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1. ATIVIDADE DE ADVOCACIA 
Atividade de Advocacia: exercem atividade de 
advocacia os advogados privados (trabalham para entes 
privados) e os advogados públicos (trabalham para 
entes públicos), sendo, como regra geral, obrigados a se 
inscreverem na OAB para o exercício de suas atividades. 
Tema 1074 - O STF decidiu que é inconstitucional a 
exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros 
da OAB. 
Empresas Estatais: advogados privados.
Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e 
podem integrar qualquer órgão da OAB.
Tempo de Advocacia: é participação anual mínima em 
cinco atos privativos previstos no artigo 1º do EAOAB, em 
causas ou questões distintas. 
Características: a advocacia representa verdadeiro 
múnus público, mesmo quando exercido no ministério 
privado do advogado. As principais características da 
advocacia são: 
a) Indispensabilidade, 
b) Inviolabilidade, 
c) Independência, 
d) Exclusividade, 
e) Parcialidade, 
f) Onerosidade mínima obrigatória, 
g) Singularidade (Lei n. 14.039/2020)
Advocacia pro bono (exceção à onerosidade mínima 
obrigatória): prestação gratuita, eventual e voluntária 
de serviços jurídicos em favor de instituições sociais 
sem fns econômicos e aos seus assistidos, sempre 
que os beneficiários não dispuserem de recursos para 
a contratação de profissional, podendo ser exercida 
também em favor de pessoas naturais que, igualmente, 
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio 
sustento, contratar advogado. Não poderá, entretanto, 
ser utilizada para fns político-partidários ou eleitorais, 
nem benefciar instituições que visem a tais objetivos, 
ou como instrumento de publicidade para captação de 
clientela. 
Atividades Privativas de Advocacia: 
1) Postulação em juízo, salvo nos seguintes casos: 
a) impetração de habeas corpus; b) nas causas até 20 
salários mínimos no JEC (se houver recurso precisa 
de advogado); c) causas no Juizado Especial Federal 
(60 salários mínimos). Se houver recurso precisa de 
advogado; d) Processo Administrativo Disciplinar; e) Jus 
postulandi na Justiça do Trabalho e f) Revisão Criminal. 
2) Visar os atos e contratos constitutivos de pessoas 
jurídicas, salvo em relação às Microempresas e Empresas 
de Pequeno Porte. 
3) Consultoria e assessoria jurídicas, bem como direção 
jurídica de empresa pública, privada ou paraestatal.
ATENÇÃO (Lei n. 14.365/22): consultoria e assessoria 
podem feitas de maneira informal, podendo ser verbal ou por 
escrito, e sem a necessidade de outorga de procuração e de 
contrato de honorários.
Mandato: Causas de Extinção:
RENÚNCIA
A renúncia ao patrocínio 
deve ser feita sem menção 
do motivo que a determinou 
(art. 16 do CED), devendo o 
advogado comunicar ao cliente 
por escrito, preferencialmente, 
com aviso de recebimento (AR) 
e, posteriormente, ao juiz da 
causa (RGEAOAB). Além disso, 
o advogado que renunciar ao 
mandato continuará, durante 
os dez dias seguintes à 
notificação da renúncia, a 
representar o mandante, 
salvo se for substituído antes 
do término desse prazo. 
REVOGAÇÃO
O cliente pode revogar os 
poderes dados ao advogado. 
A revogação não o desobriga 
o cliente do pagamento 
das verbas honorárias 
contratadas, assim como 
não retira o direito do 
advogado de receber o 
quanto lhe seja devido em 
eventual verba honorária 
de sucumbência, calculada 
proporcionalmente em face 
do serviço efetivamente 
prestado (art. 17 do CED).
SUBS. SEM 
RESERVAS 
DE PODERES
No substabelecimento sem 
reserva de poderes, desde que 
haja concordância do cliente, o 
advogado originário transfere 
de forma defnitiva os poderes 
que lhe foram concedidos, 
extinguindo o mandato. 
ARQUIVAMENTO 
DOS AUTOS OU 
CONCLUSÃO DA 
CAUSA (EXTINÇÃO 
PRESUMIDA)
Concluída a causa ou 
arquivado o processo, 
presume-se cumprido e 
extinto o mandato (art. 13 do 
CED).
Procuração: instrumento do mandato. Não pode ser 
outorgada de forma genérica para a sociedade. 
Urgência - juntada da procuração em 15 dias, 
prorrogáveis por mais 15 dias. 
Procuração ad judicia: foro em geral. 
Procuração ad judicia et extra: poderes especiais, 
como receber citação, confessar, reconhecer a procedência 
do pedido, transigir, desistir, renunciar, receber, dar 
quitação, firmar compromisso, etc. 
Substabelecimento: 
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SUBST. COM RESERVA DE PODERES SUBST. SEM RESERVAS DE PODERES 
• Ato pessoal do advogado. Não precisa da 
concordância do cliente. 
• Não extingue o mandato, mas permite que o 
substabelecente e o substabelecido atuem em favor do 
cliente. 
• Substabelecido não pode cobrar os honorários 
advocatícios diretamente do cliente, salvo se tiver 
contrato com o cliente (Lei n. 14.365/2022). 
• Precisa da concordância do cliente (prévio e 
inequívoco conhecimento). 
• Gera a extinção do mandato. 
• Como há extinção do mandato originário, o 
substabelecido poderá cobrar os honorários 
devidos do cliente. 
2. DIREITOS DO ADVOGADO 
A primeira ideia que se deve ter em relação a atuação do advogado é que não existe qualquer hierarquia entre 
o advogado e os demais operadores do direito, devendo todos se respeitarem reciprocamente. O art. 7º do EAOAB 
assegura uma série de direitos aos advogados, a saber: 
DIREITO ASSEGURADO COMENTÁRIO 
I - Exercer, com liberdade, a profissão em todo o 
território nacional.
Se o advogado exercer atividade de forma habitual 
(mais de 5 causas) em Estado diverso do qual tenha 
sua inscrição principal, deverá promover a inscrição 
suplementar no Conselho Seccional da OAB.
II – Inviolabilidade de seu escritório ou local de 
trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, 
de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime, 
conforme art. 7º-B ao EAOAB, acrescido pela Lei nº 
13.869/2019. 
Não se trata de inviolabilidade absoluta. Presentes 
indícios de autoria e materialidade da prática de 
crime por parte de advogado, o juiz competente poderá 
decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão 
motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, 
específco e pormenorizado, a ser cumprido na presença 
de representante da OAB, sendo vedada a utilização 
de documentos de clientes ou de instrumentos do 
advogado que contenham informações sobre clientes, 
salvo se o cliente estiver sendo formalmente investigado 
como partícipe ou coautor pela prática do mesmo crime 
que deu causa à quebra da inviolabilidade, conforme 
§§s 6º e 7º do art. 7º do EAOAB.
Atenção: a Lei n. 14.365/22 acrescentou o § 6º-D ao 
art. 7º do EAOAB, dispondo que, no caso de inviabilidade 
técnica quanto à segregação da documentação, da mídia 
ou dos objetos não relacionados à investigação (SSD 
ou HD, por exemplo), a cadeia de custódia preservará 
o sigilo do seu conteúdo, assegurada a presença do 
representante da OAB.
III - Comunicar-se com seus clientes, pessoal e 
reservadamente, mesmo sem procuração, quando 
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos 
em estabelecimentos civis ou militares, ainda que 
considerados incomunicáveis.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime, 
conforme art. 7º-B ao EAOAB. 
O advogado, portanto, tem o direito de conversar 
com o seu cliente em qualquer situação, mesmo sem 
possuir procuração.
IV - Ter a presença de representante da OAB, quando 
preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da 
advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de 
nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à 
seccional da OAB.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime, 
conforme art. 7º-B ao EAOAB. 
O advogado poderá serpreso em fagrante, por motivo 
ligado ao exercício da profssão, apenas no caso de crime 
inafançável (§ 3º do art. 7º do EAOAB) e desde que haja 
a presença de um representante da OAB. Nas demais 
hipóteses de prisão, não há necessidade da presença 
de representante da OAB, mas apenas a comunicação 
expressa à Seccional da OAB. 
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V - Não ser recolhido preso, antes de sentença transitada 
em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações 
e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, 
e, na sua falta, em prisão domiciliar (a expressão “assim 
reconhecidas pela OAB” foi suspensa pelo STF na ADIN 
1.128). 
Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, 
o advogado deverá ser recolhido à cela comum.
ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime, 
conforme art. 7º-B ao EAOAB, acrescido pela Lei nº 
13.869/2019. 
VI - Ingressar livremente: a) nas salas de sessões 
dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam 
a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e 
dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios 
de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de 
delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e 
independentemente da presença de seus titulares; c) em 
qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição 
judicial ou outro serviço público onde o advogado deva 
praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício 
da atividade profissional, dentro do expediente ou fora 
dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer 
servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou 
reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, 
ou perante a qual este deva comparecer, desde que 
munido de poderes especiais
O advogado tem livre acesso a prédios públicos, 
incluindo as salas de sessões dos tribunais, mesmo 
na parte reservada aos magistrados. Entretanto, para 
participar de reuniões ou assembleias que deva participar 
o seu cliente, o advogado pode comparecer sozinho, mas 
deve possuir procuração com poderes especiais.
VII - Permanecer sentado ou em pé e retirar-se 
de quaisquer locais indicados no inciso anterior, 
independentemente de licença.
O advogado não precisa prestar esclarecimentos ou pedir 
licença a qualquer autoridade, podendo permanecer em pé 
ou sentado, ausentando-se do recinto quando quiser. 
VIII - Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas 
e gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, observando-se 
a ordem de chegada.
O advogado tem direito de ser atendido pelos magistrados 
sem necessidade de marcar horário previamente, 
respeitando-se apenas a ordem de chegada.
IX - Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso 
ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do 
relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo 
de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido”.
Na ADIN 1.105-7, o STF declarou inconstitucional o 
conteúdo deste inciso,. Como resposta, a Lei n. 14.365/22 
acrescentou o § 2º-B ao art. 7º do EAOAB, dispondo que o 
advogado poderá realizar a sustentação oral no recurso 
interposto contra a decisão monocrática de relator que 
julgar o mérito ou não conhecer dos seguintes recursos 
ou ações: I - recurso de apelação; II - recurso ordinário; 
III - recurso especial; IV - recurso extraordinário; V - 
embargos de divergência; VI - ação rescisória, mandado 
de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações 
de competência originária.
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal 
judicial ou administrativo, órgão de deliberação coletiva 
da administração pública ou comissão parlamentar 
de inquérito, mediante intervenção pontual e sumária, 
para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação 
a fatos, a documentos ou a afirmações que influam na 
decisão;.
 A Lei n. 14.365/2022 modificou o inciso X, deixando 
claro que o direito de intervenção sumária pode ser 
exercido também na esfera administrativa, nos órgãos 
de deliberação da Administração Pública e nas CPIs. .
XI - Reclamar, verbalmente ou por escrito, perante 
qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância 
de preceito de lei, regulamento ou regimento.
Não havendo a intervenção sumária citada no item 
anterior, o advogado tem o direito de reclamar verbalmente 
ou por escrito contra o descumprimento de preceito legal, a 
fim de que a irregularidade não seja repetida.
XII - Falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou 
órgão de deliberação coletiva da Administração Pública 
ou do Poder Legislativo.
O advogado tem o direito de se manifestar sentado ou 
em pé, não podendo ser constrangido, por exemplo, a se 
manifestar obrigatoriamente em pé.
XIII – Examinar, em qualquer órgão dos Poderes 
Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública 
em geral, autos de processos findos ou em andamento, 
mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos 
a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo 
tomar apontamentos.
O advogado pode examinar processos já terminados 
ou em andamento, inclusive autos eletrônicos (Lei nº 
13.793/2019), mesmo quando não estiver munido de 
procuração e sem atuar no processo, salvo aqueles 
sujeitos a sigilo, em que será exigida a procuração.
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XIV - Examinar, em qualquer instituição responsável por 
conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de 
flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos 
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, 
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio 
físico ou digital. 
 Atenção: a violação a esse direito pode caracterizar 
o crime do art. 32 da Nova Lei de Abuso de Autoridade. 
O Advogado também tem direito de ter acesso aos 
autos, mesmo sem procuração, inclusive autos digitais 
(Lei nº 13.793/2019), devendo, entretanto, apresentar 
procuração se os autos forem sigilosos. Além disso, 
a autoridade competente poderá limitar o acesso do 
advogado apenas aos elementos de prova relacionados 
a diligências em andamento e ainda não documentados 
nos autos (§§ 10 e 11 do art. 7º do EAOAB).
XV - Ter vista dos processos judiciais ou administrativos 
de qualquer natureza, em cartório ou na repartição 
competente, ou retirá-los pelos prazos legais.
A Lei n. 14.365/22 revogou os parágrafos primeiro e 
segundo do art. 7 º do EAOAB, motivo pelo qual não há 
mais as exceções em relação à consulta dos processos 
pelos advogados prevista nos incisos XV e XVI. 
XVI - Retirar autos de processos findos, mesmo sem 
procuração, pelo prazo de dez dias.
Se o processo já tiver sido encerrado, o advogado pode 
retirá-lo para análise pelo prazo de 10 dias, não sendo 
necessário apresentar procuração. 
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido 
no exercício da profissão ou em razão dela.
O desagravo público é promovido pelo Conselho 
Seccional competente, de ofício, a seu pedido ou 
de qualquer pessoa. O desagravo não depende da 
concordância do advogado ofendido, tendo como função 
reestabelecer a dignidade do exercício da advocacia. 
Somente cabe desagravo quando houver ofensa ao 
advogado no exercício de sua função.
XVIII - Usar os símbolos privativos da profissão de advogado.
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo 
no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato 
relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, 
mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, 
bem como sobre fato que constitua sigilo profissional.
Cabe ressaltar que, além de direito, constitui dever 
do advogado guardar sigilo dos fatos de que tome 
conhecimento no exercício da profissão, conforme art. 35 
do CEDOAB. 
XX - Retirar-se do recinto onde seencontre aguardando 
pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário 
designado e ao qual ainda não tenha comparecido a 
autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação 
protocolizada em juízo.
O direito de se retirar do recinto apenas ocorre quando, 
além do critério temporal de 30 minutos, o juiz não tiver 
comparecido para realizar a audiência. Se houver o 
comparecimento do juiz e a pauta de audiência estiver 
atrasada, não há o direito de retirada. A regra do inciso 
XX não se aplica ao processo do trabalho, uma vez que a 
CLT possui regra própria estampada no parágrafo único 
do art. 815 da CLT (15 minutos). 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante 
a apuração de infrações, sob pena de nulidade 
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, 
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios 
e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou 
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva 
apuração apresentar razões e quesitos.
O advogado tem direito de participar de interrogatório 
ou depoimento em procedimentos de investigação, 
permitindo-se ainda ao advogado apresentar razões e 
quesitos, sob pena de nulidade absoluta dos elementos 
probatórios decorrentes.
o § 2º do art. 7º do EAOAB garantia ao advogado 
imunidade profissional, não constituindo injúria ou 
difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem 
prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos 
excessos que cometer (esse parágrafo foi revogado pela 
Lei n. 14.365/22)
A redação original do § 2º do art. 7º do EAOAB previa 
incialmente a imunidade profissional também para 
eventuais atos que caracterizassem desacato. Entretanto, 
no julgamento da ADIN 1.127-8, o STF suspendeu a eficácia 
da expressão “desacato”, de modo que o advogado pode 
responder por atos que caracterizem desacato, ainda 
que no exercício de sua função. Além disso, a imunidade 
profissional do advogado não abrange eventuais atos que 
caracterizem calúnia.
COLABORAÇÃO PREMIADA (Lei n. 14.365/22) - o advogado está proibido de efetuar colaboração premiada contra 
cliente e ex-cliente, sob pena de exclusão em processo disciplinar e de responder pelo crime de violação de segredo 
profissional (art. 154 do CP).
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Direitos da advogada gestante, lactante e adotante: A Lei nº 13.363/2016 acrescentou o art. 7-A ao EAOAB, 
estabelecendo direitos à advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz, conforme abaixo sintetizado: 
DIREITOS DA ADVOGADA GESTANTE
Entrada em tribunais sem ser submetida a detectores 
de metais e aparelhos de raios X; 
Reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
Preferência na ordem das sustentações orais e das 
audiências a serem realizadas a cada dia, mediante 
comprovação de sua condição.
DIREITOS DA ADVOGADA LACTANTE, 
ADOTANTE OU QUE DER À LUZ
Acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao 
atendimento das necessidades do bebê; 
Preferência na ordem das sustentações orais e das 
audiências a serem realizadas a cada dia, mediante 
comprovação de sua condição.
DIREITOS DA ADVOGADA ADOTANTE 
OU QUE DER À LUZ
Suspensão de prazos processuais quando for a única 
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao 
cliente (período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado 
a partir da data do parto ou da concessão da adoção). 
Abuso de autoridade: a Lei nº 13.869/2019 (nova 
lei de abuso de autoridade) acrescentou o art. 7º - B 
ao Estatuto da OAB, prevendo como crime de abuso de 
autoridade a violação aos incisos II, III, IV e V do caput do 
art. 7º do Estatuto. 
3. INSCRIÇÃO NA OAB 
Para exercer a advocacia é necessária a prévia 
inscrição nos quadros da OAB, exigindo-se, para tanto, 
o preenchimento dos seguintes requisitos (art. 8 do 
EAOAB): I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de 
graduação em direito, obtido em instituição de ensino 
oficialmente autorizada e credenciada; III - título de 
eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV - 
aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade 
incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII 
- prestar compromisso perante o conselho.
Inscrição principal: deve ser feita no Conselho 
Seccional do domicílio profissional do advogado, ou seja, 
a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, 
na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
Inscrição suplementar: o advogado possui liberdade 
para atuar em todo o território nacional. Entretanto, se 
pretender atuar de forma habitual (mais de 5 causas 
por ano) em Estado diverso do qual tenha sua inscrição 
principal, deverá promover a inscrição suplementar no 
Conselho Seccional da OAB do Estado que pretende atuar. 
Transferência da inscrição: no caso de mudança 
efetiva de domicílio profissional para outra unidade 
federativa, deve o advogado requerer a transferência de 
sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. 
Cancelamento da Inscrição: trata-se de interrupção 
definitiva da inscrição, que pode ocorrer nos seguintes 
casos (art. 11 do EAOAB): I – se o advogado assim o 
requerer; II - sofrer penalidade de exclusão (o advogado 
pode requerer novamente a inscrição, comprovando a 
reabilitação, conforme art. 41 do EAOAB); III - falecer; 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade 
incompatível com a advocacia; V - perder qualquer um 
dos requisitos necessários para inscrição. O advogado 
que tiver sua inscrição cancelada poderá posteriormente 
solicitar nova inscrição, sem necessidade de ser aprovado 
novamente no Exame da Ordem, mas perderá o número 
antigo de inscrição.
Licenciamento da Inscrição: trata-se de interrupção 
temporária da inscrição, que pode ocorrer nos seguintes 
casos (art. 12 do EAOAB): I – se o advogado assim o 
requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer, 
em caráter temporário, atividade incompatível com o 
exercício da advocacia (ex: exercício do cargo de prefeito 
e governador); III - sofrer doença mental considerada 
curável. No licenciamento, o advogado não perde o 
número de inscrição da OAB, podendo retomá-lo quando 
cessar a causa que gerou o licenciamento. Durante o 
período de licenciando, não há necessidade de pagamento 
da anuidade da OAB nem necessidade de votar.
4. ADVOGADO ESTRANGEIRO 
O advogado estrangeiro pode atuar no Brasil, mesmo 
sem a inscrição na OAB, desde que obtenha autorização 
do Conselho Seccional pelo prazo de 3 anos (renovável 
a cada período de 3 anos), mas apenas para os atos de 
consultoria/assessoria do direito estrangeiro referente 
ao seu país de origem, sendo vedadas a postulação 
judicial e/ou assessoria jurídica em direito brasileiro, 
mesmo que esses atos sejam realizados em conjunto com 
o advogado brasileiro (Provimento n. 91/2000 do CFOAB).
5. ESTAGIÁRIO 
A inscrição do estagiário é feita no Conselho 
Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico 
e, para ser deferida, o estagiário deve preencher os 
mesmos requisitos para a inscrição do advogado, salvo 
os referentes ao diploma de graduação e à aprovação no 
Exame da Ordem.
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ATOS DO ESTAGIÁRIO 
EM CONJUNTO COM 
O ADVOGADO 
ATOS QUE O 
ESTAGIÁRIO PODE 
PRATICAR SEM 
A PRESENÇA DE 
ADVOGADO 
Postulação a órgão do 
Poder Judiciário e aos 
juizados especiais;
Atividades de consultoria, 
assessoria e direção jurídicas.
Retirar e devolver autos 
em cartório, assinando a 
respectiva carga;
Obter junto aos escrivães 
e chefes de secretarias 
certidões de peças ou autos 
de processos em curso 
ou findos;
Assinar petições de 
juntada de documentos 
a processos judiciais 
ouadministrativos.
Atividade Incompatível: o aluno de curso jurídico 
que exerça atividade incompatível com a advocacia 
pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva 
instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, 
mas é vedada a inscrição na OAB.
Bacharel - O estágio profissional poderá ser cumprido 
por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem 
(§ 4º do art. 9º)
Lei 14.365/22 - estágio pode ser feito no regime 
de teletrabalho em situações excepcionais, como a 
pandemia. Se houver necessidade de equipamentos 
específicos ou infraestrutura para a realização do 
estágio em teletrabalho, essa informação deverá constar, 
expressamente, do convênio de estágio e do termo de 
estágio
6. SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
Forma da sociedade: o EAOAB permite que o advogado 
constitua sociedade simples (reunido com outros 
advogados) ou sociedade unipessoal de advocacia (art. 
15, caput), as quais adquirem personalidade jurídica com o 
registro de seus atos constitutivos no Conselho Seccional 
da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º). 
SOCIEDADE 
SIMPLES 
SOCIEDADE 
UNIPESSOAL
A razão social deve 
ter, obrigatoriamente, o 
nome de, pelo menos, um 
advogado responsável 
pela sociedade, podendo 
permanecer o de sócio 
falecido, desde que 
prevista tal possibilidade 
no ato constitutivo. 
O nome societário, 
portanto, exige a forma 
“firma”, isto é, o nome de 
ao menos um dos sócios, 
ainda que de forma 
abreviada ou pelo uso do 
sobrenome
A denominação da sociedade 
unipessoal de advocacia 
deve ser obrigatoriamente 
formada pelo nome do seu 
titular, completo ou parcial, 
com a expressão ‘Sociedade 
Individual de Advocacia’.
Registro: deve ser realizado no Conselho Seccional 
da OAB em cuja base territorial tiver sede, ou seja, não 
se permite o registro de sociedade de advogado na Junta 
Comercial nem no Registro Civil. 
Principais Regras: a) nenhum advogado pode 
integrar mais de uma sociedade de advogados, seja 
qual for a modalidade, com sede ou flial na mesma 
área territorial do respectivo Conselho Seccional; b) os 
advogados integrantes da mesma sociedade profissional, 
ou reunidos em caráter permanente para cooperação 
recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, 
clientes com interesses opostos (art. 19 do CEDOAB); c) 
o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia 
respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos 
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da 
advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar 
em que possam incorrer, conforme art. 17 do EAOAB. 
Coworking (Lei 14.365/22) - a sociedade de 
advogados e a sociedade unipessoal de advocacia podem 
ter como sede, filial ou local de trabalho espaço de uso 
individual ou compartilhado com outros escritórios 
de advocacia ou empresas, desde que respeitadas as 
hipóteses de sigilo previstas nesta Lei e no Código de 
Ética e Disciplina (§ 12 ao art. 15 do EAOAB).
Averbação (Lei n. 14.365/22) - o impedimento ou a 
incompatibilidade em caráter temporário do advogado 
não o exclui da sociedade de advogados à qual pertença e 
deve ser averbado no registro da sociedade.
Advogado associado (Lei n. 14.365/22) - profissional 
que atua no escritório de advocacia, não é sócio nem 
empregado, mas que tem participação nos resultados do 
escritório. Necessidade de contrato, conforme art. 17-B do 
EAOAB. Havendo uma relação legítima entre a sociedade 
e o advogado associado, o contrato deve ser averbado no 
registro da sociedade de advogados.
7. ADVOGADO EMPREGADO 
Conceito: a relação de emprego, na qualidade de 
advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a 
independência profissional inerentes à advocacia. Além 
disso, o advogado não é obrigado a prestar serviços de 
interesse pessoal de seu empregador e, se o fizer, será de 
forma desvinculada do emprego
Jornada de trabalho (Lei 14.365/22): 8 horas diárias 
e 40 semanais. 
Adicional de horas extras: 100%
Horário noturno: das 20h às 5h, com adicional de 25%
Teletrabalho (Lei 14.365/22): advogado empregado 
pode trabalhar no regime I) exclusivamente presencial, II) 
não presencial (teletrabalho) e c) misto. As partes poderão 
pactuar, por acordo individual simples, a alteração de um 
regime para outro
8. ÉTICA DO ADVOGADO
Principais deveres do Advogado (art. 2º do CEDOAB): 
estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação 
entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a 
instauração de litígios; desaconselhar lides temerárias, 
a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica; 
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bem como abster-se de: I) entender-se diretamente com 
a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o 
assentimento deste; II) ingressar ou atuar em pleitos 
administrativos ou judiciais perante autoridades com as 
quais tenha vínculos negociais ou familiares; III) contratar 
honorários advocatícios em valores aviltantes.
Recusa de Patrocínio (art. 4º do CEDOAB): é 
legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de 
causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de 
pretensão concernente a direito que também lhe seja 
aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado 
anteriormente, conforme art. 4º do CED. 
Relações com o cliente: a) o fato de o cliente outorgar 
um mandato ao advogado, não lhe retira a sua liberdade e 
independência de atuação, devendo atuar de acordo com 
suas convicções para melhorar atender aos interesses de 
seu cliente, conforme art. 11 do CEDOAB; b) o advogado 
não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono 
constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por 
motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas 
judiciais urgentes e inadiáveis (art. 14 do CEDOAB); c) os 
advogados integrantes da mesma sociedade profissional, 
ou reunidos em caráter permanente para cooperação 
recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, 
clientes com interesses opostos (art. 19 do CED); d) 
sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes 
e não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á 
optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, 
renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo 
profissional (art. 20 do CEDOAB); e) é direito e dever do 
advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua 
própria opinião sobre a culpa do acusado; f) ao receber 
uma procuração, o advogado não é obrigado aceitar que 
outro profissional atue ou interfira no curso do processo 
que patrocina; g) o advogado é proibido de atuar no 
mesmo processo, simultaneamente, como patrono e 
preposto do empregador ou cliente (art. 25 do CEDOAB). 
Sigilo Profissional: decorre da lei, devendo ser 
respeitado independentemente de pedido expresso 
do cliente. Além disso, as comunicações feitas entre 
advogado e cliente (carta, telefonemas, e-mail, etc.) 
presumem-se confidenciais, não podendo ser violadas. 
Direito de não depor: o advogado tem o direito 
de não depor, em processo ou procedimento judicial, 
administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva 
guardar sigilo. Esse direito não é absoluto, podendo ceder 
em face de circunstâncias excepcionais que configurem 
justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito 
à vida e à honra ou que envolvam defesa própria (art. 37 
do CED). 
Publicidade: a publicidade profissional do advogado 
deve ter caráter meramente informativo primando pela 
discrição e sobriedade, não podendo configurar captação 
de clientela ou mercantilização da profissão, conforme 
art. 39 do CEDOAB. 
Cartões profissionais e materiais de escritório: não 
poderá incluir nos cartões de visita fotografias pessoais 
ou de terceiros nem fazer menção a qualquer emprego, 
cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer 
órgão ou instituição, salvo o de professor universitário. 
Publicidade pela Internet: o CEDOAB passou a 
permitira publicidade feita pela internet ou outros meios 
eletrônicos, estabelecendo em que a telefonia e a internet 
podem ser utilizadas como veículo de publicidade, desde 
que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou 
representem forma de captação de clientela
Boletins: permite-se a divulgação de boletins, por 
meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de 
interesse dos advogados, desde que sua circulação fique 
adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico (art. 
45 do CEDOAB). 
Panfleto: o art. 40, VI, do CEDOAB veda a 
publicidade por meio de panfleto se houver finalidade 
de captação de clientela.
Meios de Comunicação: o Código de Ética e Disciplina 
proíbe ainda que a publicidade seja veiculada em rádio, 
cinema, televisão, outdoors, painéis luminosos ou 
formas assemelhadas de publicidade, inscrições em 
muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer 
espaço público, bem como a utilização de mala direta, 
a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de 
publicidade, com o intuito de captação de clientela (art. 
40 do CEDOAB). 
Programa de Televisão ou Rádio: o advogado 
deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, 
educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção 
pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos 
sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de 
profissão (art. 43, caput, do CED).
9. HONORÁRIOS DE ADVOGADO 
De acordo com o art. 22 do EAOAB, os honorários 
advocatícios podem ser: convencionados, arbitrados 
judicialmente, de sucumbência e assistenciais. 
Honorários Convencionados (contratuais): 
recebidos em razão de contrato feito com cliente, valendo 
o contrato como título jurídico extrajudicial. Se não houver 
convenção sobre a forma de pagamento, os honorários 
serão pagos da seguinte forma: 1/3 no início do serviço, 
1/3 até a decisão de primeira instância e 1/3 no fnal (§ 
3º do art. 22 do EAOAB). 
Lei n. 14.365/22 - são considerados também 
honorários convencionados aqueles decorrentes da 
indicação de cliente entre advogados ou sociedade de 
advogados (§ 8º ao art. 22 do EAOAB).
Honorários arbitrados judicialmente: são arbitrados 
pelo Poder Judiciário por existir dúvida acerca do seu 
valor e não podem ser inferiores aos limites do CPC (Lei 
n. 14.365/22). Além disso, o advogado, quando indicado 
para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no 
caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da 
prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados 
pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho 
Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. 
Honorários de sucumbência: são aqueles devidos 
pela parte vencida, sendo que, de acordo com o CPC/2015, 
serão fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% 
(art. 85, § 2º, do CPC/15). É nula qualquer disposição, 
cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva 
que retire do advogado o direito ao recebimento dos 
honorários de sucumbência (§ 3º do art. 24 do EAOAB). 
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Honorários assistenciais: são os fixados em ações 
coletivas para entidades de classe que atuam como 
substitutos processuais, como os sindicatos. Importante: 
I) possibilidade de cumulação entre honorários 
assistenciais e honorários de sucumbência, o que muitas 
vezes era vedado pela Justiça do trabalho em relação às 
ações dos sindicatos e II) a possibilidade de a entidade 
de classe firmar contrato de honorários advocatícios 
diretamente com os beneficiários da ação coletiva
Renúncia - a Lei n. 14.365/2022 passou a dispor 
que eventual renúncia aos honorários somente será 
considerada após o protocolo da petição que revogue 
os poderes que lhe foram outorgados ou que noticie 
a renúncia a eles, e os honorários serão devidos 
proporcionalmente ao trabalho realizado nos processos.
Bloqueio universal de bens - até 20% desse 
patrimônio deve ser liberado para fins de recebimento de 
honorários e reembolso de gastos com a defesa, salvo 
Lei de Drogas e art. 243 da CF/88 (plantação psicotrópico 
e trabalho escravo), conforme art. 24-A do EAOB (Lei n. 
14.365/22) 
Cláusula quota litis: aquela que estipula participação 
do advogado sobre o ganho da demanda. Para ser válida, 
os honorários devem ser necessariamente representados 
por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da 
sucumbência, não podem ser superiores às vantagens 
advindas a favor do cliente.
Execução: pode ser promovida nos mesmos autos 
da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe 
convier. 
Prescrição: o prazo prescricional para que o 
advogado ajuíze a ação de cobrança dos honorários 
advocatícios é de 5 anos, contados: I - do vencimento do 
contrato, se houver; II - do trânsito em julgado da decisão 
que os fixar; III - da ultimação do serviço extrajudicial; IV - 
da desistência ou transação; V - da renúncia ou revogação 
do mandato.
Título de Crédito: o crédito por honorários advocatícios, 
não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro 
título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, 
ser emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com 
fundamento no contrato de prestação de serviços, a qual, 
porém, não poderá ser levada a protesto. 
Compensação: permite-se a compensação de créditos, 
pelo advogado, de importâncias devidas ao cliente, quando 
o contrato de prestação de serviços a autorizar ou quando 
houver autorização especial do cliente (art. 48, § 2º, do 
CEDOAB).
Alteração Importante: a) a Lei nº 13.725/2018 
revogou o art. 16 da Lei 5.584/1970, o que deixou claro 
que os honorários advocatícios, nas ações sindicais, 
devem ser revertidos para advogados habilitados na 
ação e não em favor da entidade sindical; b) a mesma 
lei acrescentou os §§ 6º e 7º ao art. 22 do EAOAB 
estabelecendo: I) a possibilidade de cumulação entre 
honorários assistenciais fixados com entidade de classe 
e honorários de sucumbência, e II) a possibilidade de 
a entidade de classe firmar contrato de honorários 
advocatícios diretamente com os beneficiários da ação 
coletiva.
Sistema de cartão de crédito: pode ser usado para 
o recebimento de honorários, mediante credenciamento 
junto a empresa operadora do ramo (art. 53 do CEDOAB).
10. INCOMPATIBILIDADE E 
IMPEDIMENTO 
Incompatibilidade: proibição total do exercício da 
advocacia, mesmo em causa própria (salvo policiais e 
militares) 
Impedimento: restrição parcial para o exercício da 
advocacia.
INCOMPATIBILIDADE 
(ART. 28 DO EAOAB) IMPEDIMENTO 
I - Chefe do Poder 
Executivo e membros da 
Mesa do Poder Legislativo e 
seus substitutos legais
II - Membros de órgãos do 
Poder Judiciário, do Ministério 
Público, dos tribunais e 
conselhos de contas, dos 
juizados especiais, da justiça 
de paz, juízes classistas, bem 
como de todos os que exerçam 
função de julgamento em 
órgãos de deliberação coletiva 
da administração pública 
direta e indireta
III - Ocupantes de cargos ou 
funções de direção em Órgãos 
da Administração Pública 
direta ou indireta, em suas 
fundações e em suas empresas 
controladas ou concessionárias 
de serviço público
IV - ocupantes de cargos 
ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a qualquer 
órgão do Poder Judiciário 
e os que exercem serviços 
notariais e de registro.
V - Ocupantes de cargos 
ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a atividade 
policial de qualquer natureza.
VI - Militares de qualquer 
natureza, na ativa.
VII - Ocupantes de cargos 
ou funções que tenham 
competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização 
de tributos e contribuições 
parafiscais
VIII - Ocupantes de funções 
de direção e gerência em 
instituições financeiras, 
inclusive privadas. 
I - Os servidores da 
administração direta, 
indireta e fundacional, 
contra a Fazenda Pública 
que os remunere ou à 
qual seja vinculada a 
entidade empregadora.
II - Os membros 
do Poder Legislativo, 
em seus diferentes 
níveis, contra oua 
favor das pessoas 
jurídicas de direito 
público, empresas 
públicas, sociedades 
de economia mista, 
fundações públicas, 
entidades paraestatais 
ou empresas 
concessionárias ou 
permissionárias de 
serviço público. 
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Policiais e Militares (Lei n. 14.365/22) - apesar da 
incompatibilidade, policiais e militares poderão advogar 
em causa própria, estritamente para fins de defesa e 
tutela de direitos pessoais, mas o interessado deverá ter 
inscrição especial na OAB e pagar anuidade.
O advogado que atua impedido comete ato infracional 
punível com censura (art. 34, I, o EAOAB), já o advogado 
que mantém conduta incompatível com a advocacia 
comete infração punível com suspensão (art. 34, XXV, do 
EAOAB).
11. INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
CENSURA 
Representa a reprovação oficial 
da conduta do advogado, fazendo-
se constar nos seus assentamentos 
a infração cometida, mas não se 
permite a divulgação/publicidade da 
censura. Quando houver circunstância 
atenuante, poderá ser convertida em 
advertência, por meio de um ofício 
reservado ao advogado, sem registro 
nos seus assentamentos.
SUSPENSÃO 
Acarreta ao infrator a interdição 
do exercício profissional, em todo 
o território nacional, pelo prazo 
de trinta dias a doze meses, ou 
por tempo indeterminado até que 
o advogado cumpra determinada 
providência, como satisfação 
integral da dívida (incisos XXI e XXIII 
do art. 34) e nova habilitação (inciso 
XXIV do art. 34).
EXCLUSÃO 
Aplicada quando o advogado 
cometer infração gravíssima ou 
quando houver reiteração, por 
três vezes, da pena de suspensão. 
Representa a exclusão do advogado 
dos quadros da OAB e somente será 
aplicada se houver voto de 2/3 dos 
membros do Conselho Seccional 
Competente.
MULTA 
A multa, variável entre o mínimo 
correspondente ao valor de uma 
anuidade e o máximo de seu décuplo, 
é aplicável cumulativamente com a 
censura ou suspensão, em havendo 
circunstâncias agravantes (art. 39 do 
EAOAB).
Hipóteses de aplicação: 
Censura: cometer infrações mais leves, definidas 
nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34 do EAOAB, quando 
houver violação a preceito do Código de Ética e Disciplina 
ou quando houver violação a preceito do EAOAB, e para 
a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. 
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, 
ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não 
inscritos, proibidos ou impedidos; II - manter sociedade 
profissional fora das normas e preceitos estabelecidos 
nesta lei; III - valer-se de agenciador de causas, mediante 
participação nos honorários a receber; IV - angariar ou 
captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; V - 
assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou 
para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não 
tenha colaborado; VI - advogar contra literal disposição 
de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado 
na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em 
pronunciamento judicial anterior; VII - violar, sem justa 
causa, sigilo profissional; VIII - estabelecer entendimento 
com a parte adversa sem autorização do cliente ou 
ciência do advogado contrário; IX - prejudicar, por culpa 
grave, interesse confiado ao seu patrocínio; X - acarretar, 
conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a 
nulidade do processo em que funcione; XI - abandonar 
a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez 
dias da comunicação da renúncia; XII - recusar-se a 
prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando 
nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria 
Pública: Desse modo, a recusa que caracteriza a infração 
disciplinar é aquela feita sem justo motivo quando não 
houver assistência da Defensoria Pública; XIII - fazer 
publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, 
alegações forenses ou relativas a causas pendentes; 
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação 
doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, 
documentos e alegações da parte contrária, para 
confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; XV - fazer, 
em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, 
imputação a terceiro de fato definido como crime; XVI - 
deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação 
emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em 
matéria da competência desta, depois de regularmente 
notificado; XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de 
sua habilitação. 
A censura pode ser convertida em advertência, 
quando houver, entre outras, as seguintes circunstancias 
atenuantes (art. 40 do EAOAB): I - falta cometida na defesa de 
prerrogativa profissional; II - ausência de punição disciplinar 
anterior; III - exercício assíduo e proficiente de mandato 
ou cargo em qualquer órgão da OAB e IV - prestação de 
relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. 
Suspensão: a sanção de suspensão é aplicável nos 
casos de infrações mais graves definidas nos incisos 
XVII a XXV do art. 34, ou quando houver reincidência da 
prática de infração disciplinar.
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XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para 
realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-
la; XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer 
importância para aplicação ilícita ou desonesta; XIX 
- receber valores, da parte contrária ou de terceiro, 
relacionados com o objeto do mandato, sem expressa 
autorização do constituinte; XX - locupletar-se, 
por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte 
adversa, por si ou interposta pessoa; XXI - recusar-
se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de 
quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele; 
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos 
com vista ou em confiança; XXIII - deixar de pagar as 
contribuições, multas e preços de serviços devidos 
à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo 
(Atenção: essa previsão passou a ser considerada 
inconstitucional pela STF desde abril de 2020 - RE 
647885 - repercussão geral) ; XXIV - incidir em 
erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; 
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
Exclusão: é aplicável nos casos de infrações 
gravíssimas, definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 
34 do EAOAB, ou no caso de aplicação, por três vezes, 
de suspensão, não importando a infração cometida. O 
advogado excluído terá sua inscrição cancela, podendo 
voltar a advogar apenas se for reabilitado.
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos 
para inscrição na OAB; 
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício 
da advocacia; 
XXVIII - praticar crime infamante.
Prescrição: de acordo com o art. 43 do EAOAB, a 
pretensão à punibilidade (prescrição da pretensão punitiva) 
das infrações disciplinares prescreve em 5 (cinco) anos, 
contados da data da constatação oficial do fato. 
Interrupção: o § 2º do art. 43 do EAOAB, por sua 
vez, estabelece que a prescrição será interrompida: 
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela 
notificação válida feita diretamente ao representado e II 
- pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão 
julgador da OAB
Prescrição Intercorrente: aplica-se a prescrição a 
todo processo disciplinar paralisado por mais de três 
anos, pendente de despacho ou julgamento (prescrição 
intercorrente), devendo ser arquivado de ofício, ou a 
requerimento da parte interessada, sem prejuízo de 
serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
Reabilitação: de acordo com o artigo 41 do EAOAB, é 
permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar 
requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, 
em face de provas efetivas de bom comportamento.
Entretanto, se a sanção disciplinartiver resultado 
da prática de crime, apenas após a reabilitação criminal 
decretada pelo Poder Judiciário poderá ser pleitear a 
reabilitação disciplinar na OAB. Nesse caso, não haverá 
necessidade de outras provas de bom comportamento, 
porque todas já foram apreciadas em sede judicial. 
Revisão disciplinar: a revisão do processo disciplinar 
é cabível quando houver erro de julgamento ou por 
condenação baseada em falsa prova e pode ser pedida a 
qualquer tempo, desde que haja o trânsito em julgado da 
decisão condenatória.
Legitimidade: tem legitimidade para requerer a 
revisão o advogado punido com a sanção disciplinar.
Competência: a competência para processar e 
julgar o processo de revisão é do órgão de que emanou a 
condenação final.
12. ORDEM DOS ADVOGADOS 
DO BRASIL 
Vejamos cada um dos órgãos da OAB: 
1) CONSELHO FEDERAL
Composição: dotado de personalidade jurídica 
própria, com sede na capital da República, é o órgão 
supremo da OAB e é composto por: a) Um Presidente: 
representa a OAB nacional e internacionalmente, em 
juízo ou fora dele, devendo promover a administração 
patrimonial e dar execução às suas decisões do Conselho; 
b) Conselheiros Federais integrantes das delegações de 
cada unidade: Cada Unidade da Federação (Conselho 
Seccional) envia três conselheiros federais para compor o 
Conselho Federal; c) Ex-presidentes: não possuem direito 
a voto, mas apenas direito a voz nas sessões. Assegura-
se, como exceção, o direito de voto aos ex-presidentes 
que exerceram mandato antes da vigência do EAOAB ou 
que se encontravam em exercício naquela data. 
Órgãos: o Conselho Federal é formado pelos 
seguintes órgãos: Conselho Pleno, Órgão Especial do 
Conselho Pleno, Primeira, Segunda e Terceira Câmaras, 
Diretoria e Presidente. O voto em qualquer órgão 
colegiado do Conselho Federal é tomado por delegação. 
Principais atribuições: a) representar, em juízo 
ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais 
dos advogados; b) representar, com exclusividade, os 
advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais 
da advocacia; c) editar e alterar o Regulamento Geral, 
o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que 
julgar necessários; d) intervir nos Conselhos Seccionais, 
onde e quando constatar grave violação desta lei ou do 
regulamento geral; e) elaborar as listas (listas sêxtuplas) 
constitucionalmente previstas, vedada a inclusão de nome 
de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB; 
f) ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas 
legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de 
segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações 
cuja legitimação lhe seja outorgada por lei e g) criar de 
novos Conselhos Seccionais por meio de resolução, h) - 
fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes 
da relação jurídica mantida entre advogados e sociedades 
de advogados ou entre escritório de advogados sócios 
e advogado associado, inclusive no que se refere ao 
cumprimento dos requisitos norteadores da associação 
sem vínculo empregatício, o que pode ser delegado ao 
Conselho Seccional (incluído pela Lei nº 14.365, de 2022), 
i) - promover, por intermédio da Câmara de Mediação e 
Arbitragem, a solução sobre questões atinentes à relação 
entre advogados sócios ou associados e homologar, caso 
necessário, quitações de honorários entre advogados e 
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sociedades de advogados, observado o disposto no inciso 
XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal, o que 
pode ser delegado ao Conselho Seccional (incluído pela Lei 
nº 14.365, de 2022), j) analisar e decidir sobre a prestação 
efetiva do serviço jurídico realizado pelo advogado, 
sendo nulo, em qualquer esfera de responsabilização, o 
ato praticado com violação da competência privativa do 
Conselho Federal da OAB (§ §s 14 e 16 do art. 7º do EAOAB, 
acrescidos pela Lei n. 14.365/22), k) analisar e decidir 
sobre os honorários advocatícios dos serviços jurídicos 
realizados pelo advogado, resguardado o sigilo (§ 15 do 
art. 7º do EAOAB, acrescido pela Lei n. 14.365/22).
2) CONSELHOS SECCIONAIS 
Os Conselhos Seccionais possuem personalidade 
jurídica própria e têm jurisdição sobre os respectivos 
territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal 
e dos Territórios. Para cada Estado e para o Distrito 
Federal, portanto, há um Conselho Seccional.
Composição: o Conselho Seccional compõe-se 
de conselheiros em número proporcional ao de seus 
inscritos, segundo critérios estabelecidos no regulamento 
geral: I – abaixo de 3.000 (três mil) inscritos, até 30 (trinta) 
membros e II – a partir de 3.000 (três mil) inscritos, mais 
um membro por grupo completo de 3.000 (três mil) 
inscritos, até o total de 80 (oitenta) membros. 
Direito à voz: quando presentes às sessões do 
Conselho Seccional, o Presidente do Conselho Federal, 
os Conselheiros Federais integrantes da respectiva 
delegação, o Presidente da Caixa de Assistência dos 
Advogados e os Presidentes das Subseções terão direito 
a voz na sessão. Os ex-presidentes do Conselho Seccional 
e o Presidente do Instituto dos Advogados local são 
membros honorários e também possuem direito à voz. 
Principais atribuições: a) criar as Subseções e a 
Caixa de Assistência dos Advogados; b) julgar, em grau 
de recurso, as questões decididas por seu Presidente, 
por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, 
pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência 
dos Advogados; c) fixar a tabela de honorários, válida 
para todo o território estadual; d) realizar o Exame de 
Ordem; e) decidir os pedidos de inscrição nos quadros 
de advogados e estagiários; d manter cadastro de seus 
inscritos; * determinar, com exclusividade, critérios para 
o traje dos advogados, no exercício profissional; f) definir 
a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e 
Disciplina, e escolher seus membros; g) eleger as listas 
(listas sêxtuplas), constitucionalmente previstas, vedada a 
inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer 
órgão da OAB; h) intervir nas Subseções e na Caixa de 
Assistência dos Advogados; i) ajuizar, após deliberação: 
I) ação direta de inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos estaduais e municipais, em face da Constituição 
Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito Federal; II) 
ação civil pública, para defesa de interesses difusos 
de caráter geral e coletivos e individuais homogêneos; 
III) mandado de segurança coletivo, em defesa de seus 
inscritos, independentemente de autorização pessoal 
dos interessados; IV) mandado de injunção, em face 
da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito 
Federal. 
3) SUBSEÇÕES 
Não possuem personalidade jurídica própria. Podem 
ser criadas pelo Conselho Seccional, que fixa a área 
territorial e os seus limites de competência e autonomia. 
A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais 
municípios, ou parte de município, inclusive da capital do 
Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela 
profissionalmente domiciliados (§ 2º do art. 60 do EAOAB). 
Principais atribuições: a) representar a OAB perante 
os poderes constituídos; b) instaurar e instruir processos 
disciplinares, os quais, após instruídos, são remetidos 
Tribunal de Ética e Disciplina para Julgamento; c) instruir 
e emitir parecer sobre pedido de inscrição de advogado e 
estagiário, para decisão do Conselho Seccional.
Conflitos de Competência: os conflitos de 
competência entre subseções e entre estas e o Conselho 
Seccional são por este decididos, com recurso voluntário 
ao Conselho Federal (119 do RGEAOAB). 
4) CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS 
As Caixas de Assistência dos Advogados possuem 
personalidade jurídica própria, adquirida com a 
aprovação e registro de seu estatuto pelo respectivo 
Conselho Seccional da OAB, e são criadas pelos Conselhos 
Seccionais, quandoestes contarem com mais de 1.500 
(mil e quinhentos) inscritos, para prestarem assistência 
aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule, 
como serviços de livraria e farmácia, podendo ainda 
promover seguridade complementar.
Eleições e mandatos 
Eleição na segunda quinzena do mês de novembro, do 
último ano do mandato, mediante cédula única e votação 
direta dos advogados regularmente inscritos. O voto é 
obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB. 
Para se canditar, o advogado deve ter 3 anos de advocacia 
(Conselho e Subseções) e 5 anos nos demais cargos. 
O mandato em qualquer órgão da OAB é de três 
anos, podendo ser extinto automaticamente, antes 
do seu término, quando: I - ocorrer qualquer hipótese 
de cancelamento de inscrição ou de licenciamento 
do profissional; II - o titular sofrer qualquer tipo de 
condenação disciplinar; III - o titular faltar, sem motivo 
justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de 
cada órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da 
Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados, não 
podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Aquisição, oneração ou alienação de bens da OAB
Compete à Diretoria de cada órgão decidir pela 
aquisição de qualquer bem (móvel ou imóvel) e dispor 
sobre os bens móveis.
Já alienação ou a oneração de bens imóveis 
depende de aprovação do Conselho Federal (maioria 
das delegações) ou do Conselho Seccional (maioria dos 
membros efetivos), conforme art. 48 do RGEAOAB.
13. PROCESSO NA OAB
Processo Disciplinar: para que as sanções 
disciplinares sejam aplicadas ao advogado infrator, deve 
ser instaurado prévio processo disciplinar, conforme a 
seguir estudado.
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Local de Tramitação do Processo Disciplinar: o poder 
de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete 
exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base 
territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for 
cometida perante o Conselho Federal (art. 70 do EAOAB). 
A competência territorial, portanto, é do local onde 
ocorreu a infração. 
Instauração: o processo disciplinar pode ser 
instaurado por representação, formulada ao Presidente 
do Conselho Seccional ou ao Presidente da Subseção, por 
escrito ou verbalmente, devendo, neste último caso, ser 
reduzida a termo, ou de ofício, em função do conhecimento 
do fato, quando obtido por meio de fonte idônea ou em 
virtude de comunicação da autoridade competente. 
Denúncia Anônima: o CEDOAB não admite a 
instauração de processo disciplinar em razão de denúncia 
anônima (§ 2º do art. 55). Portanto, a representação feita 
sem a identificação do representante não será aceita.
Designação de Relator para Instrução do Processo: 
Recebida a representação, o Presidente do Conselho 
Seccional ou o da Subseção, quando esta dispuser 
de Conselho, designa relator, por sorteio, um de seus 
integrantes, para presidir a instrução processual (art. 58, 
caput, do CED).
Competência: A instrução do processo ocorre 
no Conselho Seccional ou na Subseção, quando esta 
dispuser de Conselho. Após a instrução, o processo será 
remetido ao Tribunal de Ética, que proferirá decisão.
Designação de Relator para Instrução do Processo: 
recebida a representação, o Presidente do Conselho 
Seccional ou o da Subseção, quando esta dispuser 
de Conselho, designa relator, por sorteio, um de seus 
integrantes, para presidir a instrução processual. 
Análise de Admissibilidade: o relator, atendendo 
aos critérios de admissibilidade, emitirá parecer 
propondo a instauração de processo disciplinar ou o 
arquivamento liminar da representação, no prazo de 
30 (trinta) dias, sob pena de redistribuição do feito pelo 
Presidente do Conselho Seccional ou da Subseção para 
outro relator, observando-se o mesmo prazo, conforme 
§ 3º do art. 58 do CEDOAB. Preenchidos os requisitos 
de admissibilidade, compete ao relator do processo 
disciplinar determinar a notificação dos interessados 
para prestar esclarecimentos ou a do representado para 
apresentar defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias, 
em qualquer caso (art. 59, caput, do CEDOAB).
Defesa Prévia: preenchidos os requisitos de 
admissibilidade, compete ao relator do processo 
disciplinar determinar a notificação dos interessados 
para prestar esclarecimentos ou a do representado para 
apresentar defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias 
(art. 59, caput, do CED). 
Revelia: se o representado não apresentar defesa 
prévia ele será considerado revel, mas o efeito da revelia 
é a nomeação de defensor dativo, não havendo presunção 
de veracidade dos fatos alegados na representação.
Indeferimento Liminar: se, após a defesa prévia, 
o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da 
representação, este deve ser decidido pelo Presidente do 
Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento 
(§ 2º do art. 73 do EAOAB).
Instrução: oferecida a defesa prévia, que deve ser 
acompanhada dos documentos que possam instruí-la 
e do rol de testemunhas, até o limite de 5 (cinco), será 
proferido despacho saneador e, ressalvada a hipótese 
de indeferimento liminar, será designada, se for o caso, 
audiência para oitiva do representante, do representado 
e das testemunhas (§ 3º do art. 59 do CED). O relator 
pode determinar a realização de diligências que julgar 
convenientes, cumprindo-lhe dar andamento ao processo, 
de modo que este se desenvolva por impulso oficial (§ 5º 
do art. 59 do CED).
Parecer liminar: concluída a instrução, o relator 
profere parecer preliminar, a ser submetido ao Tribunal 
de Ética e Disciplina, dando enquadramento legal aos fatos 
imputados ao representado (§ 7º do art. 59 do CED). Abre-
se, em seguida, prazo comum de 15 (quinze) dias para 
apresentação de razões finais (§ 8º do art. 59 do CED).
Tribunal de Ética e Disciplina: o processo é 
encaminhado ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) e seu 
Presidente designará novo relator para proferir o voto. O 
TED órgão que pertence aos Conselhos Seccionais. 
Julgamento: do julgamento do processo disciplinar 
lavrar-se-á acórdão. A decisão condenatória irrecorrível 
deve ser imediatamente comunicada ao Conselho 
Seccional onde o representado tenha inscrição principal, 
para constar dos respectivos assentamentos.
Sigilo: o processo disciplinar tramita em sigilo, até o 
seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, 
seus defensores e a autoridade judiciária competente. Após 
o julgamento, haverá publicidade da decisão
Competência do Conselho Federal: a representação 
contra membros do Conselho Federal, Presidentes de 
Conselhos Seccionais, membros Honorários Vitalícios 
e detentores da Medalha Rui Barbosa será processada 
e julgada pelo Conselho Federal, conforme § 5º do art. 
58 do CED. 
Competência exclusiva do Conselho Seccional: a 
representação contra dirigente de Subseção é processada 
e julgada pelo Conselho Seccional (§ 6º do art. 58 do CED).
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC): situações 
que envolvam publicidade irregular (art. 47-A do CEDOAB) 
e infrações sujeitas à censura (art. 58-A do CEDOAB), 
desde que o fato não tenha gerado repercussão negativa 
à advocacia. Provimento 200 do CFOAB: a) TAC não pode 
ser firmado por advogado com condenação disciplinar 
transitada em julgado, salvo o reabilitado, b) suspensão 
do processo disciplinar por 3 anos e não fluência do prazo 
prescricional, c) Se cumprido o TAC, processo disciplinar 
é arquivado, se não for cumprido volta ao seu curso 
normal. 
Recursos: o EAOAB (arts. 75 e 76), partindo da 
simplicidade processual, previu um único recurso geral 
e inominado para provocar manifestação do Conselho 
Federal ou do Conselho Seccional, conforme quadro 
abaixo ilustrativo:
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RECURSO PARA O 
CONSELHO FEDERAL 
(ART. 75)
RECURSO PARA O 
CONSELHO SECCIONAL 
(ART. 76)
Decisões definitivas 
não unânimes proferidas 
pelo Conselho Seccional.
Decisões unânimes do 
Conselho Seccional que 
contrariem o EAOAB, decisão 
do Conselho Federal ou de 
outro Conselho Seccional 
e, ainda, o regulamento 
geral, o Código de Ética e 
Disciplina e os Provimentos. 
Decisões proferidas 
pelo Presidente do 
Conselho Seccional.
Decisões proferidas 
pelo Tribunal de Ética e 
Disciplina.
Decisões proferidas pela 
diretoria da Subseção ou 
da Caixa de Assistência 
dos Advogados. 
Além do recurso inominado previsto no EAOAB, 
há outros recursos específicos que também podem ser 
citados, a saber: a) embargos de declaração e b) embargos 
(o Presidente do Conselho Federal pode embargar as 
decisões não unanimes proferidas pelo órgão). 
Efeitos do recurso: de acordo com o art. 77 do EAOAB, 
todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando 
tratarem de eleições (arts. 63 e seguintes), de suspensão 
preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e 
de cancelamento da inscrição obtida com falsa prova

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