ ⎬⎢ ⎥ ⎢ ⎥− − + − +⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎪ ⎪⎩ ⎭ ⎧ ⎫⎡ ⎤ ⎡ ⎤− −⎪ ⎪= + =⎨ ⎬⎢ ⎥ ⎢ ⎥− − +⎪ ⎪⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎩ ⎭ ⎛ ⎞ = + =⎜ ⎟− +⎝ ⎠ ∫ ∫ ∫ ∫ 2 2 Aε ε ω+ (15) 3) Calcular o limite da TF calculada quando a função de aproximação tende à função de interesse. A figura abaixo mostra a função F(ω) calculada em (15) para alguns valores de ε. O leitor pode ver que à medida que ε diminui, a função tende para a forma da função impulso δ(t). freqüência (rad/s) ε = 5 ε = 1 ε = 0,5 A = 1 2 2 2( ) AF εω ε ω = + Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 8 de 17 Assim, analisando mais pormenorizadamente a função F(ω) vê-se que: 2 2 2( ) AF εω ε ω = + (16) (a) Em ω = 0, a função F(ω) tende para 2A/ε0 2lim A ε ε→ = ∞ (b) ε governa a duração de F(ω) . Se ε tende a zero, a duração de F(ω) também tende a zero. 0 2lim A ε ε→ = ∞ (c) A área sob a função F(ω) independe de ε e vale 2π A. 2 2 2 2 0 2 14 2AÁrea d A d Aε ω ε ω π ε ω ε ω +∞ +∞ −∞ = = = + +∫ ∫ (17) Assim sendo, a função F(ω) vai valer: ( ) 2 ( )F Aω π δ ω= (18) 3. USO DA TRANSFORMADA DE LAPLACE PARA CÁLCULO DA TRANSFORMADA DE FOURIER Uma outra forma para se calcular a Transformada de Fourier é fazer uso de tabelas de Transformadas de Laplace Unilaterais, desde que haja a convergência da Integral de Fourier. Uma condição para a convergência da Integral de Fourier é obtida quando todos os pólos de F(s) estão no semi-plano esquerdo. Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 9 de 17 REGRAS BÁSICAS DE USO DA TL PARA CÁLCULO DA TF: Regra 1. Se f(t) = 0 para t ≤ 0 (denominada de função de tempo positivo), então pode-se obter a TF diretamente da TL de f(t) substituindo s por jω, ou seja { } { }( ) ( ) s j f t f t ω= Y P _ (19) Exemplo – Determinar a TF da função de tempo positivo f(t) abaixo. 0 0 0 ( ) cos 0at para t f t e t para tω− = ≤⎧ ⎨ = >⎩ Utilizando a propriedade em (19) basta fazer { } { } ( ) ( )0 2 22 20 0 ( ) cosat s j s j s a j af t e t s a j aω ω ωω ω ω ω − = = + + = = = + + + + Y _ Regra 2. Como o intervalo de integração da TF vai de – ∞ a +∞, uma função de tempo negativo (função nula para tempos positivos) pode possuir uma TF. A TF de funções de tempo negativo pode ser obtida calculando- se a TL de f(–t) e substituindo s = – jω, ou seja { } { }( ) ( ) s jf t f t ω=−= −Y _ (20) Regra 3. Uma função que não se anula nem para tempos positivos, nem para tempos negativos, pode ser considerada como uma soma de duas funções, uma de tempo negativo e outra de tempo positivo. Assim, pata a determinação de sua TF podem ser utilizadas as regras 1 e 2 anteriores. Isto quer dizer que se ( ) ( ) 0 ( ) ( ) 0 f t f t para t f t f t para t + − = > = < Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 10 de 17 Então ( ) ( ) ( )f t f t f t+ −= + e desta forma { } { } { } { } { } { } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) s j s j f t f t f t f t f t f t f t ω ω + − + − + − = =− = + = = = = − Y Y Y > Y _ > _ (21) Exemplo – Determinar novamente a TF da função f(t) = e-a|t|. ( ) 0 ( ) 0 at at f t e para t f t e para t + − − = > = < Assim { } { } { } { } 1( ) 1( ) at at f t e s a f t e s a + − − − = = + − = = + _ _ _ _ Finalmente pode-se calcular a TF da função pedida, ou seja, { } ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 1 1 1 1 2 a t s j s j e s a s a a j a j a a ω ω ω ω ω − = =− = + = + + = + = + − + + Y Regra 4. Se f(t) é par, então { } { } { }( ) ( ) ( )s j s jf t f t f tω ω= =−= +Y _ _ (22) Regra 5. Se f(t) é ímpar, então { } { } { }( ) ( ) ( )s j s jf t f t f tω ω= =−= −Y _ _ (23) Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 11 de 17 4. USO DE LIMITES PARA CÁLCULO DA TRANSFORMADA DE FOURIER 4.1. TF da função sinal [sgn(t)] A função sgn(t) pode ser expressa por sgn( ) ( ) ( )t u t u t= − − (24) Para calcular sua TF é necessário: (a) Estabelecer uma função de aproximação para sgn(t) 0 limsgn( ) ( ) ( )t tt e u t e u t ε ε ε → −⎡ ⎤= − −⎣ ⎦ (25) Logo,considera-se como função aproximação a função dada por ( ) ( )( ) ( ) ( ) t te u t e u tf t f t f t ε ε− + − −= − (b) Calcular a TF da função aproximação { } ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 1 1( ) 1 1 2 s j s j f t s s j j j ω ω ε ε ω ω ε ω ε ω ε = =− = − = + + − = − = + − + + Y (26) ( )te u tε− 1 t [ ]( )te u tε − − – 1 ( )u t ( )u t− − Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 12 de 17 (c) Calcular o limite da TF calculada quando a função aproximação tende à função de interesse { } 0 2 2( )lim jf t jε ω ω→ − = =Y (27) 4.2. TF da função degrau unitário [u(t)] Para calcular sua TF faz-se: (a) Estabelecer uma função aproximação para u(t) A função u(t) pode ser expressa por 1 1( ) sgn( ) 2 2 u t t= + (28) (b) Calcular a TF da função aproximação { } [ ] 1 1( ) sgn( ) 2 2 1 1 2 12 ( ) ( ) 2 2 f t t jt t j π δ π δ ω ω ⎧ ⎫ ⎧ ⎫= + =⎨ ⎬ ⎨ ⎬ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ −⎡ ⎤= + = +⎢ ⎥⎣ ⎦ Y Y Y (29) (c) Neste caso não é necessário o cálculo do limite pois a função degrau unitário foi obtida pela soma correta (e não aproximada) de duas outras funções. 1/2 t 1 sgn( ) 2 t 1 sgn( ) 2 t t ( )u t ≡ Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 13 de 17 4.3. TF da função co-seno [cos(t)] Sabe-se que a TFI é dada por 1( ) ( ) 2 j tf t F e dωω ω π +∞ −∞ = ∫ (30) Seja então ( )0( ) 2F ω π δ ω ω= − (31) Então, utilizando a propriedade de filtragem da função δ(ω) vem que ( ) 00 1( ) 2 2 j tj tf t e d e ωωπ δ ω ω ω π +∞ −∞ = − =⎡ ⎤⎣ ⎦∫ (32) Assim { }0 02 ( )j te ω π δ ω ω= −Y (33) Como 0 0 0 0 0 0 0 0 0 cos sen cos 2cos sen j t j t j t j t e t j t e et e t j t ω ω ω ω ω ω ω ω ω − − ⎧ = + +⎪ ⇒ =⎨ = −⎪⎩ (34) Então { } { } { } ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 0 0 0 1cos 2 1 2 2 2 j t j tt e eω ωω π δ ω ω π δ ω ω π δ ω ω δ ω ω −⎡ ⎤= + =⎣ ⎦ = − + + =⎡ ⎤⎣ ⎦ = + + −⎡ ⎤⎣ ⎦ Y Y Y (35) O leitor pode perceber que o resultado já era esperado, uma vez que um cosω0t só contém uma freqüência, que é a própria ω0. ω 0ω Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 14 de 17 5. APLICAÇÃO DA TRANSFORMADA DE FOURIER NA SOLUÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Existem duas razões básicas para que a Transformada de Laplace seja mais utilizada que a Transformada de Fourier na análise de circuitos elétricos: 1. A Transformada de Laplace existe para um número maior de funções; 2. A Transformada de Laplace permite que se introduza as condições iniciais de funcionamento do circuito com mais facilidade. No entanto, uma propriedade funcional da Transformada de Fourier relativa à convolução no tempo, descrita a seguir, vai proporcionar uma maneira eficaz de aplica-la na solução de circuitos elétricos quando se desejar a resposta estacionária. Propriedade Funcional da Transformada de Fourier relativa à Convolução no Tempo ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )y t x h t d Y X Hλ λ λ ω ω ω +∞ −∞ = − ⇒ = ⋅∫ (55) Exemplo – Determinar i0(t) no circuito abaixo utilizando a TF, quando ig(t) = 20 sgn(t). A TF da excitação é da forma { }( ) 20sgn( ) 2 4020 gI t j j ω ω ω = = ⎛ ⎞ = =⎜ ⎟ ⎝ ⎠ Y As impedâncias em cada uma das pernas do circuito acima são respectivamente 1 Ω e ( 3 + j ω ) Ω. i0(t) 1Η 3Ω ig(t) 1Ω Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 15 de 17 A relação entre as correntes I0(ω) e Ig(ω) é a função de transferência desejada (divisor de corrente), dada por 0 ( ) 1( ) ( ) 4g IH I j ωω ω ω = = + A corrente I0(ω) vai ser dada então por ( ) 0 1 2 1 1 40( ) ( ) 4 4 40 4 4 gI Ij j j K K j j j j ω ω ω ω ω ω ω ω ω = = ⋅ = + + = = + + + onde ( )1 2 40 40 4010 10 4 jj K e K j j ωωω ω =−= = = = = − + Desta forma 0 10 10 2 1( ) 5 10 4 4 I j j j j ω ω ω ω ω ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ = − = −⎜ ⎟ ⎜ ⎟+ +⎝ ⎠ ⎝ ⎠ A corrente i0(t) vai ser dada então por 4 0 ( ) 5sgn( ) 10 ( ) ti t t e u t−= − 20sgn( )t t 20sgn( )t 410 ( )e t u t−− 5sgn( )t 5sgn( )t 20 –20 5 –5( )gi t 0 ( )i t Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 16 de 17 Exemplo – Determinar i0(t) no mesmo circuito anterior se a corrente ig(t) = 50 cos 3t. A TF da excitação é da forma { } ( ) ( ) ( ) 50cos3 50 3 3 gI tω π δ ω δ ω = = = − + +⎡ ⎤⎣ ⎦ Y As impedâncias em cada uma das pernas do circuito acima são respectivamente 1 Ω e (3+jω) Ω. A relação entre as correntes I0(ω) e Ig(ω) é a função de transferência desejada (divisor de corrente), dada por 0 ( ) 1( ) ( ) 4g IH I j ωω ω ω = = + A corrente I0(ω) vai ser dada então por ( ) ( )0 1 50( ) ( ) 3 3 4 4g I I j j πω ω δ ω δ ω ω ω = = ⋅ − + +⎡ ⎤⎣ ⎦+ + Desta forma, no tempo vai ser { } ( ) ( ) ( ) ( ) 1 0 3 3 3 3 36,87 36,87 3 36,87 3 36,873 36,87 3 36,87 3 350( ) ( ) 2 4 25 25 4 3 4 3 5 5 5 5 j t j t j t j t j t j j j t j tj t j j t j i t F e d j e e e e j j e e e e e e e e ωδ ω δ ωπω ω π ω +∞ − −∞ − − − ° ° − − ° − °− + ° − ° − + +⎡ ⎤⎣ ⎦= = = + ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ = + = + =⎢ ⎥ ⎢ ⎥− +⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎡ ⎤⎡ ⎤= + = +⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ∫Y Lembrando que cos sen 2cos cos sen j b jb jb jb e b j b e e b e b j b − −⎧ = −⎪ ⇒ + =⎨ = +⎪⎩ i0(t) 1Η 3Ω ig(t) 1Ω Transformada de Fourier ® Clever Pereira / UFMG 17 de 17 então ( ) ( ) ( )3 36,87 3 36,870 ( ) 5 10cos 3 36,87j t j ti t e e t A− − ° − °⎡ ⎤= + = − °⎣ ⎦ NOTA: Uma vez que a fonte é senoidal, então a corrente i0(t) pode ser calculada utilizando o método dos fasores (transformação fasorial). Cabe também lembrar ao leitor que neste capítulo serão utilizados os fasores associados aos valores máximos, e não os fasores associados aos valores eficazes, mais utilizados no dia a dia do analista de circuitos AC. Assim procedendo vem que 0 1 4 3 1 50 0 4 3 50 0 10 36,87 5 36,87 gI Ij j = = + = ∠ ° = + ∠ ° = = ∠ − ° ∠ ° A corrente i0(t) vai ser dada então por ( )0 ( ) 10cos 3 36,87i t t A= − ° O leitor pode perceber que a análise utilizando a transformação fasorial é bem mais rápida e mais simples do que a análise utilizando a Transformada de Fourier, sendo por isto a mais utilizada nestes tipos de cálculos. I0 j3 Ω 3Ω Ig 1Ω
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