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Fisiologia do Sistema Endócrino (completo) - hormônios, sinalização, receptores, proteína G, mecanismos, eixo hipotálamo-hipófise, ocitocina, ADH, adeno-hipófise, glândula tireoide, hormônios tireoidi

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Fisiologia do Sistema Endócrino 
O sistema endócrino tem a função de garantir o fluxo de informações entre diferentes células, 
possibilitando a integração funcional de todo o organismo.
Funções do sistema endócrino
Crescimento e desenvolvimento, metabolismo, regulação do meio interno (temperatura, 
balanço hídrico e iônico) e reprodução. Totalmente integrativo.
Principais órgãos do sistema endócrino
Tireóide, pâncreas, fígado, glândulas suprarrenais, ovários, testículos, glândulas 
paratireoideas e eixo hipotálamo-hipófise.
Hormônios
Substância química não nutriente capaz de conduzir determinada informação entre uma ou 
mais células. O fluxo de informações ocorre a partir dos efeitos biológicos determinados por 
moléculas, denominavas hormônios. Nesse fluxo de informação intercelular participam: 
Célula secretora: síntese e secreção do hormônio.
Célula alvo: reconhece o hormônio e modifica alguma função celular em resposta a esse 
hormônio. 
• Células secretoras que se encontram dispersas: tecido adiposo, coração, endotélio dos 
vasos sanguíneos e intestino.
• Hormônios podem ser produzidos e secretados por diferentes tipos celulares (ex: coração 
produz o peptídeo natriurético).
• Alguns hormônios têm ação intrácrina (em sua própria célula).
• Hormônios podem ser produzidos e secretários por diferentes tipos celulares, não 
necessariamente uma célula típica endócrina.
• O sangue é próprio de vertebrados, e sabe-se que em artrópodes vários hormônios 
circulam por meio das hemolinfa.
• Ecto-hormônios que atravessem o ar ou a água, comunicando diferentes indivíduos da 
mesma espécie (como os feromônios).
Efeitos dos Hormônios 
Efeitos clássicos 
Sinalização endócrina
Hormônio quando liberado na corrente sanguínea passa por uma longa distância para chegar 
ao alvo.
Sinalização parácrina
Hormônios liberados que agem nas células próximas à célula secretora. 
Sinalização autócrina
Hormônios liberados que agem na própria célula secretora, se ligam em receptores na 
própria célula que o liberou. 
Efeitos não clássicos 
Sinalização Intrácrina
Hormônios não saem da célula secretora e realizam a sinalização dentro dela. Ex: T4 
liberado nos folículos da tireoide, permanece na célula e é transformado em T3. 
Sinalização Justácrina
Hormônios ficam aderidos na própria membrana da célula que os secretou. Ex: moléculas 
sinalizadoras na membrana das células endoteliais sinalizam leucócitos na cascata 
inflamatória. 
Sinalização Criptócrina
Hormônios ficam presos dentro de um compartimento do tecido. Ex: testosterona. Age nas 
células vizinhas, mas não sai.
Classificação dos hormônios quanto à sua natureza química.
Hidrossolúveis x Lipossolúveis 
Dependendo de sua concentração química, um hormônio é hidro ou lipossolúvel e várias de 
suas características decorrerão dessas suas qualidades físico-químicas. 
Relacionado à Polaridade 
-> Uma molécula polar é hidrossolúvel 
-> Uma molécula apolar é lipossolúvel. 
Hormônios hidrossolúveis 
São a maioria, conhecidos como o grupo dos hormônios proteicos. Hormônios que são 
solúveis em água (molécula polar). 
Composição: um único aminoácido modificado, peptídeo, proteína, várias subunidade 
protéicas, proteína glicosada e proteína fosforilada.
Hormônios derivados de um único aminoácido
Os menores hormônios hidrossolúveis são aminoácidos modificados.
• Tirosina origina a epinefrina e norepinefrina.
• Histidina origina a histamina.
• Triptofano origina a serotonina.
A síntese desses hormônios depende da disponibilidade intracelular do aminoácido e 
atividade das enzimas-chave.
Demais tipos de hormônios proteicos
Os demais hormônios são codificados por genes específicos. Ficam na forma de pró-
hormônios até serem liberados na corrente sanguínea na forma de hormônios. Ex: Insulina.
Um único gene pode ser responsável para a produção de vários hormônios. Ex: Gene POMC 
produz ACTH, B-endorfina e a-MSH.
Proteases possibilitam que o gene seja responsável pela síntese de diferentes hormônios.
É comum detectarem-se pequenas quantidades de pró-hormônios na circulação, que 
correspondem a molécula que não chegam a ser clivadas.
Transporte dos hormônios hidrossolúveis
Devido à sua característica polar, solubilizam-se facilmente no interstício e no sangue, o que 
possibilita a livre circulação. Não precisam de proteína carregadora. Exceções: GH e os 
IGFs costumam circular ligados a uma proteína carreadora.
Mecanismo de ação dos hormônios hidrossolúveis
• Todo hormônio hidrossolúvel é grande, não consegue atravessar a membrana, 
consequentemente precisa de receptores de membrana; possuem afinidade e 
especificidade para um determinado receptor.
A redução do número de receptores de membrana (down-regulation) não necessariamente provoca um comprometimento imediato da ação 
hormonal.
• Afinidade e especificidade.
• A ligação dos hormônios a seus receptores é passível de saturação (número finito de 
receptores); 
• Geralmente a ocupação do receptor necessária para produzir uma resposta biológica em 
determina célula alvo é muito baixa. 
• A redução do número de receptores de membrana (down-regulation) não 
necessariamente provoca um comprometimento imediato da ação hormonal. Em alguns 
casos podem ser bem funcionais. Insulina se liga ao adipócitos que puxa a glicose para 
produzir triglicerídeos.
• Resposta com menos de 3% do número total de receptores nos adipócitos estão 
ocupados. 
• Receptor de membrana é uma proteína.
Receptores Ionotrópicos (canais iônicos)
Hormônios se ligam no receptor e ocorre a abertura do canal iônico, é a resposta mais 
rápida.
Receptores Metabotrópicos (serpenteante)
Hormônios se ligam no receptor e ocorre uma cascata metabólica (ativação/inativação de 
enzimas e expressão de genes).
Receptores de membrana: duas regiões (lado externo e interno). Pode existir uma proteína 
receptora e acoplada a ela uma enzima diferente localizada no meio intracelular. A ligação 
receptor-ligante faz com que a enzima seja ativada.
Proteína G: 
Maioria das transduções de sinais.
• Os receptores GPCR acoplados a proteína G são uma família grande e complexa - 
proteína transmembrana que atravessa a bicamada lipídica sete vezes.
• A cauda da proteína receptora é ligada a uma molécula transdutora de membrana 
chamada proteína G. Ela tem 3 subunidades: alfa, beta e gama. 
• No estado inativo, Gα está acoplada a GDP, do lado interno da membrana plasmática. 
• Os receptores GPCR estão acoplados a uma proteína G intracelular. Quando o hormônio 
se liga no receptor GPCR, ativa a proteína G intracelular (substituição do GDP por GTP), 
subunidade alfa se separa da subunidade beta-gama, ativa uma proteína específica 
(alvos da proteína G) e gera uma cascata enzimática.
• Cascata depende da proteína de membrana.
• A subunidade beta-gama também pode gerar cascatas.
Alvos da proteína G
1. Abertura do canal iônico
2. Ativação da Adenilato ciclase: subunidade alfa s se desloca na membrana e ativa 
proteína Adenilato ciclase - ATP em AMPc gera cascata para ativar/inativar enzimas e 
aumento da expressão de genes.
3. Inibição da Adenilato ciclase: subunidade alfa i se desloca na membrana e inibe a 
proteína Adenilato ciclase, não ocorre a formação de AMPc. Inibe a cascata.
4. Ativação da fosfolipase C (PL-C): PIP2 (fosfolipideo de membrana) é transformado em 
IP3 e diacilglicerol. IP3 faz com que abram canais de cálcio no retículo endoplasmático 
liso, cálcio sai e vai para o citoplasma ligar-se com a enzima calmodulina - CAMquinase 
tem a função de ativar/inativar enzimas e genes. Diacilglicerol ativa a proteína PKC (alvo 
MARCKS) que desencadeia cascatas enzimáticas
Importante: Proteína Cinase ou Quinase é um tipo de enzima que transfere grupos fosfatos 
de moléculas doadoras de alta energia (como o ATP) para moléculas alvo específicas 
(substratos). O processo tem o nome de fosforilação. Proteína fosfatase: responsáveis pela 
desfosforilação.
Alvos da PKC:
• MARCKS (myristoylated, alanine-rich C-kinase substrate ) é uma proteína ligante de actinae de calmodulina, cuja ligação à membrana plasmática durante a adesão a substrato é 
regulada pela PKC;
• Parece regular muitas isoformas de fosfolipase D (PLD), podendo ativar o fator 
transcricional NF-κB (ativação de muitos genes)
 
Tirosina cinase
Hormônio liga-se ao receptor, na porção intracelular do receptor, uma proteína específica 
(alvos da tirosina cinase) é fosforilada, gerando uma cascata metabólica.
Alvos da tirosina cinase
1. PKC: PIP2 (fosfolipideo de membrana) é transformado em IP3 e diacilglicerol. IP3 faz com
que abram canais de cálcio no retículo endoplasmático liso, cálcio sai e vai para o 
citoplasma ligar-se com a enzima calmodulina - CAMquinase tem a função de ativar/inativar 
enzimas e genes. Diacilglicerol ativa a proteína PKC (alvo MARCKS) que desencadeia 
cascatas enzimáticas.
2. MAP cinase: aumento das expressão de genes
3. P13 cinase: ativa a proteína PKB (Akt).
Guanilato ciclase
Converte GTP em GMPc para ativar uma proteína PKG, gerando cascatas metabólicas 
(importância dessa rota na vasodilatação).
Integrinas
Hormônio liga-se no receptor 
Alvos das integrinas:
1. FAK: ativa a via da MAP cinase e JNK e ocorre o aumento da expressão de genes.
2. Rho de GTPases: ativa a via da RhoA, Rac e CDC42 e ocorre a movimentação do
citoesqueleto da célula (importância na migração de leucócitos).
Disfunção dos hormônios hidrossolúveis
Alterações em várias etapas da cascata.
Aumento ou redução na produção de determinado hormônio (tireoidismo ou 
hipertireoidismo). Redução no número ou na função dos receptores.
Inativação dos hormônios hidrossolúveis
• Fosforilação/desfosforilação proteica
• Dessensibilização do sistema receptor-via de sinalização
• Ubiquitinação: ubiquitina inativa ou degrada o receptor
• Inibição por proteínas reguladoras de proteínas G: inibição da proteína G intracelular, não 
ocorrendo mais cascatas metabólicas.
Hormônios Lipossolúveis
• A característica básica dos hormônios Lipossolúveis é ter uma molécula percursora 
lipídica (maioria das vezes é o colesterol). 
• A grande maioria desses hormônios deriva do colesterol sendo por isso chamados de 
hormônios esteroides. (Muito colesterol, impossível de engravidar, obesidade).
• Adicionalmente, podem derivar de análogos de colesterol ou calcíferois.
• A maior parte da produção ocorre nos testículos, ovários e córtex da glândula 
suprarrenal.
• A síntese desses hormônios depende da presença de enzimas específicas na célula, 
conduzindo a rota da esteroidogênese.
Funções dos hormônios lipossolúveis
Embora sejam bem parecidos, sua atividade biológica pode ser bem diversa.
• Glicorticoides (GBG): metabolismo dos carboidratos 
• Mineralocorticoides: balanço hidroeletrolítico 
• Andrógenos (ABG): função reprodutiva masculina 
• Estrógenos (EGB): função reprodutoras feminina
Transporte dos hormônios lipossolúveis
Tem facilidade em atravessar a membrana (molécula pequena e lipofílica) e dificuldade para 
deslocamento no interstício e no espaço intravascular (molécula apolar).
Necessitam de proteínas carreadoras (albumina, ABG, GBG e EBG) para deslocamento 
intersticial e sanguíneo. Apenas quando se soltam da globulina, estarão livres para entrar na 
célula.
Albumina: As proteínas carregadoras, ao englobarem a molécula do hormônio, impedem a 
sua disponibilidade à célula-alvo.
Mecanismo de ação dos hormônios lipossolúveis
Hormônio lipofílico atravessa livremente a membrana, entram livremente dentro da célula. Os 
receptores podem estar no núcleo ou no citoplasma (após se ligarem aos hormônios, vão 
para o núcleo).
No núcleo, os hormônios ligados aos receptores induzem a expressão de genes. Possuem 
uma ação lenta.
Hormônios Tireoidianos
Produzidos na tireoide, são conhecidos como iodotironinas, T3 e T4.
São hormônios peptídicos, são solúveis no sangue, porém precisam de uma proteína 
carreadora (TGB) para deslocamento intersticial e sanguíneo.
Possuem meia vida longa.
Cruzam membranas celulares por meio de sistemas de transporte.
Eles são armazenados extracelularmente na tireoide como parte integrante da molécula de 
glicoproteína tiroglobulina.
Mecanismo de ação dos hormônios tireoidianos
Necessitam de uma proteína de membrana para entrar na célula. Expõe o gene, fazendo 
com que ocorra expressão gênica.
São semelhantes aos hormônios esteroides --> receptor dos hormônios tireoidianos é 
intracelular e atua como um fator de transcrição
Receptores de hormônio tireoidiano pertencem à mesma família de genes que inclui os 
receptores de hormônios esteroides e receptores de vitamina D.
Metabolização Hormonal
Quando os Hormônios são inativados pela atividade hepática a grande maioria precisa ser 
metabolizado no fígado. Enzimas hepáticas excretam pelo rim.
• São metabolizados no fígado e excretados no rim.
• No fígado ocorre a redução, hidroxilação e conjugação.
 
Eixo hipotálamo-hipófise 
Hipotálamo
Respostas fisiológicas para manter a homeostasia. Para desempenhar essa função integra 
sinais provenientes do ambiente, encéfalo e vísceras para que ocorram respostas 
neuroendócrinas próprias. 
Comanda e regula a hipófise.
Influência do hipotálamo: ingestão de alimentos, consumo de energia, peso corporal, 
equilíbrio líquido, pressão arterial, temperatura corporal e ciclo do sono. Áreas inconscientes, 
detecta ações e manda para áreas concientes. Não tem ação direta em áreas conscientes.
Hipotálamo-Adeno-Hipófise
O Hipotálamo é composto por neurônios parvocelulares, que liberam seus hormônios no 
sistema porta hipotálamo-hipófise (corrente sanguínea fechada, não se ramifica ao sistema 
sanguíneo corporal). Isso confere uma exclusividade dos hormônios do hipotálamo para as 
células endócrinas típicas da adeno-hipófise.
Hormônios do Hipotálamo
TRH: hormônio regulador da tireotrofina - faz com que a adeno-hipófise libere o TSH. TRH 
age em tireotrofos, depois libera T3 e T4.
CRH: hormônio regulador da corticotrofina - faz com que a adeno-hipófise libere o ACTH.
(hormônio adrenocorticotrófico). O ACTH vai na suprarrenal e faz com que ela libere cortisol.
GHRH: hormônio regulador do hormônio do crescimento - a adeno-hipófise libera o GH.
GnRH: hormônio regulador das gonadotrofinas - faz com que a adeno-hipófise libere o LH e 
FSH e estas liberam os hormônios sexuais.
Prolactina, produzido na adeno-hipófise, é constantemente inibida, não precisa de hormônio 
regulador. Fatores são envolvidos, 3 produzem e 3 inibem.
PRF: fatores estimulantes da prolactina - VIP, DHI e TRH - faz com que a adeno-hipófise 
libere a prolactina
PIF: fatores inibidores da prolactina - Dopamina, GABA, e GAP - faz com que a adeno-
hipófise não libere a prolactina
Somatostatina: inibe o TRH e GHRH - faz com que a adeno-hipófise não libere o GH e o 
TSH (feedback negativo).
Hipófise
Neuro-hipófise
É uma extensão do tecido nervoso. Neurônios magnocelulares que se iniciam no hipotálamo 
e terminam na neuro-hipófise. Neurotransmissores (hormônios) são armazenados e 
liberados.
Os neurônios magnocelulares se encontram nos núcleos paraventriculares e supraópticos.
Sistema porta hipotálamo-hipófise: Neurônios parvocelulares tem ação exclusiva no sistema 
fechado. 
Neurofisina: mecanismo protetor que impediria a difusão do hormônio do grânulo e sua 
liberação prematura ou inativação. 
Adeno-hipófise
É um tecido endócrino típico. Composta por epitélio glandular. Produz os 
neurotransmissores (hormônios). Tem ação indireta, hormônios da hipófise vão até as 
glândulas e induzem a liberação de outros hormônios.
Hormônios da Adeno-hipófise
TSH: hormônio estimulador da tireoide (tireotrofina) - age na glândula tireoide, estimulando a 
liberação de T3 e T4
ACTH: hormônio adrenocorticotrófico (corticotrofina) - age nas glândulas adrenais 
(suprarrenais), estimulando a liberação de cortisol
GH: hormônio do crescimento (somatomedina) - age diretamente no crescimento e 
indiretamente no fígado, estimulando a produção de IGF-1
FSH e LH: hormônio folículo estimulante e luteinizante (gonadotrofinas) - agem nas gônadas 
estimulando a liberaçãode testosterona, estrogênio e progesterona
Prolactina: hormônio estimulador da produção de leite - age nas mamas, aumentando a 
produção de leite
Hormônios da Neuro-hipófise
São hormônios peptídicos, sintetizados no hipotálamo e armazenados em sua continuação, 
vesículas na neuro-hipófise.
ADH: hormônio antidiurético (vasopressina) é produzido por neurônios específicos 
magnocelulares do hipotálamo e é armazenado na neuro-hipófise
Ocitocina: é produzida por neurônios específicos magnocelulares do hipotálamo e é 
armazenada na neuro-hipófise.
Funções da Ocitocina
Contrações uterinas durante o parto, constrição das células mioepiteliais da mama e 
facilitação da ejeção de leite.
Hormônios estrógenos baixam o limiar das células mioepitelias uterinas, facilitando a função 
da Ocitocina durante o parto. Feedback positivo, liberação cada vez maior de Ocitocina, 
gerando contrações uterinas até o bebê nascer. Aumento das contrações uterinas no parto 
acontece por meio do aumento do cálcio intracelular e canais de sódio.
Choro do bebê e estimulação de terminações nervosas no mamilo (mecanorrceptores) 
aumentam a pressão intramamária e ejeção de leite. Cuidado parietal também relacionado. 
Ocitocina - aumento de cálcio intracelular e aumenta canais de sódio no sarcolema (parto).
Durante o ato sexual, eleva-se a liberação de Ocitocina.
Existem receptores de Ocitocina nos vasos sanguíneos e coração. A Ocitocina induz a 
liberação do peptídeo atrial natriurético e óxido nítrico, estimulando a natriurese, queda da 
pressão arterial e vasodilatação.
Também pode auxiliar no sistema imunológico. Participa do desenvolvimento do timo e 
medula óssea, reprime alguns distúrbios associados ao estresse e aumenta as defesas 
imunológicas.
A Ocitocina tem um efeito emocional maior nas mulheres do que nos homens.
Na maioria dos mamíferos, a ocitocina é liberada durante a cópula. Acredita-se que com 
repetidas sessões de cópula, esse hormônio exerça um efeito importante no 
estabelecimento desses laços afetivos (monogamia). Nos machos quem exerce essa 
função é o ADH.
Funções do ADH (Vasopressina)
Aumentar a reabsorção de água por um aumento de permeabilidade nos rins. Realiza a 
regulação da aquaporina2 no ducto coletor. Por ser um hormônio proteico, faz uso de 
receptores de membrana via proteína G e ativação da adenilato ciclase para gerar uma 
cascata metabólica a fim de inserir a proteína aquaporina 2 na membrana apical das células 
do ducto coletor. ADH é muito sensível a aumento de osmolaridade, osmorreceptores 
hipotalâmicos estimulam a liberação da vasopressina antes mesmo do mecanismo de sede. 
Aumenta a resistência vascular, importante nos choques hemorrágicos e sepse. Necessita 
de receptores de membrana via proteína G e ativação da fosfolipase C para gerar uma 
cascata metabólica a fim de abrir canais de cálcio para que a vasoconstrição aconteça. Os 
barorreceptores vasculares ativam fibras aferentes e núcleos paraventrivulares do eixo 
hipotálamo-neuro-hipófise a fim de gerar a liberação de ADH para que aconteça a 
vasoconstrição.
Receptores
Três receptores de ADH, que diferem quanto ao local onde são expressos e quanto às 
proteínas G específicas.
V1R (V1a): Fígado, no músculo liso, no cérebro e nas glândulas suprarrenais; Acoplado à 
Gq/11. Ele ativa as fosfolipases C, D e A2 e estimula a hidrólise do fosfatidilinositol (aumento 
de cálcio). Medeia os efeitos vasopressores.
V2R: associados a uma proteína alfaS que atua uma adenilato ciclase. Converte ATP em 
AMPc. Células principais dos ductos coletores no néfron distal. Acoplado à Gs.
Ativa a adenilato-ciclase (AMPc) e a fosforilação e inserção da aquaporina 2 (AQP2) na 
membrana luminal. Os efeitos reabsortivos da ADH sobre a água são mediados por esses 
receptores V2R.
V3R: controla a produção de cortisol. Associado a proteína Gq. Expresso na maioria das 
células corticotróficas da adeno-hipófise e em vários tecidos, incluindo rim, timo, coração, 
pulmão, baço, útero e mama. Acoplado à Gq/11; A ligação da ADH ao receptor V3R estimula 
a atividade da PLC, resultando em aumento do cálcio intracelular.
Efeitos Fisiológicos da Arginina Vasopressina
• No túbulo proximal e no ramo descendente da alça de Henle, a AQP1, é 
constitutivamente expressa tanto na membrana apical (luminal) quanto na membrana 
basolateral (intersticial) das células epiteliais.
• 90% da reabsorção da água: túbulo proximal e alça de Henle. Mediado pela proteína 
aquaporina.
• 10%: ductos coletores distais. Mediado pelo ADH.
• 18 litros de água são perdidos por dia.
AQP1: membrana apical e membrana basolateral.
AQP2: inserida ou retirada por ADH na membrana apical.
AQP3: membrana basolateral.
Reduções de 5 a 10% no volume plasmático costumam exercer pouco efeito sobre os níveis 
de ADH, enquanto uma redução de 20 a 30% leva a uma intensa secreção;
Aumentos da osmolaridade plasmática acima de um limiar de 280 a 284 mOsm.
Percebidos pelos osmorreceptores hipotalâmicos -> estimulam a liberação do ADH antes da 
estimulação da sede. Detectam a osmolaridade e estudos sugerem que detectam variações 
na concentração de Na+ do líquido cerebrospinal.
• Osmorreceptores são ativados pelo efluxo de água, em decorrência do aumento da 
osmolaridade plasmática, o que provoca deformação estrutural celular (diminuição do 
volume), levando a um aumento da frequência de disparo de potenciais de ação.
• Barroceptores arteriais agem nos núcleos cardiovasculares no bulbo da medula, 
ativam o parassimpático e inativam o simpático. Ativam as fibras aferentes no vago e 
glossofaringeo, vão para o núcleo solitário e projetam-se no NSO e NPV - situação de 
hipovolemia.
• Náuseas: pode aumentar a liberação de ADH. Acredita-se que esse efeito seja 
decorrente da ativação da área quimiorreceptora da região bulbar conhecida como o 
centro do vômito.
• Estresse: A secreção de ADH aumenta em resposta ao estresse inespecífico, tal como 
dor, estresse emocional e exercício físico. Desconhece-se o mecanismo e a sua 
importância. Em ratos ocorre quando se estabelece uma queda de volume sanguíneo.
• Glicocorticoides: a secreção de ADH é modulada pelos glicocorticoides, os quais 
exercem um efeito inibitório direto sobre a expressão gênica desse hormônio.
• A maioria dos medicamentos, neurotransmissores e hormônios que influenciam a 
secreção de ADH age indiretamente por alterações: da pressão arterial, do volume 
sanguíneo e da atividade das células que constituem o “centro” do vômito (área 
postrema).
• O efeito inibitório do álcool sobre a secreção de ADH parece ser mediado, em parte, 
via opiáceos endógenos, já que pode ser parcialmente bloqueado por naloxona 
(antagonista opiáceo). Diabetes insípidos: não produção de ADH.
• Os opiáceos ou baixas doses de morfina inibem a secreção de ADH por aumentarem o 
limiar osmótico para a sua liberação. Altas doses de morfina estimulam a secreção de 
ADH, via “centro” do vômito.
Metabolismo do ADH
• A metabolização do ADH ocorre principalmente no fígado e nos rins e envolve a redução 
da ponte dissulfeto e ação posterior de aminopeptidases.
• O ADH também é excretado pelos rins, o que corresponde a 1/4 do clearance metabólico 
total desse hormônio.
• A meia-vida do ADH é de 30 a 40 min, sendo, portanto, este o período necessário para que 
se observe aumento da diurese quando sua secreção basal é abolida
Adeno-hipófise
Glândula Tireóide 
Composta por dois lobos, situados anterolateralmente à traqueia (conectados por um istmo 
medioventral), recebe um rico suprimento sanguíneo e é drenada por 3 conjuntos de veias 
em cada lado, inervação simpática vasomotora.
As células foliculares secretam os hormônios da tireoide. As células C secretam calcitonina. 
O coloide é uma glicoproteína e está dentro dos folículos.
Hormônios da Tireóide 
A síntese do hormônio tireoidiano (iodotironinas) requer iodeto e tireoglobulina como 
precursores. A tireoglobulina é sintetizada e secretada pela membrana apical da célula 
folicular para o coloide.
Captação do iodeto pelacélula folicular depende de transportadores NIS (simporte Na/I) e 
Pendrina (antiporte I/Cl) (depende de energia).
 
Síntese 
O iodeto é imediatamente oxidado pelo radical livre peróxido de hidrogênio e incorporado em 
resíduos de tirosina no interior da tireoglobulina. Oxidase dual gera peróxido de hidrogênio no 
coloide e a Tireoperoxidase (TPO) transforma o iodo e tirosina em radicais livres. A 
tireoglobulina é iodada (monoiodotirosina ou diiodotirosina) e é armazenada no coloide. Entra 
no folículo por endocitose (macro e micropinocitose).
As vesículas endocitóticas fundem-se então com lisossomos e a tireoglobulina é degradada, 
gerando triiodotironina ativa e inativa (T3) e tetraiodotironina (T4 ou tiroxina).
OBS: As moléculas de MIT e DIT, que também são liberadas durante a proteólise da 
tireoglobulina, são rapidamente desiodadas no interior da célula folicular pela enzima 
iodotirosina desiodase.
Regulação da Função da Tireóide 
Na adeno-hipófise, o TRH se liga nos receptores dos tireotrofos, ativa a proteína G e 
fosfolipase para que ocorra a síntese de TSH. Nas células foliculares da tireoide, o TSH se 
liga no receptor, ativa a proteína G e adenilato ciclase para que ocorram ações imediatas, 
intermediárias e a longo prazos tireoide.
Feedback negativo: T4 se liga em receptores do hipotálamo e neuro-hipófise para inibir a 
síntese de TRH e TSH
Ações rápidas do TSH nas células foliculares
A pinocitose de gotículas de coloide no citoplasma englobando a tireoglobulina no interior de 
vesículas endocitóticas.
• Proteólise de tireoglobulina e a liberação de T3 e T4.
• Captação de iodo a atividade da enzima TPO aumentam.
• Estimula a entrada de glicose na célula via de shunt da hexose monofosfato, que gera 
NADPH necessário para a reação de peroxidasse.
Ações intermediárias e longas do TSH nas células foliculares
Horas a dias e envolvem: Síntese e expressão de proteínas, hipertrofia e hiperplasia das 
células foliculares pelo aumento do aporte sanguíneo para a glândula.
Transporte dos hormônios da tireoide
T3 e T4 circulam na corrente sanguínea ligados a proteínas carreadoras (TBG, TTR e 
albumina). 
T3 livre é biologicamente ativa e medeia os efeitos do hormônio tireoidiano sobre tecidos 
periféricos, além de exercer uma retroalimentação negativa sobre a hipófise e o hipotálamo.
Duas funções biológicas importantes foram atribuídas a Globulina transportadora dos 
hormônios da tireoide (TBG):
1. Mantém um grande reservatório circulante de T4, capaz de tamponar qualquer alteração 
aguda da função da glândula tireoide.
2. A ligação de T4 e T3 plasmáticas a proteínas previne a excreção urinária e como 
consequência ajuda a conservar o iodeto.
TTR transporta T4 no líquido cefalorraquidiano e fornece os hormônios tireoidianos ao SNC.
Entrada nas células
• Atravessam com a ajuda de proteínas transportadoras para o meio intracelular e não 
possuem receptores de membrana.
• A forma ativa dos hormônios tireoidianos é T3. A conversão de T4 em T3 é feita por 
enzimas 
 desiodinases. A maior parte da conversão de T4 em T3 pela desiodase tipo 1 (D1); 
 Tecidos com alto fluxo sanguíneo e rápida troca com plasma, como fígado e os rins.
• Hormônios da tiroide ligam-se na região TRE do gene e podem ativar ou reprimir a 
transcrição gênica.
Meio Intracelular
O encéfalo mantém níveis intracelulares constantes de T3 por meio de uma desiodase 
chamada desiodase tipo 2 (D2), que é expressa nas células da glia do SNC.
Receptores de hormônios da tireoide 
Receptores nucleares intimamente associados à cromatina.
São fatores de transcrição de ligação ao DNA que funcionam como acionadores moleculares 
em resposta à ligação do hormônio que pode ativar ou reprimir a transcrição gênica
O receptor se encontra ligado a regiões específicas do DNA do gene-alvo, denominadas 
regiões TRE (thyroid hormone reponsive element).
A este complexo, agregam-se diversas proteínas correguladoras que auxiliam na ativação ou 
na inativação da transcrição dos genes-alvo.
A situação predominante é a formação de heterodímero de TR (thyroid hormone receptor) 
com o receptor nuclear RXR.
Ligação de TR ao TRE acontece independentemente da presença de T3; na ausência de T3 
ligada ao TR, ocorre repressão da transcrição deste gene.
Diversas proteínas corregulatórias repressoras se unem ao homo (TR:TR) ou heterodímero 
(TR:RXR).
Metabolismo
O metabolismo periférico dos hormônios tireoidianos envolve a remoção sequencial de 
moléculas de iodo, convertendo T4 em T3 mais ativa e inativando os hormônios tireoidianos 
antes de sua excreção.
Além disso, os hormônios tireoidianos podem sofrer conjugação no fígado, o que aumenta 
sua solubilidade e facilita sua excreção biliar.
• T3 aumenta a absorção de glicose intestinal, captação, oxidação e síntese de glicose nos 
tecidos.
• No tecido adiposo, o T3 induz enzimas para a síntese de ácidos graxos (lipólise), 
aumenta a eliminação de quilomicrons na corrente sanguínea e aumento da atividade 
simpática nos adipócitos.
• Em relação ao metabolismo proteico, realizam a liberação de aminoácidos e degradação 
proteica. Também realizam a síntese proteica em menor grau.
• O T3 também potencializa os efeitos dos hormônios catabólicos Glucagon, GH, cortisol, 
epinefrina e noraepinefrina, aumentando a lipólise, gliconeogênese, cetogênese e 
proteolise. Estimulam a termogênese por meio da utilização de ATP no músculo 
esquelético e eficiência da síntese de ATP por aumento do desacoplamento mitocondrial, 
produzindo calor especialmente nos adipócitos multiloculares.
Efeitos Fisiológicos dos Hormônios Tireoidianos
Sistema respiratório: Aumenta o fornecimento de O2 pelo aumento da frequência 
respiratória em repouso e a resposta ventilatória em situações de hipóxia. Essas ações 
mantém uma PO2 normal quando a utilização de oxigênio está aumentada e PCO2 normal 
quando a produção de dióxido de carbono está aumentada.
Sistema cardiovascular: Os efeitos cardíacos indiretos aumenta a sensibilidade a 
catecolaminas. Os efeitos inotrópicos diretos envolvem a regulação de múltiplas proteínas 
que aumentam a contratilidade.
• Aumento da expressão da cadeia pesada de α-miosina;
• Inibição do trocador de Na+/Ca2+ na membrana plasmática;
• Aumento dos canais de rianodina do retículo sarcoplasmático: promove a liberação de 
Ca2+ durante a sístole;
• A Ca2+ - ATPase de retículo sarcoplasmático (SERCA) é aumentada. O sequestro de 
cálcio durante a diástole aumenta e o tempo de relaxamento é encurtado.
• A velocidade e a força das contrações miocárdicas aumentam 
• A pressão arterial sistólica aumenta modestamente e a pressão arterial diastólica é 
diminuída. São os efeitos combinados do: aumento do volume sistólico e redução da 
resistência vascular sistêmica secundária à dilação dos vasos sanguíneos na pele, 
músculos e coração.
Efeitos Sobre a Taxa Metabólica Basal e Termogênese: O maior uso de O2 depende de 
um maior suprimento de substratos para oxidação. T3 aumenta: a absorção de glicose no 
trato gastrintestinal; o metabolismo de glicose: captação, oxidação e síntese de glicose.
No tecido adiposo: Induz enzimas para a síntese de ácidos graxos; Carboxilase de acetil-
CoA; Síntese de ácido graxo; Aumento do número de receptores β-adrenérgicos: aumenta a 
lipólise; Aumenta a eliminação de quilomícrons.
Em relação ao metabolismo proteico, aumenta: a liberação de aminoácidos musculares; a 
degradação de proteínas; a síntese proteica (em menor grau).
O T3 potencializa efeitos estimulantes da adrenalina e noradrenalina, glucagon, cortisol, e 
hormônio de crescimento sobre a lipólise, gliconeogênese, cetogênese e proteólise.
Músculos Esqueléticos: Quantidades ideais de hormônio tireoidiano estão relacionadas à 
regulação da produção e armazenamento de energia. O excesso de hormônio tireoidiano 
aumenta glicólise e a glicogenólise, enquanto o glicogênio e a creatina fosfato são reduzidos 
pelo.
Sistema nervoso autônomo: Efeito sinérgico com a epinefrina e noraepinefrina por 
aumentar a taxametabólica, produção de calor, aumento da frequência cardíaca e excitação 
do SNC. Eleva o número de receptores B-adrenérgicos no músculo cardíaco.
Crescimento e maturação: Os hormônios da tireoide são essenciais para o 
desenvolvimento neurológico e ósseo normal. Por isso a importância de dosagem dos 
hormônios tireoidianos no pré-natal.
T3 aumenta a maturação e a atividade de condrócitos na placa de crescimento cartilaginosa
em parte pelo aumento da produção e da ação local do IGF-I. Durante o crescimento pós-
natal linear, T3 favorece as ações do GH e IGF-I.
Sistema Nervoso: Aumenta a vigília e o nível de alerta, aumenta a sensibilidade a múltiplos 
estímulos como o sentido da audição, percepção da fome, memória e capacidade de 
aprendizado. O tônus emocional normal depende da disponibilidade adequada do hormônio 
tireoidiano.
Hormônio do Crescimento (GH)
É um hormônio peptídico, controlado pelo GHRH (forma positiva) e Somatostatina (forma 
negativa). Os níveis circulantes de GH aumentam durante a infância, antingem seu pico na 
puberdade e diminuem com o envelhecimento.
Liberação pulsátil sendo a maior parte da secreção noturna, ocorrendo em associação ao 
sono de ondas lentas.
Regulação da liberação de GH
Regulação da liberação de GHRH
• A expressão do gene do GHRH está primariamente sob o controle do GH.
• IGF-I (insulin-like growth factor-I), fator de crescimento induzido pelo GH, também exerce 
efeito inibitório indireto do GHRH (somatostatina).
• Aumento do GHRH: endorfinas, glucagon, neurotensina, dopamina (convertida em 
norepinefrina), serotonina e norepinefrina (receptores α2)
• A atividade física estimula a produção de GHRH (noraepinefrina).
• Durante a fase do sono caracterizada por ondas lentas, ocorre um aumento na produção 
de GHRH (acetilcolina e serotonina).
Regulação da liberação de Somatostatina
• GH e IGF estimulam a produção de somatostatina, que inibe a secreção de GHRH, GH e 
ADH. Na hipoglicemia, ocorre uma diminuição da somatostatina e elevação da produção 
de GH. Na hiperglicemia, ocorre um aumento da somatostatina e diminuição da produção 
de GH.
Mecanismo de ação do GHRH
GHRH, vindo do hipotálamo, liga-se aos receptores ligados a proteína G nos somatotrofos da 
adeno-hipófise, resultando no aumento da atividade da Adenilato ciclase e maior expressão 
de genes para a formação de GH.
Mecanismo de ação da Somatostatina 
Somatostatina liga-se aos receptores ligados a proteína G na adeno-hipófise, resultando na 
diminuição da atividade da Adenilato ciclase e menor expressão de genes para que não 
ocorra a formação de GHRH e GH.
Efeitos fisiológicos do GH
Efeito direto: ligação ao receptor de GH nos tecidos-alvo.
Efeito indireto: liberação do IGF-1 (insulin-like growth factor-I, fator de crescimento induzido 
pelo GH)
Estimulação do crescimento longitudinal pós-natal (a partir de 1-2 anos de idade), regulação 
do metabolismo, diferenciação dos adipócitos, manutenção e desenvolvimento do sistema 
imune, regulação da função encefálica e cardíaca.
Efeitos Biológicos
Tem efeitos anabólicos em relação ao sistema músculo-esquelético e catabólico em relação 
ao tecido adiposo.
Efeitos Ósseos
Condrogênese e alargamento das placas epifisárias cartilaginosas, aumentando o 
crescimento ósseo longitudinal.
Efeitos no Metabolismo
Estimula a liberação de oxidação de ácidos graxos livres, particularmente durante o jejum. O 
GH antagoniza as ações lipogênicas da insulina.
Potencializa a gliconeogênese no fígado. Os ácidos graxos são convertidos em acetil-coA e 
utilizados como fonte de energia nos músculos e resulta em aumento da glicemia.
Sistema imune
O GH interage com macrófagos e linfócitos, aumentando a sensibilidade a antígenos.
Metabolização do GH
GH fica ligado a uma proteína na circulação, o que prolonga sua taxa de meia vida e diminui 
sua taxa de degradação. O GH é degradado nos lisossomos após a ligação a seus 
receptores e a internalização do complexo hormônio- receptor.
IGF-1
IGFs são hormônios que regulam a proliferação, diferenciação e metabolismo celular.
Altas concentrações de IGF, mimetizam as ações metabólicas da insulina (reatividade 
cruzada nos receptores).
O IGF-1 é produzido em tecidos extra-hepáticos após a estimulação de GH, porém algumas 
das suas ações não são controladas pelo GH. Apresentam ações autócrinas, parácrinas e 
endócrinas.
Receptores do IGF tipo I tem atividade de tirosina cinase. Estimula a captação de glicose e a 
síntese protéica nas células.
IGFs necessitam de proteínas transportadoras para circularem.
A insulina favorece a expressão de receptores de GH nos hepatócitos, o que favorece a 
maior entrada de GH e produção de IGF-1 pelo fígado.
• IGF-1 predominante nos adultos. 
• IGF-2 predominante no feto (regula o crescimento tanto do feto quanto da placenta).
GH e IGF-1
Embora GH seja um estimulante efetivo da produção de IGF, essa resposta requer insulina, 
que favorece a expressão do receptor de GH e a sinalização em hepatócitos.
Quando um suprimento equilibrado de nutrientes está disponível: maiores níveis séricos de 
glicose estimulam a secreção de insulina e altos níveis séricos de aminoácidos promovem a 
secreção de GH.
GH e Insulina
Jejum: A disponibilidade de nutrientes diminui, os níveis séricos de GH aumentam e de 
insulina diminuem, a utilização periférica da glicose diminui, conservando glicose para tecidos 
essenciais como o encéfalo.
A elevação da secreção de GH é benéfica porque desvia o metabolismo para lipídeos como 
fonte de energia, conservando carboidratos e proteínas.
Prolactina
É um hormônio peptídico sintetizado e secretado pelos lactotofros presentes na adeno-
hipófise. O número de lactotrofos aumenta de acordo com os níveis elevados de estrogênio 
na gravidez. As concentrações plasmáticas desse hormônio são mais altas durante o sono, 
assim como o GH.
Os níveis de Prl são mais elevados em mulheres.
Mecanismo de ação da Prolactina
Receptores de prolactina
Receptor de PRL: Proteína ligada a membrana que pertence ao receptores de citocinas. Ativa 
a enzima JAKcinase, gerando uma cascata asssociada a MAPcinase para expressão de 
genes. Ocorre o aumento da captação de glicose e aminoácidos e síntese da produção de 
leite nas células epiteliais da mama.
Efeitos fisiológicos da Prolactina
Estimulação do crescimento e desenvolvimento da glândula mamária. Síntese de leite e 
manutenção da secreção de leite.
Durante a gravidez, a prolactina prepara a mama para a lactação. A produção de leite durante 
a gravidez é impedida pelos níveis elevados de progesterona.
A prolactina também modula os comportamentos reprodutivos e parentais, assim como a 
ocitocina. Durante a amamentação é mais difícil engravidar. 
Depressão pós parto: baixos níveis de estrogênio e prolactina.
Fator de inibição da Prolactina (PIF)
A liberação de prolactina encontra-se predominantemente sob inibição da dopamina 
(neurônios dopaminérgicos do hipotálamo), GABA e GAP.
Pâncreas
Glândula mista retroperitonial próxima ao duodeno. Desempenha papel fundamental na 
digestão, metabolismo, utilização e armazenamento de substratos energéticos.
Pâncreas endócrino - ilhotas de Langerhans.
A maior parte da massa do pâncreas é constituída de células exócrinas, agrupadas em 
lóbulos (ácinos) e conectados ao ducto que drena no ducto pancreático e no duodeno.
Células alfa realizam a produção de Glucagon.
Células beta produzem insulina.
Células D produzem somatostatina.
Células PP produzem o polipeptídeo pancreático.
Insulina
É um hormônio peptídico sintetizado e secretado pelas células beta na parte endócrina do 
pâncreas. É um hormônio estimulante do anabolismo.
Síntese e secreção de Insulina
Sintetizada na forma de pré insulina, convertida na forma de proinsulina (insulina + peptídeo 
C) e processada por endopeptidases, gerando a insulina com seu efeito fisiológico.
A insulina é armazenada na forma de grânulos dentro de vesículas no citoplasma da célula. 
Existe a liberação rápida (1a fase) e a liberação do reservatório de grânulos (2a fase).Importância do peptídeo C: tem meia vida longa e sua liberação é utilizada como índice da 
capacidade secretora do pâncreas endócrino.
Regulação da secreção de insulina
A célula beta pancreática responde a alterações do nível plasmáticos de glicose, insulina e 
acetilcolina.
O principal regulador da secreção de insulina é a glicose. Quando os níveis de glicose estão 
altos (estado alimentado), a célula está com altos níveis de ATP, canais de saída de potássio 
(ATP-dependente) são fechados e a célula despolariza. Os canais de cálcio (voltagem- 
dependente) são abertos, as vesículas de insulina se acoplam à membrana e a insulina é 
liberada na corrente sanguínea.
A ativação do nervo vago (inervação parassimpática) leva a secreção de insulina. Já a 
Inervação Simpática (norepinefrina, galanina e neuropeptídeo Y) inibe a secreção de insulina 
basal e estimulada pela glicose.
Inibidores da secreção de insulina
Noraepinefrina inibe a secreção basal de insulina. Estimula a fuga e o catabolismo, gasto de 
energia. Catecolaminas e somatostatina, por meio da proteína G inibitória e modificação dos 
canais de cálcio e potássio, inibem a secreção de insulina.
Efeitos fisiológicos da Insulina 
Estimula o anabolismo, armazenamento de glicose, lipídeos e proteínas. Nas células, 
aumenta a entrada de glicose (inserção de GLUT-4 na membrana celular), acelera o 
metabolismo de ATP e armazena glicose.
Receptores de Insulina
O número de receptores de insulina é modulado por exercício, dieta, insulina e hormônios. A 
exposição crônica a níveis elevados de insulina leva a downregulation (obesidade e excesso 
de GH). O exercício e jejum prolongado levam a upregulation dos receptores.
Efeitos intermediários no tecido adiposo: Inibe a lipólise (inibição da lipase) e a 
cetogênese ao desencadear a estimulação da lipogênese pela conversão da acetil-CoA em 
malonil-CoA e posteriormente conversão em lipídeo. Antagoniza a lipólise produzida pela 
noraepinefrina e epinefrina.
Efeitos no fígado: Estimula a expressão gênica das enzimas envolvidas na utilização de 
glicose: glicoquinase e piruvatoquinase (diminuição dos níveis de glicose livre e aumento da 
formação de glicogênio hepático). Estimula a lipogênese pela conversão da acetil-CoA em 
malonil-CoA e posteriormente conversão em palmitato.
Efeitos no músculo estriado esquelético: Favorece o armazenamento de lipídeos, 
estimula a captação de glicose e síntese proteica (mTORC1).
Durante o exercício
Músculo esquelético não necessita de insulina durante o exercício. Realiza a inserção de 
GLUT-4 mesmo sem a presença de insulina. Por isso a importância do atividade física 
aeróbica para o diabetes: utiliza a glicose mesmo sem insulina.
Glucagon
É um hormônio peptídico sintetizado e secretado pelas células alfa na parte endócrina do 
pâncreas. É um hormônio estimulante do catabolismo. Desempenha um importante papel na 
regulação da homeostasia da glicose --> efeitos antagonistas sobre a ação da insulina.
Síntese e secreção do Glucagon 
Sintetizado na forma de proglucagon e em seguida proteoliticamento processado em 
glucagon. A secreção é inibida quando há hiperglicemia ou efeito da somatostatina.
A liberação é estimulada por hipoglicemia, níveis elevados de aminoácidos após uma 
refeição (liberação de glucagon para compensar o efeito hipoglicemiante da insulina após 
ingesta de proteínas), epinefrina e estimulação parassimpática (vagal).
Efeitos fisiológicos do Glucagon
Age no fígado, aumentando a gliconeogênese e a glicogenólise hepática. Possui um efeito 
hiperglicemiante.
No adipócito, estimula a lipase sensível ao hormônio a degradar triglicerídeos, diacilglicerol e 
ácidos graxos livres, liberando-os na circulação. Diminui a atividade da enzima Acetil-CoA 
carboxilase, promovendo a conversão dos ácidos graxos em corpos cetônicos.
Receptores de Glucagon
O receptor de Glucagon é acoplado a proteína G, ativa a adenilato ciclase, formação de 
AMPc para ativação da PKA para liberação de glicose para o sangue (glicogenólise).
Metabolização do Glucagon
Possui meia vida de 5 a 10 minutos. É degradado no fígado. O complexo glucagon-receptor 
sofre endocitose em vesículas intracelulares, onde o glucagon é degradado.
Somatostatina 
É um hormônio peptídico sintetizado e secretado pelas células delta na parte endócrina do 
pâncreas. É um hormônio liberado em refeições ricas em gordura, carboidratos e proteínas. 
Inibido pela insulina.
Receptores de Somatostatina 
O receptor de Somatostatina é acoplado a proteína G, inibe a adenilato ciclase, reduzindo a 
formação de AMPc.
Glândula Suprarrenal 
É uma glândula localizada acima do rim. Possui uma região medular (gânglio do sistema 
nervoso simpático modificado) e uma região cortical com epitélio endócrino típico.
Córtex da Suprarrenal - Zona Fasciculada
Essa zona consiste em um tecido ativamente esteroidogênico composto por cordões retos de 
células grandes. Libera cortisol.
Citoplasma “esponjoso” porque são cheias de gotículas lipídicas que representam ésteres de 
colesterol (CEs) armazenados.
Cortisol
É um glicocorticóide, hormônio lipídico sintetizado e secretado pelas células esponjosas da 
zona fasciculada na parte cortical da glândula suprarrenal. Exerce função catabólica.
Síntese e secreção de Cortisol
O substrato utilizado na síntese do cortisol é o colesterol, que provém principalmente do LDL 
(lipoproteína de baixa densidade). As partículas de LDL ligam-se a seu receptor (LDLR) e 
sofrem endocitose. 
O colesterol entra na mitocôndria por meio da enzima StAR e é clivado pelas enzimas CYP 
até chegar no Cortisol. CYP11A1, adrenotoxina e adrenotoxina redutase realizam a clivagem 
inicial do colesterol.
Transporte do Cortisol
É transportado no sangue ligado a globulinas e albumina.
Metabolização do Cortisol
O fígado é o local predominante da inativação de esteroides. Conjuga os esteroides ativos e 
inativos com glicuronídeo ou sulfato para que possam ser excretados com maior rapidez 
pelos rins. O cortisol é inativado de modo reversível pela conversão em cortisona. Enzima 
11β-hidroxiesteroide desidrogenase tipo 2 (11β-HSD2).
Ocorre em células que também expressam o receptor de mineralocorticoide (MR) e 
constituem as células alvo da aldosterona.
Impede a ligação do cortisol a MR e as ações mineralocorticoides.
Essa conversão ocorre nos tecidos que expressam o receptor de glicocorticoide (GR), 
incluindo: fígado, tecido adiposo, SNC, pele.
MECANISMO DE AÇÃO DO CORTISOL
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Mecanismo de Ação do Cortisol
Age pelo receptor de glicocorticoide, que regula a transcrição gênica;
Na ausência do hormônio, GR está situado no citoplasma em um complexo estável com 
várias chaperonas moleculares, incluindo: Proteínas de choque térmico (heat shock protein - 
HSP ) e Ciclofilinas.
A ligação cortisol-GR no citoplamsa promove a dissociação das proteínas chaperonas, 
seguida por:
1. Translocação rápida do complexo cortisol-GR no núcleo;
2. Dimerização e ligação aos elementos de resposta de glicocorticoides (GREs, tanto GREs 
“positivos” quanto GREs “negativos”);
3. Recrutamento de proteínas coativadoras e de fatores de transcrição: aumento ou 
diminuição da transcrição dos genes alvo;
Ações Fisiológicas do Cortisol
Caracterizado como um “hormônio de estresse”. 
• Mantém os níveis sanguíneos de glicose, a função do SNC e a função cardiovascular 
durante o jejum (proteólise); 
• Inibe o sistema imunológico. Protege o organismo contra os efeitos nocivos de respostas 
inflamatórias e imunológicas desenfreadas; 
• Inibe a função reprodutora; 
• Efeitos sobre ossos, pele, tecido conjuntivo, trato GI e no feto em desenvolvimento 
(independentes de suas funções relacionadas ao estresse).
Ações metabólicas
Estimula a gliconeogênese, diminui a captação de glicose mediada por GLUT-4 no músculo 
esquelético e tecido adiposo.
Aumenta a expressão da principal enzima gliconeogênica hepática, a PEPCK.
Inibe a síntese proteica e aumenta a proteólise no músculo esquelético para fornecer 
substrato para a gliconeogênese hepática.Durante o período interdigestivo (baixa razão insulina-glucagon), promove um efeito 
poupador de glicose pela potencialização dos efeitos de catecolaminas sobre a lipólise, 
consequentemente disponibilizando FFAs como fontes de energia.
Ações cardiovasculares
Potencializa a ação da adrenalina e noradrenalina, aumentando o débito cardíaco e a 
pressão arterial. Também estimula a síntese de eritropietina, aumentando a produção de 
eritrócitos (desregulações no cortisol podem gerar anemias ou policitemias).
Ações no sistema imune
Anti-inflamatórias e imunosupressoras por meio da estabilização das enzimas proteolíticas, 
inibição da diapedese dos leucócitos e linfócitos, inibição da fagocitose dos neutrófilos e 
estimulação da liberação de neutrófilos. Também inibe a fosfolipase A2 para que não ocorra a 
produção de tromboxano, prostaglandinas e leucotrienos (uso de corticoides na inflamação).
Ações no tecido conjuntivo: Diminui a atividade de fibroblastos e formação de colágeno 
(uso prolongado de glicocorticóides deixa a pele mais fina).
Ações no tecido ósseo: Aumento da reabsorção óssea (retirada de cálcio dos ossos), 
inibição da função de formação óssea e diminuição da absorção intestinal de cálcio.
Ações nos rins: O cortisol inibe a secreção e ação do ADH. Sem cortisol, a ação do ADH é 
potencializada: difícil aumentar a eliminação de água livre em resposta à carga de água o 
que aumenta probabilidade de intoxicação hídrica
Ações no sistema gastrointestinal: Exerce um efeito trófico sobre a mucosa 
gastrointestinal, estimula a secreção de ácido clorídrico e pepsina.
Efeitos psicológicos: Distúrbios psiquiátricos estão associados a níveis excessivos ou 
deficientes. O cortisol aumenta a tendência a insônia e diminui a fase REM do sono.
Psicose pode ocorrer com excesso ou deficiência do hormônio. Deficiência: depressão, 
apático, irritação. O excesso pode produzir inicialmente uma sensação de bem-estar, 
Efeitos durante o desenvolvimento fetal: É necessário para o desenvolvimento normal do 
SNC, retina, pele, trato gastrointestinal e pulmões (induz a diferenciação e maturação de 
células alveolares do tipo II - relação com o uso de corticoides no final da gestação).
Regulação da produção de Cortisol
• Formas de estresse neurogênico: ex.: medo, ansiedade.
• Formas de estresse sistêmico: ex.: hipoglicemia, hemorragia, citocinas
Tudo isso estimula a liberação de CRH.
O CRH produzido no hipotálamo, faz com que a adeno-hipófise libere ACTH, aumentando a 
produção e liberação de cortisol.
CRH é regulado pelo feedback negativo do cortisol e ACTH (em situações patológicas, esse 
feedback é superado pelas situações de estresse).
O CRH liga-se ao receptor acoplado a proteína G nos corticotrofos da adeno-hipófise, ocorre 
a ativação da adenilato ciclase, formação de AMPc e ativação da PKA para ocorrer a 
formação de ACTH na adeno-hipófise.
ACTH liga-se ao receptor acoplado a proteína G na glândula adrenal, ocorre a ativação da 
adenilato ciclase, formação de AMPc e ativação da PKA para ocorrer a formação de Cortisol 
na glândula suprarrenal a partir do colesterol.
Metabolização do Cortisol
Possui meia vida de 70 minutos. É degradado no fígado. Alguns tecidos no corpo, podem 
transformar o cortisol em cortisona.

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