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Sonia Castellar Igor de Paula Geografia ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA 8 MANUAL DO PROFESSOR SONIA MARIA VANZELLA CASTELLAR (Sonia Castellar) Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra em Didática pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Livre-docente na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Professora titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). IGOR RAFAEL DE PAULA (Igor de Paula) Licenciado em Geografia pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG). Mestre em Ciências (Geografia Humana) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Professor da rede privada no município de São Paulo (SP). 1a edição São Paulo • 2022 Geografia ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA 8 MANUAL DO PROFESSOR Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Castellar, Sonia Maria Vanzella A conquista geografia : 8o- ano : ensino fundamental : anos finais / Sonia Maria Vanzella Castellar, Igor Rafael de Paula. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022. Componente curricular: Geografia. ISBN 978-85-96-03521-7 (aluno) ISBN 978-85-96-03522-4 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Paula, Igor Rafael de. II. Título. 22-114772 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380 A Conquista – Geografia – 8o- ano (Ensino Fundamental – Anos Finais) Copyright © Sonia Maria Vanzella Castellar, Igor Rafael de Paula, 2022 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção de conteúdo e negócios Cayube Galas Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva Edição Deborah D’ Almeida Leanza (coord.), Aroldo Gomes Araujo, Camila de Souza Peixoto Ribeiro, Lucas Abrami, Mariana de Lucena Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.), Carolina Machado Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Andréa Dellamagna (coord.), Sergio Cândido Projeto de capa Sergio Cândido Imagem de capa Evgenii Zotov/Getty Images Arte e Produção Vinícius Fernandes (coord.), Sidnei Moura, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.) Diagramação Nany Produções Gráficas Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Amandha Baptista, Érica Brambila Iconografia Isabela Cristina Di Genaro, Jonathan Santos Ilustrações Alex Argozino, Alex Silva, Bentinho, Dacosta, Luis Moura, Selma Caparroz, Sérgio Fiori, Sonia Vaz Cartografia Allmaps, Dacosta Mapas, Ericson Guilherme Luciano, Robson Rocha/K2lab Design, Sonia Vaz Cara professora e caro professor, O conhecimento geográfico é como uma rede: ele é construído por meio de um “tear” que liga “fios” de diferentes lugares, paisagens e culturas. Esses fios criam uma trama que nos permite conhecer e entender as ações das pessoas em diferentes tempos. Estamos sempre em movimento, nada permanece estável, e essas transformações ocorrem no tempo e no espaço. Para conhecer os motivos das mudanças e decifrá-las, lançamos mão do uso de mapas, livros, fotos, textos e outras representações. Ao observarmos a realidade, lemos o mundo por meio do conhecimento geográfico, construído com base nos conceitos de lugar, território, natureza, paisagem, região, tempo e sociedade, percebendo a importância das ações das pessoas na transformação do ambiente, dos elementos físico-naturais e da apropriação dos recursos da natureza. Por isso, pensamos esta obra como um meio de fomentar a vontade de aprender. Acreditamos que, por meio de questionamentos e do espírito investigativo, podemos entender a realidade e os contextos existentes em diferentes espaços e tempos. Por meio deste Manual, oferecemos a você, professora, e a você, professor, estratégias de formação continuada e suges- tões de metodologias que possam auxiliá-los a ampliar conceitualmente as práticas pedagógicas, além, é claro, de apresentar o Livro do estudante e as orientações específicas que podem contribuir para o desenvolvimento de aulas, trabalhos de campo, avaliações etc. O grande objetivo deste trabalho é propiciar o que é necessário para que os estudantes assumam seu processo de aprendizagem e tenham parâmetros e valores consistentes para definir seus projetos de vida. Desejamos um excelente trabalho! Os autores. APRESENTAÇÃ O CONHEÇA O MANUAL DO PROFESSOR ........................................VI CONHEÇA O LIVRO DO ESTUDANTE ............................................VIII ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO ....................................X 1 Propostas teórico-metodológicas da obra e a BNCC ...............X 1.1 Uma visão geral ............................................................................................ X 1.2 Competências ................................................................................................ X 1.3 Unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades ...XIII 1.4 Articulação da obra com a BNCC .....................................................XVIII 1.5 Categorias geográficas ........................................................................XXIII 1.6 O trabalho com os Temas Contemporâneos Transversais ......XXIV 2 O pensamento espacial ........................................................................XXVI 2.1 Fundamentos ..........................................................................................XXVI 2.2 Relação entre o pensamento espacial e o conteúdo da obra .....................................................................................................XXVII 2.3 Conexão pedagógica entre Cartografia e Geografia ............XXVIII 3 Aspectos estruturais da obra ...........................................................XXIX 3.1 Metodologias ativas de aprendizagem ........................................XXIX 3.2 Mais sugestões de metodologias .............................................. XXXVIII 3.3 O pensamento computacional .............................................................XLI 3.4 Estrutura geral .........................................................................................XLIII 4 Avaliação e construção de conhecimento ................................ XLIV 5 Referências bibliográficas comentadas ........................................XLV 6 Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento, competências e habilidades da BNCC e planejamento do volume .................................................................XLVIII 6.1 Volume do 8º- ano................................................................... XLVIII 7 Avaliações do volume 8 ................................................................................L SUMÁRIO ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS DO VOLUME 8 UNIDADE 1 O SISTEMA-TERRA E A OCUPAÇÃO DOS POVOS NA AMÉRICA E NA ÁFRICA ......................................................12 CAPÍTULO 1 As interações dinâmicas do Sistema-Terra .........................14 CAPÍTULO 2 Os deslocamentos humanos ................................................... 30 UNIDADE 2 A ORIGEM DOS POVOS E A COLONIZAÇÃO NOS CONTINENTES AMERICANOE AFRICANO ..............................46 CAPÍTULO 3 A ocupação e a formação dos povos .................................. 48 CAPÍTULO 4 As colonizações e as disputas territoriais .......................... 68 UNIDADE 3 OS TERRITÓRIOS E AS REGIÕES AMERICANAS E AFRICANAS .......................................................................................................84 CAPÍTULO 5 Os territórios, as fronteiras e os Estados-nações ............ 86 CAPÍTULO 6 A regionalização da América e da África ........................105 UNIDADE 4 AS DINÂMICAS DAS POPULAÇÕES AMERICANAS E AFRICANAS NA ATUALIDADE ............................ 128 CAPÍTULO 7 Os indicadores socioeconômicos ......................................... 130 CAPÍTULO 8 As migrações contemporâneas e os conflitos regionais ..........................................................................................144 UNIDADE 5 OS RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS DA AMÉRICA E DA ÁFRICA .....................................................................164 CAPÍTULO 9 Os usos e as disputas pelos recursos minerais ...............166 CAPÍTULO 10 As fontes de energia .............................................................. 176 UNIDADE 6 A PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL DA AMÉRICA E DA ÁFRICA ..............................................................................194 CAPÍTULO 11 A produção agropecuária ....................................................196 CAPÍTULO 12 O trabalho e a indústria ....................................................... 216 UNIDADE 7 O ESPAÇO URBANO NA AMÉRICA E NA ÁFRICA .........................................................................................................234 CAPÍTULO 13 O processo de urbanização ..................................................236 CAPÍTULO 14 Os desafios e os problemas urbanos ...............................250 UNIDADE 8 A GEOPOLÍTICA MUNDIAL E OS DESAFIOS AMBIENTAIS .............................................................................266 CAPÍTULO 15 As relações econômicas no mundo contemporâneo ..268 CAPÍTULO 16 As negociações e os desafios ambientais globais ......284 4 Avaliação e construção de conhecimentoNesta obra, a avaliação é compreendida como parte do processo de ensino e aprendizagem. Quando tratamos da avaliação no cotidiano escolar, nós nos envolvemos também com a prática docente e com o currículo escolar. A avaliação não é um fato isolado ou apenas uma maneira de quantificar o conhecimento dos estudantes, mas um instrumento que nos permite saber se houve ou não aprendizagem.Ao avaliar, deve-se ter condições de diagnosticar os problemas relacionados à aprendizagem (se cognitivo ou afetivo; se há dificuldade ou bloqueio). Consideramos que a avaliação é um processo e que cada proposta desenvolvida na sala de aula tem o potencial de fornecer instrumentos e dados para avaliar se o caminho que estamos percorrendo deve ou não ser repensado. Podemos, portanto, com base nessa reflexão, considerar cinco questões básicas para se pensar a avaliação: o quê? Como? Por quê? Quem? Para quê? Tendo claras as respostas para essas questões, o processo de avaliação será mais tranquilo e coerente com o projeto educacional trabalhado. O que avaliar? Como definir uma avaliação? Quais são os seus objetivos? Que tipos de conteúdo e informação devem ser trabalhados? Como os estudantes adquiriram o conhecimento? Questões como essas podem contribuir para uma reflexão acerca do processo de ensino e aprendizagem e evitar que as avaliações tenham apenas caráter quantitativo e classificatório. Entendemos que as atividades, como exercícios, pesquisas e trabalhos em grupo, devem ser avaliadas para que se tenha uma visão do andamento do processo de aprendizagem dos estudantes. Esses procedimentos estão relacionados com uma concepção de aprendizagem, uma vez que se conectam a estratégias empregadas para a construção de um conceito e, consequentemente, para o desenvolvimento de um conteúdo. Acreditamos que o objetivo principal é auxiliar os estudantes na organização do pensamento e na formação do pensamento científico – e essas operações mentais devem ser incentivadas pelos professores em diversos momentos em sala de aula. Operar mentalmente é agir sobre o pensamento, é dar sentido ao conhecimento que se está adquirindo, é auxiliar os estudantes para que sejam capazes de reconstruir por si sós aquilo que aprenderam. Por isso, a avaliação torna-se um recurso a ser utilizado não apenas em um contexto de prova formal, mas ao longo de todo o processo educativo. O professor deve, portanto, utilizar diversos instrumentos de avaliação, como atividades de construção de um jogo ou de uma maquete, de trabalho de campo, entre outras, de modo a ter elementos variados para a realização de uma avaliação do desempenho dos estudantes, individualmente e/ou em grupo. A avaliação individual é necessária para que os estudantes se certifiquem de suas responsabilidades no processo educativo e, fundamentalmente, para avaliar a aprendizagem conceitual. Ao concebermos esta obra de Geografia, pro- curamos fornecer situações de ensino e de aprendizagem que se articulassem ao objetivo de desenvolver competências e habilidades indispensáveis para a formação da visão crítica dos estudantes como cidadãos. Assim, a avaliação deve investigar em que medida os estudantes estabelecem relações entre conteúdos, conceitos e processos relacionados ao cotidiano – em diferentes escalas e conexões. Além disso, a avaliação deve aferir até que ponto houve apropriação dos conceitos e procedimentos que permitem aos estudantes a compreensão de si próprios como parte do espaço geográfico e como sujeitos dele. Por meio de diferentes situações de aprendizagem, é possível identificar os conceitos dominados pelos estudantes e aqueles que necessitam ser revisitados.Recomenda-se, assim, que a avaliação seja contínua e não fique restrita à circunstância espaçotemporal das provas tradicionais. Devem ser consideradas participações em aula, exposições orais, debates, pesquisas, entrevistas e trabalhos de campo. XLIV D3-GEO-2105-F2-V6-MPG-010-047-G24-COMUM.indd 44 D3-GEO-2105-F2-V6-MPG-010-047-G24-COMUM.indd 44 5 Referências bibliográficas comentadas AMARAL, Sérgio Ferreira do; BARROS, D aniela Melaré Vieira. Estilos de aprendizagem no contexto educati vo de uso das tecnologias digitais interativas. In: SIMPÓSIO INTERN ACIONAL SOBRE NOVAS COMPETÊNCIAS EM TECNOLOGIAS D IGITAIS NA EDUCAÇÃO, 1., 2007, São José dos Campos. Anais [...]. São José dos Campos, 2007. Disponível em: http://lantec.fae. unicamp.br/lantec/pt/tvdi_ portugues/daniela.pdf. Acesso em: 18 a go. 2022. O artigo analisa os estilos de aprendizag em e o contexto da utilização de recursos tecnológicos. BRACKMANN, Christian Puhlman n. Desenvolvimento do pensamento computacion al através de atividades desplugadas na educação bá sica. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação, UFRGS, Po rto Alegre, 2017. O pensamento computacional é uma a bordagem de ensino que usa diversas técnicas oriundas da Ciência da Computação e vem gerando um novo foco educacional no quesito inov ação nas escolas mundiais, como um conjunto de competências de solu ção de problemas que devem ser compreendidas por uma nova geração de estudantes juntamente com as competências essenciais da atualidad e, como o pensamento crítico. BRASIL. Ministério da Educação. B ase Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versã o final. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenac ionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofin al_site.pdf. Acesso em: 13 ago. 2022. A Base Nacional Comum Curricular (B NCC) é um documento de caráter normativo que define o con junto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapase modalidades da Ed ucação Básica. BRASIL. Ministério da Educação. T emas Contemporâneos Transversais na BNCC: contexto h istórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, DF: MEC, 201 9. Disponível em: http:// basenacionalcomum.mec.gov.br/image s/implementacao/contex- tualizacao_temas_contemporaneos.pdf . Acesso em: 18 ago. 2022. No contexto de uma educação voltada para a cidadania, os Temas Contemporâneos Transversais são propos tos como objeto de aprendizagem e de reflexão dos estudantes a respeito d e questões sociais. BRASIL. [Constituição (1988)]. Cons tituição da República Federativa do Brasil de 1988. Bra sília, DF: Presidência da República, [2022]. Disponível em: htt p://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 25 jun. 2022. A Carta Magna serve de parâmetro p ara as demais legislações do país. BRASIL. Ministério da Educação. Compe tências socioemocionais como fator de proteção à saúde m ental e ao bullying. Brasília, DF: MEC, [20--]a. Disponível em: ht tp://basenacionalcomum. mec.gov.br/implementacao/pratica s/caderno-de-praticas/ aprofundamentos/195-competencias-so cioemocionais-como-fator- de-protecao-a-saude-mental-e-ao-bullyin g. Acesso em: 6 jun. 2022. Aborda como o manejo das emoçõ es, por meio da educação socioemocional, pode ajudar a combat er a prática do bullying. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezemb ro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional . Diário Oficial da União, ano 134, n. 248, p. 27833-27841, 23 d ez. 1996. Aprovada em 1996, a lei regula todo o sistema escolar do Brasil, garantindo o direito à educação. BRASIL. Ministério da Educação. Me todologia de pesquisa na escola. Brasília, DF: MEC, [20--] b. Disponível em: http:// basenacionalcomum.mec.gov.br/im plementacao/praticas/ caderno-de-praticas/aprofundament os/192-metodologia-de- pesquisa-na-escola. Acesso em: 7 jun. 2 022. Aborda os procedimentos de pesquisa na escola como um trabalho sistemático e interdisciplinar de orienta ção de estudo. BRASIL. Ministério da Educação. Métod os de diagnóstico inicial e processos de avaliação diver sificados. Brasília, DF: MEC, [20--]c. Disponível em: http://basena cionalcomum.mec.gov.br/ implementacao/praticas/caderno-de-prat icas/aprofundamentos/194- metodos-de-diagnostico-inicial-e-process os-de-avaliacao-diversificad os?highlight=WyJhdmFsaWFcdTAwZTdc dTAwZTNvIl0=. Acesso em: 14 jun. 2022. Aborda as práticas de ensino comprometi das com a aprendizagem ativa dos estudantes, com base no levantamen to dos conhecimentos prévios. CARLOS, Ana Fani Alessandri. Novos c aminhos da Geografia. 1. ed. São Paulo: Contexto. 1999. Essa obra é uma coletânea que trata de diferentes temas geográficos, como: mudanças ambientais, sociedad e e natureza, cidade e formas de comércio, lugar e cotidiano, agrária e re gião. CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. A professora ressignifica o conceito de lug ar, atribuindo-lhe a dimensão do espaço de vivência com o qual se int erage e se estabelecem vínculos. CASTELLS, Manuel. O poder da com unicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. Castells analisa a sociedade discutindo como as relações de poder foram modificadas pelo novo ambiente das comunicações. CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (org.). Geografia: con ceitos e temas. 14. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. A obra é um esforço coletivo de reflexã o e atualização dos debates da Geografia contemporânea, tanto n a reconstrução de seus conceitos fundadores como nas possibilidades de sua aplicação aos problemas das sociedades atuais. CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (org.). Olhares geográ ficos: modos de ver e viver o espaço. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertran d Brasil, 2012. A obra possibilita entender o sentido d e espaço público e político na Geografia por meio das configurações e spaciais, localizações e trajetos nas cidades, com base em simbologias, pai sagens e culturas. CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (org .). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Por to Alegre: Mediação, 2000. Os autores trazem discussões teóricas e reflexões sobre algumas práticas vigentes nas escolas, além de a tividades sugeridas que favorecem a construção de conceitos pelos estuda ntes. XLV 19/08/22 15:3819/08/22 15:38 CONHEÇA O MANUAL DO PROFESSOR ORIENTAÇÕES GERAIS Propostas teórico-metodológicas da obra e a BNCC Principais conceitos e temas da Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental, quadros de competências e de habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e suas conexões com a obra. Esses selos indicam que serão desenvolvidas orientações específicas para as duas competências. Outras ocorrências aparecem ao longo das orientações, mas nestas atividades há um destaque maior. O pensamento espacial Os fundamentos do pensamento espacial, suas conexões pedagógicas e sua realização na obra são os assuntos deste tópico. Avaliação Uma discussão da avaliação como ato contínuo e como esse componente do processo educacional pode ser utilizado por meio das atividades e das seções da obra. Aspectos estruturais da obra Algumas das metodologias ativas, a organização da obra e a proposta pedagógica são os temas deste tópico. Referências bibliográficas comentadas Obras teóricas e conceituais que serviram de base para construir este Manual. Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento, competências e habilidades da BNCC e planejamento do volume Um mapeamento completo do volume que vai auxiliar o seu planejamento ao longo do ano. Avaliações do volume Sugerimos, em cada volume, algumas estratégias avaliativas que podem ser utilizadas em diferentes etapas do processo de ensino-aprendizagem. ARGUMENTAÇÃO ORAL COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO 1 Propostas teórico-metodológicas da obra e a BNCC 1.1 • Uma visão geral A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no seu artigo 2o, explica que “[a] educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1996, p. 7). A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) garante, por meio das competências gerais, o desenvolvimento dos estudantes, visando a uma formação crítica e cidadã, corroborando o artigo 210 da Constituição Federal de 1988, que prevê: “Serão fixados conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL, 1998, p. 124). É com base nesses princípios – e ainda compreendendo a importância do ensino de Geografia em toda a Educação Básica – que organizamos a obra, estruturada em uma concepção de ensino e de aprendizagem que dá ênfase à cons- trução do conhecimento e supera a dicotomia entre as ações humanas e os elementos físico-naturais. Ao ponderarmos a construção do conhecimento escolar como processo, consideramos que a percepção dos fenômenos e da realidade pode ser levada tanto pelos sentidos quanto pelas relações e conexões presentes no cotidiano. Assim, das abordagens para o ensino e a aprendizagem apresentadas na BNCC e da concepção teórico-metodológica, assumidas nesta obra do 6o ao 9o ano, consideramos relevante destacar: • a articulação e a indissociabilidade da Cartografia em relação à educação geográfica e ao desenvolvimento do pensamento espacial dos estudantes; • a importância da Cartografia como linguagem no processo de ensino e de aprendizagem no Ensino Fundamental, principalmente nos Anos Finais;• a consideração do encadeamento dos conteúdos, princípios e conceitos à vivência dos estudantes– facilitando, portanto, a conexão de categorias, conceitos e métodos geográficos em sala de aula, por meio do estímulo à interação com o conhecimento geográfico. A aprendizagem, na perspectiva teórica socioconstrutivista assumida nesta obra, tem importância na medida em que compreendemos a construção do conhecimento geográfico em sala de aula por meio de um ambiente com ações impulsionadoras, críticas e mediadas por diferentes saberes; com discussões que considerem as representações dos estudantes quanto à realidade na qual vivem e em que seja possível pôr em jogo as várias concepções acerca dos objetos de estudo, oferecendo explicações coerentes e mais profundas sobre os objetos e os fenômenos. Assim, o encadeamento dos conteúdos desta obra propõe uma condução que considera a transição cognitiva, recorrendo às representações para a apreensão do real e usando abstrações para a assimilação do concreto, sem cair nas armadilhas da simplificação ou das abordagens meramente mnemônicas – desafio potente e inescapável, sempre presente na educação geográfica. Essa condução considera, ainda, as mudanças na história do pensamento geográfico desde os anos 1980 e as que ocorreram no campo da didática e das concepções do ensino e da aprendizagem. 1.2 • Competências Conhecer as competências e as habilidades da BNCC é importante para que compreendamos que saberes e capaci- dades cognitivas, afetivas e sociais estamos trabalhando com os estudantes. As situações de aprendizagem podem contribuir para que eles mobilizem os saberes e as capacidades em problemas análogos e, com isso, perceberemos se estamos avaliando com eficácia e coerência. X D3-GEO-2105-F2-V6-MPG-010-047-G24-COMUM.indd 10 D3-GEO-2105-F2-V6-MPG-010-047-G24-COMUM.indd 10 Geografia (estatuto epistemoló gico) Categoria s geográfi cas • Na tureza, pai sagem, ter ritório, reg ião, rede e lugar. Princípios • Analogia , padrão es pacial, con exão, local ização, ord em, diferen ciação e causalidade . Situação g eográfica • Eventos e m que se r elacionam o fenômen o a ser ana lisado, em um determinad o tempo e lugar, asso ciado aos e lementos f ísicos natu rais e às ações an trópicas. Fonte: Ela borado es pecialmen te para es ta obra. 2.2 • Rela ção entre o pensam ento espa cial e o co nteúdo da obra O pensame nto espacia l permeia a obra, send o considera do parte da metodolog ia para a el aboração e struturada das sequências didáticas d as atividad es propost as, sobretu do nas seçõ es especiai s da obra. Basicamen te apoiada s na taxon omia do p ensamento espacial (J O; BEDNAR Z, 2009) e nos difere ntes níveis inter- pretativos do trabalho com os m apas (SIMIE LLI, 1996; 1999), as a tividades d essas seçõe s foram or ganizadas em uma continuidad e baseadas em uma re ferência de exames do s mais simp les aos ma is complexo s em termo s cognitivo s. NÍVEIS DE TRABALH O COM OS MAPAS (R EPRESENT AÇÕES) Menor Maior E x ig ê n ci a c o g n it iv a Localizaçã o Análise Correlação Síntese TAXONOM IA DO PENSAMEN TO ESPACI AL Menor Maior E x ig ê n ci a c o g n it iv a Conceitos espaciais primitivos Processos de racioc ínio de en trada Conceitos espaciais primitivos , simples e complex os Processos de racioc ínio de entrad a, process amento e saída Conceitos espaciais primitivos e simples Processos de racioc ínio de en trada e processam ento Fontes: Sim ielli (1996 ; 1999). Jo e Bedn arz (2009) . Ao proporm os a comp aração ent re os níveis de trabalh o com os m apas e as t axonomias do pensam ento espac ial, pretendem os destaca r que a ha bilidade ne cessária pa ra ler e com preender u m mapa é complexa e , por isso, deve ser estimulada desde os A nos Iniciais da Educaç ão Básica. E D IT O R IA D E A R T E XXVII D3-GEO -2105-F 2-V6-MP G-010-0 47-G24- COMUM .indd 2 7 D3-GEO -2105-F 2-V6-MP G-010-0 47-G24- COMUM .indd 2 7 19/08/22 15:38 19/08/22 15:38 Antes Lição de casa da aula anterior. Tradicional Invertida Durante Primeira exposição de um novo tema pelo professor. Depois Aprofundamento da compreensão do tema por meio de lição de casa. 1. Depois de estudar o que é Arqueologia e sítio arqueológico, você e seu grupo vão analisar a escola como um sítio arqueológico. 2. Pesquisem as fontes de informação locais, como arquivos, atas antigas da Associação de Pais e Mestres, troféus que a escola ganhou, livros antigos da biblioteca, fotografias, brinquedos, materiais esportivos etc.3. Procurem descobrir como a escola era no início, se sofreu alguma reforma, se o número de estudantes aumentou e o quanto, o que existia nesse espaço antes de ela ser construída, se o local foi habitado por algum grupo social etc. Para isso, pesquisem os arquivos disponíveis e tomem o depoimento de funcionários antigos e de membros da comunidade próxima. 4. Façam um relatório escrito sobre o que encontraram na pesquisa.5. Em uma roda de conversa, exponham seu relatório e atentem-se aos demais grupos.Como instrumentos avaliativos, o professor pode utilizar o envolvimento dos estudantes, a pesquisa realizada, a elaboração do relatório e a apresentação aos colegas. 3.1.10 • Sala de aula invertida O ato de inverter, em seu significado, carrega naturalmente um sentido mais abrangente do que apenas “alterar” algo; trata-se, primordialmente, de virar alguma coisa em sentido oposto ao que está dado. Tomando-se por base esse pressuposto, a sala de aula invertida é uma metodologia que reorganiza não apenas o trabalho do professor na escola ou o trabalho dos estudantes em casa, mas o próprio modelo de construção do conhecimento nessa relação entre ensino e aprendizagem. A inversão dessa lógica compreende o professor como alguém que possibilita aos estudantes tomar conhecimento de um dado assunto por meio de uma aula expositiva registrada (que pode ser disponibilizada como videoaula, por exemplo) ou de uma sequência ilustrada (uma apresentação de slides). Com base no contato planejado e intencional dos estudantes com esses materiais, o docente poderá recebê-los em sala de aula para responder às suas dúvidas e acompanhá-los na realização de exercícios, pesquisas e projetos. A proposta da metodologia da sala de aula invertida reorganiza dois elementos essenciais da chamada cultura escolar: a ordem de realização das atividades e a organização do tempo e do espaço dessa sequência. O diagrama a seguir mostra essa reorganização. Metodologias de sala de aula Elaborado com base em: FLIPPED Classroom Field Guide, 2016. Antes Primeira exposição por meio de vídeos ou leituras. Depois Revisão do tema e extensão do aprendizado + preparação para a próxima aula Durante Aprofundamento do aprendizado por meio de projetos, atividades, com mediação do professor. E S S L/ S H U T T E R S TO C K .C O M ; E D IT O R IA D E A R T E XXXVI D3-GEO-2105-F2-V6-MPG-010-047-G24-COMUM.indd 36 D3-GEO-2105-F2-V6-MPG-010-047-G24-COMUM.indd 36 VI BNCC na unidade São destacadas as competências gerais, da área do conhecimento e específicas de Geografia da BNCC que são trabalhadas com maior ênfase no desenvolvimento da unidade. Ao longo das orientações da unidade, algumas dessas competências e habilidades são comentadas de forma mais detalhada, articulando-se o modo como são trabalhadas no conteúdo. Encaminhamento Texto de auxílio com sugestões de procedimentos; indicação de possibilidades de exploração das imagens, dos textos e das atividades; detalhamento de informações sobre uma imagem ou fonte textual; explicação de conceitos e sugestões de ampliação do conteúdo por meio de estratégias didáticas. Em algumas páginas, são destacadas as orientações das seções Pense e responda e Fórum. As orientações específicas, correspondentes ao Livro do estudante, são sugestões de estratégias didático-pedagógicasque buscam auxiliar o trabalho do professor dentro e fora da sala de aula. São compostas de sugestões de abordagens, respostas de atividades, textos, indicações e atividades extras. Objetivos e justificativas Os objetivos e as justificativas de cada unidade são detalhados visando direcionar as abordagens didáticas dos conteúdos trabalhados. Temas contemporâneos transversais São identificados os temas contemporâneos transversais trabalhados em cada unidade. Atividades Respostas, organização ou encaminhamentos relativos às atividades do Livro do estudante. Para ampliar • Sugestões para os estudantes e para você, professor, que contextualizam um tema ou um conceito estudado, por meio de indicações de sites, livros, jogos digitais e vídeos. • Atividades extras que incluem trabalho de campo, pesquisas, entrevistas e propostas interdisciplinares. • Textos variados de leitura, tanto para os estudantes como para a formação continuada do professor. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS BNCC NA UNIDADE O SISTEMA-TERRA E A OCUPAÇÃO DOS POVOS NA AMÉRICA E NA ÁFRICA 1 A natureza pode ser entendida como um Sistema-Terra. Isso significa que a superfície terrestre é constituída de trocas e interdependências entre os diversos fatores naturais que integram as paisagens. As imagens da abertura desta unidade mostram duas paisagens, as quais são o resultado da combi- nação dos elementos naturais que atuam nesses espaços e influenciam o processo de ocupação humana. Nas fotografias, pode-se notar semelhan- ças e diferenças, como a presença de corpos-d’água em ambas, porém com vegetações e ocupações humanas distintas. UNIDADE Lago Nasser e o Templo de Ramsés II, próximo à cidade de Abi Simbel, Egito, 2022. D E A G O S T IN I/ G E T T Y I M A G E S 12 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS • Desenvolver o conceito de geos- sistema para que o estudante compreenda a integração entre os componentes físico-naturais. • Compreender o conceito de paisagem a fim de analisar a dis- tribuição e a organização dos componentes físico-naturais e as ações antrópicas na natureza. • Desenvolver as noções relacio- nadas à dinâmica geossistêmica a fim de analisar os fluxos de energia provenientes da luz solar e de outras formas de pro- dução de energia. • Analisar os deslocamentos hu- manos ao longo do tempo para compreender as teorias de ocupação dos continentes e da evolução humana. • Analisar e consolidar os co- nhecimentos sobre as teorias presentes na unidade, por meio de leituras de mapas, gráficos e diferentes representações, para desenvolver os conceitos espaciais de dispersão, exten- são, distância, localização e conexão. TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS • Ciência e tecnologia – ciência e tecnologia ENCAMINHAMENTO Nesta primeira unidade, bus- ca-se desenvolver principalmente as Competências Gerais 1, 2, 5 e 7, que tratam da construção de conhecimento, resolução de problemas, consciência socioam- biental e posicionamento ético. As abordagens estão relacionadas com a com- preensão do outro, neste caso, os povos que viveram nos continentes americano e africano. Em relação às Competências Específicas das Ciências Humanas, destacamos 1, 3, 6 e 7, com ênfase nas identidades, na intervenção dos seres humanos no espaço e na utilização das lingua- gens cartográficas. As Competências Específicas de Geografia desenvolvidas nesta unidade são 2, 3, 4, 6 e 7, pois possibilitam entender a interação entre sociedade e natureza, reconhecendo as transformações, as conexões entre os elementos, os fenômenos e os objetos presentes nos arranjos espaciais. Com relação às habilidades, o foco está na EF08GE01, na EF08GE02 e na EF08GE23, onde destacam-se os objetos de conhecimentos sobre distribuição e diversidade da população. Atividades 1. Espera-se que os estudantes, usando mapas físicos da América e da África e com base Competências Gerais: 1, 2, 5, 7 e 9 Área: 1, 3, 6 e 7 Específicas: 2, 3, 4, 6 e 7 Habilidades • EF08GE01 • EF08GE02 • EF08GE05 • EF08GE15 • EF08GE19 • EF08GE23 1212 Ponte Orinoquia sobre o Rio Orinoco em Puerto Ordaz, Venezuela, 2020. Nesta unidade, você vai estudar: • o Sistema-Terra e os componentes físico-naturais; • a diversidade de paisagens na América e na África; • a dispersão que deu origem aos primeiros povos africanos e americanos; • os condicionantes físico-naturais para a ocupação humana na América e na África; • as primeiras cidades da América e da África. Analise as imagens com atenção e responda às ques- tões em seu caderno. 1. Em quais países e continentes estão localizados o Lago Nasser e o Rio Orinoco? 2. Compare os locais representados nas imagens com o município em que você vive. É pos- sível dizer que estão em uma mesma faixa latitudinal? 3. As paisagens do município onde você mora são parecidas com alguma das duas imagens apresentadas? Com qual delas se parecem mais? A que se deve tal semelhança? Por que há diferenças? Consulte respostas e comentários em orientações didáticas. NÃO ESCREVA NO LIVRO. A PO M A RE S/ G ET TY IM A G ES 13 ENCAMINHAMENTO Nesta unidade, trataremos de dois temas relevantes para a edu- cação geográfica: a dinâmica dos componentes físico-naturais e a expansão da ocupação dos seres humanos. Antes de iniciar o capítulo, vejam os elementos na paisagem do Lago Nasser e do Templo de Ramsés II, na aber- tura da unidade. No primeiro plano, temos as formas antrópicas e o templo construído. No ter- ceiro plano, bem ao fundo, o lago Nasser. Proponha as questões: que parte da África a paisagem está representando? Que sensa- ções as cores e texturas do solo, da parede etc. transmitem a quem as observa? Você acha que a fotografia remete a todas as carac- terísticas físico-naturais existentes no continente? Por quê? Priorizar um espaço de diálogo sobre a representação permite que expe- riências, vivências e saberes sejam valorizados, tornando a prática convidativa para todos. Repasse com os estudantes a análise do esquema Fluxo da relação sociedade-natureza e a interdependência entre seus com- ponentes, na página 14. Este é um bom momento para retomar os conhecimentos adquiridos nos anos anteriores. Em muitas opor- tunidades, os estudantes tiveram de lidar com a dinâmica dos ele- mentos físicos, articulando-os na formação das paisagens naturais. Traga uma concepção geossistê- mica, enfocando na combinação dos elementos, assim como é possível visualizar no esquema de Jurandyr Ross. No primeiro capítulo, serão trabalhados os componentes físico-naturais, sobretudo as habi- lidades EF08GE01, EF08GE15, EF08GE19 e EF08GE23. O obje- tivo é analisá-los com base na teoria geossistêmica, ou seja, tratar esses componentes de maneira integrada, não apenas descritiva. A observação e a descrição são importantes, mas a análise entre os componentes deve ser articulada. nas informações contidas nas legendas das imagens, possam identificar as localiza- ções dos lugares mencionados no enunciado. O Rio Orinoco localiza-se na Venezuela e o lago Nasser, no Egito. 2. É importante que os estudantes identifiquem que se trata de regiões próximas ao Trópico de Câncer e à linha do equador. Dependendo do município em que vivem, oriente-os a reconhecer semelhança com a zona intertropical ou com a temperada. 3. Para estas respostas, os estudantes devem usar os conhecimentos reunidos em anos anteriores, associando os fatores ambientais que formam as paisagens. Assim como na pergunta anterior, as respostas seguirão a lógica da paisagem encontrada no município. 13 Os inuítes Os inuítes até hoje ocupam a região ártica, principal- mente o norte do Canadá e a Groenlândia. No século XV, estabeleceram os primeiros contatos com baleeiros france- ses e pescadores de bacalhau, e passaram a comercializar peles, fazendo da caça de animais a sua principal atividade econômica. Os inuítes desenvolveramtécnicas específicas para se adaptar à região ártica, como a construção dos iglus, que já serviram de habitação e hoje são abrigos em noites de caça. Os iglus são construídos com blocos de neve, geralmente em forma de cúpula. A neve atua como isolante térmico, de forma que a temperatura dentro do iglu é surpreenden- temente confortável. Analise a ilustração a seguir, que mostra a estrutura de um iglu. Caçador inuíte na Baía de Melville, perto de Kullorsuaq, no norte da Groenlândia, 2020. Iglu em Yukon, Canadá, 2017. Moradias inuítes em Ilulissat, Groenlândia, 2019. mais frio mais quente neve duto de ventilação plataforma isolamento térmico estrutura entrada Estrutura de um iglu Fonte: O GELO que esquenta: os engenhosos segredos dos iglus. BBC News Brasil, São Paulo, 21 fev. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38970141. Acesso em: 13 maio 2022. TH O M A S CA M P/ IS TO CK /G ET TY IM A G ES P LU S/ G ET TY IM A G ES TE TY A N A D O TS EN KO /S H U TT ER ST O CK .C O M A LE X A RG O ZI N O M A RT IN Z W IC K/ RE D A & CO /U N IV ER SA L IM A G ES G RO U P/ G ET TY IM A G ES IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 58 ENCAMINHAMENTO O objetivo do estudo deste tema é destacar a importân- cia de conhecer “o outro”, ou seja, saber como outros grupos de seres humanos vivem, se organizam, se relacionam com a natureza e se desenvolvem. Saber como são e como agem os seres humanos com os quais não temos contato direto, mas que habitam o mesmo planeta que nós, talvez seja a maior razão pela qual devemos estudar Geografia. Esse estudo retoma a com- petência que propõe o respeito ao outro, às identidades e às culturas, sem preconceitos de qualquer natureza. Destaque como os inuítes descobriram uma maneira rela- tivamente fácil e barata de construir abrigos em uma região que não oferece nenhum dos materiais de construção a que estamos habituados. Discuta o fato de que os inuítes, tendo criado condições de habitação em uma região de temperaturas tão baixas, puderam garantir condições de sobrevivência para suas famílias, sem ter de migrar para outras regiões do mundo. Explique que os inuítes também constroem o iglu grande para o convívio social, onde ficam várias famílias reu- nidas. Essa prática permite aos homens sair em conjunto para expedições de caça e às mulhe- res desenvolver suas atividades, como preparação do vestuário, da carne, entre outras, além de cuidar das crianças de maneira comunitária e com maior eficiência. A exemplo do esquema Estrutura de um iglu, crie uma atividade extra a ser aplicada para outros tipos de habitações de povos nativos na América, por exemplo. PARA AMPLIAR Atividade extra Proponha uma investigação que utilize o design thinking para explicar sistemas tec- nológicos nos interiores das moradias de nações nativas. Escolha uma nação originá- ria da América e pesquise o design interno de seu tipo de habitação. Desenhe um esquema semelhante ao da página, explicando como a estrutura da moradia, seus materiais e arranjo serviam para o modo de vida das pessoas. A prática de pesquisa permite interdisciplinari- dade com Arte, nas habilidades de produção visual (EF69AR01, EF69AR02 e EF69AR07, por exemplo) e o TCT – Ciência e tecnologia, demonstrando os conhecimentos desses povos. 58 Nas últimas décadas, os inuítes vêm reivin- dicando terras no extremo norte do Canadá, que lhes foram tomadas na época da coloni- zação. Essas terras, ricas em recursos minerais, são exploradas por grandes mineradoras. Em 1999, o governo canadense transferiu parte dos territórios do noroeste do país para os inuítes, em uma tentativa de minimizar o conflito, cons- tituindo o território de Nunavut, que passou a ser administrado pelos nativos. 1. Faça uma pesquisa para descobrir como os inuítes conseguiram, no passado, suportar o frio extremo da região ártica. Depois, divida as informações que encontrou com os colegas. 2. A relação entre as sociedades e as características físicas e ambientais das localidades em que os povos originários americanos habitavam influenciou muito o modo como eles viviam. Leia a descrição de três paisagens a seguir. Paisagem 1 A primeira paisagem retrata um lugar de céu bem azul, com nuvens brancas espa- lhadas ao fundo, em uma alvorada de um sol radiante iluminando montes cinzentos de topos chapados; as árvores altas de troncos delgados e de copas coníferas incli- nam-se de um lado para outro pelo vento que sopra do leste, espalhando folhas verdejantes; blocos de rochas esbranquiçados deitam-se nos sopés das montanhas, banhadas por uma suave corredeira d’água que desce pelas fraturas do relevo. Paisagem 2 A segunda paisagem revela um solo avermelhado que se mistura com tons ala- ranjados, marcando um terreno vasto e árido, pedregoso e rugoso, com arbustos amarelados e secos recobrindo o chão de forma desigual; ao fundo, chapadas enormes compõem a vista do observador, que percebe o céu limpo e róseo em um entardecer que abriga o sol se despedindo no fim do horizonte, findando o dia. Paisagem 3 A terceira paisagem tem árvores de troncos grosseiros e escuros, cobertos por liquens, cipós e galhos quebrados; copas enormes e cheias se confundem umas com as outras, impedindo a visão do esbranquiçado céu; uma aura de vapor gelado abraça o lugar, passando por arbustos espinhosos e folhados que cobrem o solo enegrecido pela decomposição de matéria em abundância que existe ali. • Desenhe as paisagens em uma folha avulsa e relacione-as com os povos originários que viviam nos lugares descritos. Consulte comentários em orientações didáticas.PENSE E RESPONDA NÃO ESCREVA NO LIVRO. Mulher inuíte no território de Nunavut, Pond Inlet, Baffin Island, Canadá, 2019. RUBEN RAMOS/ISTOCK EDITORIAL/GETTY IMAGES PLUS/GETTY IMAGES 59 PENSE E RESPONDA Articulamos a função das técnicas e dos saberes de povos nativos na construção de habitações que atendiam as suas necessidades, des- tacando os iglus. Retome a função de isolamento térmico dos iglus que tem a ver com seu formato, vedação e os ele- mentos utilizados, a neve, por exemplo. Sugira aos estudantes que pesquisem artigos científi- cos e outras publicações oficiais sobre os princípios físicos do isolamento térmico em sites de universidades, faculdades, instituições de ensino, repor- tagens de órgãos de imprensa confiáveis, entre outros meios de reconhecido crédito e idoneidade. As referências bibliográficas podem servir como estado da arte para res- ponder às questões propostas. Atividades 1. Espera-se, com esta ativi- dade, que os estudantes falem sobre as condições cli- máticas, mas também sobre como os inuítes foram hábeis na construção das habita- ções com blocos de gelo, entendendo as excelentes propriedades da neve como isolante térmico. O vestuá- rio desse povo provinha de peles de foca. 2. Os estudantes devem rela- cionar as características físico-naturais com a des- crição dos lugares em que viviam os povos. Além disso, devem associar os elementos temperatura, umidade e características da vegetação com o modo de viver dos habitantes. Devem, ainda, compre- ender a dinâmica das paisagens e como os seres humanos se apropriaram dos lugares para viver. Com base nos dese- nhos, converse sobre os conceitos geográficos envolvidos. Ressalte que o mais importante não é a estética do traba- lho produzido, mas a compreensão conceitual dos lugares e dos povos. Paisagem 1: ambiente dos povos algonquins e irocuás. Paisagem 2: ambiente do povo apache. Paisagem 3: ambiente do povo cherokee. 59 todo o capítulo, envolvendo o uso de metodo- logias ativas (design thinking), o estímulo à criatividade e a valorização das potencialidades de cada indivíduoda classe, desenvolvendo inter- disciplinaridade com Arte, Língua Portuguesa e Ciências, contemplando também o TCT – Meio ambiente, do uso de múltiplas linguagens e/ou recursos tecnológicos digitais. 1. Com base nos mapas temáticos estudados, selecione em cada um deles informações sobre hidrografia e aquíferos, relevo, clima e vegetação; 2. Delimitem uma área de interesse e aplique-a em todos os mapas. A área deverá ser a mesma para todos; 3. Em seguida, vocês elaborarão um modelo de bloco-diagrama, em desenho analógico ou digital, apresentando todas as características físico-naturais combinadas em uma única paisagem; no seu bloco-diagrama deve ter: 1. Sobre os climas da América, responda às questões em seu caderno. a) Quais são os tipos climáticos existentes? b) Por que o continente apresenta uma grande diversidade climática? 2. Quais são as principais formas de relevo da América? Onde elas estão localizadas? 3. Analise o mapa a seguir. 1. a) O continente americano apresenta grande diversidade de climas: polares, de alta montanha, subtropicais, tropicais, de deserto e continentais úmidos. A diversidade se dá pela grande extensão latitudinal do continente americano. As cordilheiras, na porção oeste do continente; as planícies e as depressões, na parte central; e os planaltos, no leste. ATIVIDADES NÃO ESCREVA NO LIVRO. a) Cite os países que integram essa bacia. b) Qual é a importância desses rios para a população que vive nessa região? 4. Utilizando os mapas de relevo (página 19) e de paisagens climatobotânicas (página 26) do continente africano e com o auxílio de um mapa político da África, descreva as paisagens encontradas por um viajante, se ele percorresse as rotas indicadas a seguir. a) Do Cairo, no Egito, até a Cidade do Cabo, na África do Sul. b) De Rabat, no Marrocos, até Lagos, na Nigéria. Os países são: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname. A bacia é usada para abastecimento, pesca e transporte. 4. a) No percurso do Cairo à Cidade do Cabo, seriam avistados o deserto do Saara, a Savana, o Grande Vale do Rift, a Floresta Tropical, o deserto do Kalahari e a vegetação mediterrânea. 4. b) Em Rabat, a vegetação é mediterrânea. Em seguida, o viajante passaria pela Cadeia do Atlas e pelo Saara, alcançando a Savana em Lagos. PERU BOLÍVIA EQUADOR COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME BRASIL GUIANA Equador 0° OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 60° O Rio Amazon as 316 Área da Bacia Amazônica Limite natural da Bacia Amazônica Fronteira Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 73. Amazônia: bacia hidrográfica S O N IA V A Z 28 ENCAMINHAMENTO A função principal das ativida- des na página é a de recapitular o que foi estudado no primeiro capítulo. Perceba que, nas primei- ras páginas deste livro, estamos trazendo informações a respeito dos domínios geossistêmicos da América e da África. Estudamos assuntos como o papel da deriva continental e sua influên- cia na configuração da forma dos continentes e modelados na superfície americana e africana, a rede hidrográfica e as formações de relevo, os tipos de formações existentes em águas superficiais e subterrâneas, os aspectos clima- tobotânicos e a paisagem vegetal em países da América e da África, entre outras possibilidades de inte- gração acerca da temática. Nesta página, iniciamos as ati- vidades revisando clima, relevo, bacia hidrográfica e paisagem climatobotânica. Oriente os estudantes a reler o conteúdo estudado. Assim, você estará incentivando a autonomia deles e o pensamento crítico, fazendo com que eles mesmos recorram às abordagens para responder às perguntas propostas. Antes de começar a responder às per- guntas da página, problematize o mapa e as suas principais infor- mações. Nele é possível visualizar a extensão de toda a bacia ama- zônica, alguns dos principais rios, áreas de nascente, foz, tributários do Amazonas, entre outras infor- mações espaciais. Com relação à importância para as popula- ções, avalie não somente os usos na indústria ou na agropecuá- ria, mas também na subsistência de diversos povos nativos que até hoje vivem distribuídos pela faixa dos principais cursos d’água amazônicos. PARA AMPLIAR Atividade extra Sugerimos uma proposta de atividade avaliativa a respeito de 28 ENCAMINHAMENTO Seguindo com as atividades que encerram o primeiro capí- tulo do volume, nesta página temos mais seis propostas de questões. Todas elas revisam, em seu conjunto, aspectos sobre vegetação, biodiversidade, oro- gênese (formação geológica) das superfícies, perfil de relevo, estratos vegetais e diferenciação paisagística. Para a atividade que utiliza o mapa América do Sul: perfil topográfico, explique novamente como se lê um perfil. O que representa a linha do trajeto e como podemos compa- rar as variações de altitude com o modelado do relevo. Atividade 5. No clima polar, ao norte da América, desenvolve-se a Tundra. No clima subártico (ou frio), no Canadá, desen- volve-se a Taiga (floresta de coníferas). O clima tempe- rado, presente nos Estados Unidos e ao sul da América do Sul, é condição ideal para a presença das Florestas Temperadas. No clima subtro- pical, existem as Pradarias. Nas faixas litorâneas da Califórnia, norte da África e da África do Sul, o clima mediterrâneo é propício para a vegetação mediterrânea. Nos desertos do Atacama (ao oeste da América do Sul), do Saara e do Kalahari, ocorrem vegeta- ções desérticas. Próximo às áreas desérticas, existem áreas de clima semiárido, cober- tas por Estepes. Nas faixas intertropicais, ocorrem climas tropicais e Savanas. Na faixa equatorial, desenvolvem-se Florestas Equatoriais, como a Amazônica e a do Congo. OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Trópico de Capricórnio PL AN AL TO M ER ID IO N A L PLANÍCIE PLATINA ALTIPLANO E PUNA DE ATACAMA R i o P ar ag ua i R io U ru gu ai R io P ar an á 60° O Recorte de mapa topográfico da América do SulCorte de intersecção Linha que indica a curva de nível 0 350 Altitude (em metros) 5 000 4 000 3 000 1 500 1 000 400 200 0 0 5 000 1 000 400 200 4 000 3 000 1 500 Eixo X Altitude (em metros) Eixo Y Distância (em km) Perfil topográfico da América do Sul 23 º S 71º O 22 º S 41º O Elaborado com base em: FIORI, Sérgio Ricardo. Técnicas de desenho e elaboração de perfis. In: VENTURI, Luís Antonio Bittar (org.). Geografia: práticas de campo, laboratório e sala de aula. São Paulo: Sarandi, 2011. p. 381-402. p. 395. América do Sul: perfil topográfico 5. Cite as vegetações mais comuns em cada tipo climático da América e da África. 6. Qual é a relação entre a biodiversidade africana e as características físicas desse continente? 7. Explique a formação das Montanhas Rochosas na América do Norte. 8. Analise o gráfico a seguir, que representa um perfil de relevo da América do Sul, e responda, em seu caderno, às questões propostas. Consulte resposta e comentários em orientações didáticas. 6. Por ter uma grande variedade de climas e de tipos de vegetação, a África é um continente que apresenta vasta biodiversidade, com inúmeras espécies de diferentes hábitats (desde as espécies típicas das Florestas Tropicais até espécies de clima desértico). 7. As Montanhas Rochosas são um dobramento moderno formado por orogênese, resultado do choque entre as placas tectônicas. a) Com base no perfil leste-oeste, qual porção de relevo possui a maior altitude? b) O relevo da costa leste é mais baixo que o da costa oeste? Por qual motivo? 9. Com base no que você aprendeu, responda às questões. a) Quais são as principais vegetações que se desenvolvem na África e na América na região cortada pelo Trópico de Capricórnio? b) Quais diferenças são perceptíveis entre essas vegetações em relação aos dois continentes? 10. As Estepes e as Pradariassão duas vegetações herbáceas. No entanto, elas são diferentes entre si. Explique a razão dessas diferenças. Oeste. O relevo da costa leste é mais antigo e foi desgastado pela erosão. Na África, desenvolvem-se as Savanas, os Desertos e as Estepes e, na América, as Florestas Tropicas e as Subtropicais. 9. b) Nota-se que as vegetações da América são mais úmidas, pois há maior área coberta por Savanas e florestas. Na África, essa latitude apresenta áreas de Desertos e Estepes mais extensas. As Estepes são vegetações herbáceas que se desenvolvem próximo a Desertos, em regiões de clima semiárido. As Pradarias ocorrem em climas subtropicais e temperados, em áreas de baixas altitudes e relevos planos. SÉ RG IO F IO RI /A LL M A PS 29 • Título e localização da área delimitada (país(es), estado(s)/província(s) etc.). • Os nomes dos rios, suas características e dire- ções, conforme ponto de vista escolhido. • O subsolo e o aquífero, destacando se ele é livre ou confinado, respeitando as camadas subterrâneas. • O(s) tipo(s) de relevo(s) e seu modelado na superfície (planície, planalto, morro, chapa- da etc.). • Os estratos vegetais, com presença das espé- cies vegetais encontradas nos biomas. • Descrição da paisagem apresentada pelo blo- co-diagrama, combinando as características de todos os elementos físicos. O objetivo da atividade é desafiar os estu- dantes e, ao mesmo tempo, incentivá-los a criar materiais novos, expressando ideias e conhe- cimentos em linguagem gráfica e esquemas visuais, exercitando a capacidade de outras formas de comunicação. 29 75° O Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Trópico de Capricórnio Equador 0° OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO AP AL AC HE S PLANÍCIE AMAZÔNICA A N D E S D O S C O R D IL H E IR A M O N T A N H A S R O C H O S A S Baía de Baffin Baía de Hudson Golfo do Alasca Golfo do México Mar do Caribe Estreito de Magalhães PLANALTO LAURENCIANO PLANALTO BRASILEIRO PLANÍCIE CENTRAL PLANALTO DAS GUIANAS SERRA DOS CUCHUMATANES 4800 3000 1200 600 300 0 Altitude (em metros) 0 495 km As formações geoló gicas e o relevo da A mérica Os processos exógenos que atuam na superfíc ie terrestre são movido s pela energia solar, po r meio da atmosfera, e a gem na modelagem do relevo. A origem dos t ipos de relevo é marcad a pela relação entre os proce ssos de formação geo lógicos (como tectônic a de placas, composiç ão das rochas e vulcanismo) e as variações climáticas que atuam nas paisage ns terrestres (incidência solar, umidade e precipitação , altitude, temperatura, pressão e circulação d os ventos). Isso signific a que as formas do relevo re sultam de processos oc orridos no interior da c rosta terrestre e na lito sfera, assim como da ação d os processos atmosfér icos (intemperismo e e rosão). De forma geral, disting uem-se três grandes g rupos no relevo da Am érica: a oeste, as for- mações montanhos as, como as cordilheiras; ao long o da costa ocidental e em áreas c entrais, as planícies e as depre ssões; e a leste, os planaltos. Analise o mapa a segu ir. Fonte: IBGE. Atlas geo gráfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 33. América: físico A LL M A PS 1 2 6 4 7 5 3 1 As ár eas de dobramento, lo calizadas na faixa oeste da Amér ica, sofreram a influência dos fatore s endógenos: a colisão entre as placa s de Nazca e Sul-Americana origino u os Andes, assim como o choque entre as placas de Cocos e do Caribe pro duziu montanhas e vulcões na América C entral. Já o movimento de afastam ento entre as placas de Cocos e Nor te-Americana provocou falhamentos geológicos, como a falha de San Andreas . 2 A porção oeste do território dos Estados Unidos sofreu um intenso processo gerado por d obramentos, acompanhado por vul canismo, abalos sísmicos e falhamento s. Esses processos são responsáveis pela formação das Montanhas Rochosas. 3 A cordil heira dos Andes é res ultado de um longo processo de soerguimento que já dura milhões d e anos. 4 As cordi lheiras a oeste da Amé rica, pela ação do intempe rismo, perdem sedimentos, que, carr egados pelo vento e pela água, são deposi tados em áreas mais rebaixadas, geralment e distribuídas nas porções mais centrais da América, como a Grande Planície, nos E stados Unidos, e as bacias sedimentares d o Amazonas (AM), do Pantanal (MT) e Pla tina, formando planícies e depressões . 5 A leste do co ntinente, predominam os planaltos mais ant igos, como o Planalto Laurenciano, no Cana dá, os Montes Apalac hes, nos Estados Unid os, o Planalto Brasileiro e as serras d o leste (incluindo as se rras da Mantiqueira e do Mar). 6 A formação d os Montes Apalaches ocorreu há cerca de 4 00 milhões de anos, no período Devoniano . Com o passar do tem po, a região foi dividid a pelos rios e recortada pela ação glacial, originando um amplo cinturão de pla naltos e montanhas baixas e c onstituindo escudos c ristalinos. 7 A Chapada d os Guimarães (MT), fa z parte dos terrenos se dimentares, da Bacia do Paraná (PR) e das frentes de cuesta s. Nas bordas norte e nordeste, nota-se a presença de extensas superfícies a ltas e planas. Cuestas: formas de re levo com um declive suave no reverso, mas íngreme ou abrupto na frente. 18 15/08/22 18:4315/08/22 18:43 ENCAMINHAME NTO Como sugestão, reto me o conteúdo de placas te ctônicas, inclusive os mapas físico s, e com- pare-os, estabelecendo r elações e analogias entre eles, de maneira a identificar áreas próx imas aos limites tectônicos con vergen- tes que explicam a form ação de dobramentos modernos, como os Andes ou as Montanhas R ochosas. Os processos litosféricos precisam ser evidenciados nos ma pas para que os estudantes poss am rela- cionar com as formas d o relevo. Retome conteúdos trat ados em anos anteriores sobre os processos de formação do relevo, o intem- perismo e a erosão, rela cionando a formação das bacias sedimen- tares e a deposição dos altiplanos situados a oeste e a leste . Comparando os mapa s das principais cordilheiras e oroge- nias, é possível recuperar a relação entre o tectonismo e o soergui- mento, culminando em formas de relevo como as mont anhas. O processo de orogênese a ssocia-se a um padrão localizado nas pro- ximidades dos limites d as placas tectônicas, o que explica também a existência de vulcões e falhas geológicas presentes e m áreas geologicamente mais ati vas. Relembre os estudantes d e que a tectônica de placas é a parte da Geociência que trata d os movi- mentos e deformações d a litosfera em grande escala ao l ongo do tempo geológico, subdiv idido em eras e períodos. PARA AMPLIA R Indicação para o professor • GUERRA, Antônio Jo sé Teixei- ra; CUNHA, Sandra B aptista da. Geomorfologia e meio ambiente. Rio de Ja neiro: Bertrand Brasil, 1996. O livro facilita a compre ensão dos agentes e proces sos que atuam na formação do relevo. Atividades extras Sugerimos uma abord agem multiescalar. Propon ha uma prática de pesquisa en volvendo o uso de diversas repre sentações e formas de linguagem cartográficas , como cartas topográ- ficas e mapas. 1. Em grupo, leiam a cart a do município e localizem uma área de referência q ue vocês conhecem. 2. Agora, com o auxílio de um mapa, uma imagem de satélite do município ou um software de informações geográfica s, compare a área de referência localizada. 3. Escrevam um text o sobre o tipo e as características do relevo de seu município (da área escolhida), consider ando o mapa temático da página 18 e seus co nhecimentos sobre o relevo brasileiro. A atividade permite o desenvolvimento do pensamento espacial e h abilidades de leitura car- tográfica e correlação d e informações espaciais . Além disso, estimula a produção detextos e a descrição de informaçõe s científicas, propiciando interdisciplinaridade co m Língua Portuguesa (EF69LP06, EF69LP07 e EF69LP08). 18 27/08/22 10:3527/08/22 10:35 ENCAMINHAME NTO Nesta página, temos um m apa hipsométrico da África, o nde é possível inferir, pelo padrão espa- cial encontrado, as caracte rísticas e os tipos de relevo. A variá- vel visual cor ajudará a dis tinguir as informações da legend a. Na África, temos, em maior parte, altitudes altas ou baixas? Onde estão as principais bacias de rios e planícies? Com isso, es tamos dando continuidade às ha bilida- des EF08GE19 e EF08GE2 3. Ainda, como sugest ão, pode-se comparar os conti nentes americano e africano com desta- que para as formações do r elevo e a orogenia, a relação entre o tec- tonismo e o soerguiment o, que culminam em formas de relevo como as montanhas. Expliq ue que a orogenia é um process o que ocorre nas bordas das pla cas de limites convergentes, que fo rmam grandes elevações com v erten- tes íngremes, as cordilheira s e os dobramentos recentes, co mo as Montanhas Rochosas ( Oeste dos Estados Unidos e Ca nadá), Cárpatos (Leste da Europa), Andes (Costa Oeste Sul-Americ ana) e Atlas (Norte de Marrocos). Para compreensão da form a- ção estrutural do relevo, de staque os mecanismos genético s, os padrões litológicos (de co mpo- sição das rochas) e os ar ranjos estruturais antigos. Elabor e com os estudantes um painel d e foto- grafias dos diferentes luga res da América e da África para tornar os conceitos trabalhado s mais concretos. ÁSIA EUROPA 0° Lago Chade Rio Chari Rio Ubangui Ri o Co ng o Trópico de Câncer Equador Rio Senegal M e ri d ia n o d e G re e nw ic h Golfo de Benguela Lago Niassa C an al d e M oç am bi qu e Rio Zambeze Lago Turkana Lago Kyoga Lago Vitória Lago Tanganica Ba ía d a S om áli a Baía de Sofala Trópico de Capricórnio Estr. de Gibraltar Rio N íger Rio Orange 0° PLANALTO DE BIÉ DEPRESSÃO DE NGAMI PLANALTO DOS GRANDES LAGOS M ON TE S M U C H IN G A R IF T V A L L E Y D R A K E N S B E R G PLANALTO DA ETIÓPIA PENÍNSULA DA SOMÁLIA BACIA DO CONGO DEPRESSÃO DE QATTARA PLANALTO DO DJADO BACIA DO CHADE CA DE IA DO AT LAS Cabo da Boa Esperança OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO M ar Verm elho M a r M e d i t e r r â n e o Rio N ilo A zul Lago Nasser Rio Nilo Canal de Suez R io N ilo Bra nc o M O N T E S M IT U M B A 0 848 As formações geológica s e o relevo da África O padrão de distribuição dos relevos na África apr esenta uma área montan hosa no extremo noroeste (Cadeia do Atla s), além de planaltos esp alhados por todo o cont inente. As áreas de planícies e depressões ap arecem encaixadas em m eio aos planaltos, estend endo-se sobretudo nas regiões oeste (planíci e do Níger), central (plan ície do Congo) e nordest e (planície do Nilo). A Cadeia do Atlas, no Mar rocos, formou-se pela conv ergência das placas African a e Euro-Asiática. Já o limite divergente das placas Africana e Arábica produziu os planaltos da E tiópia e dos Grandes Lagos. Da mesma forma, o limite divergente das plac as Africana e Sul-American a foi responsável por originar o Planalto de Bié, no mesmo processo que formou as serras do litora l brasileiro. O processo erosivo desses planaltos p roduz sedimentos que fo rmam planícies e bacias s edimentares nas áreas mais baixas, as quais abrig am os mais importantes ri os africanos, como Nilo, N íger, Congo e Orange. Outra importante forma d e relevo da África é o Gran de Vale do Rift, formado p or uma enorme falha geológica, de aproxim adamente 6 mil quilômetros de exte nsão, que corta o continente african o do Mar Vermelho à Moçambiq ue. Nessa região, localizam-se gran des lagos circundados pelas monta nhas mais altas da África. Tal fenda c hega a 30 quilômetros de largura e um quilô- metro de profundidade, e pode ou não estar coberta por águ a. O Rift é considerado a pri meira fase de uma fenda oceâ nica, pre- sentes entre as dorsais o ceânicas. Elaborado com base em : FERREIRA, Graça Mari a Lemos. Atlas geográfico: espaç o mundial. 4. ed. São P aulo: Moderna, 2013. p. 80. África: físico D A CO ST A M A PA S 1. O que as legendas dos mapas físicos da A mérica e da África estão representando? 2. Compare os mapa s de relevo com o infog ráfico de deslocamento s das placas tectônicas das páginas 16 e 17. Qual é a relação das formas de relevo q ue temos hoje com a movimentaç ão das placas no passad o? 1. As altitudes presentes nos continentes americano e afr icano e sua distribuição por ambos o s territórios. 2. Nas áreas da superfície qu e se localizam sobre as bord as das placas tectônicas, exi stem montanhas altas, os dobramentos modernos. As paisagens que se situam no centro dessas placas apre sentam altitudes mais modestas, pois são formada s por estruturas geológicas a ntigas e desgastadas. PENSE E R ESPONDA NÃO ESCREVA NO LIVRO. Altitude (em metros) 1 500 3 000 500 200 0 O Grande Vale do Rift Nesse vídeo, é apresentada a formação do Grande Vale do Rift, na África, com blocos-diagramas e esquem as. É possível acionar legendas em portug uês. Rift Valley Formation. Pub licado por: RPCSE. Vídeo (2min30s). Dis ponível em: https://www.youtube.com/w atch?v=1_ mHLEPFVNY. Acesso em: 28 jul. 2022. 19 05/08/22 07:5805/08/22 07:58 PARA AMPLIA R Texto complement ar Talvez a principal ob jeção para a acei- tação da teoria da De riva Continental de Wegener tenha sido a falta de uma explica- ção adequada das forç as que moveriam os continentes. Hoje, sab emos que o “motor” que move as placas te ctônicas é a convec- ção no manto, mas ai nda não estão claros os processos geológico s envolvidos em seu funcionamento. A ast enosfera e a litosfera estão mecanicament e relacionadas de tal modo que, quando a a stenosfera se move, a litosfera acoplada a ela se move também. E, ainda, que a energi a cinética da litosfe- ra é fornecida pelo fl uxo térmico interno da Terra, sendo que e ste calor chega à su- perfície principalmen te pelas correntes de convecção que atuam no manto superior. O que não se sabe em detalhes é como o regime das células de convecção do man- to [...] induz o desloca mento horizontal e os mov imen- tos verticais [...] das placas ao longo do tempo geo lógico. TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Na cional, 2007. p. 97. 19 27/08/22 10:3527/08/22 10:35 VII Aberturas de unidade Na obra, as aberturas de unidade têm um papel fundamental, pois propiciam o primeiro contato com o grande tema a ser tratado. Cada uma delas contém: • uma ou mais imagens – para motivar o estudante e apoiar a discussão inicial; • pequenos textos e atividades – para contextualizar os temas, levantar conhecimentos prévios dos estudantes e orientar a leitura das imagens; • os tópicos que serão abordados na unidade vêm listados na seção Nesta unidade, você vai estudar, para que os estudantes possam conhecê-los de antemão e situar-se em relação ao encadeamento dos conteúdos. Capítulos Cada unidade é composta de dois capítulos. O texto didático tem o objetivo de apresentar os conteúdos e é trabalhado de modo a ser contextualizado e articulado às imagens e aos outros recursos gráficos. O glossário, que eventualmente acompanha o texto, auxilia na compreensão da leitura. A seção de atividades aparece ao fim de cada capítulo. Os exercícios apresentam complexidades diferentes, desde a verificação e a sistematização do que foi estudado até a elaboração de análises e o estabelecimento de relações entre conteúdos. CONHEÇA O LIVRO DO ESTUDANTE Os volumes desta obra dividem-seem oito unidades. As indicações de livros, vídeos, músicas e sites vêm sinalizadas por ícones. As migrações podem ocorrer por diferentes razões, como a busca por melhores condições de vida e empregos ou a fuga de guerras e de perseguições políticas, étnicas e religiosas. Nas últimas décadas, os fluxos migratórios no mundo se intensificaram e tiveram como destino, sobretudo, os países ricos da América Anglo-Saxônica e da Europa. Por outro lado, há a saída da população dos seus países de origem no continente africano, por apresentarem graves problemas sociais, políticos e econômicos. Atualmente, os Estados Unidos são um dos principais destinos de migrantes no continente americano e no mundo. Analise a fotografia e os gráficos a seguir, que mostram as migrações das últimas décadas na América Anglo-Saxônica. AS MIGRAÇÕES CONTEMPORÂNEAS E OS CONFLITOS REGIONAIS 8C APÍT ULO América Anglo-Saxônica: migrações (1990-2020) Fonte: MCAULIFFE, Marie; TRIANDAFYLLIDOU, Anna (ed.). World Migration Report 2022. Geneva: IOM, 2022. p. 109. Disponível em: https://publications. iom.int/books/ world-migration- report-2022. Acesso em: 27 maio 2022. 19 90 20 00 20 10 20 20 40 50 20 30 10 0 19 90 20 00 20 10 20 20 19 90 20 00 20 10 20 20 (e m m il h õ e s ) Ano Migrantes para a América Anglo-Saxônica Migrantes internos na América Anglo-Saxônica Migrantes com origem na América Anglo-Saxônica Ásia África América Latina e Caribe Europa América Anglo-Saxônica Oceania S O N IA V A Z M IC H A E L M . S A N T IA G O /G E T T Y I M A G E S N O R T H A M E R IC A /A F P Apresentação de dança tradicional mexicana durante marcha para o Dia Internacional do Vendedor Ambulante na cidade de Nova York, Estados Unidos, 2020. 144 D3-GEO-2105-F2-V8-128-163-U4-LA-G24.indd 144 D3-GEO-2105-F2-V8-128-163-U4-LA-G24.indd 144 Os problemas na mobilidade urbana podem provocar a po luição do ar e a sono ra, a diminuição do tempo para o lazer e o aum ento dos níveis de estre sse, fatores qu e contribuem p ara a perda da qualidade de vida nas gr andes cidades. Com a tendên cia mundial de aumento das populaçõe s em grandes centros urbano s, esse é um d esafio que exige planejam ento para a fo rmulação de p olíticas pública s no setor de transportes, como investime ntos em tecnolo gias e em infrae strutura de modais urbano s. Essas políticas, em geral, exige m altos custos, considerando q ue envolvem o desenvolviment o de vias de circu lação para tran sporte público e de infraestrut ura de acessibil idade. Soluções possí veis para resolv er o desafio da mobilidade ur bana estão rel acionadas com o investimento na diversidade e na integraçã o de modais q ue privilegiem cada vez meno s os motorizados de uso individual. Estratégias, co mo o veículo le ve sobre trilhos (VLT) e as ciclo vias, por exemplo, a ssociadas ao au mento de subs ídios para uso d e trens, metrôs e ônibus de fo rma integrada, dev em ser cada v ez mais incent ivadas com ba se em iniciativa s tecnológicas e em políticas pública s de planejame nto urbano. Alguns países, como a Colôm bia, têm planej ado um sistem a de transporte cada vez mais integrado, cont ribuindo para u ma maior eficiê ncia do transpo rte coletivo, red ução do tempo e do valor para o de slocamento, alé m de uma maio r integração en tre os diferente s lugares da cid ade. D EL FI M M A RT IN S/ PU LS A R IM A G EN S Passageiros n a plataforma d a Estação Sé, São Paulo (SP ), 2019. Modais: moda lidades de transportes, c omo os sistemas de tran sporte rodoviário, metro viário, ferroviário, aéreo , hidroviário e ma rítimo. 261 10/08/22 1 3:37 10/08/22 1 3:37 A GEOPOLÍTICA MUNDIAL E OS DESAFIOS AMBIENTAIS Com as inovações tecnológi- cas, a globalização se intensificou e exerce influência em todas as regiões do planeta, já que possibilitou o aumento do fluxo de pessoas, de mercadorias, de informação e de capital. Por outro lado, a globalização também trouxe consequências nega- tivas, como impactos ambientais e o acirramento das desigualdades entre os países, em razão da assimetria na distribuição das tecnologias. UNIDADE Linha de produção de uma indústria têxtil em Nanmo, China, 2022. 8 266 LU CI A N A W H IT A KE R/ PU LS A R IM A G EN S Nesta unidade, você vai estudar: • a circulação financeira e de mercadorias; • os transportes; • a circulação de informações; • os impactos ambientais globais. 1. Com base em seus conhecimentos, descreva as principais carac- terísticas da produção de mercadorias no mundo globalizado. 2. Como as tecnologias influenciam linhas de produção como a representada na imagem? 3. Quais são os impactos ambientais causados pela produção em larga escala? Consulte respostas e comentários em orientações didáticas. NÃO ESCREVA NO LIVRO. CF O TO /F U TU RE P U BL IS H IN G /G ET TY IM A G ES 267 1. Analise os mapas dos metrôs do Rio de Janeiro (RJ), de Buenos Aires, na Argentina, e de Nova York, nos Estados Unidos, e responda às questões. ATIVIDADES NÃO ESCREVA NO LIVRO. Fonte: MAPAS. MetrôRio. Rio de Janeiro, c2014. Disponível em: https://www.metrorio.com.br/ VadeMetro/Mapas. Acesso em: 11 jul. 2022. Fonte: SUBWAY lines: City subway lines. NYC OpenData. New York, c2022. Disponível em: https://data.cityofnewyork. us/Transportation/Subway-Lines/3qz8-muuu. Acesso em: 11 jul. 2022. Fonte: METROVÍAS S.A. Subte. Mapa-Metro. Buenos Aires, 2009. Disponível em: http://mapa-metro.com/ mapas/Buenos%20Aires/descarga-mapa-metro-subte- buenos-aires.pdf. Acesso em: 7 jul. 2022. OCEANO ATLÂNTICO Baía de Guanabara 43°15’ O43°15’ O 22°54’ S 0 4 Linha de metrô R io H u d s o n 73°50’ O 40°45’ N Linha de metrô 0 9 34° S 58° O 0 2 Linha de metrô Rio de Janeiro: rede de metrô Nova York: rede de metrô Buenos Aires: rede de metrô SO N IA V A Z SO N IA V A Z a) O que as redes das linhas de metrô indicam sobre a mobilidade urbana em cada uma das cidades? b) Qual é cidade que apresenta a rede me- troviária com melhor distribuição e maior densidade de linhas? c) Como as diferenças nos níveis de desen- volvimento do transporte metroviário em grandes metrópoles impactam a vida das pessoas? a) As redes das linhas e das estações de metrô das três cidades indicam que há grandes diferenças no nível de transporte coletivo metroviário entre os países. b) A cidade de Nova York apresenta a maior e a mais densa rede de linhas metroviárias. 1. c) Ampliar o acesso ao transporte coletivo bem integrado e com tarifas baixas auxilia o deslocamento das pessoas em grandes cidades, reduzindo o tempo gasto com transporte, o que eleva a qualidade de vida da população e a eficiência da mobilidade urbana. SO N IA V A Z 262 2. A imagem a seguir representa a rede de metrô de Nova York, nos Estados Unidos, em 1924. Analise-a para responder às questões. a) Compare a imagem com os mapas atuais das redes de metrô de Buenos Aires, na Argentina, e do Rio de Janeiro (RJ) da ati- vidade 1. Que diferenças você nota? b) O que se pode concluir sobre o desenvolvimento do transporte urbano? Há grandes diferenças no planejamento do transporte público? Justifique. a) Consulte resposta e comentários em orientações didáticas. b) O exemplo demonstra que as redes metroviárias das metrópoles brasileira e argentina ainda estão distantes de cidades que apresentam maior infraestrutura de mobilidade urbana, como Nova York. A B H IS TO R IC /A LA M Y /F O TO A R EN A 3. Analise a imagem de Johanesburgo, na África do Sul, e responda às questões. a) Descreva a organização da ocupação do espaço urbano na metrópole sul-africana com base na imagem. b) É correto afirmar que a formação da cidade contemporânea acontece de maneira socialmente homogênea?
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