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CLINICA B - Principais dermatopatias de cães e gatos 1

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20.03 CLINICA B ----------------------------------------------------- 
 
PRINCIPAIS DERMATOPATIAS DE CÃES E GATOS 
 
Todos tem lesões nas bordas das orelhas: 
 Escabiose – animal foi achado na rua, se coçava muito 
(grau 9/10), diagnóstico por parasitológico de pele. 
 Seborreia da borda da orelha – grau crônico, nunca 
coçou ou doeu, ou sangrou. Dermatite seborreica de 
borda de orelha. Comum no teckel, basset, beagle. 
 Leishmaniose – lesão na orelha – onigogrifose, 
emagrecimento, anemia, mucosas pálidas. 
 Pênfigo foliáceo – biopsia resultado ceratose seborreica 
– num animal de idade difícil de ocorrer (ocorre em 
animais mais jovens), segunda biopsia – pênfigo, doença 
muito crostosa, pústulas. 
 Boxer – prediposição a sarna demodécica, perda de pelo 
com avermelhamento. Animal jovem. 
 Dermatite acinica – Bull terrier, animais brancos. Animal 
mais velho. 
 
ANAMNESE: 
TEMPO DE EVOLUÇÃO: 
 Prurido crônico anos - 
COMO COMEÇOU; 
PRURIDO E GRAU: 
 Grau 1 a 10. 
 1 – quase nulo. 
 10 – para de brincar para coçar, para de comer 
para coçar. 
LOCAL DO PRURIDO: 
 Coceira veio antes de qualquer lesão – pensa-se 
em doença alérgica. 
ONDE COMEÇOU – escabiose áreas preferenciais – borda 
da orelha, cotovelos, jarretes e região ventral. 
COMO EVOLUIU. 
 
Hotspot – se coça até fazer lesão umida que contamina 
rapidamente. FOTO caso Ana silva. 
 
4 lesões em pele do abdômen: 
 Filhote sem nenhuma lesão, sem eritema, muita coceira. 
 Bastante eritema e prurido. 
 Piodermite – infecção bacteriana secundária a outras 
doenças. Doença alérgica, autoimune, demodécica, etc. 
 Animal com toda pele do corpo alterada, escurecimento 
da pele, mal cheiro – Malasseziose. 
 
 
PRINCIPAIS EXAMES COMUNS: 
 
PARASITOLÓGICO DE PELE (Ácaros) 
Lâmina de bisturi, fita de acetato. 
 
TRICOGRAMA/ CULTURA FÚNGICA: 
Fungos – aspecto dos pelos. 
Arrancar o pelo, colocar na lâmina junto a óleo mineral 
para ver se existe alguma estrutura fúngica. 
 
*Grânulos pretos dentro do pelo – alopecia do pelo negro, 
alopecia por diluição da cor. 
*Animais com alguma alteração genética, perdem todo o pelo 
preto. Animal de 2,3 cores – pelo preto só cai todo. 
*Alopecia por diluição da cor – coloração diluída por isso perdem 
o pelo. Pinscher cinza, dobermann cinza. Não tem cura. Doença 
estética. 
 
CITOLOGIA CUTÃNEA: 
 Bactérias, malassezia, tumores 
 Imprint, esfoliação, punção. 
Pustula – esfregar a lâmina em cima até romper – mandar 
para o laboratório – se existe bactéria dentro – se é coco ou 
bacilo. 
 
*Pênfigo foliáceo – muitas pústulas sem bactéria dentro. 
 
Citologia esfolaitiva – com cotonete – esfrega na lesão até 
ficar vermelha e irritada. 
Citologia aspirativa por agulha fina – nódulos ou tumores. 
 
OUTROS EXAMES: 
HEMATOLOGIA/PERFIL BIOQUÍMICO 
Cirrose hepática – causa doença de pele grave, dolorosa. 
TESTES HORMONAIS – doença endócrina – 
hiperadrenocorticismo, hipotireoidismo. 
BIÓPSIA CUTÂNEA 
PROVAS SOROLÓGICAS – pacientes alérgicos, leishmaniose. 
 
 
DERMATOPATIAS ALÉRGICAS: 
Prurido é principal queixa dermatológica. 
 
Diferentes maneiras de se coçar: 
 Lambedura incessante 
 Morder/lamber as patas – um dos sinais clínicos 
mais difíceis. 
*Dermatite atópica – mediada por ige através da 
degranulação de mastócitos – patas local onde mais tem 
mastócitos. 
 
 
- DERMATITE ATÓPICA CANINA: 
Enfermidade geneticamente programada que desencadeia 
sensibilidade a antígenos ambientais que são absorvidos 
pela pele, inalados ou deglutidos. 
 Hipersensibilidade tipo 1 (mediata)/ IgE. 
 
MAIOR PROBLEMA = FALHA NA BARREIRA CUTÂNEA. 
 
 
 Células cornificadas, todas bem aderidas, 
mastócito não degranulado. 
 Celulas separadas – poros – penetram substancias 
alergênicas – proliferação de bactérias, malassezia. 
Degranulação dos mastócitos – prurido. 
 Células dendríticas – antígeno = carregam para 
linfonodos – se dividem em linfócito B e T – 
formando imunoglobulinas. 
 Degranulação mastócitos – liberação de citocinas 
 Histamina, proteases, chemotactic factors (ECF, 
NCF) 
 
Mediadores secundários: Leucotrienos, prostaglandinas. 
 
PRINCIPAIS ALÉRGENOS: 
 Pólen de flor 
 Acaro da poeira doméstica 
 Penas 
 Bolores 
 Gramíneas 
 Árvores 
 Trofoalérgenos – alimento; dermatite atópica 
induzida por alimento – ao introduzir dieta 
hipoalergênica melhora 40%. 
 
Principais características: 
 77% dos casos surgem entre 1-3 anos. 
 Inicialmente só prurido, sem lesões. 
 Pacientes podem variar de zero lesões à 
liquenificação grave. 
 Blefarite/queilite são achados comuns – eritema 
ao redor dos olhos e lábios. 
 Conjuntivite (hiperêmica, lacrimejamento)/otite 
 Ceratoconjuntivite seca pode ser conseqüência da 
dermatite atópica por conjuntivite cronica. 
 Dentro do ouvido existem muitos mastócitos – 
30% dos animais atópicos começam com otite. 
 Prurido interdigital – mastócitos. 
 Alta predisposição racial/familiar. 
 Foliculite/malasseziose recidivantes. 
 
 
CRITÉRIOS DE FAVROT: 
 Início dos sinais antes dos 3 anos de idade. 
 Cão que vive principalmente dentro de casa. 
 Prurido que responde aos glicocorticóides. 
 Prurido sinemateria no início (por exemplo prurido 
alesional/primário). 
 Patas dianteiras afetadas. 
 Pavilhões articulares afetados. 
 Margens auriculares não afetadas. 
 
 
TOPOGRAFIA LESIONAL: 
 Feio em baixo. 
 Patas, blefarite, regiões flexurais (antebraço), 
axilas, ventre, virilha, região flexural coxa. 
 Áreas com maior perda de água epidérmica 
 
Ceramidas, filagrina, colesterol, ácidos graxos. 
Penetração de antígenos e perda de água transepidérmica 
– ressecamento da pele e coceira. 
 
ASPECTO CLINICO: 
 Apenas prurido 
 Eritema 
 Papulas – circulo avermelhado que se tornam 
pústulas. 
 Pústulas – piodermite. 
 Escoriações – pelo ato de coçar. 
 Alopecia 
 Hiperpigmentação – mais inflamação, mais 
melanina produz. 
 Liquenificação – pele de elefante grossa, preta e 
fissurada. 
 
COMPLICAÇÕES: 
 CONJUNTIVITE 
 OTITES 
 PIODERMITES 
 DERMATITE SEBORREICA 
 DERMATITE POR MALASSEZIA 
 
*Staphylococcus intermedius 
Papula – pústula – rompe - colarete 
Colarete epidérmico cai e fica área alopecica circular 
 
DIAGNÓSTICO: 
 EXCLUSIVAMENTE CLINICO 
 ANAMNESE RIGOROSA 
 EXAME FÍSICO 
 PROVAS SOROLÓGICAS ELISA OU 
INTRADERMOREAÇÕES 
 DIETA HIPOALERGÊNICA 
 
Dermatite atópica o diagnóstico é exclusivamente clínico, 
associado a dieta hipoalergênica. 
 Provas sorológicas só ajudam se o animal já for 
diagnosticado com dermatite atópica. 
 Ele pode ser sensível a vários antígenos sem ter a doença. 
 
Controle negativo, 
Histamina – controle positivo 
Ácaro da poeira doméstica, pólen, gramíneas, 
Aguardar 15-20min e observar aqueles que tiveram erupções. 
É feita Vacinação – com imunoterapia que dura a vida inteira 
geralmente.

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