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Constipaçã� O que é: Constipação intestinal é definida como menos de três episódios de evacuação semanais ou fezes de consistência dura, ressecadas, em pequeno volume ou de difícil eliminação. É importante observar que a constipação intestinal é um sintoma, e não uma doença; no entanto, ela pode indicar uma doença de base ou um distúrbio da motilidade do sistema digestório. Causas e fatores de risco: É mais comum em mulheres, sobretudo gestantes, pacientes submetidos recentemente a procedimentos cirúrgicos, idosos, não caucasianos e pessoas de nível socioeconômico mais baixo. Pode ser causada por medicamentos, hábitos alimentares, ausência de exercícios físicos,fraqueza, imobilidade, debilidade, fadiga e incapacidade de aumentar a pressão intra abdominal para facilitar a eliminação das fezes. Lembrar dos 9D: Deambulação; Dieta; Doenças; Drogas; Desidratação; Depressão; Demência; Doenças; Diminuição da mobilidade; Dependência de cuidadores. Fisiopatologia: A fisiopatologia da constipação intestinal não é suficientemente compreendida, mas acredita se que inclua a interferência em uma de três funções importantes do cólon: transporte mucoso (i. e., as secreções mucosas facilitam a movimentação do conteúdo do cólon), atividade mioelétrica (i. e., mistura da massa retal e ações de propulsão) ou processos da defecação (p. ex., disfunção do assoalho pélvico). É classificada em: Constipação intestinal com trânsito intestinal normal ou constipação intestinal funcional: apresenta como padrão fezes que passam pelo cólon em velocidade normal. Constipação intestinal com trânsito intestinal lento: caracteriza-se pelo prolongado tempo de passagem do bolo fecal pelo intestino grosso. Suas causas não são claras. Disfunção anorretal: provocada pela coordenação ineficaz da musculatura pélvica durante a defecação. Pacientes relatam sensações de evacuação incompleta ou de obstrução à defecação e/ou a necessidade de manipulação digital no orifício retal. Manifestações clínicas: Menos de três defecações por semana, distensão abdominal; dor e inchaço; sensação de evacuação incompleta; esforço à defecação; e eliminação de fezes de pequeno volume, grumosas, rígidas e secas. As complicações adicionais da constipação intestinal incluem impactação fecal, que pode evoluir para incontinência fecal, hemorroidas (porções dilatadas das veias anais), fissuras (dobra normal ou anormal, sulco, ou ruptura em tecido corporal), prolapso retal e megacólon. Diagnóstico: Causas secundárias de constipação intestinal devem ser excluídas. Em pacientes com constipação intestinal grave e intratável, são necessários exames complementares adicionais. O diagnóstico de constipação intestinal tem por base a história de saúde do paciente, o exame físico, possivelmente os resultados de um enema de bário ou sigmoidoscopia, e pesquisa de sangue oculto nas fezes. Tratamento: O tratamento é farmacológico e não farmacológico, onde os idosos devem receber orientações para evitar piora do caso clínico. Um diário de evacuações pode ser indicado, aplicado para informar o padrão dietético do paciente e colaborar com alterações em seus hábitos alimentares. Encorajar ingestão de frutas e legumes. O tratamento tem por objetivo a causa subjacente da constipação intestinal e a prevenção de recidivas. Inclui orientações, prática de exercícios físicos, treinamento dos hábitos intestinais, aumento da ingestão de fibras e líquido e utilização criteriosa de laxantes. O manejo também pode incluir interrupção do uso de laxante ou substituição de medicamentos que poderiam provocar ou exacerbar a constipação intestinal por outros medicamentos. Considerações gerontológicas: Diagnóstico de Enfermagem: Constipação relacionada a motilidade gastrintestinal diminuída evidenciada por dificuldade de evacuação, dor, abdome distendido. Dor aguda relacionada à distensão retal evidenciada por dificuldade na evacuação e lacerações anais. 1 - Constipação, cuja definição é “diminuição na frequência normal de evacuação, acompanhada por passagem de fezes difícil ou incompleta e/ou eliminação de fezes excessivamente duras e secas” é uma das condições clínicas mais frequentes entre idosos. Em relação ao diagnóstico supracitado, é INCORRETO afirmar que a) a constipação intestinal é um importante sintoma, e não uma doença; entretanto, ela pode indicar uma doença de base, um distúrbio da motilidade do sistema digestório. b) se a lavagem intestinal fizer parte do plano de cuidados da pessoa com constipação ou de preparo para colonoscopia, é desnecessário o registro do procedimento e de seu resultado. c) algumas barreiras referidas pelos idosos à ingestão adequada de líquidos são: problemas de mobilidade, dependência da ajuda de outras pessoas e processos cognitivos perturbados. d) a propensão à constipação pode estar relacionada à diminuição do peristaltismo, secundária à imobilidade, à dieta inadequada (fibra e volume insuficientes), à ingestão inadequada de líquidos e aos efeitos colaterais de medicamentos, como ansiolíticos, anti-hipertensivos, antidepressivos e outros. 2 - São complicações da constipação, EXCETO: a) Hipotensão. b) Impactação fecal. c) Hemorroidas. d) Fissuras anais. e) Megacólon. 3 - As alterações do trânsito intestinal refletem no consumo alimentar e, consequentemente, no estado nutricional, o que exige pronta intervenção do nutricionista clínico. Acerca da etiologia ou dos tipos de constipação intestinal ou de diarreia, assinale a opção correta. a) A constipação é um sintoma identificado quando ocorre menos de uma evacuação por dia. A causa mais comum da constipação intestinal é a funcional. b) O motivo da alta prevalência de constipação intestinal em pacientes internados é que as dietas hospitalares, de maneira geral, são constipantes. c) Entre as causas motoras da constipação intestinal, estão os tumores benignos e malignos e a diverticulite. d) Na diarreia do tipo alta, o volume evacuado em cada ocasião é grande, a frequência é pequena e cessa com o jejum. e) Endotoxinas bacterianas, como Vibrio cholerae e Escherichia coli, por exemplo, provocam diarreia do tipo osmótica. 4 - Para a prevenção da constipação intestinal, as rotinas mais indicadas são: a) presença de alimentação com fibras alimentares, atendimento imediato à necessidade de evacuar, aumento da ingestão hídrica e prática de atividade física; b) alimentação rica em fibras solúveis, uso de laxativos e ingesta hídrica aumentada; c) atendimento imediato à necessidade de evacuar, falta de exercícios e consumo elevado de fibras; d) presença de alimentação com fibras alimentares, atendimento imediato à necessidade de evacuar, aumento da ingestão hídrica e uso de laxativos; e) dieta rica em fibras insolúveis, uso de laxativos e ingesta hídrica aumentada. 5 - A causa mais comum de constipação é, sem dúvida, o desaparecimento do reflexo da evacuação, nesse caso, orienta-se o uso da seguinte classe terapêutica: a) antiespasmódicos b) expectorantes c) vasodilatadores d) catárticos
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