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Coccidioses em animais domésticos

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Coccidioses em animais domésticos 
- Doença causada por protozoários dos gêneros: Eimeria e Cystoisospora (Isospora) 
- Normalmente são parasitos do trato intestinal com vários estágios clínicos que passam nas fezes do hospedeiro 
Eimeria 
- Ciclo de vida direto 
- Presença de oocistos 
 - Possuem 4 esporocistos 
 - Cada um com 2 esporozoitos 
- Transmissão fecal-oral 
- Infecção ocorre por ingestão de oocistos esporulados em água ou alimentos contaminados 
- Infecções mistas 
- Prevalência da infecção 
 
- Bovinos: E. zuernii (+ patogênica) e E. bovis (diarreia sanguinolenta), E. alabamensis 
- Ovinos: E. ovinoidalis (+ patogênica) e E. crandallis 
- Caprinos: E. ninakohlyakimovae e E. arloingi -> as 2 são patogênicas 
- Búfalos: E. barreily -> mas também pode se infectar pelas espécies de bovinos 
- Aves: coccidiose em aves é extremamente importante e deve ser feita a vacinação -> E. necatrix e E. tenella -> 
todas as espécies são patogênicas, mas essas são mais 
Epidemiologia 
- Animais jovens: + suscetíveis -> podem adquirir em diversas fases da vida 
- Animais adultos: portadores, mas infecção controlada que não irá causar nenhum impacto no animal -> eles irão 
transmitir para os jovens 
- Sistema intensivo favorece a ocorrência do doença, porque há uma maior aglomeração de animais 
- Sistema extensivo também tem a coccidiose, mas com menor frequência 
- Avicultura: a cama tem as condições ideais para a proliferação -> temperatura e umidade 
- Bebedouros: quanto mais sujo, facilita a transmissão -> em extensivos, os animais bebem águas das bacias 
artificiais, o que favorece a transmissão 
- Estresse (como transporte e desmame) -> queda de imunidade -> favorece a doença 
- Mudanças bruscas de temperatura também favorecem 
- Doenças concomitantes -> ↓ imunidade 
Imunidade 
- Espécie específica: uma resposta imune para cada espécie 
- Imunidade não é absoluta: animais recuperados frequentemente se reinfectam com infecções discretas que não os 
prejudicam, mas os transformam em portadores, que são fontes de infecção para os mais jovens 
- Grau de imunidade depende da quantidade de oocistos ingeridos 
Patogenia 
- Animal irá apresentar diarreia 
- Pode levar a mortalidade, mas em ruminantes é difícil ocorrer 
- Tem sinais clínicos, mas depois haverá o reparo da vilosidade intestinal -> porém ela não fica igual era, fica menor e 
mais próxima uma da outra -> má absorção devido à atrofia das vilosidades 
Sinais clínicos 
- Forma subclínica: a que mais acontece -> diminuição da produção (principalmente em aves, em outros animais 
pode ser difícil de ser observado) 
 - Redução de crescimento, menor taxa de ganho de peso, pior conversão alimentar e suscetibilidade a outros 
agentes 
- Forma clínica: diarreia 
 - Espécie patogênica, alta pressão de infecção e resposta imune ineficaz 
- Ovinos: as vezes só se observa as fezes aderidas em volta do períneo e no jarrete -> na patologia, avermelhamento 
em íleo, ceco e cólon -> algumas espécies em ovinos causa pólipos (E. arloingi) 
- Coccidiose no abomaso: E. gilruthi -> pontos hemorrágicos e edema 
 - Animal pode vir a morte 
- Aves: diarreia sanguinolenta severa -> provavelmente morte 
Diagnóstico 
- Epidemiologia: idade dos animais, manejo e sistema de criação 
- Sinais clínicos: diarreia 
- Exames parasitológicos: fezes 
- Patologia: lesões necropsia e lesões histopatológicas 
- PCR -> principalmente para aves 
- Coleta de fezes 
 - Diretamente do reto do animal 
 - Colocar as fezes em sacos plásticos ou na própria luva utilizada 
 - Amostras individuais e identificadas 
 - 10-15 amostras de cada faixa etária 
 - Mínimo de 5g de fezes por animal 
 - Refrigeradas até a chegada ao laboratório 
- Amostras para exame histopatológico: fragmentos de ID e IG -> em formol a 10% 
- Exames parasitológicos 
 - Técnica de McMaster modificada -> técnica de Hoffman -> esporulação dos oocistos -> centrifugação -> 
identificação 
 - Determinação da espécie de Eimeria com base na análise dos oocistos 
Tratamento 
- Terapêutico: tratamento dos animais doentes 
- Metafilático: evitar os sinais clínicos, tratamento dos animais em risco (prevenção da disseminação) 
- Profilático: evitar a infecção, prevenção antes da doença ocorrer 
- Coccidiostáticos: atuam na produção assexuada 
- Coccidiocidas: atuam na produção assexuada e sexuada 
- Drogas: sulfonamidas, antibióticos ionóforos, amprólio, decoquinato 
 - Totrazunil e Diclazuril: únicos coccidiocidas 
- Tratamento suporte: hidratação 
- Infecções concomitantes: antimicrobianos (enterites ou pneumonias bacterianas) e anti-helmínticos (helmintoses) 
Pode ser avaliado o escore fecal 
-> não é usado para diagnostico, 
mais para trabalhos científicos 
 Coccidiose nervosa 
- Somente em bovinos -> E. zuernni 
- Taxa de mortalidade de cerca de 50% 
- Meses mais frios do ano 
- Sinais clínicos: tremores musculares, 
convulsões, opistótono, nistagmo e cegueira 
- Patógenos desconhecido 
- Ausência de lesões no encéfalo 
 
Controle e profilaxia -> diminuir ou impedir a ingestão de oocistos esporulados 
- Ingestão adequada de colostro 
- Manter o ambiente limpo e seco: manter bebedouros e cochos de alimentos limpos 
- Desinfetar ambientes: separar animais por faixa etária -> utilizar vassoura de fogo 
- Evitar aglomeração 
- Tratamento metafilático ou profilático 
- Isolar os doentes 
Cystoisospora 
- Cães e suínos 
- 2 esporocistos com 2 esporozoítos 
Espécies 
- Cão: C. canis, C. ohioensis like -> hospedeiros paratênicos: ratos e camundongos 
- Gato: C. felis e C. rivolta -> mesmos hospedeiros paratênicos 
- Suinos: C. suis -> não se sabe se tem hospedeiro paratênico 
 
Epidemiologia: semelhante à Eimeria 
- Superpopulação 
- Falta de boas condições sanitárias 
- Animais adultos são imunocompetentes, mas infectam o ambiente........... 
- Canis, abrigos e centro de reabilitação são possíveis locais para investigar 
- Em gatos, Cystoisospora spp. Induz a re-excreção de oocistos de T. gondii 
- Suínos: ocorre em todos os sistemas de manejo da pocilpa -> Alta morbidade, baixa mortalidade 
Sinais clínicos 
- Cães: diarreia, enterite, vômito e letargia 
- Gatos: diarreia; C. rivolta é a + patogênica 
- Suínos: diarreia esbranquiçada, emagrecimento e pelos arrepiados -> se tiver diarreia com sangue, o Cystoisospora 
não é o responsável; enterite fibronecrótica 
Patogenia: semelhante à da Eimeria 
- Ingestão de oocistos -> ID -> Formação de merontes de 1ª e 2ª geração (diarreia) -> inflamação e avermelhamento 
da mucosa intestinal -> destruição das vilosidades (enterite necrótica) -> atrofia, fusão e hiperplasia das criptas 
intestinais 
Diagnóstico 
- Exame direto das fezes: detecção de oocistos 
- Análise morfométrica dos oocistos: tamanho e forma 
- PCR 
Tratamento 
- Cães e gatos: sulfa + trimetropin; totrazunil (experimental) 
- Suínos: toltrazunil (3-5 dias de vida, pode repetir com 10 dias); coccidiostáticos como profilático 
Controle: remover fezes, limpeza do local (desinfetantes comuns não destroem os oocistos), bebedouros e 
comedouros