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SEQUÊNCIA DO EXAME FÍSICO: INSPEÇÃO: → Estática: Alterações de formas, Pele e anexos, Dilatações venosas, Abaulamentos, retrações, cicatrizes → Dinâmica: Tipo respiratório, Movimentos peristálticos, Pulsações, Hérnias Tipos de Abdome: 5 PLANO: ESCAVADO: Pacientes muito magros GLOBOSO: Aumentado de forma uniforme Anteroposterior >transversal Obesidade, Ascite, Gravidez BATRÁQUIO: Transversal > ântero-posterior Causas: Ascite de longa duração PENDULAR OU “em Avental” Porção inferior do abdome protusa Obesidade de longa data PELE: Pilificação (pacientes cirróticos homens apresentam rarefação), Cicatrizes, Equimoses/hematomas, Circulação Colateral, Lesões de pele (Herpes Zoster) Fístulas, Nódulos Equimoses/hematomas → Grey Turner - equimose em flancos → Sinal Cullen - equimose periumbilical de coloração azul- preta → Sinal de Fox: equimose em região inguinal e base do pênis Circulação colateral do tipo portal corresponde ao tipo mais comum, e acontece pelo obstáculo do fluxo venoso em direção ao fígado. Geralmente é perceptível por meio da característica de “cabeça de medusa”, quando estão dilatadas próximas ao umbigo. Circulação colateral tipo cava inferior observa-se ectasia venosa em andar inferior do abdome e regiões laterais, sentido da corrente é ascendente Circulação colateral tipo cava superior observam-se ectasias de vasos em andar superior do abdome, sendo o sentido da corrente, descendente. Leões de pele Herpes Zoster Urticária Escabiose ABAULAMENTOS - HÉRNIAS DE PAREDE ABDOMINAL É quando por uma falha da parede abdominal algum conteúdo intra-abdominal se projeta através desse orifício ou defeito para um espaço não apropriado. Classificação: → Redutíveis: projetam através do orifício e retornam ao local de origem dentro do abdome. → Irredutíveis: aquelas que não retornam ao local de origem anatômica podendo se tornarem estranguladas ou encarceradas. Manobra de Valsava: expiração forçada com a boca e o nariz fechados, ocasionando em aumento da pressão abdominal e aparecimento do abaulamento (hérnia). Nódulos: → Lipomas: tumores cutâneos benignos compostos por células de gordura maduras → NÓDULO DE IRMÃ MARY-JOSEPH Nódulo palpável na região peri-umbilical, com origem em tumores metastáticos avançados intra-abdominais ou intra-pélvicos. Pode ser o primeiro sinal de neoplasia e indica doença avançada RETRAÇÕES INSPEÇÃO DINÂMICA: PERISTALTISMO VISÍVEL → CONDIÇÕES NORMAIS: não é observado no abdome, exceto movimentos de alças de delgado em indivíduos muito magros e em idosos com musculatura abdominal flácida e abdome retraído. → CONDIÇÕES PATOLÓGICAS - obstrução orgânica do TGI. o Peristaltismo visível em estômago indica a existência de obstáculo em piloro ou em 1ª porção do duodeno. o Peristaltismo visível intestino delgado, -> Ondas de Kussmaul, caracterizado por movimentos rotatórios, acompanhados de fortes ruídos intestinais, denominados de borborigmos. o Peristaltismo visível do intestino grosso, quando visível, é constituído por ondas lentas, sendo mais evidente o do cólon transverso, os sintomas associados são parada de eliminação de fezes e gases. AUSCULTA: Os ruídos audíveis originados no tubo gastrointestinal recebem a denominação genérica de hidroaéreos e são produzidos pelo movimento de gases em contato com o conteúdo liquido; OBS.: BORBORIGMO: É o ruído provocado pela existência de gases no TGI sem a presença de líquido; o estômago vazio apresenta forte onda de contração em direção ao piloro (“ronco da barriga”) NORMAL: 5 a 34 RHA/min PATOLÓGICOS: → Aumentado: Diarreias, obstruções, hemorragias digestivas → Reduzido: Íleo paralítico SOPROS PERCUSSÃO: O ruído fisiológico é o timpanismo. Pode-se identificar quatro tipos de sons: TIMPÂNICO, HIPERTIMPÂNICO, SUBMACIÇO, MACIÇO A percussão sobre uma área sólida revela o som maciço; é o típico som obtido ao se percutir a região hepática. Sinal de Jobert: A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita, onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio Espaço de Traube: Espaço de forma semilunar do 9º ao 11º espaços intercostais, tendo como limites: gradeado costal, baço, pâncreas, colón, rim e estômago. Espera-se encontrar o som timpânico (Bolha gástrica) HEPATIMETRIA: Primeiramente delimita-se o limite superior do fígado: Em seguida para a delimitação do limite inferior, Une SINAL DO PIPAROTE: posiciona-se uma das mãos em um dos flancos, no lado oposto posicionar a ponta do dedo médio, dobrado, apoiado e tensionado contra o polegar, disparar contra o flanco contralateral; o abalo irá produzir uma onda de choque que será transmitido no líquido ascítico, sendo percebido pela palma da mão no flanco oposto. Na presença de ascite o líquido pela ação da gravidade se concentra na periferia do abdômen (flancos e andar inferior), gerando macicez nessa região. Na região mesogástrica, haverá maior concentração de alças intestinais e pouco líquido, configurando região de timpanismo. ASCITE: Macicez móvel – colocar paciente em decúbito lateral e escutar som maciço na região mais inferior da barriga (liquido desce) Sinal de Giordano: percute-se este sinal por meio de golpes leves na região lombar (dorsal) do paciente sentado, dor (refletindo dor renal ou uretérica). PALPAÇÃO: (SUPERFICIAL E PROFUNDA) FIGADO: com a mão esquerda espalmada sobre a região lombar direita (no dorso) do paciente , o examinador tenta evidenciar (com esta mão) o fígado para frente e, com a mão direita espalmada sobre a parede anterior do abdome, tenta palpar a borda hepática anterior, durante a inspiração profunda, com as falanges distais dos dedos indica dor e médio ou em forma de gancho com o polegar e indicador. Palpação do estômago: avalia- se apenas na região epigástrica, com movimentos telegrafados acima da cicatriz umbilical. Palpação da vesícula biliar: a vesícula biliar em condições normais não é palpável. Entretanto , é possível percebê-la, quando for sede carcinoma ou estiver distendida em consequência de colecistite ou obstrução biliar por carcinoma pancreático. A sensibilidade da vesícula deve ser avaliada por meio do sinal de Murphy no ponto cístico. Palpação do intestino: segue- se a moldura do intestino, da fossa ilíaca direita à fossa ilíaca esquerda a procura de nodulações ou fecalomas . Palpação da bexiga: acima da sínfise púbica BAÇO: Normalmente, não é um órgão palpável. É palpável quando atinge duas ou três vezes o seu tamanho normal. → Sinal de Murphy: O examinador toca o fundo da vesícula no ponto cístico (QSD) e solicita a inspiração forçada do paciente. É positivo se o paciente reagir com uma contratura de defesa e interrupção da inspiração. Sugere colecistite aguda → Sinal de Blumberg: Dor que ocorre a compressão e piora a descompressão brusca da parede abdominal. Essa manobra pode ser aplicada em qualquer região da parece abdominal, e seu significado é sempre peritonite (Peritonite Generalizada); → Sinal de McBurney: Aplica-se com os dedos uma compressão lenta e profunda no ponto médio entre a cicatriz umbilical e crista ilíaca direita para, então, subitamente suspender a mão, soltando a parede do abdome ( Apendicite); → Sinal de Rosving: Palpação profunda e contínua do quadrante inferior esquerdo que produz dor intensa no quadrante inferior direito (Apendicite); Exame do abdome normal ABDOME: plano, sem lesões de pele, cicatrizes, circulação colateral, retrações ou abaulamentos. Peristalse não identificável à inspeção. Ruídos hidroaéreos presentes nos quatros quadrantes. Ausência de hipertimpanismo e macicez em flancos. Traube livre. Fígado e baço não palpáveis. Abdome indolor à palpação profunda e superficial.