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Método Clínico II Júlia L. Bellan Caso 7 Perguntas a serem feitas sobre a dor abdominal: 1. Localização – difusa X localizada 2. Tipo – cólica, em barra, pulsante, constante 3. Intensidade – 0 à 10 4. Irradiação 5. Temporalidade – quando começou? (aguda X crônica) 6. Fatores que aliviam 7. Fatores que agravam + Sintomas associados (febre; perda ponderal; alt. no apetite; náuseas; êmese; disfagia; distensão abdominal; desinteria; data da última menstruação) + História pregressa (cirurgias; medicamentos utilizados; internações; patologias; etilismo; tabagismo; drogas ilícitas) Inspeção estática – Sempre ao lado direito do paciente, que estará em decúbito dorsal e braços ao lado do corpo; – Expondo todo abdome e idealmente o tórax; – O local onde o paciente refere dor, deve ser deixado por último no exame; 1. Tipo/Formato/Volume: o Normal o Globoso o Escavado o Gravídico o Em avental; 2. Simetria 3. Pele: o Pilificação; o Lesões; o Hidratação; o Coloração o Cicatrizes; o Estrias; o Equimoses; o Fístulas 4. Distensao abdominal e abaulamentos o Hérnias; o Diástase da musculatura reto abdominal; o Visceromegalias; o Massas; 5. Cicatriz umbilical; Trato gastrointestinal Exame físico Anamnese Método Clínico II Júlia L. Bellan Inspeção dinâmica 1. Movimentos respiratórios 2. Movimentos peristálticos visíveis Ausculta 1. RHA – Normal/Presente – Aumentado – Ausente/Diminuídos 2. Sopros vasculares Percussão 9 quadrantes: 1. Hepatimetria: - Inicia-se pelo 2º EIC - Tamanho normal: 6 – 12cm Som: Maciço 2. Espaço de traube - Linha axilar anterior, 6ºEICE e rebordo costal Som anormal: Timpânico Som normal: Maciço 3. Massas abdominais sólidas ou líquidas (ascite) Som: Maciço 4. Timpanismo generalizado: Em região intestinal pode indicar obstrução. Palpação superficial Semiotécnica: – Palpação com a mão dominante por baixo – Aprofundamento de 1 – 2cm; Avaliar: – Áreas de sensibilidade e dor; – Defesa da parede abdominal (contratura da musculatura abdominal voluntaria ou involuntária) – Continuidade da parede (hérnias, diástase dos músculos reto abdominais) Palpação profunda 1: fígado, vesícula biliar, rim direito; 2: lobo esquerdo do fígado, piloro, duodeno, cólon transverso e cabeça e corpo do pâncreas; 3: baço, estômago, rim esquerdo, cauda do pâncreas; 4: cólon ascendente, rim direito e jejuno; 5: duodeno, jejuno, íleo, aorta abdominal, mesentério, linfonodos; 6: cólon descendente, jejuno, íleo; 7: ceco, apêndice, ovário e tuba uterina direita; 8: bexiga, útero, ureter; 9: cólon sigmoide, ovário e tuba esquerda. Método Clínico II Júlia L. Bellan Semiotécnica: – Palpação com a mão dominante por baixo; – Movimentos de ida e volta – Aprofundamento de 3 – 5cm; Avaliar: – Áreas de sensibilidade e dor; – Massas abdominais; - Fígado - 1. Tamanho (Hepatimetria) 2. Palpação: Consistência Superfície Borda Sensibilidade Bimanual (Lemos Torres) Em garra (Mathieu) - Baço - 1. Palpação: Posição de Schuster Decúbito lateral D. Mão E. atras da cabeça Flexão do MIE. Lado E. do paciente Em garra (Mathieu- Cardarelli) Bimanual - Vesícula biliar - Semiotécnica: – Ponto de intersecção entre a linha hemiclavicular direito e linha transversal da crista ilíaca parte medial do rebordo costal; – Palpação com o polegar ou o indicador • Sinal de Murphy Palpação profunda no ponto cístico, peca que o paciente inspire profundamente (o que forca o fígado e a vesícula p/ baixo, na direção do dedo do avaliador). A interrupção abrupta da inspiração causada pela dor na palpação constitui Sinal de Murphy + (Colicistite aguda) • Sinal de Curvoisier-terrier Vesícula palpável em região do ponto cístico. - Rins - Punho-percussão de Giordano: Semiotécnica: – Posicione a palma de uma das mãos na região do ângulo costo-vertebral; – Em seguida de um golpe sobre a palma da mão já posicionada, usando a superfície ulnar do punho. - Ascite - Macicez móvel: Identificando previamente a macicez em flancos nos pacientes, em decúbito dorsal, deve ser necessário confirmar se tem mobilidade (líquido acumulado em peritônio – ascite); Método Clínico II Júlia L. Bellan Semiotécnica: – Paciente em decúbito lateral (D e E); – Percutir inicialmente na parte superior (timpânico) e descer até mudar o som para maciço Piparote: Evidenciado por meio da sensibilidade das ondas liquidas no lado oposto ao que é estimulado/percurtido. (líquido acumulado em peritônio – ascite); - Sinais de apendicite aguda - • Sinal de Blumberg no ponto de Mcburney Semiotécnica: – O ponto está entre a crista ilíaca anterosuperior e a cicatriz umbilical; traça-se a linha e nos dois terços proximais faz-se uma compressão – Um sinal semiológico caracterizado por dor à descompressão brusca da parede abdominal no ponto apendicular – Ponto de Mcburney • Sinal de Laffont Dor referida no ombro direito. É indicativo de hemorragia retroperitoneal, pois o sangue na cavidade peritoneal irrita o nervo frênico. • Sinal de Kehr Dor referida na região infra escapular. O sinal de Kehr no ombro esquerdo é um sinal clássico de ruptura de baço. *Pode haver lesões associadas Inflamatório Pancreatite -> Dor aguda em parede posterior do abdome Apendicite -> Começa com náuseas; êmese Dor espalhada (não aguda) Localizada em FID Colicistite aguda -> Relacionada a ingestão de alimentos gordurosos Diverticulite -> Inflamação dos divertículos Dor em 48 – 72 hrs Diarréia e êmese + comum >50 anos Doença infla. Pélvica -> Comum nos + jovens Pode estar relacionada a SOP Pode formar abscesso Aderência Obstrução do trânsito intestinal Obstrutivo Bridas ou aderências Volvo -> Torção e dilatação Intuscepção -> Uma alça “entra” na outra Perfurativo Úlcera pépticas perfurativa -> Hipertimpanismo na região hepática, Divertículo perfurado -> Evolução da diverticulite; Corpo estranho -> Deglutição de corpo estranho Vascular ou isquêmico Embolia de art. Mesentérica superior Abdome Agudo Método Clínico II Júlia L. Bellan Hemorrágico Sangue livre na cavidade Gravidez ectópica / Gravidez tubária rota Cisto no ovário roto Hemangioma hepático Aneurisma visceral - Fatores de risco - 1. Idade > 50anos; 2. Doenças inflamatórias previas do intestino; 3. Genética; 4. Álcool; 5. Obesidade; 6. Consumo de carnes processadas e o de carne vermelha em excesso 7. Tabagismo - Sinais e sintomas - 1. Sangue nas fezes 2. Alteração do hábito intestinal 3. Dor abdominal 4. Fraqueza e anemia; 5. Alteração no formato das fezes; 6. Perda de peso sem causa aparente; 7. Massa abdominal (tumoração) 8. Sangramento anal - Detecção precoce e Rastreamento - Detecção precoce: Investigação de exames clínicos, laboratoriais ou radiográficos de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença; Rastreamento: Exames em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença - Diagnóstico - Pesquisa de sangue oculto nas fezes + Endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopia) Câncer de cólon
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