Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA (DFS) BIOQUÍMICA ÁGATHA BIANCA RODRIGUES DO NASCIMENTO CAUAN TORRES TRANCOSO RESUMO: PEPSINA E TRIPSINA SÃO CRISTÓVÃO-SE 2023 1. Pepsina A pepsina é uma enzima digestiva produzida pelas paredes do estômago e secretada pelo suco gástrico, ela funciona quebrando as ligações peptídicas que unem os aminoácidos nas moléculas de proteína, quebrando- os em peptídeos menores e, eventualmente, em aminoácidos individuais. Este processo é essencial para o corpo absorver e utilizar os nutrientes contidos nas proteínas. A pepsina só reage em meio ácido, por isso o estômago também produz ácido clorídrico (HCI). Em contato com o ácido clorídrico, o pepsinogênio (enzima inativa que está presente no suco gástrico) transforma-se na pepsina, que é ativa. A cadeia de aminoácidos da pepsina humana é a seguinte: Met-Asn- Arg-Ile-Leu-Val-Tyr-Ile-Tyr-Ala-Gly-Val-Leu-Ser-Gln-Ser-Val-Glu-Glu-Ile-Val- Arg-Gly-Leu-Gly-Tyr-His-Ser-Leu-Ser-Glu-Gly-Leu-Ile-Trp-Thr-Tyr-Asp-Asn- Asn-Gln-Pro-Gly-Thr-Gly-Leu-Asp-Pro-Asn-Gln-Tyr-Lys-Tyr-Val-Met-Gln- Lys-Ala-Gly-Val-Ser-Tyr-Gly-Gly-Ala-Ala-Pro-Phe-Ala-Gly-Thr-Asp-Thr-Thr- Cys-Leu-Tyr-Ser-Ala-Val-Val-Thr-Pro-Tyr-Trp-Asn-Thr-Glu-Asp-Gly-Val-Thr- Leu-Gly-Ile-Lys-Gly-Lys-Glu-Asp-Phe-Leu-Asn-Gln-Asn-Val-Ile-Arg-Ile-Ile- Pro-Ser-Glu-Asn-Ala-Tyr-Val-Ile-Asn-Ala-Ala-His-Leu-Val-Glu-Glu-Lys-Val- Pro-Ser-Ala- Tyr-Ile-Val-Pro-Trp-Asn-Thr-Glu-Asp-Gly-Val-Leu-Asp-Thr-Asn- Ser-Gly-Val-Glu-Tyr-Gly-Phe-Gly-Leu-Asn-Ala-Val-Thr-Leu-Glu-Glu-Lys- Asp-Asn-Val-Ile-Thr-Ala-Phe-Lys-Gly-Cys-Ala-Gly-Ala-Gly-Ile-Leu-Met-Asn- Thr-Val-Leu-Glu-Glu-Lys-Asp-Thr-Trp-Val-Leu-Gly-Ile-Ala-Asp-Gly-Leu-Asn- Asp-Thr-Trp-Val-Leu-Gly-Ile-His-Pro-Leu-Ser-Arg-Pro-Tyr-Asn-Glu-Cys-Ala- Gly-Leu-Ala-Ser-Gly-Val-Tyr-Asp-Pro-Gly-Thr-Tyr-Asn-Val-Thr-Arg-Val-Val- Arg-Ile-Ser-Gly-Leu-Pro-Ala-Asp-Val-Asp-Val-Gln-Ala-Gln-Tyr-Tyr-Val-Gln- Glu-Lys-Ala-Gly-Ile-Leu-Pro-Val-Leu-Gln-Ala-His-Leu-Val-Glu-Glu-Glu-Lys- Val-Pro-Tyr-Val-Tyr-Glu-Phe-Gly-Leu-Asn-Ala-Val-Leu-Glu-Glu-Lys-Asp- Asn-Val-Ile-Phe-Lys-Gly-Phe-Gln-Val-Trp-Gly-Ile-Asn-Ala-Ala-His-Cys-Gly- Ala-Gly-Phe-Leu-Lys-Val-Ala-Leu-Gln-Ala-Ala-Asp-Asp-Val-Ala-Pro-Phe. Ao entrar no site PDB (Protein Data Bank) e realizar a pesquisa, foram encontradas as seguintes informações sobre a pepsina pesquisada: a) Quantas cadeias proteicas tem a proteína? R: 2 cadeias de proteínas únicas. b) De qual organismo é a proteína? R: Humano (Homo sapiens). c) Qual o vetor usado para clonagem? R: O plasmídeo pUC19. d) Qual o método usado para a determinação da estrutura? R: Difração de raios-x 2,00 Â. e) Quantos aminoácidos tem a enzima? R: 326 aminoácidos. f) A enzima tem qual metal no sítio ativo? R: A enzima pepsina é uma protease produzida pelo estômago, e o seu sítio ativo é caracterizado por resíduos de aminoácidos ácidos, como o ácido aspártico e o ácido glutâmico. Portanto, a pepsina não tem um metal específico em seu sítio ativo. Em vez disso, os ácidos ajudam a ativar a enzima e a promover a clivagem de ligações peptídicas nas proteínas. 2. Tripsina A tripsina é uma enzima proteolítica produzida no pâncreas e liberada no intestino delgado para a digestão de proteínas em aminoácidos. É secretada na forma inativa, conhecida como tripsinogênio, e ativada por uma outra enzima, a enteropeptidase, presente na parede intestinal. A tripsina é uma enzima secretada pelo pâncreas, que tem como função digerir as proteínas ingeridas. Os inibidores de tripsina, que podem ser encontrados em batatas, ovos e algumas leguminosas, como a soja, têm a capacidade de se ligará enzima tripsina, impedindo sua ação sobre as proteínas. Os inibidores de tripsina são enzimas, as quais se desnaturam com o aumento de temperatura, ou seja, modificam sua estrutura espacial e deixam de atuar. Existem dois grupos principais de inibidores: o de Bowman-Birk e o de Kunitz, sendo que este último é mais facilmente inativado por tratamento térmico. (EMBRAPA,2020) A tripsina é uma proteína com cerca de 224 aminoácidos, cuja estrutura tridimensional é mantida por ligações covalentes (pontes dissulfeto) e não covalentes (ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas e interações eletrostáticas). A tripsina tem um sítio ativo em formato de fenda, onde ocorre a ligação do substrato e a clivagem da ligação peptídica, liberando pequenos fragmentos de proteína. A cadeia de aminoácidos da tripsina humana é a seguinte: Asp-Val-Ser- Glu-Ile-Gly-Pro-Arg-Thr-Lys-Arg-Asp-Asn-Val-Gly-Ser-Asp-Ala-Gly-Glu-Val-Val- Glu-Ala-Leu-Lys-Lys-Ala-Thr-Asp-Asn-Thr-Ile-Ser-Pro-Asn-Asn-Tyr-Thr-Asn- Asp-Val-Thr-Glu-Val-Glu-Glu-Ile-Asp-Lys-Cys-Gln-Arg-Gly-Ser-Met-Val-Glu- Glu-Tyr-Leu-Cys-Arg-Gly-Asp-Val-Asn-Asn-Tyr-Thr-Arg-Lys-Lys-Val-Gln-Arg- Leu-Asp-Val-Ala-Glu-Asp-Val-Glu-Lys-Tyr-Gly-Asn-Lys-Thr-Ile-Ile-Asn-Asn- Asp-Lys-Lys-Lys-Val-Asn-Asp-Ala-Ile-Thr-Lys-Gln-Met-Asp-Lys-Thr-Ile-Gln-Arg- Arg-Asn-Lys-Asn-Arg-Gly-Ser-Lys. Ao entrar no site PDB (Protein Data Bank) e realizar a pesquisa, foram encontradas as seguintes informações sobre a tripsina pesquisada: a) Quantas cadeias proteicas tem a proteína? R: 1 cadeias de proteínas únicas. b) De qual organismo é a proteína? R: Humano (Homo sapiens). c) Qual o vetor usado para clonagem? R: O plasmídeo pET. d) Qual o método usado para a determinação da estrutura? R: Difração de raios-x 2,20 Â. e) Quantos aminoácidos tem a enzima? R: 224 aminoácidos. f) A enzima tem qual metal no sítio ativo? R: A tripsina é uma enzima proteolítica que tem como metal no seu sítio ativo o íon de cálcio (Ca2+). O cálcio é importante para a atividade catalítica da tripsina, pois ajuda a estabilizar a estrutura da enzima e a orientar corretamente o substrato para a reação de hidrólise da ligação peptídica. Sem o cálcio, a tripsina perde sua atividade catalítica. 3. Referências Goto, Y. & Iwasaki, A. (2020). Pepsina: seu papel na fisiologia e na doença. Clinical Chimica Acta, 510, 743-751. doi: 10.1016/j.cca.2020.08.015 RCSB PDB: Homepage. Disponível em: <https://www.rcsb.org/>. Wladimir S. Crancianinov , Et.al- Determinação do inibidor de tripsina de kunitz em soja crua e tratada de cultivares brasileiras. Disponível em : <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/469406/1/ID26421.pdf>
Compartilhar