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CONCEITO Sintoma presente em diferentes quadros clínicos, caracterizado pela alteração do padrão normal evacuatório, onde predominam os sintomas de infrequente, difícil ou incompleta (2 ou mais dos critérios de ROMA IV). PADRÃO NORMAL EVACUATÓRIO 3 evacuações diárias ou 3 vezes por semana. ESCALA DE BRISTOL Considera-se: I: Trânsito lentificado nos tipos 1 e 2. São pacientes que demoram para defecar, geralmente, 1 evacuação a cada 72 a 96 horas. II: Trânsito intermediário ou normal nos tipos 3, 4 e 5. III: Trânsito acelerado nos tipos 6 e 7. São fezes amolecias ou líquidas, que, necessariamente, não caracterizam diarreia. OBS: É importante pensar em câncer de intestino quando em constipação acima dos 55 anos.. Por isso, recomenda-se a realização de colonoscopia. Nos pacientes constipados há longo prazo, tem-se fezes duras e em bolinhas. OBS: Se o paciente possui familiar com histórico de polipomatose, ele deve fazer exame de colonoscopia com 45 anos (10 anos a menos) OBS: Problema da colostomia: desidratação OBS: Sangue nas fezes: Chance alta de ser Câncer ou Doença de Crohn, que, quando inflamada, causa Diverticulite CRITÉRIOS DE ROMA IV/SEMIOLÓGICOS Empregados em condições em que não se consegue identificar uma alteração fisiopatológica, mas que se manifestam com sintomas relevantes à prática clínica. I: Sintomas presentes nos últimos 3 meses II: Início pelo menos 6 meses antes do diagnóstico III: Número de evacuações abaixo de 3 vezes/semana CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight 25% OU MAIS DAS EVACUAÇÕES I: Fezes endurecidas ou síbalos (tipo 1 e 2 de Bristol) II: Necessidade de esforço para evacuar III: Sensação de obstrução anorretal IV: Necessidade de empregar manobras manuais para facilitar ou permitir a evacuação V: Sensação de evacuação incompleta. FATORES DE RISCO PARA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL IDADE A prevalência aumenta com a idade, afetando até 20% daqueles indivíduos com mais de 65 anos. O principal sintoma nessa população é o esforço evacuatório. I: Ingestão inadequada de líquidos II: Fatores ligados ao estilo de vida III: Sedentarismo ou ausência da prática de atividade física regular, uma vez que a motilidade colônica é afetada pela movimentação corporal. IV: Gravidez (11 a 38% das gestantes), tanto por fatores hormonais (elevação da progesterona), quanto pela redução da prática de atividade física e/ou por uso de suplementos constipantes (sulfato ferroso e cálcio) V: Uso de medicação constipante; p.ex.: antidepressivos tricíclicos, opioides, anticonvulsivantes, antipsicóticos, levodopa, anticolinérgicos, simpaticomiméticos, anti-espasmódicos, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos (furosemida), anti-histamínicos, antiácidos, suplementos de cálcio ou de ferro, contraceptivos orais e anti- lipemiantes. VI: Condições clínicas associadas; p.ex.: restrição ao leito, paraplegia, neuropatia autonômica, sarcopenia, doença de Parkinson. OBS: Codeína/Tilex é muito associada à constipação CAUSAS DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CONSTIPAÇÃO INTESTINAL FUNCIONAL I: Constipação com trânsito colônico normal II: Constipação com trânsito colônico lento (inércia colônica) Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight III: Desordens evacuatórias ou constipação de saída: alteração neuromusculares do canal anal e do períneo, defecação dissinérgica, retocele ou intussuscepção IV: Constipação intestinal induzida por opioides (pacientes com dores crônicas ou em cuidados paliativos). OBS: Síndrome do intestino irritável é diagnóstico de exclusão INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL Caracteriza-se pela passagem de uma alça do intestino por dentro da outra. Há um plexo nervoso defeituoso que não consegue controlar os movimentos adequadamente, de forma que a obstrução é causada O exame de escolha é a Colonoscopia CONSTIPAÇÃO INTESTINAL SECUNDÁRIA LESÕES ESTRUTURAIS DO CÓLON Lesões estenosantes e tumores obstrutivos LESÕES ESTRUTURAIS ANORRETAIS Constipação tipo de saída desencadeada por prolapso retal, retocele e enterocele OBS: Sangramento vivo nas fezes é o sinal de alerta em pacientes obstrutivos. É uma dor insidiosa, progressiva e palpável na fossa ilíaca esquerda (semelhante às fezes) OBS Em caso de fístula entero- vesical, ocorre urina com cheiro de fezes FATORES PSICOLÓGICOS Presentes em quase 60% dos pacientes com constipação, ainda sem relação definida DOENÇAS NEUROLÓGICAS E MIOPATIAS I: Lesões da medula espinhal II: Acidente Vascular Cerebral III: Doença de Parkinson IV: Doença de Chagas e Doença de Hirschsprung V: Megacólon chagásico OBS: A partir de 5 dias sem evacuação, deve-se ter medidas médicas. Este tempo já é suficiente para se ter fecaloma DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS I: Diabetes mellitus: Por alterações neuropáticas autonômicas e por ausências do reflexo gastrocólico II: Hipotireoidismo: Presença de hipomotilidade colônica de causa hormonal III: Paciente Polimedicamentoso: Por efeito colateral dos fármacos OBS: Aderência e brida podem torcer a alça intestinal e levar à obstrução. Quando paciente tem cicatriz cirúrgica, a colonoscopia deve ser realizada PROPEDÊUTICA DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Enema opaco e colonoscopia, empregados em: I: Suspeitas de obstrução secundária II: Constipação refratária ao tratamento clínico III: Inércia colônica e constipação de saída. Testes funcionais, empregados em casos de constipação de saída: I: Estudo do tempo de trânsito colônico (ingestão de cápsulas radioativas com radiografias seriadas por 5 dias, acompanhando o seu trajeto colônico, havendo retenção de mais de 20% dessas cápsulas no cólon após 5 dias, está configura a constipação de saída) II: Defecografia (estudo radiológico dinâmico da defecação) III: Manometria anorretal (avalia a competência da musculatura do canal anal). CONDUTA NA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL MEDIDAS GERAIS I: Melhoria no padrão alimentar = 25 a 30g de fibras/dia (aproximadamente 12 ameixas) II: Maior ingestão de líquidos, juntamente com as fibras III: Prática de atividade física e/ou fisioterapia pélvica IV: Reeducação para o ato evacuatório (não inibir o reflexo da evacuação e adotar posição adequada ao ato defecatório = prensa abdominal com o abdome próximo à coxa). V: Fibras medicinais naturais ou sintéticas VI: Laxantes osmóticos ou estimulantes VII: Agonistas 5HTP PAPEL DA SEROTONINA NA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 95% da serotonina do corpo é produzida no intestino, onde tem sido cada vez mais reconhecida por suas ações hormonais: autócrinas, parácrinas e endócrinas. O papel do 5HTP nas disfunções gastrointestinais parece estar relacionado à redução da serotonina. A serotonina tem a propriedade de promover a reparação do revestimento intestinal, a secreção epitelial (p,. Ex.: muco, cloreto) e uma peristalse efetiva. O 5HTP, por ser um aminoácido precursor da serotonina, pode aliviar os sintomas de constipação intestinal, aumentando o substrato disponível para a síntese de serotonina e ativando seus receptores. OBS: Lactopurga: NÃO é indicado
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