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A didática é a disciplina que vai direcionar seu enfoque para a educação escolar investigando os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino. A didática é o fundamento (teoria), a condição (meio) e o modo (como fazer). O processo didático está centrado na relação entre ensino e aprendizagem. Podemos, a partir daí, determinar os elementos constitutivos da didática: 1. Conteúdo das matérias; 2. Ação de ensinar (professor) / Ação de aprender (aluno). para que a didática possa existir, ela precisa desses dois componentes, que na realidade se dividem em três: matéria, professor e aluno. Conceito Cabe a didática converter os objetivos sócio-políticos Em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. COMPONENTES DO PROCESSO DIDÁTICO A didática está intimamente ligada à teoria da educação e à teoria da organização escolar, ela vincula-se à teoria do conhecimento e à psicologia da educação. A didática trata da teoria geral do ensino. A didática tem seu objeto de estudo: o ensino. O objetivo é o processo ensino- aprendizagem. Pedagogia É a ciência da educação e do processo de ensino aprendizagem. Educação É o processo que visa ao desenvolvimento: físico - intelectual e moral do ser humano, por meio da aplicação de métodos próprios, com o intuito de assegurar-lhe integração social e a formação da cidadania. Ensino É a ação ou o efeito de ensinar. Forma sistemática de transmitir conhecimentos. Método usado para a transmissão de conhecimento e aprendizagem. É o ato ou efeito de aprender um ofício, uma arte ou ciência, aprendizado. A didática se relaciona com a pedagogia porque é estudada dentro desse campo; se relaciona com a educação porque vai buscar a formação completa do indivíduo; e se relaciona com o ensino a partir da metodologia que deve ser utilizada. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________. Estuda os princípios, normas e técnicas que devem regular qualquer tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno. Apresentando uma visão geral da atividade docente. Trata-se de uma didática ampla, que se aplica a uma vasta gama de possibilidades. É uma didática que envolve regular qualquer tipo de ensino. Estuda os aspectos de uma determinada disciplina ou faixa de escolaridade. Analisa os problemas e as dificuldades que o ensino de cada disciplina apresenta e organiza os meios e as sugestões para resolvê-los (ex.: inglês, espanhol, física, química). A didática específica é pensada e atribuída especificamente a uma disciplina ou conteúdo. _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________. A Didática, para desempenhar papel significativo na formação do educador, não poderá reduzir-se somente ao ensino de técnicas pelas quais se deseja desenvolver um processo de ensino-aprendizagem. Didática não é só método. A DIDÁTICA: deve aplicar os conhecimentos que produz, para resolver problemas e questões que surgem no dia a dia da escola e do espaço de aula. Para fins de prova, é importante lembrar que a didática não é maior do que a pedagogia. Enquanto a pedagogia estuda as finalidades da educação de forma geral, a didática se voltará para os fundamentos, condições e modos para o ensino. PERSPECTIVA MULTIDIMENSIONAL DA DIDÁTICA: A didática é considerada multidimensional, isto é, é formada por mais de uma dimensão. Nesse sentido, têm-se as chamadas três dimensões da didática, que são: • Técnica: pensada sobre o “como fazer”; • Humana: envolve a relação entre o professor e o aluno; • Política: é a dimensão social. Dimensão técnica: Interessa a esse processo que os alunos consigam aprender bem o que se propõe, através da metodologia de condições apropriadas. Aspectos como definição de objetivos, seleção de conteúdos, técnicas e recursos de ensino, organização do processo de avaliação e escolha de técnicas avaliativas, planejamento de curso e de aulas constitui o núcleo da dimensão técnica do processo de aprendizagem. Dimensão humana: O processo de aprendizagem se realiza através do relacionamento interpessoal muito forte entre: os alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores e entre alunos, professores e direção. O componente afetivo é o fator essencial nesse processo. Além do componente afetivo, também são importantes dentro desse processo a empatia e a autoridade do professor. Dimensão política: A prática não é um processo neutro. Todo o processo de ensino-aprendizagem é “situado” (contextualizado). Acontece num momento determinado, numa certa época. Acontece numa sociedade espe- cífica, trata de pessoas concretas que têm uma posição de classe definida na organização social em que vivem. A prática educativa precisa ser analisada e discutida de forma concreta e real. A didática é classificada em cinco tipos: TRADICIONAL: Instrumental e Bancária, baseada na pedagogia tradicional que visava a um conjunto de regras e princípios de regulação do ensino, uma disciplina normativa, centrada no professor; MODERNA: Centrado no aluno, que é o principal sujeito do processo de ensino e aprendizagem; FUNDAMENTAL: Ajustamento do homem ao seu tempo e momento histórico; GERAL: Estuda os princípios, as normas e as técnicas que devem regular qualquer tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno. A Didática Geral nos dar uma visão geral da atividade docente; ESPECIAL: Estuda aspectos científicos de uma determinada disciplina ou faixa de escolaridade. A Didática Especial analisa os problemas e as dificuldades que o ensino de cada disciplina apresenta e organiza os meios e as sugestões para resolvê-los. COMENTÁRIOS DE QUESTÕES: A Didática envolve transmissão e assimilação; A didática pode servir como instrumento qualificador do trabalho docente; A didática deve seguir o contexto e o professor não deve ser mais visto como mero transmissor; A didática exige a criatividade do professor para que possa entender e identificar os métodos e técnicas que devem ser utilizados dentro desse processo; A didática abrange todas as áreas do conhecimento e não apenas algumas. Para Libâneo, o objeto de estudo da didática é o processo de ensino-aprendizagem em sua globalidade; A didática deve ser analisada dentro de um contexto (circunstâncias) e um espaço/tempo (lugares sociais). Ela deve sempre estar diretamente associada a essas frentes; Na didática ativa, o aluno será ativo, ou seja, será o protagonista do processo. Apesar de sua importância, o método científico não pode ser o centro desse processo e não deve se sobressair em detrimento dos demais. Assim, a didática ativa tem como característica valorizar mais os processos de aprendizagem do que os conhecimentos sistematizados. Os objetivos da prática educacional visam a oferta de aprendizagem e são imprescindíveis para que os resultados sejam alcançados de forma satisfatória. Os objetivos devem ser explícitos. Devem definir com clareza o que se pretende com o processo de ensino, por que eles antecipamresultados e processos esperados do trabalho conjunto do professor e dos alunos. Os objetivos ainda podem ser divididos em: • Gerais (sociais): propósitos amplos; • Específicos (escolares): expectativas do professor sobre o que deseja obter do aluno no processo de ensino. Objetivos gerais, Segundo Libâneo (1992), são importantes para o processo pedagógico e social, uma vez que eles se ocupam com o sistema escolar, a escola e o professor. A partir dessa ideia, tem-se: Sistema escolar: determina as finalidades educativas de acordo com a sociedade em que está inserido. Escola: instaura as diretrizes e princípios do trabalho escolar. Professor: realiza práticas na sala de aula. Objetivos específicos, Segundo Libâneo (1992), determinam exigências e resultados esperados da atividade dos alunos, referente a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções. Consideram as peculiaridades da disciplina, como será possível alcançar o resultado final, o desenvolvimento dos alunos e assimilação dos estudos. Há sempre um caráter pedagógico para definir a direção a ser estabelecida em torno de um programa de formação. Determinam exigências e resultados esperados da atividade dos alunos, referentes a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem no processo de transmissão / assimilação ativa das matérias de estudo. A formulação dos objetivos específicos deve ter: • Clareza, realidade, o que o aluno deve aprender e os resultados de aprendizagem possíveis de serem alcançados. • O tempo que se dispõe as condições em que se realiza o ensino, a capacidade de assimilação dos alunos conforme a idade e nível de desenvolvimento mental e a utilidade dos objetivos para motivar e encaminhar a atividade dos alunos. • Descrição dos conhecimentos a serem assimilados, as habilidades, os hábitos e as atitudes a serem desenvolvidos, ao final do estudo dos conteúdos de ensino. Conteúdos são o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação social, organizados pedagógica e didaticamente pelo professor, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação pelos alunos na sua prática de vida. O conteúdo deve ser útil/válido para a pessoa a quem ele é repassado e de acordo com os seus objetivos. Dessa forma, não existem conteúdos que são bons ou ruins, mas sim aqueles que são adequados e os que são inadequados para os objetivos de cada pessoa. O ENSINO DOS CONTEÚDOS deve ser visto como a ação recíproca entre a matéria, o ensino e o conhecimento prévio dos alunos. Deve ser visto como uma ação recíproca entre a matéria, o ensino e o estudo dos alunos. Em sua escolha considera-se a herança cultural e a prática social, logo cabe a didática selecionar os elementos dos conteúdos a serem assimilados ou apropriados pelos alunos. Os conteúdos também são selecionados em função da demanda sociais dos alunos, logo podem contribuir para a superação dos desafios e problemas da prática social. O principal é transformar os conteúdos de modo que contemplem as exigências teóricas e práticas decorrentes da vida dos alunos. A junção entre a teoria e a prática forma o que se chama de práxis pedagógica. Ela é quem irá fazer com que haja relevância e que a vida do indivíduo seja respeitada dentro da sala de aula. Na escolha dos conteúdos de ensino leva-se em conta não só a herança cultural manifestada nos conhecimentos e habilidades, mas também a experiência da prática social vivida no presente pelos alunos. Os conteúdos não se referem apenas ao conhecimento, ele se trata também de um conjunto de habilidades, hábitos – que são construídos pela disciplina –, modos valorativos e atitudinais de atuação dentro da sociedade, organizados pedagógica e didaticamente pelo professor, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação. Tipologia dos conteúdos: Conceituais: relativos a conhecimentos (conceitos, fatos, princípios, teorias, interpretações, ideias organizadas, etc.). Procedimentais: relativos a habilidades (o que o aluno deve aprender para desenvolver suas capacidades intelectuais: organizar seu estudo ativo e independente; aplicar formular em exercícios; observar, coletar e organizar informações sobre determinado assunto; raciocinar com dados da realidade, formular hipóteses; usar materiais e instrumentos como, dicionários, mapas réguas, etc.). Atitudinais: relativos a atitudes, convicções e valores que se deve desenvolver em relação a matéria, ao estudo, ao relacionamento humano, à realidade social (atitude cientifica, consciência crítica, responsabilidade, solidariedade). ELEMENTOS DOS CONTEÚDOS • conhecimentos sistematizados; • atitudes e convicções; • habilidades; • hábitos. Os conhecimentos sistematizados são a base da instrução e do ensino. Os objetos de assimilação é o meio indispensável para o desenvolvimento global da personalidade. As atitudes e convicções se referem a modos de agir, de sentir e de se posicionar frente a tarefas da vida social. Orientam, portanto, a tomada de posição e as decisões pessoais frente a situações concretas. As habilidades são qualidades intelectuais necessárias para a atividade mental no processo de assimilação de conhecimentos. Os hábitos são modos de agir relativamente automatizados que tornam mais eficaz o estudo ativo e independente. Critérios de seleção Os critérios utilizados na seleção de conteúdos envolvem uma tomada de decisão importante e funcionam como uma espécie de “filtro” para separar aquilo que será levado até os alunos. De acordo com Libâneo, existem cinco filtros, que são os critérios para a seleção de conteúdos. • Correspondência entre os objetivos gerais (sociais/amplos) e os conteúdos; • Caráter científico; • Caráter sistemático; • Relevância social; • Acessibilidade e solidez. Muitos autores apontam que os métodos são considerados a técnica para alcance de objetivos. Segundo Libâneo (1994), a escolha e a organização os métodos precisam estar em concordância com o ensino e as condições concretas da realidade didática. Conceito de método: O conceito mais simples de “método” é a realização de um objetivo. Não se reduz a quaisquer medidas, procedimentos e técnicas. Decorre de uma concepção de sociedade, do processo de conhecimento e da compreensão da prática educativa numa determinada sociedade. É importante lembrar que um método só faz sentido se estiver junto dos objetivos e dos conteúdos. Isso porque a tríade “conteúdo, objetivo e métodos” é inseparável. O método é a maneira que o professor tem de organizar atividades de ensino com o objetivo de transpassar os conteúdos de maneira mais fluida, fazendo com que os alunos tenham um alto aproveitamento dos ensinamentos. Nesse sentido, pode-se dizer que o método deve potencializar o alcance dos objetivos. Os métodos são os instrumentos responsáveis por regular as interações entre ensino e aprendizagem, professor e os alunos. Os métodos de ensino têm relação direta com as ações adotadas em sala de aula, e implicam na capacidade de aprendizado, dos alunos, conforme a idade e os níveis de desenvolvimento pessoais, além de levar em conta os contextos socioculturais e individuais. Dessa forma, pode-se dizer que não existe um método único, que vale em todas as situações. Na realidade, os métodos estão diretamente ligados às necessidades de cada indivíduo e em cada contexto. Assim, existe um método que funcionará com um determinado grupo de alunos, mas não se aplicará a outro grupo. Os métodos estão necessariamente orientados para os objetivos. A escolha dos métodos: • Dependem dos conteúdos específicos e dos métodos peculiares de cada disciplina e dos métodos de assimilação; • Dependem dos objetivos imediatos da aula; • Dependem das característicasdos alunos quanto à capacidade de assimilação, conforme: idade, nível de desenvolvimento mental e físico, características socioculturais e individuais. Dessa forma, o professor escolhe o seu método pensando no conteúdo específico, nos objetivos e no perfil dos alunos. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO Método de exposição (professor): Os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas, explicadas ou demonstradas pelo professor como um método bastante utilizado em nossas escolas. Trata-se do método mais utilizado na educação tradicional. Atualmente, também tem se falado no método expositivo dialogal, que é quando há uma exposição de conteúdo, mas em conjunto com um diálogo entre professor e aluno. Método do trabalho independente: Consiste em tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. Seu aspecto mais importante é a atividade mental dos alunos, a criticidade e a reflexão. Método de trabalho de grupo: Consiste em distribuir temas de estudo diversificados e deve ser empregado eventualmente, conjugado com outros métodos de trabalho independente. Sua finalidade principal é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma tarefa. o trabalho em grupo ainda possui uma série de benefícios para além de aprender o conteúdo, pois o aluno também irá associar outras vertentes, tais como a socialização, o lidar com o outro, a divisão do trabalho e o senso na perspectiva coletiva. Ou seja, os ganhos estão para além dos conteúdos. Método de elaboração conjunta: É uma forma de interação ativa entre o professor e os alunos visando à obtenção de novos conhecimentos, habilidades e competências. Atividades especiais: Estas complementam os métodos de ensino. Estudo do meio, jornal escolar, assembleia de alunos, museu, teatro, biblioteca, laboratório, oficinas, excursões, indústrias etc. Meios: ESTRATÉGIAS: ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________. Os meios são considerados ferramentas e recursos utilizados no processo de ensino- -aprendizagem. Os meios são todos os recursos que o docente utiliza para ministrar o processo de ensino e aprendizagem, desde equipamentos usados em sala de aula (do quadro-negro até recursos tecnológicos). O professor precisa dominar o uso destes objetos para conduzir as aulas da melhor maneira possível e com eficácia. Equipamentos são meios gerais, necessários em todas as matérias, têm relação indireta com o processo. Atualmente, os meios estão bastante relacionados as chamadas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Conjunto de procedimentos didáticos sistematizados (passos/atividades/ações). A estratégia é uma forma de atrair a atenção do aluno. Um exemplo disso é o uso da ludicidade na educação infantil como forma de prender a atenção dos alunos e evitar que eles fiquem dispersos durante a aula. ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ A avaliação Trata-se de um componente de suma importância, tanto que é tido como alicerce do processo ensino-aprendizagem, isto é, um elemento essencial. Os dados relevantes versam sobre as ações didáticas, pois nas mais variadas etapas, a avaliação tem como tarefa: a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. Uma das funções da avaliação é determinar em que pé está a qualidade do objetivo final da educação. Hoffman (1993) entende a avaliação como uma ação provocativa do professor, desafiando o aluno a refletir sobre suas experiências vividas, a formular e reformular hipóteses, direcionando para um saber esquecido. LIBÂNEO (1994, p. 195) afirma que: “a avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógicas – didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar”. Para Luckesi, a avaliação da aprendizagem não é e não pode continuar sendo a tirana da prática educativa, que ameaça e submete a todos. Chega de confundir avaliação da aprendizagem com exames. A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva, diversa dos exames, que não são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A avaliação inclui, traz para dentro; os exames selecionam, excluem, marginalizam. AVALIAÇÃO NA LDB Níveis/dimensões da avaliação Aprendizagens: Ocorre em sala de aula. Avalia: • Aluno; • Professor. A ideia é entender se o aluno está aprendendo ou não. Institucional: Avalia a escola e sua proposta pedagógica para saber se está coerente com o que a comunidade espera. Larga escala: É a chamada avaliação de rede. É estabelecida pelo poder público para avaliar o sistema. Lembre-se que é uma avaliação periódica. “Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) a avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; Avaliar é verificar, medir e mensurar o aluno dentro do processo aprendizagem. É necessário destacar que a avaliação não é excludente, mas inclusiva. Lembre-se que o professor não é obrigado a aplicar provas ao aluno, mas é obrigado a avaliá-lo. c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; Observe que é necessário avaliar o aluno e entender se ele aprendeu ou não o conteúdo. _________________________________________________________ _________________________________________________________ Somativa: Classificar – Ocorre no fim de uma etapa, verifica resultados, leva em conta o desempenho final, ou parcial. Formativa: Mediadora e Processual – Ocorre ao longo do processo, reorienta o trabalho docente, formação contínua. Diagnóstica: Diagnosticar – Ocorre tanto no início, durante ou ao final de um processo. Possui, ainda, um caráter preventivo. Quando na LDB fala em: Avaliação contínua: acontece durante todo o processo. A ideia de que o aluno será avaliado ao final do período letivo não é mais seguida por nós; Avaliação cumulativa: permite-se reter tudo o que for aprendendo durante o processo, podendo ser utilizado quando necessário pelo professor; Aspecto qualitativo sobre o quantitativo: a qualidade prevalece à quantidade, a avaliação quantitativa não pode ser classificado diretamente, pois tende-se a observar todo o processo de ensino- aprendizagem de forma ininterrupta e global. Funções da avaliação Avaliação diagnóstica: • Diagnosticar; • Identificar os conhecimentos prévios; • Normalmente ocorre no início do processo, mastambém pode ocorrer durante e ao final do processo; • Ponto de partida do planejamento Avaliação somativa/classificatória: • Classificar o desenvolvimento do aluno; • Ocorre ao final do processo; • Aspecto autoritário e conservador; • Não se preocupa em auxiliar o aluno; • Excludente. Avaliação formativa: • pode ser chamada também de processual; • Acontece durante o processo; • Fornece informações necessárias para a correção das falhas no processo; • Contínua • Esclarecimento de dúvidas; • Colabora com o alcance dos objetivos. Funções da avaliação segundo Libâneo: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________. • Pedagógico-didática: avaliação efetiva dos objetivos propostos. Lembre-se que falar em didática é falar em processo ensino aprendizagem, que envolve objetivos, conteúdo, métodos e avaliação; • Controle: contínuo e sistemático. • Diagnóstica: realizada no início, durante e no final, sinaliza o avanço e as dificuldades do aluno e da atuação do professor. Assim é possível identificar as potencialidades e as fragilidades do aluno; Características da avaliação: • Reflete objetivos-conteúdos-métodos. Lembre-se que nós não podemos separar os objetivos dos conteúdos e dos métodos; • Revisa o plano de ensino; • Desenvolve capacidades e habilidades; • É voltada para a atividade dos alunos; • Deve ser objetiva; • Autopercepção do professor; • Reflete valores e expectativas do professor em relação aos alunos. Na educação infantil a avaliação deve ocorrer por meio de acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção. É importante observar que não será definida uma periodicidade para que a avaliação ocorra, pois ela é contínua. O planejamento não é uma atividade exclusiva do docente e não é um documento, é um processo para se alcançar um objetivo. Plano, programa e projeto são planificações do planejamento. “Analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes, e prever formas alternativas de ação para superar as dificuldades ou alcançar objetivos desejados. Portanto, o planejamento é um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão.” (Haydt). “Um processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, na busca da melhoria do funcionamento do sistema educacional. Como processo o planejamento não corre em um momento do ano, mas a cada dia. A realidade educacional é dinâmica.” (Sobrinho). “Um processo de sistematização e organização das ações do professor é um instrumento da racionalização do trabalho pedagógico que articula a atividade escolar com os conteúdos do contexto social.” (Libâneo). “Um processo que consiste em preparar um conjunto de decisões tendo em vista agir, posteriormente, para atingir determinados objetivos.” (Luckesi). “Significa tomada de decisão e permanente processo de reflexão dos sujeitos da escola.” (Vasconsellos). “A organização da ação pedagógica intencional, de forma responsável e comprometida com a formação dos alunos.” (Veiga). DIRETO DO CONCURSO 1. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 4/2018) A respeito do planejamento na ação docente, julgue o item a seguir. Planejar é, sobretudo, preencher formulários para o controle administrativo da ação educativa. Planejar é organizar, sistematizar, racionalizar, antever. O planejamento é um processo de racionalização e organização da ação docente. O planejamento está ligado a um objetivo, entretanto, não garante o alcance desse objetivo. O planejamento é sensível às inúmeras demandas, sejam internas ou externas. Vários fatores podem contribuir para que um planejamento não se materialize. Planejamento Objetivo Não garante, não assegura, mas contribui e facilita o alcance. Ganhos do planejamento • Evita rotina e improvisação. • Contribui para a realização dos objetivos previstos e para eficiência do ensino. • Garante maior segurança na direção do ensino, além de economizar tempo e energia. • O êxito da ação do docente depende, em grande parte, do planejamento (e não somente do planejamento). Características do planejamento Objetividade: o planejamento sempre está ligado a um objetivo. Realidade: de onde o planejamento vem e para onde vai. Flexibilidade: o planejamento não pode ser rígido. Antecipação: planejar envolve antecipar algo que pode acontecer. Organização Dimensões Dimensões são lados. O planejamento possui desdobramentos. São pelo menos duas dimensões: Política (social/contexto): Definição de valores, objetivos e ideologias de uma sociedade. Operacional (método): Organização da dinâmica de funcionamento do plano. Elaborar Decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir essa distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido. Agir em conformidade com o que foi proposto. Executar Avaliar Revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados. Atenção aos diversos nomes que “elaborar”, “executar” e “avaliar“ pode apresentar como sinônimos (no caso, respectivamente, “preparação”, “desenvolvimento” e “aperfeiçoamento”). As questões tentarão empurrar a ideia de um planejamento burocrático, afirmando que todos se planejam porque o planejamento é obrigatório. A LDB traz, em seu texto, a necessidade de momentos para que o professor planeje sua carga horária. O planejamento não é burocrático, o professor se planeja, pois o planejamento é essencial, um instrumento de intervenção para os processos, que contribui e facilita o alcance dos objetivos. • O planejamento é uma atividade não exclusiva do docente. O planejamento é feito também na vida pessoal, outras profissões também fazem planejamento. • O planejamento norteia a prática pedagógica, mas não é instrumento normativo, tampouco deve ser burocrático, mecânico, rígido, neutro; ao contrário, o planejamento tem que ser uma ferramenta flexível, crítica (o planejamento é emancipatório) transformadora (deve levar do lugar presente para outro) e responsável que observa a realidade a sua volta, e com intencionalidade, dinamismo, compromisso para tomar suas decisões e cumprir os objetivos traçados. Pensado a longo prazo. Cria objetivos amplos. Pensado a médio prazo. Possui objetivos detalhados e setorias. Pensado a curto prazo. Tem objetivos específicos que geram ações. Quem está no topo da pirâmide, geralmente detém poder e dinheiro. Quem toma as decisões estratégicas, portanto, é quem tem poder e, consequentemente, dinheiro. A base operacional toma as decisões de rotina, as decisões diárias. a ligação entre o planejamento estratégico e o operacional. A base operária, muitas vezes, não tem acesso ao planejamento estratégico. Cabe então aos coordenadores, supervisores, fazer essa ligação, “traduzindo” para o operacional o que o estratégico pensou, e levando as demandas do operacional para que o estratégico tenha conhecimento. O planejamento não pode sertido como um documento. Os documentos são também denominados planificações do planejamento. São 3: plano, programa e projeto, e estão diretamente associados quanto a seu nível de abrangência. O plano delineia as decisões de caráter geral do sistema, as suas grandes linhas políticas, suas estratégias, suas diretrizes e precisa responsabilidades. O programa é, basicamente, um aprofundamento do plano: os objetivos setoriais do plano irão construir os objetivos gerais do programa. É o documento que detalha por setor, a política, diretrizes, metas e medidas instrumentais. Projeto é o documento que sistematiza e estabelece o traçado prévio da operação de uma unidade de ação. “Dentro das classificações, o plano está dentro do projeto”. É o inverso, então atenção aos conceitos. PERSPECTIVAS E CONCEPÇÕES TRADICIONAL (NORMATIVO) Rígido Centralizador Olha para os conflitos da escola e procura eliminá-los Visa harmonia Homogêneo Excludente PARTICIPATIVA (SITUACIONAL) Conta com a participação da coletividade é o inverso do planejamento tradicional Flexível Descentralizador Busca superação dos conflitos Heterogeneidade Inclusivo Se a questão de prova traz apenas a palavra “planejamento”, sem especificar, está abordando o participativo, que é o adotado pela rede pública. Quando o examinador quiser abordar o planejamento tradicional/normativo/empresarial, ele deixará claro. Não é possível afirmar que um planejamento é melhor que o outro, mas sim que um é mais adequado que o outro. A educação tradicional, realizada no Brasil desde 1500, perpetuada por mais de 400 anos, seguia o modelo de planejamento tradicional. Em escolas públicas, em que é privilegiada a participação, um modelo emancipatório, o planejamento é participativo. O uso do modelo de planejamento depende da finalidade a ser alcançada. PARTICIPATIVO Na gestão democrática e planejamento participativo, mesmo com todos dando opiniões e sugestões, existe liderança, autoridade. O que não se tem é autoritarismo. Autoridade: líderes, pessoas responsáveis, tarefas delegadas, mas não existem relações verticais, em que um apenas manda e o outro apenas obedece. A liderança proposta é incentivadora, dinamizadora, facilitadora do processo, tendo como principal instrumento a informação nos mais diferentes níveis. Prioriza o trabalho coletivo (afinal a educação não se constitui apenas em sala de aula) e o compromisso com a transformação social (a escola não ensina apenas conteúdos, mas também oferece formação humana) com essas ações diferenciadas e o compromisso em formar uma sociedade melhor contribuem para essa transformação social que se almeja. O planejamento participativo tem por características: unir as partes envolvidas para que cada uma exerça um papel importante e se responsabilize pelos resultados, refletir sobre as práticas desenvolvidas, o poder não é centralizado, mas sim coletivo harmonizando as teorias e práticas, estabelecendo critérios para a definição de prioridades, alocação e melhorias de recursos. O planejamento participativo procura juntar teoria e prática e dividir tarefas, dando responsabilidades. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________. PARTICIPATIVO REFERENCIAL a. O Marco Situacional (onde estamos, como vemos a realidade). b. O Marco Doutrinal ou Filosófico (para onde queremos ir). c. O Marco Operativo (que horizonte queremos para nossa ação). 1º DIAGNÓSTICO Momento em que é feita uma análise na instituição e suas necessidades . 2º OPERATIVO Propostas de prática (a ação) para sanar as necessidades que é possível. 3º Está diretamente ligado à: - Gestão Democrática. - Qualidade Social - Projeto Político-Pedagógico EDUCACIONAL Sistêmico, vale para o sistema todo (ex.: PNE). ESCOLAR Também denominado institucional ou global (ex.: PPP). CURRICULAR Estabelece ações pensadas sobre o currículo, traz o conjunto de experiências, saberes, conhecimentos (ex.: currículo). DE ENSINO É o planejamento docente, feito pelo professor. Pensado sobre o processo ensino-aprendizagem. Feito para um período letivo. DE AULA Detalhamento, sequência do plano de ensino. O maior círculo é o educacional, seguido do escolar, curricular, de ensino e de aula. O currículo não é maior que o PPP porque em alguns sistemas de ensino não existe currículo. A escola deve flexibilizar o currículo para sua realidade. O planejamento mais amplo é o educacional. A organização da dinâmica escolar é dada pelo planejamento curricular. O plano de aula que organiza as ações de sala de aula. Planejamento escolar é aquele que nasce na escola. O planejamento educacional (ex.: PNE) é mais amplo. Plano de escola: É um documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos. Liga a escola à comunidade e ao campo pedagógico. Plano de ensino: Componentes: Objetivos Conteúdos Métodos Avaliação Plano de aula: É a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter específico (determinado). Plano é um documento. A escola tem um plano próprio (plano de escola), e existem o plano de ensino e o plano de aula. Planejamento é o processo. Os níveis de planejamento são: Educacional Escolar Curricular De ensino De aula. As concepções de planejamento são: tradicional e participativo.
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