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14 DOENÇAS VIRAIS - HERPESVIRUS EQUINOS e ENCEFALITES EQUINAS - 7 12 16

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HERPESVIRUS EQUINO 
 
 
- Problemas respiratórios, reprodutivos e neurológicos 
 
FAMÍLIA HERPESVIRIDAE 
- Envelopados: sensíveis a solventes, detergentes, ácidos, ressecamento  não fica viável por muito tempo no ambiente 
 
LATÊNCIA: 
- Genoma viral presente/sem produção de partículas virais infecciosas 
- Portadores virais por toda vida – recrudescência 
- Fontes de infecção 
- Neurônios sensitivos dos gânglios trigêmios / PBMC (células mononucleares do sangue periférico = leucócitos, 
principalmente linfócitos, e monócitos) 
 
- Transmissão: grande quantidade de vírus na secreção nasal  fácil de ser transmitido 
- Todos os animais velhos são +  fonte de infecção para os mais novos = separar categorias 
 
TIPOS DE EHV: 
- Tanto da família Alphaherpesvirinae quando Gammaherpesvirinae 
- 1 e 4 – mais importância em cavalos 
 
TIPO 3: exantema coital equino 
- Infecção venérea auto-limitante 
- Genitália externa = mucosa vulva/prepúcio/pênis 
- Lesões papulares-pustulares-ulcerativas 
- Não causa doença sistêmica 
 
TIPOS 1 e 4: 
- Rinopneumonia equina 
- Abortos 
- Doença neonatal do potro 
- Doença neurológica 
- Doença ocular 
- Tipo e é mais severo  nível de viremia, infecção células endoteliais 
 
PATOGENIA 
- Replicação inicial: epitélio respiratório 
- Infecção assintomática – doença respiratória 
- Recuperação do dano: 3-5 dias 
- Outros patógenos 
- Ciclo curto, mas produz altos títulos 
 
- Membrana basal intacta  atravessa e chega nos leucócitos 
 
- Monócitos, leucócitos – 24-48h 
- Conjuntiva – tecidos linfoides 
- Disseminação outros órgãos 
 
- Viremia associada a células 
- Amostras virulentas x não virulentas 
- > Magnitude 
 
- Tropismo por células endoteliais e leucócitos 
- Vasculite severa/trombose multifocal  destruição do endotélio, aporte sanguíneo ineficiente no local (aborto devido 
à anóxia) 
- Aumento da inflamação 
 
 
- Encefalite/aborto = relacionado a multiplicação vascular 
- Tropismo pelas células endoteliais que estão vascularizando local  viremia dentro de leucócitos, por isso conseguem 
chegar e multiplicar no endotélio vascular 
 
- Não é vírus neurotrópico, não multiplica no SNC 
- Tipo 1 causa doença mais severa = tropismo por células do endotélio é maior  multiplicar de forma mais exacerbada 
nos leucócitos 
 
EPIDEMIOLOGIA 
- São endêmicos na população de equinos mundialmente 
- Similaridade antigênica: interpretação errônea sorologia 
- Brasil: 1996, 1º isolamento SP, RS, PA, MG 
- Doença neurológica: 1º relato SP / 2º MG 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 
DOENÇA RESPIRATÓRIA: 
- Grande variação individual 
- Inaparente ou pneumonia primária 
- Quadro clínico característico 
 
- Descarga nasal bilateral  primeiro febre alta 
- Altos títulos virais na descarga 
- Aquosa  exsudato mucopurulento 
- Escamação epitelial e leucócitos inflamatórios 
- Secam  pequenas crostas 
- Depois de 7 dias, se não tiver infecção secundária, recupera 
 
- Infecção secundária (4-5 dias) 
- Influenza/adenovírus/rinovírus/arterite infecciosa equina  diferencial 
- Rinite aguda/faringite 
- Vias + profundas = traqueobronquites/bronquiolites/pneumonia 
- Descarga ocular leve/apatia/anorexia 
 
ABORTO: 
- Final da gestação (últimos 4 meses) 
- Disseminação viral no feto/placenta 
- Placenta expelida junto com o feto envolvido em sua membrana amniótica 
- Placentite (multiplicação nas células endoteliais) 
- Replicação no endotélio 
- Ciclo lítico/latência 
- O feto morre por asfixia associada com a separação repentina da placenta do endométrio 
- Feto: altos níveis de vírus  baço/fígado/pulmões (diagnóstico) 
- Potencial reprodutivo não é comprometido 
 
- Controle: programas de vacinações anuais intensivos 
 
DOENÇA NEONATAL EM POTROS: 
- Fetos infectados durante gestação tardia 
- Nascem vivos e doentes 
- Febre, fracos, apáticos, hipóxia 
- Problemas respiratórios severos 
- Pneumonia viral – falha respiratória 
 
- Deteriorização clínica rápida 
- Prognóstico grave 
- Mortalidade 100% 
 
 
 
DOENÇA NEUROLÓGICA: 
- Mioencefalite viral/virulentas x não virulentas 
- Endoteliotrópica x neuroinvasiva 
- Inflamação, trombose, isquemia dos pequenos vasos sanguíneos – medula espinhal, cérebro 
- Febre 
- Ataxia – progride para decúbito prognóstico desfavorável (+2 dias) 
- Medula espinhal é tipicamente + afetada 
- Paralisia dos membros posteriores 
- Instabilidade de se levantar da posição de sentado (comum) 
- Incontinência urinária 
- Doença neurologia aparece após viremia 
- A doença não responde à vacinação  na maioria das vezes, animais vacinados tem doença neurológica 
- Grande número de casos fatais 
 
- Encefalites: endoteliotrópico 
- Vasculite necrotizante 
- Trombose 
- Degeneração hipóxica do tecido neuronal adjacente 
 
- Um dos genes mais importantes = DNA/RNA polimerase = replicação viral 
- Diferença entre cepas = troca de nucleotídeo da DNA polimerase  mais potentes em termos de multiplicação em 
linfócitos + aumento de tropismo por células endoteliais 
- Problema de aborto: casos de éguas vacinadas = vacina não está dando efeito assim como não funciona para problemas 
neurológicos 
 
DIAGNÓSTICO 
- Latência em leucócitos  animal com ou sem doença, se tiver infectado, vai dar + (PCR) 
- 99% dos animais vão dar +  logo, faz PCR em tempo real (diferenciar se doença foi por causa do HV) 
- PCR em tempo real não dá só se animal é +, também dá carga viral na amostra 
- Se é + e vírus está latente, carga viral dos leucócitos é baixa 
- Quando animal apresenta sinal característico e faz PCR em tempo real, como está multiplicando, carga nos leucócitos 
vai ser bem maior 
 
- Diagnostico de líquor é difícil, inibidores no líquor pode inibir reação e dar falso – 
 
- Sorologia: não funciona só tirar soro 
- Funcionaria só como sorologia pareada  naquele momento e 3 semanas depois (altos títulos) 
 
ESTRATÉGIAS DE MANEJO PREVENTIVO 
 
REDUÇÃO DE ESTRESSE: 
- Aglomerações, estado nutricional pobre, altas cargas parasitarias, clima, desmame 
- Manejo de cada grupo como uma unidade isolada, fisicamente separado: agrupamento por idade, fase gestacional, 
atividade, frequência de uso 
- Introdução de animais novos – 21 dias de isolamento (período de incubação) 
◦ Cavalo removido temporariamente do grupo (transporte, treinamento, tratamento)  avaliação dos sinais 
clínicos antes de sua reintrodução 
 
VACINAÇÃO 
- Tem que ter tipo 1 
- Nível de proteção alto: potros jovens (estresse: desmame, 4 meses), éguas prenhas (doenças abortivas) 
- Não previne infecção/latência – só diminui excreção e sinais clínicos 
- Éguas: 5º, 7º, 9º mês de gestação 
- Garanhões 
 
TRATAMENTO 
- Sintomático 
- Melhorar sinais, manter hidratação, minimizar complicações como infecções secundárias 
 
 
ENCEFALITES EQUINAS 
 
 
- Equinos são altamente susceptíveis  maioria zoonoses 
 
ZOONOSES VIRAIS: 
- Raiva 
- Arboviroses – vírus transmitidos por mosquitos  vetor 
biológico (tem que multiplicar = amplificador viral) 
- Bornavirus 
- Paramyxovirus – HENDRA e NIPAH 
 
OUTRAS CAUSAS: 
- EHV 1 e 4 
- Outros herpesvirus (Aujeszky) 
- AIE 
- Toxoplasmose 
- Listeriose 
- Neosporose/sarcocistes 
- Fusariose – fumonisina 
*** RAIVA *** 
- Evolução muito rápida 
- Diferentes concentrações do vírus em diferentes fragmentos do SNC: medula + tronco encefálico = melhores p/ diagnóstico 
- Transmissão equino-homem  glândulas salivares 
- Sinais clínicos: local da mordedura do morcego (intenso prurido), cavalos se morderem (grandes lesões), intranquilos, 
estado de alerta/paralisia de garganta/salivação abundante 
 
*** ARBOVIROSES *** 
- Vírus transmitidos ao homem por vetores artrópodes 
- “Vírus mantidos na natureza através da transmissão biológica entre hospedeiros suscetíveis por artrópodes 
hematófagos, ou por transmissão transovariana e possivelmente venérea em artrópodes” 
- Culex, Culicoides, Aedes 
 
FAMÍLIA ARBOVIROSES: 
- + de 20 famílias - zoonoses 
 
- Vírus genoma RNA 
- Enzima RNA polimerase 
- Alta taxa de erro/mutações genéticas 
- Novasvariantes virais  ampliação gama hospedeiros/aumento da viremia 
- Davorecimento de novos surtos – epidemias 
 
FAMÍLIA TOGAVIRIDAE: 
- Brasil: encefalite do leste, oeste e venezuelana 
- Leste: letalidade de 80-90% tanto em cavalos quanto humanos (hospedeiros terminais) 
- Oeste: baixa viremia em equinos-humanos, menos grave 
- Venezuelana: acomete muito humanos, cavalos são amplificadores virais 
 
FAMÍLIA FLAVIRIDAE: 
- Vírus do oeste do Nilo 
- Encefalite japonesa – não tem no Brasil 
- Saint louis 
 
CICLO 
- Ciclos alternados: hospedeiro vertebrado – hospedeiro invertebrado 
- Hospedeiros naturais: aves silvestres (várias espécies), pequenos mamíferos (roedores/marsupiais/morcegos), primatas 
- No hospedeiro invertebrado: replicação exacerbada, facilita transmissão para vertebrados 
- Mosquito: amplificador viral  multiplica eficientemente no intestino e vai até a glândula salivar  viremia alta  
transmissão e manutenção do ciclo das arboviroses na natureza 
- Transmissão é mosquito-homem normalmente 
 
- A capacidade dos hospedeiros vertebrados servirem de fonte de infecção e participarem do ciclo de transmissão viral 
depende dos níveis de viremia e da preferência específica dos insetos hematófagos 
- Hospedeiros acidentais (humanos e animais domésticos): não participam da transmissão e manutenção do vírus na natureza 
 
 
EMERGÊNCIA E REEMERGÊNCIA DAS ARBOVIROSES: 
- Evolução das espécies/adaptação  vírus selecionado pelo hospedeiro – vírus RNA (+ virulento/melhor adaptado, tem 
taxa de erro) 
- Mudanças ecológicas (homem)  desmatamento, densidade populacional, urbanização não planejada e excessiva 
- Mudanças genéticas do vírus  aumento do nível de viremia, ampliação da gama de hospedeiros, capacidade de 
amplificação nos reservatórios 
- Invadir novas regiões, novos hospedeiros, novos vírus = epidemias 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 
HUMANOS: infecções subclínicas agudas/crônicas, doenças agudas febris indistinguíveis 
 
EQUINOS: 
- Altamente sensíveis à maioria das arboviroses 
- São usados como sentinelas para a identificação dos arboviroses associados a doença neurológica 
- Monitoram sorologicamente (anticorpos)  equinos sempre produzem anticorpos, mas podem ou não serem 
amplificadores 
 
AVES: 
- Amplificadores virais ocupam a 3ª posição como fonte de isolamento de arbovírus, após humanos e roedores 
- Notificação obrigatórias de epizootias em aves 
- A maioria dos arbovírus patogênicos para equinos e humanos são transmitidos endemicamente na Amazônia entre aves 
silvestres 
 
PATOGENIA 
- Inoculação pela picada do mosquito vetor  1ª replicação nos tecidos próximos dos linfonodos regionais  viremia 
primária  2ª replicação nos órgãos linfoides e tecidos musculares  viremia secundária  invasão do SNC*  
replicação nos neurônios 
 
*Transporte passivo – endotélio vascular 
- Infecção do plexo coroide 
- Transporte no interior de monócitos 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
- Potencial problema de saúde pública 
- Ser capaz de detectar os primeiros casos com diagnóstico laboratorial rápido 
- Medidas de controle 
- Vigilância sorológica em aves 
- Doenças neurológicas em equinos e humanos 
- Medidas de combate ao Aedes 
 
VACINAS 
- Brasil: vacinas leste e oeste 
- Não há vacina para venezuelana 
- Não há vacinas para prevenção do SLEV nem WNV 
 
*** BORNAVÍRUS *** 
- Qualquer mamífero – principalmente ovelhas, cavalos e humanos 
 
*** PARAMYXOVIRUS DE EQUINOS *** 
 
HENDRA VÍRUS 
- Alto poder patogênico em equinos 
- Comportamento maníaco e perigoso 
- Infecção respiratória grave 
 
NIPAH VÍRUS 
- Humanos e equinos: depressão, sintomas psiquiátricos 
- Suínos/homem/cavalos 
- Cães/gatos 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
- Líquor: isolamento viral, PCR, histopatologia, IHQ 
- Sangue (leucócitos ou soro): isolamento viral (camundongos neonatos), PCR 
 
- Equinos: SNC 
- Aves: sangue, cérebro, fígado, baço 
- Vetores 
- Mamíferos silvestres: vigilância 
 
SNC EQUINOS: deve ter diagnóstico de raiva negativo pelo IMA 
- SNC refrigerado e formol  diagnóstico de raiva é por IFD (impressão do SNC) 
◦ Dividir em 3 (córtex, tronco, cerebelo)  parte cranial e caudal (formol) / córtex, parte do meio (refrigerados) 
- Cerebelo: central (formol), laterais (refrigeradas) 
- Tronco: medula (muito importante)

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