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Disciplina: Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA 
Professora: Reyvani Jabour 
Monitora: Isabella Soares 
Aula: Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente; Medidas de Prevenção; 
Medidas de Proteção; Medidas Socioeducativas 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ............................ 2 
PRINCÍPIOS ................................................................................................................. 2 
CONVIVÊNCIA FAMILIAR ............................................................................................ 4 
FAMÍLIA SUBSTITUTA ................................................................................................. 4 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO ........................................................................................ 5 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO ........................................................................................... 6 
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS .................................................................................. 6 
 
 
2 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
Estão consagrados no Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei 8069/90. 
A Constituição de 1988 reconhece uma igualdade entre todos os homens e mulheres: 
Princípio da Igualdade – todos são iguais perante à lei. Essa igualdade é a ideal, 
porém, não é a real, uma vez que sabemos da existência de desigualdades sociais, 
econômicas, físicas, dentre outras. Desta forma, a fim de garantir uma proteção 
especial a um grupo de pessoas mais vulneráveis, foram criados microssistemas 
legislativos tais quais como o ECA, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da 
Pessoa com Deficiência, o Estatuto do Idoso, entre outros. 
 
O ECA existe em razão da situação de vulnerabilidade existente entre crianças e 
adolescentes. Assim, a Lei 8069/90 foi criada para ser instrumento de proteção 
integral. 
 
Objetivo do ECA: conferir proteção integral a todas as crianças e adolescentes. 
 
Consideram-se crianças: pessoas com até 12 anos de idade. 
Condiseram-se adolescentes: pessoas que têm de 12 a 18 anos. 
 
Observação: em alguns casos expressos, o ECA também poderá ser aplicado aos 
jovens – aqueles maiores de 18 e até 21 anos de idade. Porém, os protagonistas serão 
as crianças e os adolescentes. 
 
Ainda que haja uma lei especial para cuidar da vulnerabilidade de crianças e 
adolescentes, esse dever é da sociedade como um todo. 
 
A lei determina que todas as vezes que precisarmos interpretar o ECA para ser aplicado, 
deveremos levar em consideração a finalidade dele, qual seja, conferir proteção integral 
às crianças e adolescentes. 
 
PRINCÍPIOS 
1. Interesse Superior das Crianças e dos Adolescentes: será priorizado aquilo que 
for melhor para a criança e ou para o adolescente. 
3 
 
2. Absoluta Prioridade: é dever de todos – da família, da comunidade, da sociedade 
e do Poder Público – assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos 
fundamentais que são titularizados pelas crianças e pelos adolescentes. 
Obervação: antes do ECA existia o Código de Menores, e, diferente do que é hoje no 
Estatuto, o Código de Menores atribuía praticamente todas as questões de carência e 
delinquência à família, sendo assim, quando existia algum tipo de conflito, o Código 
entendia que a solução era segregar (orfanatos ou FEBEM, a depender do caso). Tal 
quadro só mudou quando a CF/88 versou que o dever de proteção às crianças e aos 
adolescentes eram de todos, e não apenas da família. 
 
Art. 4º do ECA: É dever da família, da comunidade, da 
sociedade em geral e do poder público assegurar, com 
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, 
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade 
e à convivência familiar e comunitária. 
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer 
circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de 
relevância pública; 
c) preferência na formulação e na execução das políticas 
sociais públicas; 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas 
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 
 
▪ Os Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente foram separados em 
cinco grupos: 
1. Direito à vida e a saúde (arts. 7º ao 14 do ECA); 
2. Respeito, liberdade e dignidade (arts. 15 ao 18-B do ECA); 
4 
 
3. Convivência familiar e comunitária (arts. 19 ao 52-D do ECA); 
4. Direito ao lazer, esporte, à cultura e educação (arts. 53 ao 59 do ECA); 
5. Direito à profissionalização e trabalho (arts. 60 ao 69 do ECA). 
CONVIVÊNCIA FAMILIAR 
Arts. 19 ao 52-D do ECA 
Enquanto o Código de Menores trabalhava com as consequências, com o problema, o 
ECA veio para trabalhar na causa, de modo a evitar que ocorra o problema e corte pela 
raiz. Pensando nisso, o ECA estipulou como um dos Direitos Fundamentais a 
convivência familiar: toda criança e todo adolescente têm o direito de serem criados 
e educados no seio da família – preferencialmente na família natural, e, 
excepcionalmente, em família substituta. Em razão disso, qualquer acolhimento, seja 
ele familiar ou institucional, se torna uma medida excepcionalíssima e temporária. 
→ Qualquer criança ou adolescente que estiver inserido em programas de acolhimento 
terá sua situação reavaliada no máximo a cada TRÊS MESES. 
NÃO CONFUNDIR: na escrita original do ECA esse prazo era de seis meses, porém, 
houve redução para três meses no ano de 2017. 
Observação: a permanência das crianças e dos adolescentes que se encontram em 
programas de acolhimento institucional não poderá se prolongar por mais de dezoito 
meses. Passado esse prazo, a criança ou o adolescente deverá ser devolvido à família 
natural ou colocado em família substituta em qualquer de suas modalidades, salvo 
comprovada necessidade que atenda o superior interesse da criança ou do adolescente 
(a última palavra é do juiz). 
Quando falamos de FAMÍLIA NATURAL estamos nos referindo àquela comunidade 
formada pelos pais ou qualquer um deles e seus descendentes. Falamos de FAMÍLIA 
EXTENSA ou AMPLIADA aquela que se estende para além da unidade de pais e filhos 
ou da unidade do casal – parentes próximos com os quais a criança ou o adolescente 
mantém vínculo de afinidade ou afetividade, exemplo: avós, tios. 
FAMÍLIA SUBSTITUTA 
Existem três formas de colocação em família substituta: 
1. Guarda (temporário) 
5 
 
2. Tutela (temporário) 
3. Adoção (definitivo) – vínculo jurídico de filiação baseado no critério socioafetivo. É 
medida excepcional e irrevogável. 
Somente os maiores de 18 anos podem adotar, e que se tenha uma diferença de, 
pelo menos, 16 anos entre adotante e adotado. Essa diferença foi baseada a partir da 
idade mínima para casar – que é a de 16 anos de idade. 
Observação: não tratamos aqui de capacidade, mas sim de maioridade. Ou seja, o 
emancipado menor de idade não pode adotar ainda que seja capaz. 
Atenção: aqueles que têm 18 anos já podem adotar, porém, crianças de no máximo 
dois anos de idade. 
Duas pessoas podem adotar conjuntamente quando sejam casadas ou mantenham uma 
união estável, desde que comprovada a estabilidade da convivência. 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO 
São estabelecidas como forma de impedir/inibir qualquer ameaça ou lesão aos 
direitos fundamentais titularizados pelas crianças e adolescentes. 
O descumprimento de tais medidas ensejam uma responsabilidade à pessoa, seja física 
ou jurídica, podendo ser convertida, inclusive em multa. 
 
→ Uma das medidas de prevenção mais utilizadas é a fixação de idade mínima para 
participar de alguma atividade, seja um espetáculo, um filme, assistir um programa na 
TV. O mesmo ocorre com a venda ou prestação de serviços, como por exemplo, 
venda de bebida alcoólicas, bilhetes de loteria, arma defogo, etc. Também é proibida a 
hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel ou similar, salvo se 
acompanhados dos pais/responsável ou com autorização expressa desses. 
 
→ Existem também algumas restrições para viajar, porém, tais considerações 
versarão as crianças e os adolescentes de até 16 anos de idade, são elas: nenhum 
menor de 16 anos poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado 
dos pais ou responsáveis sem expressa autorização judicial. 
 
6 
 
→ EXCEÇÕES PARA A DISPENSA DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL PARA VIAJAR: 
1. quando se tratar de comarca contígua à da residência do menor de 16 anos, se na 
mesma unidade da federação ou incluída na mesma região metropolitana. 
2. quando o menor de 16 anos estiver acompanhado de um ascendente ou um 
colateral até o 3º grau, maior, comprovado documentalmente o parentesco (irmãos, 
tios, sobrinhos). 
3. quando o menor de 16 anos estiver acompanhado de um maior, ainda que não seja 
parente, que esteja expressamente autorizado pelos pais/responsável. 
 
→ PARA VIAGENS AO EXTERIOR: 
A autorização para menores de 16 anos só será dispensada se estiver acompanhado 
de ambos os pais/responsável ou quando viajar na comapanhia de um e autorizado 
expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. 
 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
Foram estabelecidas não mais para impedir que os direitos infantojuvenis fossem 
ameaçados ou violados, mas sim, partindo da premissa que já teriam sido 
ameaçados ou violados, quer seja por ação ou omissão da sociedade ou do Estado, 
quer seja por falta ou abuso dos pais ou responsáveis, quer em razão da própria conduta 
da criança ou do adolescente. Tais medidas podem ser aplicadas isoladas ou 
cumulativamente, bem como substituídas umas pelas outras a qualquer tempo. 
Para que tais medidas sejam aplicadas, deverá ser levado em conta a necessidade 
pedagógica delas. As medidas não serão aplicadas para punir, mas sim, para proteger. 
Art. 101 do ECA. 
Observação: os incisos VII e VIII do art. 101 do ECA são medidas excepcionais e 
temporárias. Em tese, não pode ultrapassar o período de 18 meses, salvo justificativa 
para prorrogação. Tais medidas devem ser revistas de três em três meses. 
 
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
O art. 928 do Código Civil traz a possibilidade do incapaz ser responsabilizado 
civilmente de forma subsidiária se a(s) pessoa(s) responsável(eis) por ele não tiver 
condições de responder ou não tiverem a obrigação. 
7 
 
Na esfera criminal, os incapazes são tidos como inimputáveis. Se for incapaz em 
função da idade (critério objetivo), ficará sujeito às medidas socioeducativas 
previstas no ECA. Se for incapaz em virtude da falta de discernimento (critério 
subjetivo), ficará sujeito às medidas de segurança. 
 
ATO INFRACIONAL: é a conduta da criança ou do adolescente análoga a um crime ou 
contravenção. Se o ato for praticado por uma criança (até 12 anos de idade) pode 
ser aplicada qualquer medida de proteção versada pelo art. 101 do ECA. Quando 
o ato infracional tiver sido praticado por um adolescente, serão aplicadas as 
medidas socioeducativas. – Art. 112 do ECA. 
→ É necessário que se leve em conta tanto a capacidade do menor infrator de 
cumprir a medida socioeducativa quanto considerar a ciscunstância e a gravidade 
da infração. 
Observações: no caso da prestação de serviços comunitários, esta não poderá 
ultrapassar o tempo de seis meses, em um jornada máxima de 8h semanais. 
No caso da liberdade assistida, o prazo mínimo para que ela seja aplicada é de seis 
meses. 
A medida mais severa é a internação por constituir medida privativa de liberdade. Tal 
medida é revista a cada seis meses. O máximo que ela pode durar são três anos (ou 
com a idade máxima de 21 anos atingida) quando definitiva, ou 45 dias quando 
provisória.

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