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Patologia do Sistema Cardiovascular Introdução Rigor mortis Fase da morte, entre 6 e 12 horas que utiliza o glicogênio circulante, onde o mm. permanece contraído (rigidez cadavérica). Depois, as céls vão se romper por causa da autólise, e os lisossomos vão se espalhar e degradar as fibras musculares. Músculo gasta energia (ATP) para relaxar. VE ➝ 1º a entrar em rigor mortis, pela quantidade de mm., e expulsa o sangue do ♡ (geralmente não vê sangue e coágulos no VE). VD ➝ comum ver coágulos, pois a musculatura é mais fina, então não consegue expulsar todo o sangue. Abre o animal ➝ coágulo no VE ➝ sugestivo que o animal teve IC antes de morrer. Tipos de coágulos Coágulo: elástico, desprende fácil do vaso, não é quebradiço, tem certa resistência. Lardáceo: precipitação rápida das céls sg, coloração amarelada devido a proteínas plasmáticas, principalmente fibrina. No cavalo é comum ➝ provavelmente, tem maior precipitação das céls sg. Cão ➝ provável quadro de anemia. Cruórico: coágulo vermelho. Misto: um pouco dos dois. Tromboquinase ➝ inicia o processo de coagulação, liberada pelas céls. endoteliais. Bovinos são muito resistentes a doenças, principalmente infecções. Respostas intrínsecas ♡ teve um problema, como ele responde: Dilatação cardíaca: ♡ muda o seu formato se dilatando. Microscopia: flácido, globoso com paredes finas, mm. papilares achatados e diâmetro longitudinal menor ou igual ao transversal (parecendo uma bola). Hipertrofiado (aumento da fibra cardíaca) Concêntricas (cresce para a luz do órgão): comum em cavalos (atleta sofre hipertrofias naturalmente). Causas: estenose valvular, doenças pulmonares que conferem resistência ao fluxo sg, persistência do ducto arterioso e tamponamento cardíaco. Excêntrica: causas: insuficiência das válvulas semilunares ou atrioventriculares e defeito septal. Insuficiência cardíaca Síndrome. Associada a baixo débito ♡ ou ↑ dos pressão dos átrios esquerdo ou direito, então está saindo ↓ sangue do ♡. Causas: ↓ da contratilidade do miocárdio (miocardiopatias, miocardite infecciosa) defeitos nos feixes de condução nervosa (difícil encontrar certinho as fibras de purkinje) ; Defeitos valvulares; Perda da capacidade de expansão devido a pressões externas (pericardite constritiva); Sobrecarga de volume. Resumindo, tudo que perde a contratilidade, aumento da pressão e aumento de volume ➝ IC. Mecanismos compensatórios Dilatação cardíaca (coração globoso) Hipertrofia concêntrica (aumenta a força de contração) Hipertrofia excêntrica (aumento do volume) Patogenia Pode ou não ter doença ♡ primária, a IC pode começar no rim, no pulmão. Tudo passa pelo ♡, uma doença renal tem estímulos eritropoetina, mecanismo renina-angiotensina- aldosterona. Uma doença pulmonar sobrecarrega o ♡. A vascularização, quando tem ↑ de pressão e sobrecarrega. Doença ♡ pode causar uma sobrecarga de trabalho ➝ perda das reservas ♡ ➝ menor fluxo sanguíneo para os tecidos periféricos e o acúmulo de sangue antes da câmara insuficiente ➝ insuficiência retrógrada. Se o sangue não passa do AD para o VD ➝ volta, enchendo o AD e volta para a veia cava. Assim, também vai ocorrer redução do fluxo sanguíneo renal (hipóxia nos rins), pois vai diminuir o DC ➝ rim entende que está vindo pouco sangue, então retém água ➝ estimula liberação de renina ➝ ativa angiotensina ➝ promove vasoconstrição ➝ estimula liberação de ALD pelo córtex adrenal ➝ retenção de Na e água. Hipóxia também estimula a produção de eritropoetina pelos rins ➝ estimula a medula óssea a ↑ a eritropoiese, ➝ policitemia. ↑ volume plasmático e na celularidade plasmática ➝ sangue mais espesso ➝ hipervolemia + ↑ da viscosidade do sangue ➝ exercem carga maior sobre ♡ deficiente ➝* início de ciclo vicioso de descompensação cardíaca ➝ se não houver intervenção terapêutica ➝ morte por IC. Só com o ↑ do líquido, já forma edema pois vai ↑ a pressão hidrostática ➝ hidrotórax, ascite, hidropericárdio. *É possível algum mecanismo compensatório para o ↑ da carga de trabalho: dilatação ♡, hipertrofia, ↑ FC, utilização das reservas ♡ e fatores de resposta ♡. Microscopia ➝ começa a perder os núcleos, céls inflamatórias entre as fibras e morte dos cardiomiócitos. IC esquerda Causas: perda da contratilidade do miocárdio (miocardite), necrose do miocárdio e miocardiopatia, disfunção das válvulas aórtica e mitral e doenças cardíacas idiopáticas. Do lado esquerdo ➝ volta para AE ➝ a. pulmonar ➝ volta para ♡ ➝ acúmulo de líquido no ♡ ➝ congestão e edema pulmonar. IC direita Causas: hipertensão pulmonar, miocardiopatia, doença das válvulas tricúspide e pulmonar. Resulta na congestão hepática ➝ fígado em noz moscada. Período fetal Três comunicações arteriovenosas: Entre átrios (pelo septo atrial e forame oval) Entre ventrículos (pelo septo ventricular) Entre os grandes vasos aorta e pulmonar (pelo ducto arterioso) Pulmões colapsados O sangue arterial pulmonar flui pelo ducto arterioso O sangue vem da placenta oxigenado desvia do fígado. Entra no átrio direito ➝ forame oval ➝ AE ➝ VE ➝ vasos da cabeça e membros. Defeitos congênitos Persistência do ducto arterioso: ducto não se fecha, ocorre sobrecarga no VE hipertrofia excêntrica, sobrecarga no VD hipertrofia concêntrica e dilatação do AE. Cavalo consegue viver com persistência de 4 a 5 dias. Defeito no septo interventricular: hipertrofia excêntrica VE e hipertrofia concêntrica no VD. Defeito no septo atrial: hipertrofia excêntrica do VD e hipertensão pulmonar com cianose. Estenose (fechamento) da artéria pulmonar: hipertrofia concêntrica do VD. Estenose da artéria aorta: hipertrofia concêntrica VE. Persistência do arco aórtico direito: vira um ligamento ao redor do esôfago e da traqueia, comprimindo-os. Tetralogia de Fallout Defeito do septo interventricular. Dextraposição da aorta. Estenose da pulmonar e hipertrofia do VD. Pericárdio É difícil ter algo primário de pericárdio. Animais domésticos ➝ maioria é consequência ➝ lesão na pleura, pulmão ➝ atinge pericárdio. Hidropericárdio é um distúrbio que tem relação com doenças sistêmicas Transudato: líquido claro, com baixa proteína e baixa densidade, relacionado a doenças crônicas caquetizantes, verminoses, subnutrição, IR, IC, metástase de tumor na base do coração. Tem mais a ver com distúrbios de edema (↑ da pressão capilar, ↓ proteínas plasmáticas, ↑ permeabilidade capilar ou retorno linfático.). Exsudato: líquido com alta densidade, relacionado a doenças inflamatórias, como doença do edema, toxemia por Clostridium sp, deficiência de vitamina E e Selênio. Pouco líquido no pericárdio é normal. Dependendo do tempo, o líquido se tinge. No exsudato se vê fibrina, sangue, muco, características de inflamação. Hemopericárdio Vê sangue dentro do pericárdio. Causas: ruptura intrapericardial da aorta, cavalos atletas; ruptura do átrio, uremia; ruptura da coronária e átrio, deficiência de cobre em suínos; traumas; perfuração ♡; hemangiossarcomas; aneurismas por dirofilariose. Muito líquido de uma vez, como em rupturas, no coração causa morte, chamada tamponamento cardíaco (o líquido não deixa o coração fazer sístole e diástole). Se for aos poucos, o coração consegue se adaptar Degeneração gelatinosa da gordura cardíaca: essa gordura no coração é uma forma de ver o estado nutricional do animal, quando está em caquexia, já consumiu toda gordura de reserva, consumiu musculatura e aí vai consumir a gordura perirrenal e ao redor do coração. Vê-se um aspecto gelatinoso, pois a gordura já foi toda digerida. Pericardite fibrinosa Mais comum. Associada a broncopneumonia fibrinosa e atinge o pericárdio. Causas: Bov: pasteurelose, carbúnculo sintomático, coliformes em neonatos. Sui: Doença de Glasser,pasteurelose, salmonelose e Streptococcus. Ovi: Strepto e pasteurelose. Equi: Strepto equi - poliartrite. Fibrinopurulenta: associada a corpos estranhos (reticulopericardite traumática). Bovinos não são seletivos e podem ingerir arames/pregos. Aves: doença primária de pericárdio ➝ pericardite por gota úrica, aspecto de pó de giz. Endocárdio Mineralização: algumas espécies têm tendência à mineralização, geralmente acúmulo de cálcio. Endocardiose valvular (mais comum na mitral): degeneração da valva, mais comum em cães idosos. Endocardite Mural (pode acontecer em qualquer lugar dentro do coração)- S. vulgaris Valvular (mais comum do lado esquerdo do coração) Bov: Arcanobacterium, Strepto e Staphylo ( só em bov. é mais comum direita) Cordeiro: Strepto. Sui: Strepto e o Erysipelothrix. Equi: Strepto. Actinobacillus. E. coli., pseudomonas. Cão: E. coli, Streptococcus. Miocárdio Alterações degenerativas: edema ou degeneração hidrópica; esteatose; atrofia; mineralização Doxorrubicina: quimioterápico cardiotóxico, lesiona miocárdio. Plantas tóxicas: Cassia occidentalis, Lantana camara, Crestum diurnum, Solanum malacoxylon. Necrose de Zenker é um tipo especial de necrose coagulativa que acontece em mm., coração tigrado, estrias de sangue, febre aftosa e hipovitaminose E. Miocardite supurativa: bactérias Trueperella e Arcanobacterium pyogenes em bovinos e Actinobacillus equui em equinos (infecção secundária). Miocardite necrosante, como toxoplasmose Miocardite hemorrágica: carbúnculo sintomático, sepse, toxemia, doença do coração de amora em suínos e Clostridium em bezerros Miocardite linfocítica: vírus - febre aftosa e parvovirose. Miocardite granulomatosa: mais raro, tuberculose e plantas tóxicas (Vicia villosa) Miocardiopatias Dilatada: idiopática, raças: São Bernardo, Doberman, distrofia muscular de Duchene, Golden. Gatos com deficiência de taurina. Hipertrófica: pastor alemão e boxer Restritiva: rara. Parasitas: Cysticercus, Sarcosporidium, Dirofilaria. Miocardite por salmonelose. Neoplasias Músculo = rápido mioma ou miosarcoma Rabdomioma ou sarcoma; hemangiossarcoma; Quimiodectoma; Linfoma. Artérias e veias Deficiência de cobre em suínos: tem característica de ter aneurisma (saculação, fusiforme) Spirocerca lupi Strongylus vulgaris Podem causar aneurismas e rupturas Hipertrofia Degeneração e necrose: Arteriosclerose: fibrose das artérias; degeneração crônica, perda da elasticidade da artéria, diminui a luz do vaso; aorta abdominal é a mais frequente; macro: grandes placas bcas e firmes B Micro: fibrina e mucopolissacarídeos Aterosclerose: deposição de lipídios entre a íntima e a média das artérias, incomum nos animais. O acúmulo pode diminuir a luz, glóbulos de lipídeos se acumulam no citoplasma das células. Calcificação medial arterial: ocorre junto com mineralização do endocárdio. Causas: plantas calcinogênicas, aumento de vit D e insuficiência renal. Amiloidose Coloração especial: vermelho congo Pequenas artérias musculares do miocárdio, pulmão e baço de cães velhos. Necrose fibrinóide Dano endotelial e acúmulo de fibrina Suínos: deficiência de vitamina E e selênio, doença dos edemas (submucosa gástrica), angiopatia cerebroespinhal e intoxicação por mercúrio nas meninges. Cães: uremia, hipertensão. E em febre catarral maligna nos bovinos. Veias A. Alterações congênitas (raros): dilatação e ruptura. B. Alterações inflamatórias: onfaloflebite (mais comum) Áreas escuras no cérebro de bovinos: melanóticos ectópicos, não é patológico. Vasos linfáticos Alterações congênitas: Linfedema congênito Dilatação e ruptura. Ruptura: doenças específicas ➝ peste suína clássica ou africana. Neoplasias: primárias e secundárias.
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