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LIVRO CUSTOS DE PRODUÇÃO

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ACESSE AQUI O SEU 
LIVRO NA VERSÃO 
DIGITAL!
PROFESSORES
Me. Adriana Casavechia Fragalli
Me. Silvio Cesar de Castro
Custos de
Produção
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/12342
FICHA CATALOGRÁFICA
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. FRAGALLI, Adriana Casavechia; 
CASTRO, Silvio Cesar de.
Custos de Produção. Adriana Casavechia Fragalli; Silvio Cesar 
de Castro. Maringá - PR.: Unicesumar, 2022. 
248 p.
ISBN: 978-65-5615-708-5
“Graduação - EaD”. 
1. Custos 2. Produção 3. Produto. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658.4 
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar
Diretoria de Design Educacional
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
 
 
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
DIREÇÃO UNICESUMAR
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria 
de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de Design Educacional Paula 
Renata dos Santos Ferreira Head de Graduação Marcia de Souza Head de Metodologias Ativas Thuinie Medeiros Vilela Daros Head 
de Tecnologia e Planejamento Educacional Tania C. Yoshie Fukushima Gerência de Planejamento e Design Educacional Jislaine 
Cristina da Silva Gerência de Tecnologia Educacional Marcio Alexandre Wecker Gerência de Produção Digital Diogo Ribeiro Garcia 
Gerência de Projetos Especiais Edison Rodrigo Valim Supervisora de Produção Digital Daniele Correia
Coordenador de Conteúdo Crislaine Rodrigues Galan Designer Educacional Giovana Vieira Cardoso Curadoria Fernanda 
Feitoza Revisão Textual Sarah Mariana Longo Carrenho Cocato Editoração Lucas Pinna Silveira Lima Ilustração Bruno 
Cesar Pardinho; Eduardo Alves Realidade Aumentada Maicon Douglas Curriel; Matheus Alexander de Oliveira Guandalini; 
César Henrique Seidel Fotos Shutterstock. 
Tudo isso para honrarmos a 
nossa missão, que é promover 
a educação de qualidade nas 
diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o 
desenvolvimento de uma sociedade 
justa e solidária.
Reitor 
Wilson de Matos Silva
A UniCesumar celebra os seus 30 anos de 
história avançando a cada dia. Agora, enquanto 
Universidade, ampliamos a nossa autonomia 
e trabalhamos diariamente para que nossa 
educação à distância continue como uma das 
melhores do Brasil. Atuamos sobre quatro 
pilares que consolidam a visão abrangente do 
que é o conhecimento para nós: o intelectual, o 
profissional, o emocional e o espiritual.
A nossa missão é a de “Promover a educação de 
qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais cidadãos que contribuam 
para o desenvolvimento de uma sociedade 
justa e solidária”. Neste sentido, a UniCesumar 
tem um gênio importante para o cumprimento 
integral desta missão: o coletivo. São os nossos 
professores e equipe que produzem a cada dia 
uma inovação, uma transformação na forma 
de pensar e de aprender. É assim que fazemos 
juntos um novo conhecimento diariamente.
São mais de 800 títulos de livros didáticos 
como este produzidos anualmente, com a 
distribuição de mais de 2 milhões de exemplares 
gratuitamente para nossos acadêmicos. Estamos 
presentes em mais de 700 polos EAD e cinco 
campi: Maringá, Curitiba, Londrina, Ponta Grossa 
e Corumbá, o que nos posiciona entre os 10 
maiores grupos educacionais do país.
Aprendemos e escrevemos juntos esta belíssima 
história da jornada do conhecimento. Mário 
Quintana diz que “Livros não mudam o mundo, 
quem muda o mundo são as pessoas. Os 
livros só mudam as pessoas”. Seja bem-vindo à 
oportunidade de fazer a sua mudança! 
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
ADRIANA CASAVECHIA FRAGALLI
Olá, estimados alunos e alunas! Eu me chamo Adriana Casa-
vechia Fragalli e contarei um pouquinho sobre mim. 
Eu ingressei no curso de Ciências Contábeis meio que por 
acaso: entre Administração e Ciências Contábeis, escolhi a 
Contabilidade por chute (ou providência) e me encantei. No 
meu segundo ano de faculdade, eu já trabalhava no departa-
mento de Contabilidade de uma usina de álcool como Auxiliar 
Contábil. Nos meus quatro anos de empresa, trabalhei com 
escrita fiscal, faturamento, apuração de custos e elaboração 
de relatórios gerenciais. Por incentivo do meu orientador de 
TCC, decidi fazer mestrado e, desde então, atuo exclusivamente 
como professora.
Além de questões profissionais e de formação, tenho como 
hobbies assistir a filmes e jogar videogame, principalmente, 
com meu esposo Rogério e meu filho Tiago. Sou uma pessoa 
muito ligada à família e à comunidade e participo de um 
grupo de canto.
Espero que aproveitem este material que elaboramos com 
muito carinho para vocês. Busquei utilizar uma linguagem sim-
ples, com exemplos práticos do dia a dia, para facilitar a com-
preensão deste assunto que é tão importante.
Deixo disponível o link do meu currículo Lattes caso queiram 
conhecer melhor minhas formação e experiências:
http://lattes.cnpq.br/8193667547216940
http://lattes.cnpq.br/8193667547216940626139690
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/11733
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos on-line. O download do aplicativo 
está disponível nas plataformas: Google Play App Store
Ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar e transformar. Aproveite 
este momento.
PENSANDO JUNTOS
EU INDICO
Enquanto estuda, você pode acessar conteúdos online que ampliaram a discussão sobre 
os assuntos de maneira interativa usando a tecnologia a seu favor.
Sempre que encontrar esse ícone, esteja conectado à internet e inicie o aplicativo 
Unicesumar Experience. Aproxime seu dispositivo móvel da página indicada e veja os 
recursos em Realidade Aumentada. Explore as ferramentas do App para saber das 
possibilidades de interação de cada objeto.
REALIDADE AUMENTADA
Uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Posicionando seu leitor de QRCode 
sobre o código, você terá acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido
PÍLULA DE APRENDIZAGEM
Professores especialistas e convidados, ampliando as discussões sobre os temas.
RODA DE CONVERSA
EXPLORANDO IDEIAS
Com este elemento, você terá a oportunidade de explorar termos e palavras-chave do 
assunto discutido, de forma mais objetiva.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881
Compra de
matéria-prima
(Gasto)
Enquanto
permanece no
estoque
(Inestimento)
Quando
requisitada para o
processo produtivo
(Custo)
CUSTOS DE PRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) ao nosso estudo 
sobre Custos de Produção. Para que sua aprendizagem 
seja efetiva, contaremos com a participação de uma 
personagem fictícia, a Marília, que acaba de inaugurar 
uma fábrica de roupas. 
Desde pequena, Marília observava sua mãe costurar 
roupas sob encomenda, assim começou sua paixão pela 
costura. Contudo, Marília quis ir mais longe, fez faculdade 
de Moda, criou sua própria coleção e acaba de abrir uma 
fábrica de roupas chamada MariModas. 
Marília acredita que suas roupas têm potencial para 
trazer resultados excelentes para o negócio. Entretanto, 
logo no primeiro mês de funcionamento, Marília começou 
a sentir as dificuldades de gerenciar um negócio. Uma 
coisa era costurar roupas por encomenda, pois era fácil 
ter controle sobre a produção, saber o quanto era gasto de 
materiais em cada peça, o valor aser cobrado pelo serviço. 
Contudo, na produção industrial, trabalha-se com uma 
grande quantidade de materiais ao mesmo tempo; com 
vários departamentos participando do processo produti-
vo; em cada departamento, há vários funcionários, enfim 
se tornou muito mais complexo gerenciar a produção. 
Por esse motivo Marília, contratou você para ser ge-
rente de produção da sua indústria MariModas. Nesse 
cargo, você deverá auxiliá-la em todo o processo de pro-
dução. Contudo, a principal preocupação, neste momen-
to, são os custos: ela acredita que, se não souber iden-
tificar, calcular e analisar os custos de produção da sua 
fábrica, seu negócio pode ir por água abaixo. Assim, este 
material preparará você para resolver esse problema.
Quando pensamos em custo de produção, automati-
camente, imaginamos aquilo que foi gasto para fabricar 
o produto. E isso é correto, é por isso que conhecer o produto e o seu processo produtivo é 
fundamental para conseguir identificar e calcular o custo de produção. Então, imagine uma 
fábrica de roupas. O que você vê?
Acredito que a resposta seja: máquinas de corte, máquinas de costura, tecidos, linhas, bo-
tões, tesouras, estrutura para iluminação, mesas, cadeiras etc. 
Agora, imagine que, nessa fábrica, sejam produzidas diariamente diferentes peças de roupas, 
como camisas, calças e shorts de vários modelos e em vários tamanhos. Como você calcula-
ria o custo de uma camiseta tamanho M? Tente fazer uma lista de tudo o que foi gasto nessa 
camiseta. Você, provavelmente, deve ter anotado a quantidade de tecido e de linha utilizados, 
pois é o que observamos no produto. 
Entretanto, será que apenas o tecido e a linha são custos que compõem a camiseta? Será 
que tudo aquilo que observamos anteriormente, como máquinas, mesas, também não fazem 
parte do custo da camiseta? Será que há mais elementos, além do que já comentamos, que 
fazem parte do custo de produção? E como calcular o quanto de todos esses elementos devem 
compor o custo de um único produto? Bem, é isso que eu lhe convido a aprender neste material. 
Primeiramente, você conhecerá como surgiu a Contabilidade de Custos e a importância de se 
apurar os custos de produção. Contudo, para que você consiga apurar os custos de produção, 
também serão apresentados os conceitos e as terminologias utilizadas pela Contabilidade de 
Custos. Em seguida, você entenderá como os custos são classificados em relação aos produtos 
e em relação ao volume de produção. Você também aprenderá a identificar os elementos que 
compõem o custo de produção.
Para compreender a apuração dos custos, você acompanhará um exemplo do processo de 
custeamento. Também, estudará sobre departamentalização e como isso impacta na apuração 
dos custos. Além disso, você conhecerá os principais métodos de custeio. 
A partir da unidade sete, você será direcionado(a) para uma visão gerencial dos custos, 
conhecendo sobre técnicas de análise de custos e algumas técnicas de gestão. Por fim, você 
acompanhará um exemplo prático de orçamento de custos de produção. 
Então, prepare um ambiente para estudo, tenha sempre papel e caneta em mãos, acompa-
nhe atentamente todas as aulas e, no final, você estará preparado(a) para calcular e analisar os 
custos de produção da empresa MariModas ou de qualquer outro negócio, o que lhe propor-
cionará uma habilidade muito valorizada no mercado de trabalho que é a Gestão de Custos. 
Conto com você nesta caminhada. Bons estudos!
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
1 2
43
5
11
53
33
83
CUSTOS DE
PRODUÇÃO
6 133
MÉTODOS DE
CUSTEIO 
ELEMENTOS DE 
CUSTOS
CLASSIFICAÇÃO 
DOS GASTOS
PROCESSO DE
CUSTEAMENTO
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
107
7 153 8 181
TÉCNICAS
DE GESTÃO
CUSTOS DE
PRODUÇÃO PARA 
FINS DE DECISÃO 
9 205
ORÇAMENTO DE 
CUSTOS DE
PRODUÇÃO
1
Olá, prezado(a) estudante! Seja bem-vindo(a) à nossa primeira uni-
dade do livro didático de Custos de Produção. A partir de agora, 
você aprenderá sobre um dos temas mais importantes da sua vida 
profissional, afinal os custos estão presentes em todos os tipos de 
negócio e representam um fator crucial para o sucesso de uma 
empresa, principalmente, uma empresa industrial. 
Nesta primeira unidade, você terá a oportunidade de conhecer 
como surgiu a Contabilidade de Custos e o porquê é importante 
apurar o custo de um produto ou de um serviço. Você também terá 
a oportunidade de entender a linguagem da Contabilidade de Custos 
ao conhecer alguns termos que possuem conceitos específicos na 
área contábil.
Custos de Produção
Me. Adriana Casavechia Fragalli
Me. Silvio Cesar de Castro
12
UNICESUMAR
Você acredita que um negócio pode ter sucesso sem o controle de custos? Com certeza, não. Imagine 
sua vida pessoal sem um controle financeiro, por mais dinheiro que possua, se não souber adminis-
trá-lo, ele acabará uma hora. Com os negócios, é a mesma coisa: por mais sucesso que o produto faça, 
por mais vendas que ele tenha, se não houver uma gestão que se preocupe com os custos envolvidos, 
o negócio não viverá por muito tempo. 
Marília, a proprietária da indústria de roupas MariModas, percebeu isso logo no primeiro mês de 
funcionamento da empresa. Seu negócio mal saiu do papel, e ela já está com dificuldades para saber 
o que compõe o custo dos seus produtos, como calcular esse custo, qual é o valor pelo qual ela deve 
vender seus produtos para que não venha a ter prejuízo, entre outras questões. Por isso, Marília pede 
a sua ajuda para compreender melhor os conceitos e métodos da Contabilidade de Custos. 
Para poder ajudá-la, primeiramente, você precisa entender os custos segundo as teorias contábeis. É 
claro que o termo custo não é desconhecido para você, mas você sabe o que a Contabilidade considera 
como custo? Você sabe como surgiu a Contabilidade de Custos? Você sabe qual é o objetivo da Con-
tabilidade de Custos? Você sabe a diferença entre custo e despesa? Descobrir as respostas para essas 
perguntas é o primeiro passo para que você compreenda a importância da Contabilidade de Custos 
para sua vida profissional e, talvez, até mesmo para a sua vida pessoal. 
Quando falamos em custo de um produto, custo de uma obra, custo de um serviço, o que você 
imagina? Acredito que você pense: para calcular o custo de algo, basta saber o quanto foi gasto na sua 
produção ou execução. Esse raciocínio está correto, contudo, na prática, essa não é uma tarefa fácil, 
ainda mais quando a empresa trabalha com produtos diversificados. Além dos gastos para fabricar 
um produto ou realizar um serviço, existem os gastos para administrar a empresa, os quais devem ser 
observados de forma independente. Assim, visando gerar dados que auxiliem os gestores, a Contabili-
dade de Custos utiliza termos com conceitos específicos e técnicas próprias que possibilitam um bom 
controle financeiro da empresa. 
13
UNIDADE 1
Que tal você testar seu entendimento sobre identificação de custos? A pedido de Marília, você deverá 
apresentar uma relação dos gastos que fazem parte da rotina de uma indústria têxtil. Neste primeiro 
momento, você não precisa se preocupar com valores, a ideia é identificar quais são os fatores que 
geram gastos nesse ramo de negócio. 
Para conseguir atender ao pedido da Marília, procure imaginar uma fábrica de roupas, seus proces-
sos produtivos, sua gestão, enfim tente visualizar a rotina da indústria MariModas. Então, anote tudo 
o que você acredita que gera gastos para a empresa. 
Ao observar a relação de gastos que você elaborou, faça a seguinte reflexão:
• Será que os dados, da maneira como estão apresentados, permitem calcular o custo de produção 
da indústria MariModas?
• Será que, realmente, todos esses gastos representam custos de produção?
• Se houver gastos que não compõem o custo de produção, como eles devem ser reconhecidos?
Aproveite, também, para descrever sua percepção sobre essa atividade, ou seja, você achou fácil ou difícil 
realizá-la? Isso será importante para quando você for refletir sobre o que aprendeu neste material: será 
que suavisão sobre custos mudará após realizar os estudos desta disciplina? 
Ao final desta primeira unidade, você já perceberá que identificar os custos de produção é algo mais 
complexo do que simplesmente saber o que foi gasto e, também, compreenderá a importância desse 
conhecimento para a gestão e o sucesso de um negócio. 
DIÁRIO DE BORDO
14
UNICESUMAR
Iniciaremos nosso estudo conhecendo a origem da Contabilidade de Custos, mas, para isso, preci-
samos entender como a Contabilidade surgiu e se desenvolveu ao longo dos anos. De acordo com os 
historiadores da área, a Contabilidade é tão antiga quanto a civilização. Iudícibus (2015, p. 16) afirma 
que “o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao 
contar seus rebanhos, ao enumerar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudi-
mentar de Contabilidade”. Isso demonstra que a Contabilidade nasceu da necessidade de controlar 
os elementos patrimoniais, assim, quando o homem passou a possuir bens, surgiu a necessidade de 
buscar mecanismos para controlá-los.
Contudo, o desenvolvimento da Contabilidade foi lento até o aparecimento da moeda, pois, até 
então, as mercadorias que eram controladas apenas pela quantidade física, passaram a possuir valor. 
Assim, a Contabilidade passou a ser um instrumento indispensável para o controle dos negócios. 
Um marco histórico para a Contabilidade foi a publicação do livro Summa de Arithmetica em 
1494, escrito pelo frei e professor de álgebra Luca Pacioli (1445–1517). Nesse livro, o autor apresenta 
o Método das Partidas Dobradas que, até hoje, é utilizado pela Contabilidade. Esse método determina 
que, para cada débito, existe um ou mais créditos de igual valor. O mecanismo de débito e crédito é a 
base dos registros contábeis. 
Apesar de ser publicado por Pacioli, o Método das Partidas Dobradas não foi desenvolvido por ele. 
Pelo que se sabe, esse método surgiu na Itália, não por acaso, por volta dos séculos XIII e XIV. Nessa 
época, as cidades italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras representavam o que de mais 
avançado poderia existir em termos de empreendimentos comerciais e industriais incipientes (IUDÍCI-
BUS, 2015). Assim, foi natural a busca por um mecanismo capaz de auxiliar no controle dos negócios. 
Entretanto, a Contabilidade não parou por aí. À medida em que os negócios e as empresas foram 
progredindo ao longo dos séculos, ela também se desenvolveu no sentido de aprimorar os registros, 
os relatórios, os mecanismos de controle, enfim é uma busca incessante por gerar informações úteis 
aos usuários da Contabilidade. 
Nesse processo de desenvolvimento, inicialmente, surgiu a Contabilidade Financeira, que estabe-
lece normas de escrituração dos processos comerciais e visa atender à necessidade de informações de 
propósito geral. Segundo Martins (2018), praticamente não existia a Contabilidade de Custos antes da 
Revolução Industrial. Isso porque os negócios estavam basicamente relacionados à comercialização 
de mercadorias, e não a produtos industrializados. 
Dessa forma, a Contabilidade Financeira atendia às necessidades da época. Isso porque, até então, o 
custo das mercadorias era o valor constante no documento de compra do bem, acrescidos dos gastos 
necessários para colocá-lo em condição de uso. Não havia uma grande complexidade para calcular o 
custo de uma mercadoria. Assim, a Contabilidade Financeira era capaz de apurar o resultado de cada 
período e elaborar o Balanço Patrimonial da empresa sem grandes dificuldades.
Contudo, após a Revolução Industrial, esse processo se tornou muito mais complexo. Segundo Mar-
tins (2018, p. 4), o “valor de ‘Compras’ na empresa comercial estava agora substituído por uma série de 
15
UNIDADE 1
valores pagos pelos fatores de produção utilizados, tais como matéria-prima, mão de obra, máquinas, 
energia etc.”. Assim, desde a compra da matéria-prima até a finalização do produto, são vários os gas-
tos envolvidos, como materiais secundários, mão de obra, máquinas e equipamentos, energia elétrica, 
entre outros. Todos esses gastos devem compor o custo do produto. Isso fez com que houvesse uma 
valorização, assim como uma maior exigência dos profissionais da área contábil. 
A Figura 1 apresenta uma comparação do processo de tecelagem entre como era antes da Revolução 
Industrial — de forma artesanal — e após a Revolução. 
Como é possível observar na imagem, antes da Revolução Industrial, o processo era artesanal, o que 
facilitava controlar e calcular os custos de produção. Contudo, após a Revolução, o processo se tornou 
muito mais complexo, envolvendo uma grande quantidade de recursos materiais e de mão de obra, 
dificultando o controle e a apuração dos custos. 
Podemos fazer um comparativo dessas imagens com a situação vivida por Marília. Inicialmente, 
quando Marília fazia roupas por encomenda, era mais fácil gerenciar o negócio: sozinha, ela conseguia 
controlar os materiais, realizar a produção, calcular os custos e precificar os produtos. 
Descrição da Imagem: na figura, existem duas imagens. A primeira é de uma mulher tecendo fios em uma roca de fiar de forma manual. 
A outra imagem demonstra uma indústria antiga, com várias máquinas têxteis, uma pessoa em cada máquina, e, em cada máquina, 
há uma grande quantidade de rolos de linha sendo produzidos.
Figura 1 - Processo de tecelagem artesanal versus industrial
16
UNICESUMAR
Com a criação da indústria Mari-
Modas, no entanto, a sua gestão se 
tornou muito mais complexa, ne-
cessitando da sua ajuda e, provavel-
mente, de outros profissionais tam-
bém para administrar o negócio.
Assim, a Contabilidade de Custo 
surgiu como um desdobramento da 
Contabilidade Financeira, voltada 
para atender a complexidade exis-
tente na atividade industrial. Inicial-
mente, ela estava voltada para a apu-
ração do custo de produção, afinal 
não é uma tarefa fácil calcular o cus-
to de cada unidade produzida em 
um processo que envolve diversos 
fatores de produção. Contudo, hoje 
em dia, a Contabilidade de Custos 
é responsável por muitas outras 
atividades além de calcular o custo 
de produção. Assim, conheceremos, 
agora, os objetivos da apuração 
dos custos de produção. 
Conforme já foi dito, até a Revo-
lução Industrial (século XVIII), era 
extremamente simples calcular o re-
sultado das transações comerciais. 
Isso porque as operações giravam, 
basicamente, em torno da compra e 
venda de mercadorias, assim o con-
tador precisava apenas verificar o 
montante pago por cada item em 
estoque e, após aplicar uma margem 
(lucro), atribuía preços às mercado-
rias a serem vendidas. 
Dessa forma, para encontrar o resultado de uma operação, bastava subtrair o custo da compra 
do preço de venda. Por exemplo, suponha que uma loja de roupas compre um vestido já pronto do 
fornecedor por R$ 80,00. Esse mesmo vestido é vendido na loja pelo preço de R$ 120,00. Então, para 
encontrar o resultado dessa operação, basta efetuar o cálculo conforme demonstrado no Quadro 1:
17
UNIDADE 1
Preço de venda R$ 120,00
(-) Custo (valor da aquisição) R$ 80,00
(=) Resultado R$ 40,00
Quadro 1 - Cálculo do resultado em empresa comercial / Fonte: os autores.
Conforme demonstrado no quadro, não há grandes dificuldades para se calcular o resultado em uma 
empresa comercial. 
Contudo, conforme descrito por Martins (2018), com o advento das indústrias, esse processo se tornou 
muito mais complexo. O contador, agora, não dispunha tão facilmente de dados para poder atribuir 
valor aos estoques, afinal de contas, as “compras” de mercadorias existentes nas empresas comerciais 
foram substituídas por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados.
Nas empresas industriais, os itens disponíveis para venda derivam de um processo extenso, o qual, 
durante sua realização, agrega valor ao produto gerado. Do momento da compra de matéria-prima até 
o produto final, são vários os gastos envolvidos: mão de obra, energia elétrica, equipamentos etc. Todosos gastos desse processo compõem o custo do produto fabricado, ao qual ainda deve ser atribuído um 
preço de venda. Uma correta apuração dos custos de produção impacta diretamente no resultado da 
empresa, pois serve de base para a precificação dos seus produtos.
De uma forma simplificada, a apuração do resultado em uma empresa industrial pode ser feita 
conforme apresentado no Quadro 2.
Preço de venda
(-) Custo de produção
Matéria-prima
Materiais secundários
Mão de obra
Custos indiretos de fabricação
(=) Resultado
Quadro 2 - Cálculo do resultado em empresa industrial / Fonte: os autores. 
Já que é mais fácil calcular o custo de uma mercadoria em empresas comerciais, será que nesse 
ramo de negócios se utiliza a Contabilidade de Custos?
18
UNICESUMAR
É claro que o resultado final, ou seja, o lucro ou prejuízo da empresa, envolve muitos outros elementos 
além do custo do produto ou da mercadoria vendida, como impostos, despesas administrativas, entre 
outros. Contudo, os exemplos apresentados foram só para que você compreenda como o cálculo do 
custo impacta no resultado da empresa. Daí a importância de saber calculá-lo corretamente. 
Justamente pelo impacto na apuração do resultado, a Contabilidade de Custos é, normalmente, 
associada ao controle de estoque, afinal, em muitos casos, a matéria-prima e os materiais secundários, 
que ficam armazenados no estoque até serem utilizados, representam os recursos mais onerosos do 
processo produtivo. Assim, o correto controle e a avaliação desses recursos é fundamental para a 
apuração do custo de produção. 
Entretanto, a Contabilidade de Custo não pode ser utilizada apenas para controlar estoques, mas 
deve se atentar às novas necessidades da sociedade e expectativas do mercado consumidor, que está 
cada vez mais exigente com relação à qualidade dos produtos, prazos de entregas, preços e fornecimento 
de um trabalho diferenciado. Por esse motivo, além de calcular o custo de produção, a Contabilidade 
de Custos tem buscado, cada vez mais, apresentar mecanismos de análise, de forma a identificar pon-
tos importantes do processo produtivo. Ao apurar os custos de produção, são geradas informações 
fundamentais para a gestão da empresa, como identificar os processos mais onerosos, verificar a ocor-
rência de desperdícios, analisar formas de melhorias na produção, entre outros dados que auxiliam 
na performance industrial.
 Oliveira e Perez Junior (2012, p. 9) apontam os principais objetivos da Contabilidade de Custos:
 • apuração do custo dos produtos, dos serviços e dos departamentos;
 • apuração da rentabilidade dos produtos, dos serviços e dos departamentos;
 • atendimento de exigências contábeis e de auditoria;
 • atendimento de exigências fiscais;
 • controle dos custos de produção;
 • controle da movimentação interna e externa das mercadorias;
 • melhoria de processos e eliminação de desperdício;
 • auxílio na tomada de decisões gerenciais;
 • otimização de resultados;
 • atribuição de responsabilidades entre os diversos executivos e departamentos;
 • análise do desempenho dos diversos executivos e dos departamentos envolvidos;
 • subsídio do estabelecimento dos preços de vendas.
O nível de competitividade existente entre as empresas, hoje em dia, acentua a importância de todos 
esses fatores proporcionados pela Contabilidade de Custos. Para uma empresa ser competitiva, ela 
precisa estabelecer um controle de custos objetivando uma redução dos defeitos, dos desperdícios de 
matérias-primas e de insumos, de energia, de retrabalhos etc. Quando uma empresa tem controle dos 
seus custos, o valor agregado em cada etapa do processo é conhecido, o que torna possível localizar, 
com mais facilidade, em que área ela deve concentrar seus esforços.
19
UNIDADE 1
Hoje em dia, a Contabilidade de Custos é essencial para a sobrevivência das empresas. A alta com-
petitividade, os avanços tecnológicos, as exigências dos consumidores, o mercado globalizado, entre 
outros fatores têm obrigado as indústrias a aprimorarem seus processos produtivos, de forma a oferecer 
produtos de qualidade a preços competitivos. 
Até aqui, você já deve ter percebido que a Contabilidade de Custos lhe trará as habilidades e os conhe-
cimentos necessários para auxiliar a Marília na gestão da indústria MariModas ou, até mesmo, qual-
quer outro negócio do qual você participe. Mas, antes de partirmos para os cálculos, e para que você 
possa compreender corretamente o conteúdo deste material, primeiramente, é necessário conhecer 
os conceitos e as terminologias utilizados pela Contabilidade de Custos. Cada ciência possui 
seus próprios termos e conceitos específicos. Muitos termos utilizados como sinônimos em nossa vida 
pessoal, como gasto, custo, despesa, desembolso, consumo, perda etc., para a Contabilidade de Custos, 
possuem conceitos diferentes.
A palavra custo pode apresentar conceitos diferentes dependendo do enfoque que se dá:
 “
Em uma empresa comercial, pode ser utilizada para representar o custo das compras de mer-
cadorias, o custo das mercadorias disponíveis para venda, o custo das mercadorias vendidas 
etc.; em uma empresa de prestação de serviços, pode ser utilizada para representar o custo dos 
materiais adquiridos para aplicação na prestação de serviços, o custo dos serviços prestados 
etc.; em uma empresa industrial, pode ser utilizada para representar o custo das compras de 
matérias-primas, o custo das matérias-primas disponíveis, o custo das matérias-primas aplicadas 
no processo de fabricação, o custo direto de fabricação, o custo indireto de fabricação, o custo 
da produção acabada no período, o custo dos produtos vendidos etc. (RIBEIRO, 2018, p.15).
Como você pôde perceber, os custos estão presentes em todos os tipos de empresa, contudo, neste 
livro, trabalharemos com os custos de uma empresa industrial, nesse sentido, nosso enfoque principal 
estará sempre voltado ao custo de produção/fabricação. De qualquer forma, os conceitos, os cálculos 
e as análises aqui apresentados podem ser utilizados como base para as outras formas de negócios. 
Gerenciar custos é algo fundamental para o sucesso de um negócio. 
Assim, para saber um pouco mais sobre a importância da gestão de 
custos, acompanhe o podcast.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/9245
20
UNICESUMAR
O primeiro conceito a ser estudado é o de gasto. De acordo com Martins (2018, p. 9), o gasto re-
presenta a “compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade 
(desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente 
dinheiro)”. Assim, tudo o que gera uma obrigação financeira para a empresa representa um gasto. Como 
exemplos de gastos, podemos citar: 
• Compra de equipamentos.
• Compra de matéria-prima.
• Energia elétrica. 
• Pacotes de software.
• Contratação de serviços.
• Impostos.
• Aluguel.
• Contrato de seguros etc.
Mesmo gerando uma obrigação financeira, ou seja, a obrigação de pagar pelas compras ou pelos com-
promissos assumidos, é importante entender que desembolso e gasto são eventos distintos, podendo 
ocorrer — e, geralmente, ocorrem — em momentos diferentes. Isso se explica pela possibilidade de 
se adquirir algo ou contratar um serviço e pagar posteriormente ou o contrário, porém é mais raro. 
21
UNIDADE 1
Assim, imagine que o contador da indústria MariModas passou a seguinte relação de gastos refe-
rente ao mês de janeiro:
Aluguel R$ 5.000,00
Compra de tecidos R$ 25.000,00
Salário dos funcionários R$ 8.000,00
Energia elétrica R$ 6.000,00
Seguro da fábrica R$ 3.000,00
Compra de materiais (linhas, botões etc.) R$ 11.000,00
Impostos R$ 7.000,00
Compra de equipamentos R$ 85.000,00
Total: R$ 150.000,00
Quadro 3 - Relação de gastos da indústria MariModas / Fonte: os autores.
Apesar da relação enviada pelo contador apresentar um gasto de R$ 150.000,00, não significa que esse 
valor tenha saído do caixa da empresa. Marília pode ter comprado os equipamentos a prazo, assim 
comoela pode ter dado um adiantamento ao fornecedor para garantir a compra de tecidos. Assim, 
essa relação apresenta todos os compromissos assumidos pela empresa no mês de janeiro. 
Em um segundo momento, o gasto passa a representar um investimento, um custo ou uma despe-
sa. “Isso porque o gasto representa a aquisição de bens ou serviços de forma geral, mas, dependendo 
da finalidade do bem ou serviço adquirido, ele recebe uma nova classificação” (FRAGALLI; SILVA; 
PARDO, 2020, p.15). 
Gasto
Custo
Investimento Despesa
Despesa
Custo
Figura 2 - Classificação dos gastos / Fonte: Fragalli, Silva e Pardo (2020, p.15).
Descrição da Imagem: a figura mostra o processo de classificação do gasto. Em um primeiro retângulo, aparece o termo “Gasto”, 
ligados a ele, existem três retângulos, cada um com um termo: “Custo”, “Despesa” e “Investimento”. Ligados ao termo “Investimento”, 
existem dois retângulos, cada um com um termo: “Custo” e “Despesa”.
22
UNICESUMAR
Os conceitos de custo, despesa e investimento serão apresentados adiante. 
O segundo conceito é o de desembolso. O desembolso se refere ao 
momento em que ocorre o pagamento do bem ou serviço adquirido. Em 
relação à ocorrência do gasto, Ribeiro (2018) aponta que o desembolso 
pode ocorrer em três momentos:
• Pagamento antecipado.
• Pagamento à vista.
• Pagamento a prazo.
Assim, se algo for comprado à vista, o desembolso e o gasto ocorrem si-
multaneamente. Por outro lado, se o pagamento for a prazo, no momento 
da compra, gera-se o gasto e, no seu vencimento, o desembolso. Caso o 
pagamento seja adiantado, no momento da saída do recurso, ocorre o 
desembolso, gerando um direito para a empresa que adquiriu o bem ou 
contratou o serviço. Quando o bem é faturado em nome da empresa ou 
quando o serviço é prestado pelo contratante, reconhece-se o gasto. De qual-
quer forma, o momento em que ocorre o desembolso em nada interfere na 
classificação do gasto em investimento, custo ou despesa (RIBEIRO, 2018).
Os investimentos representam gastos que são ativados — alocados 
no Ativo da empresa — em função de sua vida útil ou de benefícios que 
serão gerados em períodos futuros. De acordo com Martins (2018, p. 9):
 “
Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens 
ou serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos 
da empresa para baixa ou amortização quando de 
sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento 
ou de sua desvalorização são especificamente cha-
mados de investimentos.
Assim, os investimentos representam bens ou serviços que foram ad-
quiridos (gastos) e alocados no Ativo. Quando esses bens ou serviços 
forem consumidos, utilizados ou realizados, passam a ser classificados 
como custo, despesa ou, até mesmo, perda. 
As matérias-primas, quando adquiridas, são investimentos e são 
classificadas no Ativo como estoque. Quando utilizadas na produção, 
passam a caracterizar custo de produção. Depois de pronto, o produto 
acabado será estocado, logo será um investimento, novamente, até ser 
vendido, quando passa a ser custo do produto vendido.
23
UNIDADE 1
Compra de
matéria-prima
(Gasto)
Enquanto
permanece no
estoque
(Inestimento)
Quando
requisitada para o
processo produtivo
(Custo)
Figura 3 - Classificação da matéria-prima ao longo do processo industrial / Fonte: os autores.
Na compra de um equipamento, por exemplo, teremos um investimento. Se o equipamento for utili-
zado na fábrica, sua depreciação será registrada como custo de produção. Se for utilizado pelo setor 
administrativo, sua depreciação é reconhecida como uma despesa.
Compra de um
computador para
administração
(Gasto)
Enquanto estiver
no Ativo
Imobilizado
(Inestimento)
Conforme sofre
depreciação pelo
uso
(Despesa)
Figura 4 - Classificação de um ativo imobilizado ao longo da sua vida útil / Fonte: os autores.
Descrição da Imagem: a figura apresenta a imagem da personagem Marília e, ao lado dela, a classificação da matéria-prima em algumas 
etapas do processo industrial. Para tanto, há três imagens: na primeira, há alguns rolos de tecidos coloridos e consta escrito “Compra 
de matéria-prima (Gasto)”; na segunda imagem, há uma prateleira com tecidos e está escrito “Enquanto permanece no estoque (In-
vestimento)”; e, na terceira, há uma empilhadeira levando vários rolos de tecidos coloridos e consta escrito “Quando requisitada para 
o processo produtivo (Custo)”. 
Descrição da Imagem: a figura apresenta a imagem da personagem Marília e, ao lado dela, a classificação de um computador em 
algumas etapas do processo administrativo. Para tanto, há três imagens: na primeira, há um computador e está escrito “Compra de 
um computador para administração (Gasto)”; na segunda imagem, há uma mesa de escritório com um computador e materiais de 
escritório e consta escrito “Enquanto estiver no Ativo Imobilizado (Investimento)”; e, na terceira, há uma mesa de escritório com uma 
pessoa trabalhando no computador e está escrito “Conforme sofre depreciação pelo uso (Despesa)”.
24
UNICESUMAR
No entanto, o gasto com energia elétrica ou aluguel, por exemplo, não passa pela classificação como 
investimento. Se estiver relacionado com a fábrica, é registrado diretamente como custo, já, se estiver 
relacionado com o setor administrativo, é registrado como despesa.
O custo compreende todo o gasto relativo aos recursos (bens ou serviços) utilizados na produção 
de outros bens ou serviços, ou seja, o custo está relacionado ao processo produtivo da empresa. De 
acordo com Martins e Rocha (2015), o uso de recursos no processo produtivo pode ocorrer de três 
formas: consumo, utilização ou transformação. 
• Consumo: energia elétrica, água, aluguel etc.
• Utilização: máquinas, equipamentos, infraestruturas (por meio da depreciação) etc.
• Transformação: matéria-prima, materiais secundários etc.
É importante deixar claro que o uso de tais recursos só se caracteriza como custo quando utilizados 
no processo produtivo da empresa, ou seja, o consumo de energia referente ao setor administrativo 
não representa custo.
O custo só é reconhecido como tal no momento da utilização dos fatores de produção. Por exemplo, 
enquanto a matéria-prima está estocada e aguardando a sua utilização, ela representa um investimento. 
No momento em que ela é requisitada pelo departamento produtivo e utilizada na fabricação, passa a 
representar um custo de produção.
São exemplos de gastos utilizados no processo de produtivo, também conhecidos como fatores 
de produção:
• Matérias-primas consumidas ou transformadas.
• Materiais auxiliares.
• Mão de obra produtiva.
• Salário e benefícios da diretoria industrial.
No aspecto contábil, depreciação representa a perda de valor dos bens pelo uso, desgaste 
ou obsolescência (PADOVEZE, 2018). Dessa forma, os bens que são utilizados por mais de um 
período têm seus valores apropriados de forma proporcional e gradativa ao longo de sua vida 
útil. Por exemplo, imagine que Marília tenha adquirido uma máquina de costura pelo valor 
de R$ 5.000,00 e espera utilizá-la por cinco anos. Assim, ao longo desses cinco anos, que é a 
vida útil da máquina, conforme for utilizada, deve-se reconhecer a depreciação, que seria a 
apropriação da perda de valor da máquina em função do seu uso.
25
UNIDADE 1
• Custos gerais de fabricação — depreciação, energia elétrica, água etc.
• Serviços de apoio à produção — manutenção, almoxarifado etc.
• Seguros contra incêndio e demais riscos da fábrica.
Na maioria das indústrias, os custos de produção são classificados e ordenados em três grandes grupos: 
materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
Considerando o caso da indústria MariModas, é importante que você oriente Marília que apenas 
os recursos utilizados no processo de fabricação das roupas é que deverão ser considerados como 
custo, como, por exemplo:
• Tecidos.
• Linhas.
• Acessórios (botões, zíperes etc.).
• Salário dos costureiros.
• Energia elétrica consumida na fábrica.
• O seu salário como gerente de produção.
• Entre outros.26
UNICESUMAR
Vale a pena ressaltar que o uso de recursos no processo produtivo não se dá apenas em indústrias. Nas 
empresas prestadoras de serviços, os recursos utilizados nos serviços realizados, como materiais de 
reparos e equipamentos, também são classificados como custo. 
Enquanto o custo se refere ao consumo de bens ou serviços para a produção de outros bens ou 
serviços, a despesa refere-se ao consumo de recursos para geração de receita. Favero et al. (2011, p. 
102) descrevem que “despesa representa os sacrifícios de recursos com que a entidade se vê obrigada 
a arcar para a obtenção da receita”.
Assim, podemos entender que os custos são necessários para fabricar o produto, contudo, para 
que uma empresa possa comercializar esse produto, vários “esforços” são necessários, como gasto 
com impostos, comissões dos vendedores, salários e encargos do pessoal da administração, aluguel e 
depreciação do escritório, fretes, publicidade, propaganda, pesquisa de marketing, entre outros. Todos 
esses esforços representam sacrifícios efetuados pela empresa para a obtenção de receita.
Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos pelo fato de estarem relacionadas com a ad-
ministração geral da empresa — geralmente, representada pelos setores administrativo, comercial e 
financeiro —, ao passo que os custos estão ligados à produção.
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Materiais e matérias-primas 
armazenados aguardando 
saída para o processo de 
fabricação.
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Mercadorias prontas para 
serem vendidas 
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Figura 5 – Processo de geração de custos e despesas / Fonte: os autores.
Descrição da Imagem: inicialmente, há um quadro com o título “Estoque MP”, com a descrição “Materiais e matérias-primas armazena-
dos e aguardando saída para o processo de fabricação”. Ao lado, há uma seta apontando para os elementos de produção, que são: mão 
de obra, matérias-primas e outros custos indiretos. Ao lado desses elementos, há a palavra “Custos”, representando que esses elementos 
geram custos. Em seguida, há uma seta apontando para um outro quadro com o título “Estoque Mercadorias”, com a descrição “Mer-
cadorias prontas para serem vendidas”. Ao lado, há uma seta apontando para os elementos de gestão, que são: administração, vendas 
e outras despesas indiretas. Ao lado desses elementos, há a palavra “Despesas”, representando que esses elementos geram despesas.
27
UNIDADE 1
A Figura 5 possibilita verificar, de forma sintética, onde os custos e as despesas são identificados nas organiza-
ções. Processos que consomem recursos na gestão (administração) e comercialização (vendas) geram despesas. 
Processos que consomem recursos na industrialização e fabricação de produtos ou serviços geram custos. 
Quando a utilização de recursos ocorre de forma anormal ou involuntária, tem-se o que chama-
mos de perda, a qual não deve ser confundida com despesa e, muito menos, com custo, pois não é um 
sacrifício feito com intenção de obtenção de receita, nem contribui com o processo de fabricação do 
produto. Exemplos comuns: 
• Perdas com incêndio. 
• Obsoletismo de estoque. 
• Desperdício de matéria-prima etc.
De acordo com Oliveira e Perez Junior (2012, p. 23), as perdas representam “gastos anormais ou in-
voluntários que não geram um novo bem ou serviço e tampouco geram receitas e são apropriados 
diretamente no resultado do período em que ocorrem”.
 “
É muito comum o uso da expressão Perdas de material na produção de inúmeros bens 
e serviços; entretanto, a quase totalidade dessas “perdas” é, na realidade, um custo, já que 
são valores classificados de maneira normal no processo de produção, fazendo parte de 
um sacrifício já conhecido até por antecipação para a obtenção do produto ou serviço e 
da receita almejada (MARTINS, 2018, p. 11).
O que o autor quer esclarecer é que, muitas vezes, utiliza-se o termo perdas para a sobra normal do 
processo produtivo. Nesse caso, essas sobras devem, sim, compor o custo de produção, como é o caso 
dos retalhos que sobram do processo de costura, assim como as sobras de madeira do processo de 
construção de móveis. Contudo, o desperdício de tecido ou madeira decorrente de defeitos na máquina 
de corte não é custo, e, sim, perda, no sentido contábil do termo. Percebe a importância de se conhecer 
os termos segundo a interpretação de cada ciência? Em nosso caso, a Ciência Contábil. 
No entanto, em muitos casos, a identificação das perdas não é uma tarefa fácil. Nesse aspecto, a 
Contabilidade conta com os profissionais da área produtiva. Eles estão capacitados para identificar o 
que são sobras ou resíduos normais do processo de fabricação e o que são realmente perdas. 
Gastos anormais decorrentes do processo produtivo, mas de valores irrelevantes, considerando 
o produto final, devem ser classificados como perdas? Será que vale a pena dispensar tempo 
e recurso para classificar elementos em custo ou perda quando o seu valor é insignificante 
para o processo?
28
UNICESUMAR
Tão importante quanto conhecer os custos e as despesas de um negócio é apurar a sua receita. A re-
ceita é responsável pela sobrevivência de todas as empresas, sejam elas de finalidade lucrativa ou não. 
Afinal, nenhum empreendimento sobrevive se não houver recursos para mantê-lo. 
 “
Entende-se por receita a entrada de elementos para o ativo, sob forma de dinheiro ou 
direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos 
ou à prestação de serviços. Uma receita também pode derivar de juros sobre depósitos 
bancários ou títulos, de aluguéis e outras origens (IUDÍCIBUS, 2010, p. 65).
É importante esclarecer que, assim como o gasto não ocorre, necessariamente, no mesmo momento 
em que o desembolso, a receita também não ocorre, necessariamente, no mesmo momento em que 
o recebimento. Isso porque a Contabilidade determina a utilização do regime de competência para 
o reconhecimento da receita, assim como da despesa. Nesse regime, as receitas e despesas devem ser 
reconhecidas no período em que foram geradas, independente de terem sido recebidas ou pagas. No 
caso da nossa empresa modelo, MariModas, a receita será gerada, basicamente, pela venda de roupas. 
Acredito que, até aqui, você já tenha percebido que a Contabilidade de Custos lhe trará habilidades 
que serão um diferencial na sua profissão. Como gestor(a), você será responsável por elaborar projetos, 
acompanhar rotinas de produção e administrativas, definir estratégias etc. Se, em todas essas atividades, 
você souber identificar os custos, as despesas, os investimentos, enfim todos os recursos envolvidos, 
seu desempenho será diferenciado. 
29
Está lembrado(a) de que Marília contratou você para auxiliar na gestão do processo produtivo 
da sua empresa, a MariModas? E que a sua primeira tarefa era elaborar uma relação dos gastos 
envolvidos no negócio? Então, acredito que, agora, você tem um outro olhar sobre esses gastos, 
não é mesmo?
Por isso, proponho que você avalie o que aprendeu até aqui sobre custos de produção. Para tanto, 
complete o mapa mental que busca organizar os possíveis gastos existentes em uma indústria têxtil. 
Quando surgiu? Qual seus objetivos?
Contabilidade de Custos
Indústria Mari Modas Gastos O que são?
Em que a contabilidade
de custos pode auxiliar?
Investimento Custo Despesa
Fonte: os autores.
30
1. A empresa Belas Artes S.A. trabalha na fabricação de móveis planejados. Com a saída 
do antigo contador, o setor comercial está com dificuldades em atribuir o preço de 
venda dos seus produtos. Considerando o que foi apresentado nesta unidade, 
discorra sobre a importância do controle e da avaliação dos custos por uma em-
presa industrial.
2. As palavras “custo” e “despesa”, quando empregadas na nossa linguagem comum, po-
dem representar coisas semelhantes. Contudo, representam coisas diferentes quando 
utilizadas pela Contabilidade de Custos. Com basenos conceitos utilizados pela 
Contabilidade de Custos, diferencie custo de despesa. 
3. O gasto representa a compra de produto ou serviço, o que gera sacrifício financeiro 
para a entidade. Após a aquisição, o gasto é reclassificado a depender da sua finalida-
de. Dessa forma, classifique os gastos a seguir em: custo, despesa ou investimento.
I) Compra de matéria-prima para estoque.
II) Aluguel da fábrica.
III) Salário do gerente comercial.
Marque a alternativa que apresenta a sequência de classificação correta.
a) Custo, despesa e investimento.
b) Custo, investimento e despesa.
c) Investimento, custo e despesa.
d) Investimento, despesa e custo.
e) Despesa, investimento e custo.
31
4. Compreender as terminologias utilizadas na Contabilidade de Custos é essencial para 
realizar sua correta classificação e cálculo. Uma classificação errada interfere nos resul-
tados apurados pela empresa, podendo prejudicar o negócio. Nesse sentido, analise a 
descrição das terminologias a seguir.
I) Os gastos realizados com recursos que são consumidos nos processos produtivos 
são denominados custos.
II) Os gastos realizados com recursos que são consumidos nos setores administrativos 
da empresa são denominados perdas.
III) Os gastos realizados de forma anormal ou inesperada são denominados despesas.
IV) Os gastos realizados com recursos que permanecerão em estoque até a sua utilização 
são denominados investimentos. 
É correto o que se afirma em: 
a) I e II, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
32
2
Olá, caro(a) estudante! Nesta segunda unidade, você terá a opor-
tunidade de conhecer melhor sobre custos e despesas. Agora que 
você já sabe que, para a Contabilidade de Custos, esses termos 
possuem conceitos diferentes, você aprenderá que, dependendo 
de como eles se comportam e de como são identificados, recebem 
classificações específicas. Essas classificações permitem ao gestor 
conhecer os custos e as despesas de sua empresa de forma que 
facilite seu processo decisório.
Classificação
dos Gastos
Me. Adriana Casavechia Fragalli
Me. Silvio Cesar de Castro
34
UNICESUMAR
Você acredita que tomar decisões relacionadas à redução ou ao controle de custos ou despesas é uma 
tarefa fácil? Com certeza, não.
Em seu emprego como gerente de produção da empresa MariModas, com certeza, você terá que 
tomar decisões que impactam nos custos de produção ou, até mesmo, nas despesas da empresa. Por 
isso, agora que você já aprendeu a identificar os custos e as despesas, precisa entender que não basta 
apenas identificá-los para tomar decisões relacionadas a esses elementos. Também, é preciso saber 
como eles se comportam, ou seja, se são constantes ou não, se acompanham o ritmo de produção ou 
de vendas, se são fáceis ou difíceis de serem identificados, entre outros aspectos.
Assim, a Contabilidade de Custos classifica os custos e as despesas conforme o comportamento que 
eles apresentam nas atividades empresariais. Essa classificação é importante, pois um mesmo elemento 
pode apresentar comportamentos diferentes em cada entidade. Por exemplo, em uma empresa, o valor 
da mão de obra pode ser constante ao longo dos meses, sendo que, em outras, esse valor pode variar 
conforme o ritmo de produção. Por esse motivo, conhecer como o custo ou a despesa se comportam 
contribui significativamente com o processo decisório. 
Pensando nisso, além de identificar os custos e as despesas da indústria MariModas, você precisará 
classificá-los, mas você sabe como fazer isso?
Imagine os gastos da sua casa. Se você parar para pensar, rapidamente, perceberá que há diferenças 
entre eles, por exemplo, o aluguel, o plano de internet ou telefone, a mensalidade do curso de inglês, 
entre outros são fixos, ou seja, todo mês você paga o mesmo valor. Já os gastos com roupas, alimenta-
ção, materiais de limpeza, produtos de beleza, móveis, eletrodomésticos, entre outros variam, ou seja, 
35
UNIDADE 2
há meses em que você gasta mais, há meses em que você gasta menos. Não é assim? Pois então, em 
uma indústria, é a mesma coisa, existem aqueles gastos que são fixos e aqueles gastos que são variáveis.
Nas indústrias, também existem gastos que estão diretamente relacionados aos produtos ou às ven-
das, assim eles são facilmente identificados como pertencentes a este ou àquele produto, assim como a 
esta ou àquela venda. Por outro lado, há gastos que não impactam diretamente o produto ou a venda, 
mas também são importantes. Os gastos facilmente identificáveis são classificados como diretos, já os 
de difícil identificação são classificados como indiretos. 
Conhecer o comportamento dos gastos e como eles interferem no desempenho da empresa é fun-
damental na hora de tomar uma decisão. Por exemplo, se você estiver passando por alguma dificuldade 
financeira em casa, quais são os gastos que você deve cortar? Acredito que, primeiramente, você cortaria 
os gastos menos importantes, como roupas e móveis novos, e se esforçaria para continuar pagando o 
aluguel, afinal sua moradia é mais importante. 
Visando à importância de se conhecer os gastos para poder tomar decisões de forma mais segura, 
nesta unidade, você estudará sobre essa classificação segundo a Contabilidade de Custos. 
Apenas para esclarecimento: a partir de agora, toda vez que for mencionado o termo gasto, con-
sidere que estou me referindo a custo e despesa, pois, conforme apresentado na unidade anterior, o 
gasto, em um segundo momento, é classificado como custo ou como despesa, dependendo da sua 
finalidade. Contudo, talvez, você questione: “mas o gasto também não pode ser classificado como 
investimento?”. Sim, mas como já foi apresentado, o investimento, quando utilizado ou consumido, 
também se torna custo ou despesa. 
Sabendo que os custos e as despesas se comportam de maneiras diferentes, tente, agora, classificar 
os custos e as despesas da indústria MariModas. Para tanto, elabore oito listas, cada uma apresentando 
exemplos de:
a) Custos fixos.
b) Custos variáveis.
c) Custos diretos.
d) Custos indiretos.
e) Despesas fixas.
f) Despesas variáveis.
g) Despesas diretas.
h) Despesas indiretas.
Aproveite para retratar, também, a sua percepção dessa atividade, ou seja, é fácil ou difícil classificar 
os gastos da indústrias MariModas?
A classificação que você fez pode contribuir com as suas decisões como gerente de produção da 
indústria MariModas? Será que sua classificação está correta? Vale salientar que a classificação pode 
interferir em seu processo decisório, então acho melhor nos aprofundarmos na correta classificação 
dos gastos. Você não concorda? Então, bons estudos!
36
UNICESUMAR
Existem duas formas de classificar os custos e as despesas. Uma delas é a classificação em relação ao 
volume de produção, em que são divididos em fixos ou variáveis. Outra é a classificação em relação 
aos produtos, em que são divididos em diretos ou indiretos. 
A classificação dos gastos em relação ao volume de produção permite observar o compor-
tamento dos gastos no que se refere à quantidade de produtos fabricados e vendidos ou, no caso de 
empresas prestadoras de serviços, a quantidade de serviços prestados. 
Essa informação é importante pois permite identificar os gastos variáveis, ou seja, aqueles que 
acompanham o ritmo de produção, e os gastos fixos, ou seja, aqueles não são interferidos pelo ritmo 
de produção. Conheceremos cada um deles agora. 
Os custos fixos são aqueles que permanecem iguais independente do volume de produção da em-
presa, ou seja, não importa se a empresa produz 10 ou 1.000 unidades de um determinado produto, o 
custo permanece o mesmo. Essa estabilidade dos custos fixos está relacionada à capacidade produtiva 
da empresa. Por exemplo, o custo com o aluguel da fábrica é considerado fixo, pois, independente-
mente da produção, o valor pago é o mesmo, contudo, caso a empresa tenha necessidade de ampliar a 
DIÁRIO DE BORDO
37
UNIDADE 2
área produtiva, isso podefazer com que o valor do aluguel aumente. Entretanto, depois do aumento, 
novamente, ele se estabilizará, agora, com um novo nível de atividade.
São exemplos de custos fixos: 
• Aluguel da fábrica. 
• Salários e encargos dos funcionários que atuam na fábrica. 
• Seguro da fábrica. 
• Segurança da fábrica. 
• Depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na fábrica. 
Pelos exemplos apresentados, fica fácil entender a classificação dos “custos fixos”: são custos, normal-
mente, mensais e por um mesmo valor. Como os custos fixos são constantes, quanto maior a quantidade 
produzida, menor será o valor do custo fixo unitário, pois, nesse caso, ele é distribuído por um maior 
número de produtos. 
Para ilustrar o comportamento dos custos fixos, apresentamos a Tabela 1, que exemplifica o gasto 
com o aluguel de uma fábrica, que apresenta volumes de produção diferentes ao longo dos meses.
Período Quantidade produzi-da do produto X Valor do aluguel Custo unitário
Janeiro 800 R$ 6.000 R$ 7,50
Fevereiro 500 R$ 6.000 R$ 12,00
Março 700 R$ 6.000 R$ 8,57
Abril 1.000 R$ 6.000 R$ 6,00
Maio 1.200 R$ 6.000 R$ 5,00
Junho 900 R$ 7.000 R$ 7,78
Tabela 1 – Aluguel da fábrica: custo fixo / Fonte: os autores.
38
UNICESUMAR
Por meio da Tabela 1, podemos perceber que os custos fixos não sofrem alterações proporcionais 
às variações no nível de produção da empresa. Os custos fixos até podem sofrer alterações de valor 
de um mês para o outro, mas essas variações estão, geralmente, relacionadas à correção de preços 
do fornecedor, como podemos observar entre o período de maio e junho. No entanto, isso não o 
torna um custo variável.
O custo fixo não possui, necessariamente, o mesmo valor todos os meses, contudo essa variação não 
está diretamente ligada ao volume de produção de cada período. Um exemplo desse aspecto pode ser 
observado na Tabela 2, que compara entre o gasto com a segurança da fábrica e o volume de produção.
Período Quantidade produzi-da do produto X
Valor da segurança 
da fábrica Custo unitário
Janeiro 800 R$ 4.500 R$ 5,63
Fevereiro 500 R$ 4.650 R$ 9,30
Março 700 R$ 4.800 R$ 6,86
Abril 1.000 R$ 4.450 R$ 4,45
Maio 1.200 R$ 4.550 R$ 3,79
Junho 900 R$ 4.700 R$ 5,22
Tabela 2 – Segurança da fábrica: custo fixo / Fonte: os autores.
Na Tabela 2, verificamos que o custo com segurança da fábrica sofreu alterações no seu valor mensal. 
Isso pode ter ocorrido por contratações adicionais, custos com desligamento de funcionários, paga-
mento de horas extras, aquisição de equipamentos de segurança etc., os quais não estão diretamente 
ligados à quantidade produzida. 
Como os custos fixos estão, normalmente, ligados à estrutura da fábrica, o ideal é utilizá-los em 
sua capacidade máxima, ou seja, não vale a pena pagar o aluguel de um galpão e utilizar apenas 50% 
do seu espaço, isso encarece o processo produtivo.
Assim como os custos fixos, as despesas fixas são aquelas que permanecem constantes dentro de 
determinado nível de atividade, mas estas, por sua vez, estão relacionadas à geração de receitas. Em 
outras palavras, as despesas fixas permanecem constantes, independentemente do volume de vendas 
ou de prestação de serviços. 
São exemplos de despesas fixas:
• Aluguel da administração. 
• Salários e encargos dos funcionários da administração. 
• Internet/telefone da administração. 
• Segurança do prédio administrativo. 
• Depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na administração. 
39
UNIDADE 2
De forma geral, o comportamento dos gastos fixos, ou seja, dos custos e despesas fixas, pode ser 
observado na Figura 1, em que eles permanecem constantes enquanto o volume de produção sofre 
alterações significativas.
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Quantidade Gastos Fixos
Figura 1 – Comportamento dos gastos fixos / Fonte: os autores.
Os custos variáveis são afetados diretamente pelo volume de produção, ou seja, conforme aumenta 
ou diminui a quantidade de produtos fabricados, esses custos também aumentam ou diminuem 
proporcionalmente.
Segundo Oliveira e Perez Junior (2012, p. 70), os custos variáveis possuem as seguintes características:
 • [...] seu valor total varia na proporção direta do volume de produção;
 • o valor é constante por unidade, independente da quantidade produzida;
 • a alocação aos produtos ou centros de custos é normalmente feita de forma direta, 
sem necessidade de utilização de critérios de rateio.
Descrição da Imagem: a imagem se refere a um gráfico de linhas que compara a quantidade com os gastos fixos. Na posição vertical, 
existe uma escala numérica que varia, de baixo para cima, de zero a sete mil. Na posição horizontal, existe uma escala de tempo que se 
inicia da esquerda para a direita — de janeiro até dezembro. A linha azul representa a quantidade que apresenta significativas variações 
ao longo dos meses: no mês de janeiro, apresenta 2.000; nos meses de fevereiro a abril, esse valor apresenta-se em uma crescente, 
chegando a 6.000 no mês de abril; já no mês de maio, tem uma grande queda, chegando a 1.700; depois, volta a subir nos meses junho 
e julho, chegando a 3.900 em julho; depois, há, novamente, uma queda, chegando a 3.000 em agosto e, também, em setembro, depois, 
apresenta uma crescente até o fim do ano, chegando a 6.000 em dezembro. Por outro lado, a linha laranja representa os gastos fixos, 
que, de janeiro a agosto, apresenta um valor constante de 4.200; em setembro, aumentou para 5.800 e manteve esse valor até dezembro. 
40
UNICESUMAR
São exemplos de custos variáveis:
• Matéria-prima.
• Material de embalagem.
• Material secundário.
• Mão de obra direta.
Para exemplificar, vejamos a Tabela 3, que demonstra a variação do gasto com matéria-prima a de-
pender da quantidade produzida.
Meses Quantidade produ-zida
Custo com maté-
ria-prima em cada 
unidade produzida
Custo total com 
matéria-prima no 
período
Jan 700 R$ 35,00 R$ 24.500,00
Fev 800 R$ 35,00 R$ 28.000,00
Mar 1000 R$ 35,00 R$ 35.000,00
Abr 500 R$ 35,00 R$ 17.500,00
Mai 1200 R$ 35,00 R$ 42.000,00
Total 4200 - R$ 147.000,00
Tabela 3 – Custos variáveis / Fonte: os autores.
Podemos verificar que o custo unitário com matéria-prima é fixo, ou seja, R$ 35,00 por unidade pro-
duzida. Contudo, conforme aumenta a produção ao longo dos meses, o gasto total com matéria-prima 
também aumenta na mesma proporção, caracterizando um custo variável.
Analogamente aos custos variáveis, as despesas variáveis sofrem alterações proporcionais às 
variações no volume de receitas. Assim, quanto maior for o volume de vendas, maior será o valor das 
despesas variáveis. 
São exemplos de despesas variáveis: 
41
UNIDADE 2
A Figura 2 demonstra o comportamento dos gastos variáveis, ou seja, dos custos e despesas variáveis 
em relação ao nível de produção da empresa. Observe que eles variam na mesma proporção.
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Quantidade Gastos Variáveis
Figura 2 – Comportamento dos gastos variáveis / Fonte: os autores.
A identificação dos gastos fixos e variáveis auxilia em decisões como terceirizar ou não uma determi-
nada atividade, expansão da produção ou da empresa, estratégias de marketing, entre outros.
Imagine uma loja de móveis que, quando vende seus produtos, gasta com frete para entregá-los. 
Caso a empresa mantenha veículo e motorista próprios, este gasto representará uma despesa fixa, pois, 
independentemente do número de vendas, ela terá que pagar o salário do motorista, a manutenção e o 
seguro do veículo e reconhecer a depreciação do bem. Contudo, se a empresa optar por terceirizar esse 
serviço, ele se tornará uma despesa variável, ou seja, só haverá gastos com frete quando vender seus 
produtos. Se o volume de vendas da empresa for alto, talvez, compense manter os gastos fixos com o 
Descrição da Imagem: a imagem se refere a um gráfico de linhas que compara a quantidade com os gastos variáveis. Naposição vertical 
existe uma escala numérica que varia, de baixo para cima, de zero a dez mil. Na posição horizontal, existe uma escala de tempo iniciando, 
da esquerda para a direita, em janeiro e indo até dezembro. A linha azul representa a quantidade que apresenta significativas variações 
ao longo dos meses: no mês de janeiro, apresenta 2.000; nos meses de fevereiro a abril, esse valor se apresenta em uma crescente, 
chegando a 6.000 no mês de abril; já no mês de maio, há uma grande queda, chegando a 1.700; depois, volta a subir nos meses de 
junho e julho, chegando a 3.900 em julho; depois, há, novamente, uma queda chegando a 3.000 em agosto e, também, em setembro; 
depois, apresenta uma crescente até o fim do ano, chegando a 6.000 em dezembro. Por outro lado, a linha verde representa os gastos 
variáveis que acompanha as variações de quantidade da linha azul: no mês de janeiro, apresenta 3.000; nos meses de fevereiro a abril, 
esse valor se apresenta em uma crescente, chegando a 9.000 no mês de abril; já no mês de maio, tem uma grande queda, chegando a 
2.500; depois, volta a subir nos meses junho e julho, chegando a 5.800 em julho; depois, há novamente uma queda, chegando a 4.500 
em agosto e, também, em setembro; depois, apresenta uma crescente até o fim do ano, chegando a 9.000 em dezembro.
42
UNICESUMAR
veículo e motorista, tendo em vista um maior controle sobre a entrega dos produtos, mas, caso o volume 
não seja tão alto, talvez, seja melhor terceirizar e reduzir os gastos. Esse foi apenas um exemplo de como 
a identificação dos gastos fixos e variáveis contribui com as decisões operacionais de uma empresa. 
Uma outra forma de classificar os gastos é a classificação dos gastos em relação aos produtos, 
que permite identificar os gastos diretos e indiretos. Os gastos diretos são aqueles que são possíveis de 
identificar como pertencentes a cada produto ou venda realizada. Já os gastos indiretos são aqueles que 
são difíceis de serem identificados como pertencentes a este ou àquele produto, assim como a esta ou 
àquela venda. Por esse motivo, esses gastos são apropriados através de métodos de rateio. 
Os custos diretos são os custos que podem ser identificados de forma objetiva e direta no produto. 
Dessa forma, não necessitam de critérios de rateio para serem alocados aos produtos fabricados ou aos 
serviços prestados. Assim, todos os recursos utilizados exclusivamente por um determinado produto 
representam custos diretos dele.
São exemplos de custos diretos:
• Matéria-prima.
• Material de embalagem.
• Material secundário.
• Mão de obra — quando quantificada por unidade produzida.
De acordo com Martins e Rocha (2010, p. 34), tais custos são assim classificados porque:
a) a identificação é direta;
b) a apropriação é objetiva;
c) a mensuração é precisa;
d) não há alocação subjetiva nem arbitrária; e
e) não é necessário realizar estimativas ou aproximações.
Vale ressaltar que, para ser classificado como custo direto, o gasto precisa ser identificado no produto 
ou no serviço específico, assim gastos identificados no processo produtivo, em geral, em que são fa-
bricados diversos produtos, não caracterizam custos diretos. 
Enquanto os custos diretos são facilmente identificados e apropriados aos produtos fabricados, 
as despesas diretas são facilmente identificadas e apropriadas em relação às receitas de vendas. São 
exemplo de despesas variáveis:
43
UNIDADE 2
• Impostos sobre vendas.
• Comissões.
• Fretes para entrega de produtos — quando quantificada por unidade vendida.
• Custo dos produtos vendidos ou dos serviços prestados.
Como você pôde perceber, os exemplos de gastos variáveis são os mesmos dos gastos diretos, isso 
não é uma coincidência. Normalmente, os gastos diretos, por serem identificados diretamente com o 
produto ou o serviço, também variam em relação à quantidade produzida ou vendida.
Os custos indiretos são aqueles que, por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou 
serviços, dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos. 
São exemplos de custos indiretos:
• Mão de obra indireta — representada pelo trabalho realizado nos departamentos auxiliares da 
indústria, como almoxarifado.
• Materiais indiretos.
• Aluguel da fábrica. 
• Depreciação das máquinas e dos equipamentos da fábrica.
Normalmente, os custos indiretos são responsáveis por beneficiar mais de um produto, assim não é 
possível identificar, de forma objetiva e direta, o valor a ser atribuído a cada produto. Por esse motivo, 
os custos indiretos são apropriados aos produtos por meio de critérios de rateio. O rateio nada mais é 
do que a distribuição do custo entre os produtos ou serviços realizados. 
Supondo que o aluguel de uma fábrica seja de R$ 10.000,00 mensais e que ela produza quatro 
modelos de produtos: A, B, C e D. Qual montante do custo do aluguel será direcionado para cada 
produto, sendo que a quantidade produzida de cada um é diferente? O aluguel pode ser identificado e 
mensurado diretamente em cada produto? A resposta é não. Será necessário recorrer a alguma forma 
subjetiva para alocar o custo do aluguel aos produtos.
Para apropriar os custos indiretos aos produtos, a empresa deve definir um parâmetro de distribui-
ção, chamado de base ou critério de rateio. Na Unidade 3 deste livro, abordaremos algumas formas de 
rateio utilizadas para a distribuição dos custos indiretos.
44
UNICESUMAR
As despesas indiretas se referem aos gastos que não podem ser identificados com precisão com as 
receitas geradas, ou seja, com as vendas ou serviços prestados, dessa forma, elas são consideradas des-
pesas do período. São exemplos de despesas indiretas:
• Salário do pessoal da área administrativa.
• Despesas financeiras.
• Imposto de renda e contribuição social.
• Aluguel da área administrativa.
• Salários e encargos dos funcionários da administração. 
• Depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na administração. 
Diferentemente dos custos indiretos que precisam ser alocados aos produtos por meio de bases de 
rateio, as despesas indiretas não são apropriadas às receitas geradas, elas são simplesmente consideradas 
como despesas do período. 
Assim como os gastos diretos, normalmente, também são variáveis, os gastos indiretos, normal-
mente, também são fixos. Os gastos indiretos, por não estarem ligados diretamente a um determinado 
produto ou à realização de um determinado serviço, na grande maioria das vezes, são gastos fixos.
A classificação dos gastos em diretos ou indiretos possibilita uma melhor análise da precisão do 
cálculo do custo de um produto ou serviço, assim como do cálculo do resultado de uma transação 
de venda. Os gastos diretos, conforme já apresentado, são identificados como pertencentes a este ou 
àquele produto, assim como a esta ou àquela venda. Essa informação traz segurança na hora de calcular 
o custo de um produto ou a despesa relacionada a uma venda. Contudo, os gastos fixos, na verdade, 
apenas os custos fixos, como são alocados por bases de rateio, geram um certo grau de arbitrariedade 
no cálculo do custo, por melhor que seja a base de rateio, o valor sempre será aproximado. 
O gasto com energia elétrica do departamento de produção pode ser classificado tanto como 
custo direto quanto indireto, isso porque depende da maneira como a empresa o controla. Caso 
a fábrica possua medidores que possibilitem a medição do consumo de energia por produto, 
esse gasto é classificado como direto. Por outro lado, se a empresa não possuir mecanismos 
para apurar o quanto cada produto consome de energia, esse gasto deverá ser apropriado 
aos produtos por meio de algum critério de rateio.
Fonte: os autores.
45
UNIDADE 2
Imagine o valor do salário do supervisor de uma fábrica: esse gasto representa um custo indireto e, 
como tal, deve ser apropriado aos produtos por meio de rateio. A base utilizada para o rateio deve estar 
relacionada ao quanto esse supervisor se dedicou para a fabricação de cada produto.Por mais próximo 
do valor que se chegue, é impossível saber EXATAMENTE o quanto o supervisor contribuiu para a 
fabricação de cada produto. 
Identificar os custos indiretos é importante justamente por causa da sua subjetividade. Empresas 
que apresentam, em sua produção, maior quantidade de custos diretos tendem a conseguir um cál-
culo mais preciso sobre o custo de cada unidade produzida, já empresas que apresentam uma grande 
quantidade de custos indiretos tendem a chegar a um valor aproximado de custo produção. 
O transporte, um dos gastos mais expressivos no Brasil, pode ser 
classificado como custo ou despesa, como fixo ou variável, como 
direto ou indireto, depende da situação. Quer entender um pouco 
mais sobre esse gasto? Então, acompanhe o podcast.
A seguir, uma figura que resume a classificação dos gastos com os respectivos exemplos.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/9248
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UNICESUMAR
Figura 3 – Resumo dos gastos / Fonte: Oliveira e Perez Junior (2012, p. 75).
É importante deixar claro que a classificação dos gastos em fixos ou variáveis, assim como em diretos 
ou indiretos, deve ser feita considerando as características de cada empresa. Por mais que tenhamos 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um diagrama que resume as classificações de gastos. Inicialmente, temos os gastos que 
representam o consumo de bens e serviços. Estes são divididos em custos e despesas. Os custos são gastos incorridos na produção 
de novos bens ou serviços e são divididos em diretos e indiretos. Os custos diretos são apropriados de forma objetiva por meio de 
controles. Ligados aos custos diretos, estão os custos variáveis, em que o total é variável em relação ao volume produzido. Por fim, um 
exemplo de custo direto e variável é o material direto. Os custos indiretos são apropriados de forma subjetiva por critério de rateio. 
Ligados aos custos indiretos, estão os custos fixos, em que o total é constante em relação ao volume produzido. Por fim, um exemplo 
de custo indireto e fixo é o aluguel da fábrica. As despesas são gastos incorridos no processo de geração de receitas e são divididas em 
diretas e indiretas. As despesas diretas são apropriadas de forma objetiva por meio de controles. Ligadas às despesas diretas, estão as 
despesas variáveis, em que o total é variável em relação ao volume de receitas. Por fim, um exemplo de despesa direta e variável é a 
comissão sobre vendas. As despesas indiretas não necessitam de apropriação. Ligadas às despesas indiretas, estão as despesas fixas, em 
que o total é constante em relação ao volume de receitas. Por fim, um exemplo de despesa indireta e fixa é o aluguel da administração.
47
UNIDADE 2
apresentado alguns exemplos, eles podem se comportar de maneiras diferentes em cada empresa, ou 
seja, o que apontamos como exemplo de gasto fixo pode ser um gasto variável a depender da situação. 
Outro esclarecimento é que, quando falamos em classificação dos gastos segundo a Contabilidade, 
sempre devemos observar os seus comportamentos em relação à unidade de cada produto ou serviço 
prestado, assim como à realização de cada venda. Por exemplo, um custo, para ser direto, precisa ser 
identificado de forma objetiva na unidade do produto final. 
Contudo, em outras áreas de conhecimento, essa mesma classificação pode ser feita, mas ao utilizar 
objetos diferentes. Por exemplo, uma transportadora que presta serviços por meio de diferentes mo-
dais pode querer apurar os gastos diretos e indiretos, assim como os fixos e variáveis de cada modal, 
e não necessariamente relacionados a cada serviço de frete realizado. Da mesma forma, uma grande 
corporação pode querer conhecer o comportamento dos gastos de cada uma das suas filiais, assim 
a classificação levará em consideração a unidade como um todo, e não cada um dos seus produtos. 
 A seguir, alguns exemplos de classificação dos gastos.
a) Consumo de tecido em uma fábrica de roupas
Recurso
Tipo de gasto
Classi�cação
Tecido
Custo
Variável Direto
Figura 4 – Exemplo de classificação de custo variável e direto / Fonte: os autores.
Nesse caso, o tecido é uma matéria-prima da indústria têxtil. O tecido é um custo, pois é consumido 
no processo produtivo. Conforme aumenta ou diminui o volume de produção, o consumo de tecido 
aumenta ou diminui na mesma proporção, dessa forma, configura-se como custo variável. E, como é 
possível saber a quantidade de tecido gasto em cada peça de roupa, ele também é considerado custo direto. 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um diagrama que classifica o consumo de tecido em uma fábrica de roupas. Inicialmente, 
apresenta-se o recurso que, nesse caso, é o tecido. O tipo de gasto do tecido é: custo. Por fim, a classificação desse custo é: variável e direto.
48
UNICESUMAR
b) Depreciação de equipamentos da fábrica de eletrodomésticos
Recurso
Tipo de gasto
Classi�cação
Depreciação
Custo
Fixo Indireto
Figura 5 – Exemplo de classificação de custo fixo e indireto / Fonte: autores.
Tendo em vista que o recurso é utilizado no processo produtivo, o tipo de gasto é um custo. Como a 
depreciação é, normalmente, calculada de forma linear, independentemente do volume ou da existência 
de produção, trata-se de um custo fixo. Considerando que a fábrica produz vários tipos de produtos e 
que não é possível identificar, de forma precisa e clara, quanto de depreciação incorre em cada produto 
fabricado, trata-se de um custo indireto.
c) Impostos sobre as vendas 
Recurso
Tipo de gasto
Classi�cação
Impostos
Despesa
Variável Direto
Figura 6 – Exemplo de classificação de despesa variável e direta / Fonte: os autores.
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um diagrama que classifica a depreciação de equipamentos da fábrica de eletrodomésticos. 
Inicialmente, apresenta-se o recurso que, nesse caso, é a depreciação. O tipo de gasto da depreciação é: custo. Por fim, a classificação 
desse custo é: fixo e indireto.
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um diagrama que classifica os impostos sobre as vendas. Inicialmente, apresenta-se o recurso 
que, nesse caso, são os impostos. O tipo de gasto dos impostos é: despesa. Por fim, a classificação dessa despesa é: variável e direta.
49
UNIDADE 2
Os impostos sobre as vendas são gerados junto à receita, em uma fase posterior ao produto estar pronto, 
nesse caso, representam uma despesa. Quanto mais se vende, mais impostos sobre vendas se gera, e 
o contrário também ocorre, assim trata-se de uma despesa variável. É possível identificar e medir, de 
forma clara, o imposto de cada produto, logo ele é considerado direto. Esclarecemos que o exemplo 
se refere aos impostos sobre as vendas, normalmente, evidenciados na nota fiscal, e não aos impostos 
sobre o lucro, como é o caso do Impostos de Renda e da Contribuição Social. 
d) Aluguel do prédio da administração da fábrica de eletrodomésticos
Recurso
Tipo de gasto
Classi�cação
Aluguel Adm
Despesa
Fixa Indireta
Figura 7 – Exemplo de classificação de despesa fixa e indireta / Fonte: os autores.
Como o aluguel é um recurso consumido na administração, logo é uma despesa. O aluguel também 
não sofre variações quando se produz mais ou menos, por isso, ele é considerado uma despesa fixa. 
Se a administração fizer a gestão e venda de vários produtos e não for possível identificar, de forma 
precisa e clara, quanto de aluguel incorre em cada produto vendido, trata-se de uma despesa indireta.
Como a classificação dos gastos é feita com base no comportamento que estes apresentam, ela con-
tribui significativamente com decisões operacionais sobre o negócio. Imagine que uma empresa quer 
aumentar a quantidade de produtos fabricados por mês e, assim, atender mais clientes. Quem tomará 
essa decisão precisa estar ciente que, conforme a produção aumenta, os custos variáveis também au-
mentarão na mesma proporção, assim é necessário conhecer quais são esses custos e seus respectivos 
montantes para analisar a viabilidade econômica desse projeto. Esse é apenas um exemplo de

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