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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - Lei 14.23021

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Improbidade administrativa 
→ A ação de improbidade é uma ação civil. 
→ Não há foro por prerrogativa de função, que só se aplica para ações 
penais. 
→ A competência para legislar sobre improbidade administrativa é 
privativa da União. 
→ A Lei de Improbidade Administrativa é aplicada para todos os entes 
da federação. 
* O dolo é elemento necessário para configuração da improbidade em 
qualquer de suas modalidades, não mais se admitindo a figura da culpa. 
* Somente haverá improbidade administrativa quando, na conduta 
funcional do agente público, for comprovado o fim de obter um 
proveito ou benefício indevido para si mesmo ou para outra pessoa. 
 
1. Sujeito passivo 
 Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, administração direta e 
indireta; 
 Entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, 
fiscal ou creditício, de entes públicos ou governamentais; 
 Entidades privadas, independentemente de integrarem a 
Administração indireta, para cuja criação ou custeio o erário haja 
concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual (ex: 
OSCIP; OS). 
⤿ Nesse caso, o ressarcimento de prejuízos se limitará à 
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
2. Sujeito ativo 
 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o 
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, 
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta Lei. 
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções 
previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração 
pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de 
cooperação ou ajuste administrativo equivalente 
 
→ O particular pode responder por atos de improbidade administrativa, 
quando induz ou concorre dolosamente para a prática do ato. 
 
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito 
privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, 
salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que 
responderão nos limites da sua participação. 
 
→ As sanções de improbidade não se aplicarão à PJ, caso o ato de 
improbidade administrativa seja também sancionado como ato lesivo à 
administração pública de que trata a Lei Anticorrupção. 
* É inviável a propositura de ação civil de improbidade administrativa 
exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de 
agente público no polo passivo da demanda. 
* Não há litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e o 
particular. 
→ Empregados e dirigentes de concessionárias e permissionárias de 
serviços públicos não se sujeitam à LIA. 
→ O estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente, 
remunerado ou não, está sujeito à LIA. 
→ Os agentes políticos, com exceção do Presidente, encontram-se 
sujeitos ao duplo regime sancionatório, se submetendo tanto à 
responsabilização civil por atos de improbidade quanto à 
responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade. 
→ O sucessor ou herdeiro daquele que causar dano ao erário ou se 
enriquecer ilicitamente está sujeito apenas à obrigação de repará-lo, 
até o limite do valor da herança. 
→ A responsabilidade sucessória também será aplicada nas hipóteses 
de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão 
societária. 
⤿ Nos casos de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora 
será restrita à obrigação de reparação integral do dano, até o limite do 
patrimônio transferido. 
3. Enriquecimento ilícito 
 
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito 
auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em 
razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas 
entidades referidas no art. 1º desta Lei. 
→ No enriquecimento ilícito, eu ME beneficio. Verbos: receber, 
perceber, utilizar, adquirir, usar, incorporar. 
→ A conduta é comissiva. 
→ O dano ao erário é dispensável. 
 
4. Dano ao erário 
 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação 
ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, 
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas 
no art. 1º desta Lei 
§ 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais ou regulamentares não 
implicar perda patrimonial efetiva, não ocorrerá imposição de ressarcimento, vedado o 
enriquecimento sem causa das entidades referidas no art. 1º desta Lei. 
§ 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não acarretará 
improbidade administrativa, salvo se comprovado ato doloso praticado com essa finalidade. 
 
→ No dano ao erário, eu beneficio ALGUÉM. Verbos: permitir, facilitar, 
concorrer, doar, agir, conceder. 
→ Exige a efetiva e comprovada perda patrimonial do ente público, 
inclusive no caso de fraude à licitação (superação do entendimento do 
STJ). 
→ A conduta pode ser comissiva ou omissiva. 
→ O antigo art. 10-A se tornou o inciso XXII, modalidade de dano ao 
erário (conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário 
contrário ao que dispõem...). 
5. Violação a princípios 
 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de 
imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: 
* O rol do art. 11 é taxativo, diferente dos artigos anteriores, que trazem 
rol exemplificativo. 
→ O pressuposto exigível é a violação dos princípios administrativos, 
sendo dispensáveis o enriquecimento ilícito ou o dano ao erário. 
→ A conduta pode ser comissiva ou omissiva. 
* Atenção: 
- frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para 
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou 
dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial efetiva: 
DANO AO ERÁRIO; 
- frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de 
concurso público, chamamento ou procedimento licitatório, visando à 
obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros: 
VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS. 
6. Sanções 
 
ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO 
DANO AO ERÁRIO VIOLAÇÃO DE 
PRINCÍPIOS 
Perda dos bens ou 
valores acrescidos 
Perda dos bens ou 
valores acrescidos 
x 
Perda da função 
pública 
Perda da função 
pública 
x 
Suspensão dos 
direitos políticos por 
até 14 anos 
Suspensão dos 
direitos políticos por 
até 12 anos 
x 
Multa civil equivalente 
ao valor do acréscimo 
patrimonial 
Multa civil equivalente 
ao valor do dano 
Multa civil de até 24x 
o valor da 
remuneração 
Proibição de contratar 
com o Poder Público 
por prazo não superior 
a 14 anos 
Proibição de contratar 
com o Poder Público 
por prazo não superior 
a 12 anos 
Proibição de contratar 
com o Poder Público 
por prazo não superior 
a 4 anos 
 
→ A sanção de perda da função atinge apenas o vínculo de mesma 
qualidade e natureza que o agente público detinha com o Poder 
Público na época do cometimento da infração. Superado o 
entendimento do STJ que o agente público perderia a função que 
estivesse ocupando no momento do trânsito em julgado. 
→ A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, 
em virtude da situação econômica do réu, o valor calculado é ineficaz 
para reprovação e prevenção do ato de improbidade. 
→ Todas as sanções de improbidade só podem ser executadas com o 
trânsito em julgado da sentença condenatória. 
→ O juiz não precisa aplicar todas as penalidades, que podem ser 
aplicadas de forma isoladaou cumulativa. 
→ O juiz poderá determinar o afastamento do agente público do 
exercício do cargo, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se 
fizer necessária à instrução processual ou para evitar a iminente 
prática de novos ilícitos. 
⤿ O afastamento será de até 90 dias, prorrogáveis uma única vez por 
igual período. 
 
7. Procedimento administrativo e judicial 
 
→ Quanto ao procedimento administrativo, qualquer pessoa poderá 
representar à autoridade administrativa competente para que seja 
instaurada investigação. 
→ Quanto ao procedimento judicial, a ação de improbidade será 
proposta pelo MP, não havendo mais a legitimidade concorrente entre 
MP e a Fazenda Pública. 
→ Não há mais a defesa prévia. 
→ Não haverá remessa necessária das sentenças de improbidade. 
→ A ação para aplicação das sanções dos atos de improbidade 
prescreve em 8 anos. Contudo, o STF entende que são imprescritíveis 
as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso 
tipificado na LIA.

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