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Psicofármacos

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Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Rodízio de Saúde Mental e do Idoso) 
1 
 
 
 
ANTIDEPRESSIVOS 
A demência de Alzheimer consiste em um transtorno neurocognitivo maior caracterizado por 
 ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS 
São os mais antigos antidepressivos e agem bloqueando a receptação de serotonina e 
noradrenalina que se acumulam na fenda. Além de acetilcolina e histamina, responsáveis pela 
maioria dos efeitos colaterais. Sua metabolização é mais complexa e com maior risco de 
interações medicamentosas. 
A amitriptilina possui um importante efeito analgésico causado pelo bloqueio de canais de 
sódio, por isso podem ser uteis em pacientes com quadros depressivos/ansiosos associado a 
dores crônicas ou cefaleias. Sua dose inicial deve ser de 25 mg, aumentando a cada 3-7 dias 
até atingir dose de 300 mg. Devemos solicitar um ECG basal do paciente acima de 50 anos. 
Em idosos não devemos ultrapassar 100 mg ao dia. Vale destacar que na prática é utilizada em 
subdose (25 mg/dia). O uso de subdose pode ser feito apenas para alcançar efeito sedativo 
associado a outro antidepressivo. 
Efeitos colaterais: 
• Ação anticolinérgica: piora cognitiva, risco de delirium, boca seca, constipação 
intestinal, retenção urinária, risco de arritmias cardíacas, visão turva e glaucoma. 
• Ação anti-histaminérgica: sedação, risco de queda, aumento do apetite, ganho de peso 
e piora metabólica. 
• Bloqueio alfa 1 e 2 adrenérgico: risco de hipotensão, queda e síncope. 
• Bloqueio dos canais de sódio: arritmias cardíacas, alargamento de PR e QT. 
 
IBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (IRSS) 
Os IRSS atuam inibindo a recaptação do neurotransmissor serotonina que se acumula na fenda 
sináptica. Não costuma ter ação relevante sobre outros neurotransmissores, exceto a 
Paroxetina que exerce efeito anticolinérgico considerável. São medicações de primeira linha 
para quadros depressivos e ansiosos, devido ao seu perfil com poucos efeitos colaterais, alta 
tolerabilidade e baixa interação farmacológica. 
No SUS temos como principal representante a fluoxetina que apresenta meia-vida de 02 
semanas. Os efeitos adversos são aumento de sintomas ansiosos e síndrome do pânico, mas 
são bem tolerados principalmente para tratamento de compulsão alimentar. A ideia de perda 
de peso com seu uso é errônea, sendo que o peso perdido no início de sua administração 
retorna com o decorrer do tempo. 
mathe
Imagem Posicionada
mathe
Imagem Posicionada
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Rodízio de Saúde Mental e do Idoso) 
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Efeitos colaterais: aumento de apetite, alterações no sono, sedação leve e redução na libido. 
Contudo esses efeitos tendem a desaparecer depois de algumas semanas 
Se uso na prática deve ser 6 semanas e avaliando sempre a resposta. Se ausência de resposta 
associar medicamento ou trocar. Se resposta parcial aumentar a dose e se resposta completa 
manter a dose. Os efeitos terapêuticos são alcançados em doses plenas dos medicamentos. É 
muito comum na prática nos primeiros 7-10 dias de uso observar uma piora aguda dos sintomas, 
podendo ser contornado com uso de ¼ do comprimido ou uso associação com um 
benzodiazepínico de meia-vida curta. 
• Citalopram (Cipramil, Alcytan): usado em quadros depressivos e ansiosos, apresentando 
efeito mais sedativo, por isso recomenda-se seu uso a noite. Praticamente não tem 
interações medicamentosas. Sua dose varia de 20 a 40mg ao dia, sendo que em idosos 
não pode ultrapassar 20 mg/dia. É seguro na gestação e amamentação. 
• Escitalopram (Esc): trata-se de uma forma ativa do citalopram com a retirada do isômero 
que causa efeito adverso. Sua dosagem varia de 5 a 20mg ao dia, sendo que em idosos 
não deve se ultrapassar 10 mg/dia. É seguro na gestação e amamentação. Apresenta 
formulação em comprimidos e solução oral. 
 
Esses 2 medicamentos em doses elevadas podem provocar alargamento de QT. 
• Fluoxetina (Fluxene): é escolha para tratar depressão, ansiedade, TOC e transtornos 
alimentares. Tem meia vida longa de até duas semanas. Tem um maior número de 
interações farmacológicas. Suas doses variam de 10 a 80mg. É segura na gestação e 
amamentação. 
• Paroxetina (Pondera): apresenta intenso efeito serotoninérgico e efeito anticolinérgico 
moderado, por isso não é ideal para idosos. É o que pior apresenta prejuízo em relação 
à libido. Suas doses variam de 10 a 60mg. Deve ser evitada na gestação, mas é segura 
na amamentação. 
• Sertralina (Assert): é segura do ponto de vista cardiovascular, tem poucas interações e 
pode ser usada na gravidez e amamentação. Sua dose varia de 50 a 200mg. 
 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORADRENALINA (DUAIS) 
Também são conhecidos como duais e agem inibindo a recaptação desses neurotransmissores 
na fenda sináptica. Tem as mesmas indicações dos IRSS. Em comparação com os seletivos são 
melhores, pois apresentam a capacidade de agir em receptores de dopamina. 
• Venlafaxina (Alenthus XR, Venlaxin): propriedades antidepressivas e ansiolíticas. 
Apresenta boa tolerabilidade, mas também efeito de retirada em poucas horas, por isso, 
o usuário deve ficar atento aos horários para não apresentar efeitos colaterais. Interagem 
pouco com outras medicações. Sua dose é de 75mg até 225mg. Em doses elevadas 
podem causar aumento da pressão arterial. Pode usar na gestação e não na 
amamentação. 
• Desvenlafaxina (Pristiq): é uma forma já metabolizada e sua dose varia de 50 até 200mg. 
Pode usar na gestação e evitar na amamentação. Apresenta boa eficácia nos tinomas 
do climatério, sendo mais bem tolerada que a venlafaxina. 
• Duloxetina (Velija): tem propriedades antidepressivas, ansiolíticas e analgésicas. Sua 
dose varia de 30 a 120mg. E deve ser evitada na amamentação. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Rodízio de Saúde Mental e do Idoso) 
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ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS 
• Bupropiona: tem ação sobre a recaptação de dopamina e noradrenalina. É segura do 
ponto de vista cardiovascular com poucos efeitos sobre acetilcolina e histamina. Tem um 
perfil estimulante, sendo útil para tratar pacientes com queixa de baixa energia e 
promover perda de peso. Sua dose varia de 150 a 450mg. Evitar na amamentação. 
Deve-se evitar em pacientes com histórico de epilepsia e traumatismo craniano. 
• Mirtazapina: aumenta a liberação de serotonina, noradrenalina, é anticolinérgico e anti-
histaminico, o que causa um aumento do apetite e sedação (regula o sono/virgília). 
Apresenta efeito antiemético. Sua dose varia de 15 a 60mg. O bloqueio H1 é mais 
potente na dose de 15 mg, o que proporciona o uso dessa dose na prática clínica para 
tratamento da insônia. Para tratamento da depressão, é recomendado que se inicie 
com 30 mg/dia, amenizando o risco de sonolência diurna. 
• Trazodona: é um antidepressivo extremamente sedativo. Sua dose varia de 50 até 600mg. 
Um efeito colateral raro, mas característico é o priapismo. Seu efeito sedativo aparece 
em doses mais altas, sendo que seu efeito antidepressivo é notado em dose de 150/dia. 
Ficar atentos que em idosos podemos observar hipotensão postural. 
ANTIPSICÓTICOS 
São medicamentos uteis para o tratamento de transtornos psicóticos, agitação e 
agressividade. São medicamentos capazes de bloquear os receptores dopaminérgicos do tipo 
D2 nas vias mesolímbica e mesocortical, regiões que provavelmente são fontes dos sintomas 
psicóticos. No entanto, as vias tuberoinfundibular e nigroestriatal também são afetadas pela 
ação desses medicamentos. O bloqueio dopaminérgico nessas vias é o responsável por grande 
parte dos efeitos colaterais. 
O excesso de atividade dopaminérgica é responsável pela produção psicótica. 
Efeitos extrapiramidais: 
Os antipsicoticos típicos podem causar sintomas extrapiramidais e parkisonianos, como 
discinesias, tremores, distonias e acatisia, conhecido como uma “ansiedade nas pernas”. 
Esses efeitos ocorrem porque esses antipsicóticos não atuamapenas nas vias dopaminérgicas. 
Eles atuam na via tuberoinfundibular onde a ação dos antipsicoticos causa aumento de 
prolactina e a via nigroestriatal causando a síndrome extrapiramidal, sendo um dos principais 
sinais o Sinal da Roda denteada; 
 ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS – FORTE BLOQUEIO D2 
São antipsicoticos de primeira geração e atuam bloqueando os receptores dopaminérgicos 
D2 em todas as vias, por isso, a presença de vários efeitos adversos em seu uso. Há vários 
representantes com intensidades variadas, sendo os de baixa intensidade marcados pela 
maior presença de efeitos sedativos. 
• Clorpromazina (AMPLICTIL) 300 – 1000 mg ou 25 mg/5mL: mais sedativo. Tal medicação 
se encontra bastante presente em vários pronto-atendimentos não apresentando 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Rodízio de Saúde Mental e do Idoso) 
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indicação para uso em emergência. Seu uso é restrito para pacientes com esquizofrenia, 
apresentando dose efetiva entre 200-800 mg/dia. Apresenta baixa intensidade. 
• Haloperidol (HALDOL) 5 – 20 mg. Medicação bastante presente em pronto-atendimento, 
apresentando várias apresentações farmacêuticas. O uso dessa medicação é realizado 
em pacientes com sintomas psicóticos até mesmo em contexto de emergência. Seu uso 
em longo prazo pode ser feito com formulação decanoato de haloperidol por via 
intramuscular que facilita a adesão do paciente, apresentando efeitos por 03 semanas. 
Caracteriza-se por ser uma droga de alta potência. 
• Levomepromazina 300 – 1000 mg 
• Periciazina 15 – 300 mg 
• Pimozida 2 – 20 mg 
• Zuclopentixol 20 – 100 mg 
 
Tais drogas podem resultar no aparecimento da síndrome extrapiramidal (incapacidade de 
controlar os movimentos, apresentando movimentos involuntários, por exemplo, distonias) 
devido ao bloqueio colinérgico. A droga utilizada para o controle dessa síndrome é o 
biperideno em formulação de comprimido 02 mg ou ampola de 5 mg/ml. A dose para tal 
reversão deve ser de 2-6 mg/dia. 
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS – MENOR BLOQUEIO D2 
São antipsicóticos de segunda geração e tem um perfil de ação variado. A maioria dos 
representantes dessa classe realiza ações como antagonistas da dopamina e da serotonina e 
alguns agonistas dopaminérgicos parciais. Na teoria aumentam a concentração de dopamina 
e bloqueiam a recaptação de serotonina, mas na prática não se observa melhora dos sintomas 
depressivos. 
Causam menos efeitos extrapiramidais. Apesar dessa vantagem, podem causar uma piora no 
perfil metabólico, dislipidemia, aumento de triglicerídeos, resistência insulínica, aumento de 
apetite e compulsão por doces, levando ao ganho de peso. 
• Clozapina 100 mg – 900 mg: é o fármaco mais eficaz entre os antipsicoticos. Importante 
efeito contra agressividade e exerce efeito antissuicida. Causa poucos efeitos 
extrapiramidais e é reservado para o tratamento de casos mais graves, isso porque um 
dos efeitos colaterais é a agranulocitose. Ela é extremamente sedativa. Também deve 
ser acompanhado a contagem de leucócitos semanal por 18 semanas e depois 
contagem mensal. Durante seu uso pode preciptar convulsão, podendo ser utilizado 
com Ácido Valpróico de forma profilática. 
• Risperidona (RISS) 2mg – 16 mg: melhora irritabilidade. Tal droga se encontra presente no 
SUS. Não apresenta efeito sedativo, bem como bons efeitos para o tratamento de 
esquizofrenia. Alguns médicos a chamam de “Haldol de gravata” por apresentar menos 
efeitos adversos. 
• Quetiapina (SEROQUEL) 200 mg – 800 mg: tem propriedades antidepressivas e ação 
hipnótica. Apresenta efeito de estabilizador de humor. 
• Olanzapina (ZAP) 5 mg – 30 mg: risco de síndrome metabólica. Apresentam efeito de 
estabilizador de humor. 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Rodízio de Saúde Mental e do Idoso) 
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Os medicamentos denominados de terceira geração são novos medicamentos que 
apresentam um alto custo, mas boa resposta terapêutica. Dentre os representantes dessas 
clases temos o aripripazol como o custo mais acessível. 
• Aripiprazol 5 mg – 30 mg: tem propriedades antidepressivas. Droga excelente para 
estabilizaçãode humor e comportamento. 
• Lurasidona 20 mg – 160 mg 
• Paliperidona 3 mg – 12 mg 
• Ziprasidona 40 mg – 160 mg. 
 
Caso haja duas tentativas adequadas de tratamento (levando em consideração a adesão do 
paciente, a dose correta e o tempo necessário) dos sintomas psicóticos sem sucesso, considera-
se o paciente “resistente ao tratamento” ou “refratário”. Nesses casos, a clozapina poderá ser 
bem indicada. 
BENZODIAZEPÍNICOS 
Exercem funções ansiolíticas e hipnóticos sedativos, que comumente são as mais importantes 
para a rotina da psiquiatria. Podem ser indicados em transtornos de ansiedade e fóbicos, 
agitação, agressividade, intoxicação por drogas estimulantes, síndrome de abstinência de 
álcool, acatisia, insônia, espasticidade, epilepsia (e outras condições que cursam com 
convulsões) e em procedimentos médicos que necessitam de sedação. 
Tem uma maior eficácia no tratamento a curto prazo, podendo beneficiar pacientes em 
agudização e no início do tratamento com antidepressivos, enquanto estes ainda não têm 
efeito. Os BZDs correspondem ao padrão-ouro para o manejo da SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA 
ALCOÓLICA. Os BZDs são potencialmente capazes de gerar efeito de reforço, e o uso 
prolongado (superior a três meses) pode ocasionar síndrome de dependência 
• Diazepam 5 a 40mg 
• Clonazepam (Rivotril) 1 a 6mg. 
• Alprazolam (frontal) 
 
 HIPNÓTICOS NÃO BENZODIAZEPÍNICOS 
Os hipnóticos são eficazes para indução do sono. 
Esses medicamentos surgiram em resposta a uma busca de tentativa de medicamentos 
hipnóticos que fossem mais seguros em relação aos BZDs. 
Zolpidem: reduz a latência para iniciar o sono, diminui os despertares noturnos e aumenta a 
duração e qualidade do sono. Apresenta como efeitos colaterais: cefaleia, sonolência diurna, 
tontura, náuseas, mialgia e comportamentos complexos durante o sono. 
ESTABILIZADORES DE HUMOR 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Rodízio de Saúde Mental e do Idoso) 
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São aquelas que tratam e previnem tanto episódios de depressão quanto episódios de mania 
ou hipomania, mantendo o paciente na chamada eutimia. 
 LÍTIO 
É uma medicação de primeira linha para o transtorno Bipolar, por possuir propriedades 
antimaníacas, andidepressivas e antissuicidas. Sua meia vida é entre 18 e 24 horas, sendo 
excretado de forma inalterada pela urina, já que não sofre metabolização. Apresenta efeito 
de plasticidade neural, compensando a neudegeneração do curso natural da doença. 
Sua concentração sérica deve situar-se entre 0,6 e 1,2 mEq/L para alcançar seu pleno efeito 
terapêutico. Concentrações séricas superiores podem causar uma intoxicação aguda. 
Portanto é recomendada uma aferição da litemia após 7 dias de início do tratamento e 7 dias 
após cada ajuste de dose. 
Durante o tratamento de manutenção, a litemia deve ser coletada semestralmente, bem 
como exames como hemograma, função renal, eletrólitos, glicemia de jejum e TSH e T4 livre. 
Seus principais efeitos colaterais são acne, náuseas, vômitos, diarreia, retenção hídrica, queda 
de cabelo, aumento do apetite, ganho de peso e tremores finos. Todos esses sintomas podem 
ser minimizados, ou mesmo neutralizados, com a introdução lenta da droga, iniciando com 
baixas doses e realizando aumentos progressivos. 
Seus principais possíveis efeitos colaterais a longo prazo são: hipotiroidismo, diabete insípido e 
insuficiência renal. 
O lítio é contraindicado durante a amamentação, em pacientes com doença renal crônica e 
em cardiopatas graves. É relativamente contraindicado na gestação e em pacientes com 
hipotireoidismo. 
 ÁCIDO VALPRÓICO 
É considerado uma medicação de primeira linha para o tratamento da fase aguda ou na 
manutenção do TAB. 
Recomenda-se iniciar com 250 mg/dia, com aumentos a cada três dias até se chegar à dose 
de 750 mg/diaSeus principais efeitos colaterais são sedação, ganho de peso, tremores, queda de cabelo e 
elevação temporária e benigna das transaminases. 
É contraindicado em paciente hepatopatas graves e em gestantes. 
 CARBAMAZEPINA 
 É um anticonvulsivante com propriedades estabilizadoras de humor. É menos utilizado por ser 
mais hepatotóxica e pela grande interação medicamentosa. 
Pode ainda ser útil no tratamento de neuralgia do trigêmeo e na síndrome da abstinência. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Rodízio de Saúde Mental e do Idoso) 
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Seus principais efeitos colaterais são náuseas, vômitos, sedação e ataxia. Em casos graves pode 
haver anemia aplasica, hepatite medicamentosa e síndrome de steven-johnson. De forma 
semelhante que a clozapina a carbamazepina pode causar agranulocitose, sendo 
contraindicado o uso associado dessas medicações. 
 LAMOTRIGINA 
É um fármaco estabilizador de humor e anticonvulsivante, com ações proeminentes 
antidepressivas e ação discreta sobre episódios maníacos. 
É mais indicado em pacientes com TAB que sofrem mais episódios depressivos. Por isso dizemos 
que a estabilização de humor ocorre de baixo para cima. 
Apresenta poucos efeitos colaterais, contudo sua introdução deve ser lenta. É a droga de 
escolha para gestantes. Seu uso deve ser com titulação lenta, iniciando com 25 mg e 
aumentando a cada 15 dias.

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