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poder familiar ● É o cuidado do pai e da mãe em relação aos filhos, é o dever de criá-los, educados conforme a condição e fortuna da família, é um encargo imposto a partir do reconhecimento da filiação. ➔ a miserabilidade não é motivo pra tirar os filhos dos pais ● O que se equipara é a tutela, não a guarda, o poder familiar é mais abrangente que a guarda Característica� 1. Indisponível: o poder familiar decorre automaticamente do reconhecimento da filiação e não pode ser transferido para terceiros por iniciativa dos titulares 2. Irrenunciável: os pais não podem renunciar ao poder familiar por ato exclusivo de sua vontade, uma vez que os casos de destituição ou perda do poder familiar estão dispostos em lei 3. Indivisível: os pais não podem exercer o poder familiar em relação a uns efeitos e outros não 4. Imprescritível: o poder familiar não se extingue pelo desuso, os casos de extinção ocorrem de acordo com a lei (Art. 1.635) Administraçã� d�� ben� d�� filh�� menore� ● Os pais no exercício do poder familiar tem o usufruto e a administração dos bens do filho, podendo utilizá-los como bem entender, inclusive em prol da família. No entanto, não poderão alienar o bem sem autorização judicial, sob pena de serem suspensos do poder familiar ● Autorização judicial se dá através do alvará judicial Guard� ● Uma das ramificações do poder familiar é a guarda, que pode ser: 1. unilateral: quando é exercida exclusivamente por um dos genitores, o detentor da guarda unilateral tem o filho sob sua responsabilidade e companhia, tomando todas as decisões pertinentes a sua criação, cabendo ao outro genitor que não tenha guarda o direito de visitas e fiscalização da guarda exercida pelo outro genitor. 2. Compartilhada: é aquela exercida conjuntamente por ambos os genitores que dividem a responsabilidade e as decisões em relação a criação do filho. O direito de convivência é dividido de forma equilibrada entre os pais, inclusive podendo fixar residência com um deles. foi regulamentada no ordenamento jurídico pela lei 11.698/2008 e a partir de 2014 através da lei 13.058 tornou-se a regra, ou seja, deve ser aplicada sempre que os pais não concordarem ou não chegarem a um acordo em relação a fixação da guarda. Nesses processos sempre terá a atuação da equipe multidisciplinar, psicólogo e assistente social 3. alternada: não é regulamentada por lei e também não é aplicada pelo judiciário, por comprometer psicologicamente o menor que pode vir a perder a referência de autoridades, costumes, educação etc. Na guarda alternada, o menor alterna o tempo de convívio entre o pai e a mãe cabendo ao genitor que estiver no exercício do convívio a guarda com exclusividade, ou seja, a criança passa um tempo sob a guarda unilateral do pai e outro sob a guarda unilateral da mãe, alternando-se esses períodos Aliment�� ● É o instituto que compreende além de alimentação, também o que for necessário para a moradia, assistência médica, educação… traduzindo-se em prestações periódicas fornecidas a alguém para suprir essas necessidades e assegurar sua subsistência ● Tipos de alimentos 1. Necessários: são aqueles que possuem um alcance limitado compreendendo estritamente o necessário para suprir as necessidades básicas do alimentando, é o mínimo necessário para garantir a sua dignidade. 2. Civis ou côngruos: constituem uma inovação do código civil de 2002, onde além além dos alimentos necessários, incluem os meios suficientes para a satisfação de outras necessidades a fim de manter a condição social do alimentando, segundo as possibilidades do alimentante. ● Os alimentos devem ser fixados sempre levando-se em consideração o pressuposto da obrigação alimentar, ou seja o binômio possibilidade/necessidade que é a possibilidade de quem paga e a necessidade de quem recebe ● Características ➔ pessoal e intransferível: a sua titularidade não se transfere, uma vez que se trata de um direito personalíssimo e visa preservar a necessidade do alimentando ➔ irrenunciável: o direito pode deixar de ser exercido, mas quando é decorrente do poder familiar não pode ser renunciado, os ex cônjuges podem renunciar aos alimentos entre si ➔ impossibilidade de restituição: o pagamento dos alimentos é sempre bom e perfeito ainda que uma nova decisão modifique o seu valor reduzindo ou aumentando (mesmo aumentando ou diminuindo não devolve ou paga a diferença) ➔ incompensabilidade: as obrigações alimentícias não se compensam com outra obrigação sob pena de levar o alimentando a passar necessidade ➔ imprescritibilidade: o direito a alimentos é imprescritível, em qualquer fase que o indivíduo necessite pode pedir alimentos, o que prescreve em 2 anos é a prestação alimentar (se a mãe não pedir, presume que é pq n precisa) ➔ variabilidade: modificada a situação econômica e a necessidade das partes, pode haver a revisão dos alimentos para majorar ou diminuir o seu montante ➔ impenhorabilidade: os alimentos não podem ser penhorados uma vez que seus créditos se destinam a sobrevivência de quem o recebe, trata-se de verba alimentar ➔ periodicidade: o pagamento dos alimentos deve ser realizado em períodos que podem ser semanais, quinzenais, mas não superior a 30 dias, sob pena de não suprir as necessidades do alimentando ➔ divisível: a obrigação alimentar pode ser dividida entre os vários sujeitos devedores de alimentos ● Sujeitos: os descendentes e ascendentes devem alimentos entre si, recaindo a obrigação no mais próximo, não havendo parentes em linha reta os colaterais até segundo grau ou seja, os irmãos poderão ser chamados a pagar alimentos. Os demais parentes e os afins não tem obrigação alimentar (parentes do cônjuge) ● Alimentos decorrentes do casamento e união estável: esses alimento são devidos a partir do dever de assistência recíproca entre os cônjuges ou companheiros, assim ao término da relação se não tiver como prover a sua subsistência o cônjuge ou companheiro pode pedir alimentos ao outro caso tenha dado causa ao fim da relação terá direitos somente aos alimentos necessários ● Alimentos gravídicos: são os alimentos fundamentados pela lei 11.804/08, são os alimentos fixados em favor da gestante em valor suficiente para suprir a suas despesas no período da gravidez, da concepção ao parto, incluindo alimentação, assistência médica, psicológica, exames complementares… Os alimentos gravídicos tem algumas características tais como: ➔ podem ser fixados apenas em indícios da paternidade, com provas suficientes analisadas pelo juiz, sem a necessidade de realização do DNA ➔ interrompida a gravidez pelo parto ou aborto cessa automaticamente a obrigação alimentar ➔ os alimentos são devidos a partir do despacho do juiz e não da citação ➔ se não houver pedido de revisão os alimentos gravídicos podem ser convertidos em pensão alimentícia para o filho, após o seu nascimento. ● Execução de alimentos: é devida quando o alimentante não paga os alimentos, ou seja, não cumpre a obrigação alimentar. O CPC de 2015 trouxe algumas inovações em relação à matéria que está disciplinada entre os artigos 528 e 533. O art 528 traz a possibilidade de protesto em cartório além de lançamento do seu nome no SPC SERASA, regulamentou os 3 últimos meses de atraso para a execução pelo rito de prisão e a decretação da prisão de um a 3 meses. O art. 529 fundamenta a possibilidade de desconto da pensão devida do salário do devedor além do bloqueio da conta e o art.. 532 prevê a possibilidade de investigação pelo MP por abandono material em caso de procrastinação Tutela ● É o instituto pela qual uma pessoa maior e capaz é investido de poderes necessários para a proteção do menor quando estes não têm pais conhecidos, se forem falecidos ou destituídos do poder familiar ● Finalidades: cuidado com a pessoa de menor, administração dos seus bens e representação do menor nos atos da vida civil. Modalidade� 1. Tutela testamentária: é a primeira opção de tutela, quando os pais nomeiam o tutor de seus filhos através de testamento ou outro documento autêntico, é a modalidadepreferencial de tutela porque entende-se que os pais sabem o que é melhor para os filhos e portanto nomearam bons tutores 2. Legítima: não havendo tutores nomeados, ou seja na falta de tutela testamentária, o juiz nomeará algum parente do menor para exercer tal encargo, dali o seu caráter subsidiário 3. Dativa: na falta de parentes em condições de exercer a tutela o juiz nomeará alguém estranho a consanguinidade, mas o vínculo afetivo com o menor Tutel� X Pode� familia� a tutela é vista de forma mais rigorosa ➔ a tutela é temporária sendo exercida em um período de 2 anos, podendo ser renovada até que o pupilo complete a maioridade, enquanto que o poder familiar é exercido definitivamente até que o filho complete a maioridade ➔ o tutor não pode usufruir do patrimônio do pupilo, os pais têm o usufruto dos filhos menores ➔ o tutor só pode emancipar o pupilo através de autorização judicial e os pais podem emancipar os filhos através de escritura pública Escusad�� d� Exercíci� d� Tutel� ● A tutela é um encargo, ou seja, um munus público, assim o tutor nomeado não pode recusar o encargo, a não ser que esteja inserido no rol taxativo do art. 1.736 ● A prestação de contas é exercida de 2 em 2 anos ou quando houver denúncia de irregularidade na tutela. Ainda que os pais tenham dispensado o tutor da prestação de contas, essa é obrigatória, uma vez que é um meio do juiz verificar a efetividade da tutela. ADOÇÃO ● É a modalidade artificial de filiação que busca imitar a filiação biológica, é uma filiação exclusivamente jurídica, também chamada de filiação civil ● Finalidades:tem como finalidade principal o bem estar e os interesses do menor. É inserir o menor em uma família e posteriormente dar a aqueles que não podem ter filhos biológicos uma filiação civil Ambas são modalidades de família substituta no entanto apresentam algumas diferenças, entre elas, a guarda é a modalidade mais simples de colocação de família substituta, uma vez que não suprime o poder familiar, a adoção é modalidade mais complexa uma vez que suprime o poder familiar dos pais biológicos. A guarda pode ser revogada pois é um instituto temporário, a adoção é definitiva, permanente e irrevogável. Adoçã� internaciona� ● A adoção internacional é aquela em que o domicílio dos adotantes é fora do país e portanto o menor será levado para um país estrangeiro. ● com a lei 1210/9 a adoção passou a ter caráter excepcional e a adoção internacional é a exceção, só sendo concedida quando não houver ninguém no país apto a adotar um menor. ➔ É a lei da convivência familiar, que tem como principal objetivo manter o vínculo do menor com sua família de origem, assim modificou diversos artigos do ECA mudando todo o sistema de adoção, tornando-a mais burocrática e dando- lhe o caráter excepcional, além de ter revogado os artigos de adoção do código civil e atualmente tanto a adoção dos maiores como dos maiores são disciplinadas pelo ECA ● A preferência na adoção se dá na ordem: mesmo nacional ou internacional a preferência é primeiro de brasileiros e depois de estrangeiros Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e adolescentes são titulares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência IV - interesse superior da criança e do adolescente: a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Curatela ● É um instituto de interesse público destinado a reger a pessoa ou a administrar bens da pessoa maior, porém incapaz de administrar seu próprio patrimônio e reger a sua vida em virtude de moléstia (deficiência intelectual), incapacidade, prodigalidade (pessoa que gasta compulsivamente) ou ausência (pessoa que sumiu) ● Finalidade: Conceber proteção aos incapazes no tocante a seus interesses e garantir a preservação dos negócios realizados por eles em relação a terceiros ● A curatela segue os mesmos princípios da tutela, no que se referem a prestação de contas, um sistema de escusa, a renovação do termo a cada 2 anos; a destituição em caso de improbidade no exercício da curatela… ● Interdição: procedimento previsto nos arts. 747 -763 do CDC, que prevê o interrogatório do interditando, além das demais provas para apurar a necessidade de curatela, com a participação do MP ➔ Após a lei 13.146/2015 a interdição tornou-se a exceção já que não existem pessoas maiores de idade absolutamente incapazes, a regra é que o indivíduo seja capaz ou apresente incapacidade relativa e por tanto o termo de curatela será para a realização de determinados atos a depender de sua incapacidade intelectual. ➔ lei determinada como estatuto da pessoa com deficiência que tem como objetivo a inclusão da pessoa portadora de deficiência física ou intelectual. Criou diversos mecanismos de acessibilidade, inclusão e mobilidade do deficiente físico, bem como a inclusão do deficiente intelectual ou de discernimento reduzido. Essa lei revogou os incisos do art 3° do CC, e assim não existe mais pessoa maior de idade absolutamente incapaz, e consequentemente trazendo a ação de interdição absoluta como exceção. ➔ A interdição relativa é assegurada às pessoas com discernimento reduzido aos ébrios habituais, viciados em drogas, de acordo com a incapacidade que apresentem para a prática de determinados atos, essa lei também tornou válido o casamento contraído pelo indivíduo com discernimento intelectual reduzido ● Levantamento da interdição: é o procedimento que visa cercar os efeitos da interdição, deve ser distribuído por dependência ao mesmo juiz que decretou a interdição. É um processo inverso ao processo de interdição onde, deverás ser provado através de interrogatório, laudo psiquiátrico, testemunhas que o interditando voltou a ter plena capacidade de reger a sua vida ● Tomada de decisão: é um instituto criado pela lei 13.146/2015 em que a pessoa com deficiência intelectual solicitará ao juiz que duas pessoas de sua confiança passem a lhe apoiar na prática de atos da vida civil. Os apoiadores prestarão compromisso judicial e deverão prestar contas, tornando os atos incontestáveis perante terceiros
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